O documento descreve as principais reformas ortográficas ocorridas no Brasil e Portugal ao longo do século XX, incluindo o Acordo Ortográfico de 1911 em Portugal, o Formulário Ortográfico de 1943 entre os dois países e a Reforma Ortográfica de 1971 no Brasil. Também menciona o Acordo Ortográfico de 1990, ratificado por vários países incluindo Brasil e Portugal em 2009.
2. Reforma Ortográfica de 1911 (Portugal)
Formulário Ortográfico de 1943 (Brasil e Portugal)
Acordo Ortográfico de 1945 (Portugal)
Reforma Ortográfica de 1971 (Brasil)
Acordo Ortográfico de 1990 (Brasil, Portugal e outros países)
3. 1911 – Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e
simplificar a escrita, mas que não foi extensiva ao Brasil.
1915 – A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a sua
ortografia com a portuguesa.
1919 – A ABL revoga a sua resolução de 1915.
4. 1924 – A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma
grafia comum.
1931 – O Primeiro Acordo Ortográfico partiu da iniciativa da Academia Brasileira de Letras e foi
aprovado pela Academia das Ciências de Lisboa. Este visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar
a língua portuguesa. No entanto, nunca foi posto em prática.
1942 - Surgiu um novo Acordo Ortográfico, que se tornou lei em Portugal. O governo brasileiro não
ratificou esse Acordo, e assim os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia anterior.
1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e
Portugal.
1945 – Um novo Acordo Ortográfico torna-se lei em Portugal, mas não no Brasil, por não ter sido
ratificado pelo Governo; os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.
5. Formulário Ortográfico de 1943
Aprovado em 12 de agosto, é um conjunto de instruções estabelecido
pela ABL para a organização do Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa do mesmo ano. Após a rejeição do Acordo Ortográfico de
1945, este continuou a reger-se, mas criou muitas diferenças
ortográficas, especialmente no uso de palavras com acento diferencial.
6. Reforma Ortográfica de 1971
Em 22 de abril de 1971, a Academia Brasileira de Letras e a Academia das
Ciências de Lisboa emitiram um parecer conjunto, no qual indicam todas
as alterações a serem empreendidas. Nessa reforma ortográfica houve
muitas transformações, mas apenas nas regras de acentuação,
diferentemente de outros regulamentos ortográficos, tais como o
Formulário Ortográfico de 1943 e o Acordo Ortográfico de 1990.
7. 1990 – A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro, juntando uma
Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As duas
Academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O
documento entraria em vigor, de acordo com o seu artigo 3º, no dia "1 de
Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de
todos os Estados junto do Governo português".
1995 - O Acordo foi aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de
abril de 1995
1996 – O Acordo Ortográfico é apenas ratificado por Portugal, Brasil, e Cabo
Verde.
8. 2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo Verde, São
Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, sendo esperada a sua implementação
no início de 2010.
2009 – Entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil e em
Portugal. Além de Portugal e do Brasil, também São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde, Timor-Leste e Guiné-Bissau já ratificaram o Segundo Protocolo
Modificativo do Acordo Ortográfico de 1990, embora estes últimos não o
tenham ainda aplicado. Fica apenas a faltar a ratificação de Angola e
Moçambique.
9. Novo Acordo Ortográfico 1990
O Novo Acordo Ortográfico, trouxe poucas mudanças para os
brasileiros, apenas 0,8% das palavras passaram a ser escritas de maneira
diferente.
Em Portugal, por exemplo, o impacto foi maior, 1,3% dos vocábulos
sofreram alteração, principalmente pela queda das consoantes não
pronunciadas (óptimo).
No Brasil, basicamente, alterou-se a acentuação de algumas palavras e
simplificaram-se as regras do uso do hífen.
As vantagens da «adopção de um único sistema ortográfico» eram duas, para Dias Coelho: economia na composição e revisão dos documentos oficiais (precisamente o mesmo argumento que hoje sustenta a IN-CM) e «maior facilidade no ensino da leitura da nossa bela língua». A 14 de Janeiro de 1911, o administrador da Imprensa Nacional Luís Derouet encaminhava a proposta de Coelho ao governo, que imediatamente, a 15 de Fevereiro, pela mão do ministro do Interior António José de Almeida, constituía uma comissão de linguistas encarregada de «fixar as bases da ortografia que deve ser adoptada nas escolas e nos documentos e publicações oficiais, e bem assim organizar uma lista ou vocabulário das palavras que possam oferecer qualquer dificuldade quanto à maneira como devem ser escritas». Em pouco mais de dois meses, o governo dava satisfação aos objectivos identificados por Dias Coelho e ainda lhes acrescentava um novo: a elaboração do vocabulário ortográfico. Repare-se em como desde então se acham definidas, e circunscritas, as áreas-alvo de intervenção da reforma ortográfica: a língua do ensino, a língua do governo e administração e o prontuário de dúvidas. A imprensa escrita não tinha menção, porque poucos portugueses sabiam ler e a circulação de jornais não era significativa.
No Brasil, a língua portuguesa já passou por reformas em 1943 e 1971, enquanto em Portugal houve alterações em 1911, 1920, 1931, 1945 e 1973.
Por que foi feita a reforma ortográfica?
De acordo com o governo brasileiro, a reforma ortográfica pretende simplificar e unificar a grafia entre os diferentes países que falam português.
1911 - Foi originada numa teoria prudente, que concilia conservação com modernização, foi executada rapidamente e teve a preocupação de facilitar o acesso à língua escrita de crescentes massas escolarizadas.
É este documento, com as alterações introduzidas pela Lei 5.765 de 18 de Dezembro de 1971, que regimenta a escrita do português brasileiro até hoje.
Brasil admite tanto a ortografia de 1943 como a de 1990, África mantém a de 1945 e Portugal a de 1990