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A MENSAGEM,
Módulo 8 -
de Fernando Pessoa
- Biografia de Fernando Pessoa.................................................................................................................................................3
- Intertextualidade dos Lusíadas e a Mensagem.................................................................................................................5
- «A Mensagem» - A epopeia lírica e carácter épico-lírico.............................................................................................19
- A estrutura da obra tripartida..................................................................................................................................................21
- «A Mensagem» - O Mito............................................................................................................................................................24
- O Sebastianismo..........................................................................................................................................................................26
- O Quinto Império: Império Espiritual....................................................................................................................................28
- A Simbologia dos numérica.....................................................................................................................................................30
- Resumo de «A Mensagem».....................................................................................................................................................34
- Conclusão......................................................................................................................................................................................36
- Webgrafía.......................................................................................................................................................................................37
Índice
2
Biografia de Fernando Pessoa
3
Imagem de Fernando Pessoa
Biografía de Fernando Pessoa
Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando
Pessoa, nasceu em Lisboa, dia 13 de Junho de 1888, e morreu a 30 de de
Novembro de 1935, em Lisboa, quando tinha 47 anos de idade.
Fernando Pessoa teve várias profissões, foi poeta, filósofo, ensaísta,
dramaturgo, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário,
correspondente comercial, crítico literário e por fim comentarista político
português.
4
Biografía de Fernando Pessoa
Pessoa foi o mais universal poeta português.
Por ter sido escolarizado e educado numa escola católica irlandesa, na África do Sul, Fernando Pessoa
chegou a ter maior parte da sua família com o idioma inglês do que português.
Das quatro obras que Fernando Pessoa publicou ao longo do seu percurso de vida, três estão escritas
em inglês e somente uma delas em português, intitulada «A Mensagem».
Fernando Pessoa tinha três Heterónimos, foram Ricardo Reis, Álvaro de Campos, e Alberto Caeiro, sendo
eles objeto de maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra.
5
intertextualidade dos lusíadas e a mensagem
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
7
Os Lusíadas A Mensagem
Epopeia portuguesa escrita por
Luís Vaz de Camões;
Obra publicada em 1572;
Composta por dez cantos;
Descoberta do caminho marítimo
para a Índia por Vasco da Gama.
Única obra publicada por
Fernando Pessoa;
Obra publicada em 1934;
Composta por 44 poemas;
Passado glorioso de Portugal e da
sua decadência.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
8
Os Lusíadas A Mensagem
Obra dividida por quatro partes:
- a Proposição;
- a Invocação;
- a Dedicatória;
- a Narração.
Obra dividida por três partes:
- o Brasão;
- o Mar português;
- o Encoberto
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
9
Os Lusíadas (de Luís de Camões):
A Proposicão:
A primeira parte d'Os Lusíadas, a Proposição, está situada no canto I, entre as instâncias 1 e 3, onde o
poeta enuncia o propósito "Cantando, espalharei por toda a parte os feitos dos Portugueses".
Na presente parte, os portugueses são apresentados como um herói coletivo, ao invés de um herói
individual, como nas epopeias antigas.
Neste contexto, o termo "cantar" significa exaltar/celebrar/enaltecer.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
10
Os Lusíadas (de Luís de Camões):
A Invocação:
Nesta parte da «Invocação», o poeta invoca as Tágides, Ninfas do Tejo, e pede-lhes um estilo e uma
eloquência que estejam à altura do herói d’Os Lusíadas, ao contrário do estilo rude e simples da poesia
lírica.
A forma verbal “dai-me”, utilizada ao longo das duas estrofes está no modo imperativo e é utilizada pelo
poeta para reforçar e explicitar o pedido feito pelo poeta:
E vós, Tágides minhas, (...) Dai-me (...) Dai-me (...) Dai-me (...)
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
11
Os Lusíadas (de Luís de Camões):
A Invocação:
Esta parte da Obra termina insinuando que os feitos dos portugueses são tão espantosos que,
possivelmente, nem com o auxílio das Tágides poderão ser transpostos, com a devida dignidade, para a
poesia. O Poeta demonstra isso com a seguinte frase:
Que se espalhe e se cante no Universo, Se tão sublime preço cabe em verso.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
12
Os Lusíadas (de Luís de Camões):
A Dedicatória:
A dedicatória n´Os Lusíadas não era um elemento estrutural obrigatório do gênero épico, mas Luís de
Camões decidiu dedicar o seu poema ao rei D. Sebastião, a quem distingue pelo que representa para a
independência de Portugal e para o aumento do mundo cristão e pela ilustre e cristianíssima ascendência
mas também pelo Império de que ele é senhor.
Aos louvores, segue-se o apelo. Referindo-se com modéstia à sua obra, que designa como «um pregão do
ninho (...) paterno», pede ao Rei que a leia.
Apesar dos versos não estarem transcritos no livro de leitura, Camões termina o seu discurso incitando o
Rei a dar continuidade aos feitos gloriosos dos portugueses, particularmente, combatendo os mouros, e
renovando o pedido de que leia os seus versos.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
13
Os Lusíadas (de Luís de Camões):
A Narração:
A Narração é outra das partes que integra a obra, onde o poema propriamente se desenvolve, esta parte
vai do Canto I, estrofe 18, ao Canto X, na estrofe 144. Nela, é contada a navegação de Vasco da Gama às
Índias e as glórias da história heróica de Portugal.
14
O Epígrafe latim de «Brasão» corresponde a «Bellum Sine bello», que significa em português «Guerra
sem guerra», associado à recusa da violência.
Esta primeira parte da obra refere-se à fundação da nação e às figuras históricas que mais se destacaram
na História do nosso país até à época dos Descobrimentos.
o timbre (um grifo)
a coroa
o campo das quinas
o campo das coroas
Brasão
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
A Mensagem (de Fernando Pessoa):
O Brasão:
15
Esta parte da obra corresponde à Realização da Pátria e tem como termo latim «Possessio Maris» que
significa em português «posse do mar».
A mesma caracteriza o desvendar do mar até à época ignorado por Portugal dos séculos XV e XVI que
significa a vitória do querer e da ousadia sobre a ignorância e simboliza o privilégio dos triunfos do espírito
sobre os ganhos materiais, poucas referências ao império físico e nenhuma às riquezas materiais.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
A Mensagem (de Fernando Pessoa):
Mar Português:
16
Esta última parte refere-se à Morte da Pátria, e tem como epígrafe latim «Pax in Excelsis», que significa em
português «Paz nas Alturas».
Esta transfere-nos uma mensagem de paz e fraternidade e apela ao sonho e ânsia messiânica da
construção do Quinto Império.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
A Mensagem (de Fernando Pessoa):
O Encoberto:
17
- Poemas sobre Portugal;
- D. Sebastião, ser eleito , enviado de Deus ao mundo;
- Os heróis concretizam uma vontade divina;
- Exaltação épica da ação humana no domínio dos mares;
- Superação dos limites humanos pelos heróis portugueses;
- Sacrifício voluntário em nome de uma causa patriótica;
- Evocação do passado para projetar e evocar o futuro.
Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem
Semelhanças entre as duas obras:
O Herói:
Nos Lusíadas, apresenta-se um Herói Épico enquanto que na Mensagem, um Herói Mítico.
«A Mensagem» - a epopeia lirica
19
Esta obra é vista com uma epopeia, pois parte de um núcleo histórico.
Aqui, a ação dos heróis só adquire pleno significado dentro de uma referência mitológica. Apenas vão ser
eleitos e terão o direito à imortalidade, aqueles homens que manifestam em si esses mitos significativos.
Para além do seu núcleo histórico, a obra tem também características de obra lírica, visto que apresenta
uma dimensão subjetiva introspectiva, de contemplação interior, característica própria do lirismo.
«A Mensagem» - a epopeia lirica
a estrutura da obra tripartida
21
«Mensagem» está dividida em três partes:
Esta tripartição corresponde a três momentos do Império Português: o nascimento, a realização e a morte.
O Poema começa com a expressão latina «BenedictusDominusDeusnosterquededitnobissignum»,
que significa em português «Bendito o Senhor Nosso Deus que nos deu o sinal», anunciando desta forma
o sentido simbólico e messiânico que percorre o poema.
a estrutura da obra tripartida
22
Cada parte do poema de Fernando Pessoa tem início com uma expressão em latim:
- A primeira inicia-se com «Bellumsinebello»("Guerra sem guerra"), o que nos dá a entender que no
início, existia um espaço que tinha de ser conquistado, pois fazia parte de um desígnio.
Na segunda parte surge o termo em latim «Possessiomaris» ("Posse do mar"), e traduz o domínio dos
mares e a expansão.
Na terceira parte da obra, há uma «Paxinexcelsis» ("Paz nos céus"), que marcará o Quinto Império.
a estrutura da obra tripartida
«A Mensagem» - O Mito
Imagem de Ulisses
24
Nesta obra, o mito é descrito como o nada que é tudo. Esta frase exprime a ideia que Fernando Pessoa
tinha dos mitos.
É nada, porque não existe materialmente, mas é tudo, porque é Portugal e todo o seu heroísmo nacional.
É através deste mito e da crença de muitos outros, que os heróis desta obra tomam as suas atitudes.
Salientando a importância do mito para o futuro, “O mito torna suportável a insuportável realidade”,
dando-nos força para ultrapassar dificuldades e inspirando-nos para nos superarmos a nós próprios. Foi
nos mitos, que conquistámos “mares nunca dantes navegados” e terras desconhecidas.
«a Mensagem» - O Mito
o sebastianismo
Imagem de Rei D. Sebastião
26
Ao falarmos do termo «Sebastianismo», temos obrigatoriamente que abordar dois autores, Fernando
Pessoa e Luís Vaz de Camões.
O Sebastianismo diz respeito a um mito gerado à volta da figura do rei D. Sebastião, Rei de Portugal, que
perdeu a vida numa batalha em Alcácer- Quibir.
Na Mensagem, considera-se que a morte do rei foi apenas carnal, pelo que unicamente o seu regresso
conquistaria a grandeza da pátria, bem como o império perdido.
o sebastianismo
o quinto império: império espiritual
28
O Quinto Império é uma crença messiânica-milenarista reformada pelo padre António Vieira no século
XVII, que, no seguimento do pensamento anterior do mito das Três Idades do monge Joaquim de Flora e
depois que o ligou à acção civilizadora dos portugueses, propõe que o Império Português seja
considerado o quinto e último império do mundo.
A crença no Quinto Império segue Fernando Pessoa pela vida fora, como se vê pela entrevista a Alves
Martins, entre 1897 e 1929 em RevistaPortuguesa, onde Fernando Pessoa responde à questão sobre o
que calcula que seja o futuro da raça portuguesa: «O Quinto Império. O futuro de Portugal – que não
calculo, mas sei – está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de
Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo.».
O Quinto Império: Império Espíritual
A Simbologia numérica
30
Número 1
É o número que simboliza o Ser e a Revelação, concentra a ideia harmónica entre o consciente e o
inconsciente, realizando a união dos contrários. Este número refere-se à perfeição.
Número 2
Este número pressupõe a dualidade, seja ela expressão de contrários ou de complementaridade. Desta
forma, simboliza o dualismo sobre o qual se apoia qualquer dialéctica, qualquer esforço, assim como
qualquer combate e qualquer progresso.
A Simbologia numérica
Os 44 poemas que compõem a obra Mensagem agrupam-se em blocos a que correspondem os
números: 1, 2, 3, 5, 7 e 12.
31
Número 3
O número três é um número que expressa a ordem intelectual e espiritual (o cosmos no homem), é a soma
do céu (número um) pela Terra (número dois).
O número três refere-se à manifestação da divindade, da perfeição e da totalidade.
Número 5
Refere-se ao número da Ordem, do Equilíbrio e da Harmonia, pois situa-se no meio dos nove primeiros
números.
A Simbologia numérica
32
Número 7
O número sete assume uma extrema relevância, pois foram sete os Castelos que D. Afonso III conquistou
aos mouros, são sete os poemas de «Os Castelos», corresponde aos 7 dias da criação, assim como ás 7
figuras evocadas que são as fundadoras da nacionalidade. É o número da perfeição dinâmica.
Concluindo, Pessoa manteve na sua obra a ideia do número sete como número da criação.
Número 12
O número 12 remete para um universo na sua complexidade interior (um ano, com doze meses, por
exemplo). Este é também o número da eleição do povo de Deus e remete para as realizações, mutações,
até na própria evolução do Universo. Faz alusão aos ciclos que se fecham e aos quais se sucede um
renascimento.
A Simbologia numérica
Resumo de «A Mensagem»
34
Esta obra é constituída através de valores simbólicos que integram o passado transformado em mito e a
inversão de um futuro profético e messiânico.
A estrutura de «A Mensagem» altera e repete a história de uma pátria como o mito de um nascimento,
crescimento e morte da nação portuguesa.
Desta forma, a ideia que Pessoa tenta transmitir ao na obra é a de que os feitos do passado deverão servir
de modelo para o futuro.
«A Mensagem» é constituída por 44 poemas e está dividida simbolicamente em três partes: o Brasão, que
simboliza o nascimento da nação, O Mar Português que em sua vez, retrata o crescimento marítimo da
nação, e o Encoberto, que representa a morte da nação, morte essa seguida de um ressurgimento.
Resumo de «A Mensagem»

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«A Mensagem» de Fernando Pessoa

  • 1. A MENSAGEM, Módulo 8 - de Fernando Pessoa
  • 2. - Biografia de Fernando Pessoa.................................................................................................................................................3 - Intertextualidade dos Lusíadas e a Mensagem.................................................................................................................5 - «A Mensagem» - A epopeia lírica e carácter épico-lírico.............................................................................................19 - A estrutura da obra tripartida..................................................................................................................................................21 - «A Mensagem» - O Mito............................................................................................................................................................24 - O Sebastianismo..........................................................................................................................................................................26 - O Quinto Império: Império Espiritual....................................................................................................................................28 - A Simbologia dos numérica.....................................................................................................................................................30 - Resumo de «A Mensagem».....................................................................................................................................................34 - Conclusão......................................................................................................................................................................................36 - Webgrafía.......................................................................................................................................................................................37 Índice 2
  • 3. Biografia de Fernando Pessoa 3 Imagem de Fernando Pessoa
  • 4. Biografía de Fernando Pessoa Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa, dia 13 de Junho de 1888, e morreu a 30 de de Novembro de 1935, em Lisboa, quando tinha 47 anos de idade. Fernando Pessoa teve várias profissões, foi poeta, filósofo, ensaísta, dramaturgo, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e por fim comentarista político português. 4
  • 5. Biografía de Fernando Pessoa Pessoa foi o mais universal poeta português. Por ter sido escolarizado e educado numa escola católica irlandesa, na África do Sul, Fernando Pessoa chegou a ter maior parte da sua família com o idioma inglês do que português. Das quatro obras que Fernando Pessoa publicou ao longo do seu percurso de vida, três estão escritas em inglês e somente uma delas em português, intitulada «A Mensagem». Fernando Pessoa tinha três Heterónimos, foram Ricardo Reis, Álvaro de Campos, e Alberto Caeiro, sendo eles objeto de maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. 5
  • 6.
  • 8. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 7 Os Lusíadas A Mensagem Epopeia portuguesa escrita por Luís Vaz de Camões; Obra publicada em 1572; Composta por dez cantos; Descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Única obra publicada por Fernando Pessoa; Obra publicada em 1934; Composta por 44 poemas; Passado glorioso de Portugal e da sua decadência.
  • 9. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 8 Os Lusíadas A Mensagem Obra dividida por quatro partes: - a Proposição; - a Invocação; - a Dedicatória; - a Narração. Obra dividida por três partes: - o Brasão; - o Mar português; - o Encoberto
  • 10. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 9 Os Lusíadas (de Luís de Camões): A Proposicão: A primeira parte d'Os Lusíadas, a Proposição, está situada no canto I, entre as instâncias 1 e 3, onde o poeta enuncia o propósito "Cantando, espalharei por toda a parte os feitos dos Portugueses". Na presente parte, os portugueses são apresentados como um herói coletivo, ao invés de um herói individual, como nas epopeias antigas. Neste contexto, o termo "cantar" significa exaltar/celebrar/enaltecer.
  • 11. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 10 Os Lusíadas (de Luís de Camões): A Invocação: Nesta parte da «Invocação», o poeta invoca as Tágides, Ninfas do Tejo, e pede-lhes um estilo e uma eloquência que estejam à altura do herói d’Os Lusíadas, ao contrário do estilo rude e simples da poesia lírica. A forma verbal “dai-me”, utilizada ao longo das duas estrofes está no modo imperativo e é utilizada pelo poeta para reforçar e explicitar o pedido feito pelo poeta: E vós, Tágides minhas, (...) Dai-me (...) Dai-me (...) Dai-me (...)
  • 12. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 11 Os Lusíadas (de Luís de Camões): A Invocação: Esta parte da Obra termina insinuando que os feitos dos portugueses são tão espantosos que, possivelmente, nem com o auxílio das Tágides poderão ser transpostos, com a devida dignidade, para a poesia. O Poeta demonstra isso com a seguinte frase: Que se espalhe e se cante no Universo, Se tão sublime preço cabe em verso.
  • 13. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 12 Os Lusíadas (de Luís de Camões): A Dedicatória: A dedicatória n´Os Lusíadas não era um elemento estrutural obrigatório do gênero épico, mas Luís de Camões decidiu dedicar o seu poema ao rei D. Sebastião, a quem distingue pelo que representa para a independência de Portugal e para o aumento do mundo cristão e pela ilustre e cristianíssima ascendência mas também pelo Império de que ele é senhor. Aos louvores, segue-se o apelo. Referindo-se com modéstia à sua obra, que designa como «um pregão do ninho (...) paterno», pede ao Rei que a leia. Apesar dos versos não estarem transcritos no livro de leitura, Camões termina o seu discurso incitando o Rei a dar continuidade aos feitos gloriosos dos portugueses, particularmente, combatendo os mouros, e renovando o pedido de que leia os seus versos.
  • 14. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem 13 Os Lusíadas (de Luís de Camões): A Narração: A Narração é outra das partes que integra a obra, onde o poema propriamente se desenvolve, esta parte vai do Canto I, estrofe 18, ao Canto X, na estrofe 144. Nela, é contada a navegação de Vasco da Gama às Índias e as glórias da história heróica de Portugal.
  • 15. 14 O Epígrafe latim de «Brasão» corresponde a «Bellum Sine bello», que significa em português «Guerra sem guerra», associado à recusa da violência. Esta primeira parte da obra refere-se à fundação da nação e às figuras históricas que mais se destacaram na História do nosso país até à época dos Descobrimentos. o timbre (um grifo) a coroa o campo das quinas o campo das coroas Brasão Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem A Mensagem (de Fernando Pessoa): O Brasão:
  • 16. 15 Esta parte da obra corresponde à Realização da Pátria e tem como termo latim «Possessio Maris» que significa em português «posse do mar». A mesma caracteriza o desvendar do mar até à época ignorado por Portugal dos séculos XV e XVI que significa a vitória do querer e da ousadia sobre a ignorância e simboliza o privilégio dos triunfos do espírito sobre os ganhos materiais, poucas referências ao império físico e nenhuma às riquezas materiais. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem A Mensagem (de Fernando Pessoa): Mar Português:
  • 17. 16 Esta última parte refere-se à Morte da Pátria, e tem como epígrafe latim «Pax in Excelsis», que significa em português «Paz nas Alturas». Esta transfere-nos uma mensagem de paz e fraternidade e apela ao sonho e ânsia messiânica da construção do Quinto Império. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem A Mensagem (de Fernando Pessoa): O Encoberto:
  • 18. 17 - Poemas sobre Portugal; - D. Sebastião, ser eleito , enviado de Deus ao mundo; - Os heróis concretizam uma vontade divina; - Exaltação épica da ação humana no domínio dos mares; - Superação dos limites humanos pelos heróis portugueses; - Sacrifício voluntário em nome de uma causa patriótica; - Evocação do passado para projetar e evocar o futuro. Intertextualidade dos Lusíadas e A Mensagem Semelhanças entre as duas obras: O Herói: Nos Lusíadas, apresenta-se um Herói Épico enquanto que na Mensagem, um Herói Mítico.
  • 19. «A Mensagem» - a epopeia lirica
  • 20. 19 Esta obra é vista com uma epopeia, pois parte de um núcleo histórico. Aqui, a ação dos heróis só adquire pleno significado dentro de uma referência mitológica. Apenas vão ser eleitos e terão o direito à imortalidade, aqueles homens que manifestam em si esses mitos significativos. Para além do seu núcleo histórico, a obra tem também características de obra lírica, visto que apresenta uma dimensão subjetiva introspectiva, de contemplação interior, característica própria do lirismo. «A Mensagem» - a epopeia lirica
  • 21. a estrutura da obra tripartida
  • 22. 21 «Mensagem» está dividida em três partes: Esta tripartição corresponde a três momentos do Império Português: o nascimento, a realização e a morte. O Poema começa com a expressão latina «BenedictusDominusDeusnosterquededitnobissignum», que significa em português «Bendito o Senhor Nosso Deus que nos deu o sinal», anunciando desta forma o sentido simbólico e messiânico que percorre o poema. a estrutura da obra tripartida
  • 23. 22 Cada parte do poema de Fernando Pessoa tem início com uma expressão em latim: - A primeira inicia-se com «Bellumsinebello»("Guerra sem guerra"), o que nos dá a entender que no início, existia um espaço que tinha de ser conquistado, pois fazia parte de um desígnio. Na segunda parte surge o termo em latim «Possessiomaris» ("Posse do mar"), e traduz o domínio dos mares e a expansão. Na terceira parte da obra, há uma «Paxinexcelsis» ("Paz nos céus"), que marcará o Quinto Império. a estrutura da obra tripartida
  • 24. «A Mensagem» - O Mito Imagem de Ulisses
  • 25. 24 Nesta obra, o mito é descrito como o nada que é tudo. Esta frase exprime a ideia que Fernando Pessoa tinha dos mitos. É nada, porque não existe materialmente, mas é tudo, porque é Portugal e todo o seu heroísmo nacional. É através deste mito e da crença de muitos outros, que os heróis desta obra tomam as suas atitudes. Salientando a importância do mito para o futuro, “O mito torna suportável a insuportável realidade”, dando-nos força para ultrapassar dificuldades e inspirando-nos para nos superarmos a nós próprios. Foi nos mitos, que conquistámos “mares nunca dantes navegados” e terras desconhecidas. «a Mensagem» - O Mito
  • 26. o sebastianismo Imagem de Rei D. Sebastião
  • 27. 26 Ao falarmos do termo «Sebastianismo», temos obrigatoriamente que abordar dois autores, Fernando Pessoa e Luís Vaz de Camões. O Sebastianismo diz respeito a um mito gerado à volta da figura do rei D. Sebastião, Rei de Portugal, que perdeu a vida numa batalha em Alcácer- Quibir. Na Mensagem, considera-se que a morte do rei foi apenas carnal, pelo que unicamente o seu regresso conquistaria a grandeza da pátria, bem como o império perdido. o sebastianismo
  • 28. o quinto império: império espiritual
  • 29. 28 O Quinto Império é uma crença messiânica-milenarista reformada pelo padre António Vieira no século XVII, que, no seguimento do pensamento anterior do mito das Três Idades do monge Joaquim de Flora e depois que o ligou à acção civilizadora dos portugueses, propõe que o Império Português seja considerado o quinto e último império do mundo. A crença no Quinto Império segue Fernando Pessoa pela vida fora, como se vê pela entrevista a Alves Martins, entre 1897 e 1929 em RevistaPortuguesa, onde Fernando Pessoa responde à questão sobre o que calcula que seja o futuro da raça portuguesa: «O Quinto Império. O futuro de Portugal – que não calculo, mas sei – está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo.». O Quinto Império: Império Espíritual
  • 31. 30 Número 1 É o número que simboliza o Ser e a Revelação, concentra a ideia harmónica entre o consciente e o inconsciente, realizando a união dos contrários. Este número refere-se à perfeição. Número 2 Este número pressupõe a dualidade, seja ela expressão de contrários ou de complementaridade. Desta forma, simboliza o dualismo sobre o qual se apoia qualquer dialéctica, qualquer esforço, assim como qualquer combate e qualquer progresso. A Simbologia numérica Os 44 poemas que compõem a obra Mensagem agrupam-se em blocos a que correspondem os números: 1, 2, 3, 5, 7 e 12.
  • 32. 31 Número 3 O número três é um número que expressa a ordem intelectual e espiritual (o cosmos no homem), é a soma do céu (número um) pela Terra (número dois). O número três refere-se à manifestação da divindade, da perfeição e da totalidade. Número 5 Refere-se ao número da Ordem, do Equilíbrio e da Harmonia, pois situa-se no meio dos nove primeiros números. A Simbologia numérica
  • 33. 32 Número 7 O número sete assume uma extrema relevância, pois foram sete os Castelos que D. Afonso III conquistou aos mouros, são sete os poemas de «Os Castelos», corresponde aos 7 dias da criação, assim como ás 7 figuras evocadas que são as fundadoras da nacionalidade. É o número da perfeição dinâmica. Concluindo, Pessoa manteve na sua obra a ideia do número sete como número da criação. Número 12 O número 12 remete para um universo na sua complexidade interior (um ano, com doze meses, por exemplo). Este é também o número da eleição do povo de Deus e remete para as realizações, mutações, até na própria evolução do Universo. Faz alusão aos ciclos que se fecham e aos quais se sucede um renascimento. A Simbologia numérica
  • 34. Resumo de «A Mensagem»
  • 35. 34 Esta obra é constituída através de valores simbólicos que integram o passado transformado em mito e a inversão de um futuro profético e messiânico. A estrutura de «A Mensagem» altera e repete a história de uma pátria como o mito de um nascimento, crescimento e morte da nação portuguesa. Desta forma, a ideia que Pessoa tenta transmitir ao na obra é a de que os feitos do passado deverão servir de modelo para o futuro. «A Mensagem» é constituída por 44 poemas e está dividida simbolicamente em três partes: o Brasão, que simboliza o nascimento da nação, O Mar Português que em sua vez, retrata o crescimento marítimo da nação, e o Encoberto, que representa a morte da nação, morte essa seguida de um ressurgimento. Resumo de «A Mensagem»