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TRIBOS E
TRIBUNAIS
ENGENHEIROS DO HAWAII
ACADÊMICOS:
FERNANDA MAITÊ DOS PASSOS
LUIZ GUSTAVO RETZLAFF
TRIBOS E
TRIBUNAIS
Compositores: Humberto
Gessinger e Augusto Licks
Álbum: Ouça o Que Eu Digo:
não Ouça Ninguém
Ano: 1988
No início, os compositores se apropriam de expressões
populares para ilustrar o conformismo e consequentemente a
fuga ???, próprios do comportamento social.
No final, também retoma-se essa mesma ideia.
Essas expressões são usadas para “amenizar”, “florear”, até que
“chega a um ponto em que ninguém mais quer saber”.
“Todo dia a gente inventa uma alegria
A gente esquenta a água fria
E ignora a bola fora
Toda hora a gente dá um desconto
A gente faz de conta
Mas chega a um ponto em que ninguém mais quer saber”
“Todo dia a gente inventa e fantasia
A gente tenta todo dia
Feitos cegos
Egos em agonia”
Muda-se o foco, deixando o lado comportamental de lado, para
trazer os fatos, inauditos, porém, entendíveis com um jogo de
palavras, como o uso de antonímia e paronomásia.
Esse paralelismo não revela nomes, período ou espaço, mas
existe uma clara equivalência de poder e influência nos pares
dicotômicos, provocando o efeito de subentendimento da
mensagem.
“Crimes passionais
Profissionais liberais demais
Segredos de estado
Centroavante recuado”
“Agente secreto
Agente imobiliário
Gente como a gente
Presidente e operário”
“Empresas estatais
Estátuas de generais
Heróis de guerra
Guerra pela paz”
“Hindus, industriais
Tribos e tribunais
Pessoas que nunca
aparecem
Ou aparecem demais”
“Fascistas de direita
Fascistas de esquerda
Empresas sem fins lucrativos
Empresas que lucram
demais”
“Representação histórica do fascismo
atrelado às ideologias, aparentemente
divergentes, de direita e esquerda, que se
convergem em torno de uma nova idéia de
fascismo, não nacionalista à pátria, mas com
o mesmo empenho à empresa a qual se
dedica.”
(VIEIRA, 2008, p. 110)
“Fascistas de direita
Fascistas de esquerda
Empresas sem fins
lucrativos
Empresas que lucram
demais”
“Empresas estatais
Estátuas de generais
Heróis de guerra
Guerra pela paz”
“Hindus, industriais”
“Enquanto as empresas estatais aparecem
como estátuas de antigos generais, que no
passado tiveram grande importância, mas
hoje permanecem paralisados em praças
públicas para serem vistos, sem comando
algum no campo de batalha, os industriais
assumem a posição dos heróis de guerra,
aqueles que agem, alcançam os objetivos
traçados e conquistam medalhas (lucro) de
honra ao mérito.”
(VIEIRA, 2008, p. 110)
Das questões subentendidas na música e corriqueiras no
cotidiano político e social, conclui-se, no refrão que:
“isso me sugere muita sujeira, isso não me cheira nada bem“.
REFERÊNCIA DISCOGRÁFICA
GESSINGER, Humberto; LICKS, Augusto Licks. Tribos e Tribunais. In: Ouça o que Eu
Digo: Não Ouça Ninguém. 1988. CD
VIEIRA, Vinícius Baião. Nas Roldanas Da Guerra Uma Análise Léxico-semântica Da
Engenharia Hawaiana. CADERNOS DO CNLF (Círculo Fluminense de Estudos
Filológicos e Linguísticos), vol. XI, n° 11. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <
http://www.filologia.org.br/xicnlf/11/nas_roldanas_da_guerra.pdf>.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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ANÁLISE: TRIBOS E TRIBUNAIS (ENGENHEIROS DO HAWAII)

  • 1. TRIBOS E TRIBUNAIS ENGENHEIROS DO HAWAII ACADÊMICOS: FERNANDA MAITÊ DOS PASSOS LUIZ GUSTAVO RETZLAFF
  • 2. TRIBOS E TRIBUNAIS Compositores: Humberto Gessinger e Augusto Licks Álbum: Ouça o Que Eu Digo: não Ouça Ninguém Ano: 1988
  • 3. No início, os compositores se apropriam de expressões populares para ilustrar o conformismo e consequentemente a fuga ???, próprios do comportamento social. No final, também retoma-se essa mesma ideia. Essas expressões são usadas para “amenizar”, “florear”, até que “chega a um ponto em que ninguém mais quer saber”.
  • 4. “Todo dia a gente inventa uma alegria A gente esquenta a água fria E ignora a bola fora Toda hora a gente dá um desconto A gente faz de conta Mas chega a um ponto em que ninguém mais quer saber” “Todo dia a gente inventa e fantasia A gente tenta todo dia Feitos cegos Egos em agonia”
  • 5. Muda-se o foco, deixando o lado comportamental de lado, para trazer os fatos, inauditos, porém, entendíveis com um jogo de palavras, como o uso de antonímia e paronomásia. Esse paralelismo não revela nomes, período ou espaço, mas existe uma clara equivalência de poder e influência nos pares dicotômicos, provocando o efeito de subentendimento da mensagem.
  • 6. “Crimes passionais Profissionais liberais demais Segredos de estado Centroavante recuado” “Agente secreto Agente imobiliário Gente como a gente Presidente e operário” “Empresas estatais Estátuas de generais Heróis de guerra Guerra pela paz” “Hindus, industriais Tribos e tribunais Pessoas que nunca aparecem Ou aparecem demais” “Fascistas de direita Fascistas de esquerda Empresas sem fins lucrativos Empresas que lucram demais”
  • 7. “Representação histórica do fascismo atrelado às ideologias, aparentemente divergentes, de direita e esquerda, que se convergem em torno de uma nova idéia de fascismo, não nacionalista à pátria, mas com o mesmo empenho à empresa a qual se dedica.” (VIEIRA, 2008, p. 110) “Fascistas de direita Fascistas de esquerda Empresas sem fins lucrativos Empresas que lucram demais”
  • 8. “Empresas estatais Estátuas de generais Heróis de guerra Guerra pela paz” “Hindus, industriais” “Enquanto as empresas estatais aparecem como estátuas de antigos generais, que no passado tiveram grande importância, mas hoje permanecem paralisados em praças públicas para serem vistos, sem comando algum no campo de batalha, os industriais assumem a posição dos heróis de guerra, aqueles que agem, alcançam os objetivos traçados e conquistam medalhas (lucro) de honra ao mérito.” (VIEIRA, 2008, p. 110)
  • 9. Das questões subentendidas na música e corriqueiras no cotidiano político e social, conclui-se, no refrão que: “isso me sugere muita sujeira, isso não me cheira nada bem“.
  • 10. REFERÊNCIA DISCOGRÁFICA GESSINGER, Humberto; LICKS, Augusto Licks. Tribos e Tribunais. In: Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém. 1988. CD VIEIRA, Vinícius Baião. Nas Roldanas Da Guerra Uma Análise Léxico-semântica Da Engenharia Hawaiana. CADERNOS DO CNLF (Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos), vol. XI, n° 11. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: < http://www.filologia.org.br/xicnlf/11/nas_roldanas_da_guerra.pdf>. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA