O documento discute várias línguas românicas contemporâneas na Espanha e em outros países europeus. Ele descreve o catalão, o basco, o galego, o francês, o provençal, o dálmata, o romeno e o sardo, destacando características linguísticas e históricas de cada um. O documento também discute a evolução do latim para essas línguas e a influência de outros idiomas como o espanhol e o occitano.
2. Na Espanha não se fala apenas o
castelhano ou espanhol. O país é
dividido em várias regiões, e
ainda que o espanhol seja a
língua oficial do Estado, a
maioria dessas regiões possui
sua própria língua.
5. CATALÃO
Em 1913, o Catalão tornou-se o
idioma oficial da Catalunha, situação
essa perdida com a Guerra Civil
(1936-39), mas retomada em 75.
• Vídeo: O catalão, língua para todo mundo
6. A evolução do catalão desde o latim coincide com outras línguas e
dialetos da península. Os dialetos do catalão dividem-se em:
• Oriental: o rosellonês, o central balear e o alguer;
• Ocidental: o pallarês, o tortosino e ribagorzano;
• Norte ocidental e o valenciano.
A maioria destes dialetos possui forte influência do castelhano e até
mesmo do occitano (francês do sul).
7. “O caso da Catalunha é o mais ilustrativo na defesa da
língua na Espanha, o território ocupado por essa
‘Comunidade Autônoma’ é maior que o de muitos
países europeus e diferente das duas outras línguas
minoritárias mais expressivas (vasco e galego).”
(MARTINS, p. 5)
9. Superstrato
germânico
“Completada a romanização e a
implantação do latim [...], os invasores
germânicos trouxeram à região norte
novos elementos étnicos, novas
estruturas lingüísticas e outras bases
articulatórias, as quais modificaram de
modo particular o galo-romance, por
uma ação chamada de superstrato.”
(WOUK, 1966, p. 32)
10. Francês
conservador
Os processos de celtização e
germanização foram fracos nesta região.
Desta forma, conservou-se mais a tradição
latina, apesar da evolução linguística, do
francês occitano.
14. “Comparado ao francês e ao occitano – línguas em contato mais direto
– e às demais línguas românicas, o franco-provençal apresenta
características que o tornam um objeto rico para pesquisas na área dos
estudos românicos. [...] Segundo Martin (2011), o franco-provençal se
caracteriza pela manutenção de traços antigos originais e por
inovações importantes, sobretudo no campo fonético e morfológico.”
GOMES (2014, p.8)
15. Os estudos do dalmático, assim como
de sua variante mais conhecida, o
veglioto, não são tão aprofundados
como os das outras línguas
românicas.
Até certo ponto, sabe-se, de forma
geral, que:
• Entre o século X e XV, o dálmata foi a
língua oficial da República de Ragusa
(hoje Dubrovnik, Croácia);
• Desaparecida nos últimos anos do séc.
XIX, com a morte de seu último falante,
Tuone Udaina, em 1898.
DÁLMATA/DALMÁTICO
16. Aspectos
estruturais
• É uma Língua repleta de agrupamentos de consoantes – às vezes até quatro
juntas – sendo algumas delas acentuadas:
abass (baixo) trpeza (mesa de jantar) Korčula
• Há também constantes ditongações, inclusive do a, que passa a ser uo,
característica da língua romena:
fakuat (acidente) kuosa (casa) nuester (nosso)
• Assemelha-se à nossa língua por ser preponderantemente paroxítona,
distinguindo-se, nesse aspecto, do italiano e o romeno, por exemplo:
tríinta (trinta) sáime (sair) débol (fraco)
17. GALEGO
Língua oficial da Galícia,
junto com o castelhano;
Possui cerca de 3 a 4
milhões de falantes.
18. O alfabeto galego possui 23 letras e 6 dígrafos;
O ç, j, k, w e o y são usados apenas em
estrangeirismos, abreviaturas ou símbolos
internacionais.
19. O galego e o português forom a
mesma língua, mas um dia
separarom-se
por Ramiro V. Alvarinho para Praza Publica
De facto, hás de saber tu a data, hora e lugar exatos
nos que alguém decideu que se fazia essa separaçom.
Nom cabe dúvida de que Deus marcou umha raia com
a sua espada e advertiu ao povo galego e ao português
que nom ousassem falar igual nem dizer que falavam
igual. Seria condenado aos infernos o habitante da
Galiza que utilizasse zedilhas e eneagás. Pecado
mortal os acentos circunflexos. Brincadeiras à parte, o
que houvo é umha dialetalizaçom da língua do Minho
para o Norte e a conformaçom de umha norma culta do
Minho para o Sul. E ainda assim, continua a haver
quem pensa que se trata da mesma língua...
raia: risco
Minho: rio que faz fronteira entre Espanha e Portugal.
eneagás: nh
23. SARDO
Divide-se em duas partes:
Logudorense: falada no
centro da ilha, se formou
graças ao isolamento
geográfico.
Campidanês: É o mais
falado na ilha.
24. • WOUK, Miguel. GLÓRIA E DECADÊNCIA DO PROVENÇAL. Revista Letras, [S.l.], v. 15, dez.
1966. ISSN 2236-0999. Disponível em:
<http://revistas.ufpr.br/letras/article/view/19831/13064>.
• ALVARINHO, Ramiro Vidal. As dez cousas que nom lhe deves dizer a um galego-falante,
23 de Março de 2014. Disponível em: <http://praza.gal/opinion/2048/as-dez-cousas-que-
nom-lhe-deves-dizer-a-um-galego-falante/>.
• http://dalmatianlanguage.yolasite.com/
• FERNANDEZ, Maria Luisa. O dialeto Veglioto (problemática geral, textos fundamentais e
levantamento fonético, morfológico e sintático). São Paulo. 1973.
• MARTINS, Nélia de Almeida. As línguas espanholas. Disponível em:
<http://www.academia.edu/5240307/As_l%C3%ADnguas_da_Espanha>.
• GOMES, Simone Fonseca. Línguas ameaçadas: o caso do franco-provençal. 2014.
Notas do Editor
“O caso da Catalunha é o mais ilustrativo na defesa da língua na Espanha, o território ocupado por essa ‘Comunidade Autônoma’ é maior que o de muitos países europeus e diferente das duas outras línguas minoritárias mais expressivas (basco e galego).
Atual região da Dalmácia, na Croácia.[
Tuone aprendeu nas conversas dos pais o idioma que passou a ser proibido, dando lugar ao sérvio (não sei, na verdade). O trabalho de recolher esses dados foi do linguista italiano Matteo Bartoli, um anos antes de Udaina morrer. Ponte entre o Romeno e o Italiano
Atual região da Dalmácia, na Croácia.[
Tuone aprendeu nas conversas dos pais o idioma que passou a ser proibido, dando lugar ao sérvio (não sei, na verdade). O trabalho de recolher esses dados foi do linguista italiano Matteo Bartoli, um anos antes de Udaina morrer. Ponte entre o Romeno e o Italiano