1) O documento discute estados excitados em química quântica, introduzindo conceitos como excitação eletrônica, tempo de vida do estado excitado e métodos para descrever estados excitados como CIS e TDDFT.
2) É explicado o método ΔSCF para obter a energia do estado excitado e o colapso variacional, além do método CIS que usa os orbitais do estado fundamental.
3) O documento também aborda estados de Rydberg, métodos multiconfiguracionais e cálculo de
1. Prof. Dr. José Walkimar M. Carneiro
Dr. Ednilsom Orestes
19 de Abril de 2013
DISCIPLINA
Estados Excitados
2. 1. Introdução
• Estado excitado (ES) : Ao menos 1 e- não está no orbital de
menor energia possível para uma dada geometria.
• Gerado diferentes formas: absorção de radiação (espec.) e
produto reação química (caminho reação).
• Instável, decai para estado fundamental (GS).
• Se acoplamento é baixo, tempo de vida aumenta.
• Grande número estado excitados possíveis.
o M orb. ocup. e N orb. vazios.
o Restrição excitações simples: 1 e- do HOMO → orb. maior energia.
o Ψ0 = 𝜓1
2
𝜓2
2
𝜓3
2
… 𝜓 𝑁
2
⟶ 𝜓1
2
𝜓2
2
𝜓3
2
… 𝜓 𝑁 𝜓 𝑎 = Ψ 𝑁
𝑎
4. 1. Introdução (cont.)
• Excitação (emissão) em
comprimento de onda.
Δ𝐸 =
ℎ𝑐
𝜆
• Se Δ𝐸 ↑, 𝜆 ↓ (blueshift).
• Se Δ𝐸 ↓, 𝜆 ↑ (redshift).
5. 1. Introdução (cont.)
• Excitação vertical e adiabática
• ES e GS tem mesma geometria.
• Aprox. de Bohr-Oppenheimer.
• Δ𝐸 = 𝐸𝑥 𝑉 − 𝐸𝑚 𝑉; Stoke shift.
• Basta otimizar geometria do ES.
Como? (Não com orbitais do GS!)
R. Reotimizar coeficientes.
• Se Irrep Ψ0 ≠ Irrep(Ψ1).
• Do contrário ⟶ Colapso!
• Ψ0 deve ser ortogonal a Ψ1.
Como obter 𝚿𝟏?
R. Um ou mais determinantes
(configurações).
6.
7. 2. 𝚫SCF
• Colapso variacional impede aplicação Método SCF no ES.
• (Re)Otimização dos orbitais (coeficientes) leva à 𝐸0.
• Não ocorre quando natureza de Ψ0 é diferente de Ψ1.
• Caso de moléculas muito simétricas ou com spin do GS ≠ spin do ES.
3. CIS
• Orbitais do GS ⟶ determinantes do ES (Ψ1); 𝑯 𝚿𝟏 = 𝑬 𝟏 𝚿𝟏.
• Todos Φ𝑖>0 são ortogonais com Ψ0 mas não entre si.
• Somente excitações simples (Ψ𝑖
𝑎
) e Ψ𝑖 ⊥ Ψ𝑗: melhor descrição dos
estados Ψ1 ⟶ valor de 𝐸𝑖>0 mais baixo.
• Ψ𝑖 ⊥ Ψ𝑗 somente para 𝑖, 𝑗 > 0.
• Ψ 𝐻𝐹 (referência) não mistura com Ψ𝑖>0.
8. Recapitulando...
• Incluindo todas as configurações do estado excitado = Full CI
Ψ = 𝑎0Ψ 𝐻𝐹 + 𝑎𝑖
𝑟
Ψ𝑖
𝑟
𝑣𝑖𝑟
𝑟
𝑜𝑐𝑐
𝑖
+ 𝑎𝑖𝑗
𝑟𝑠
Ψ𝑖𝑗
𝑟𝑠
𝑣𝑖𝑟
𝑟<𝑠
𝑜𝑐𝑐
𝑖<𝑗
+ ⋯
Como determinar 𝑎0, 𝑎𝑖
𝑟
, 𝑎𝑖𝑗
𝑟𝑠
, …?
R.: Equação Secular.
10. 4. Estados de Rydberg
• Energia do elétron excitado está perto do contínuo (quase ionizado).
• Supõe-se existência “cátion molecular” e seu respectivo 𝑍 𝑒𝑓𝑓.
• Orbitais de Rydberg são difusos: requer função de base adequada.
5. Métodos Multiconfiguracionais
• Inclusão de excitações duplas, Φ𝑖𝑗
𝑎𝑏
.
• Descrevem excitação simples também.
• Maior demanda computacional.
• CIS muito mais econômico (quando pode ser usado).
• É possível otimizar variacionalmente os orbitais para 𝐸𝑖>1.
• Problema: Intersecção cônica.
16. 6. Propagadores (cont.)
• Perturbação: campo elétrico flutuante.
𝐸 = 𝐫 cos(𝑤𝑡)
• Polarizabilidade dependente da frequência – pólos.
𝛼 𝑤 =
Ψ0 𝑟 Ψ𝑖
2
𝑤 − (𝐸𝑖 − 𝐸0)
𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑖≠0
• Método de Propagadores (Fçs de Green ou Equation of Motion).
o Pólos são determinados sem calcular Ψ𝑖>0 e 𝐸𝑖>0.
• Time-Dependent Density-Functional Theory também usa
propagadores.
20. 8. Probabilidades de Transição (cont.)
Multiplicando pela esquerda por Φ 𝑚 (estados de interesse) e integrando:
−
ℏ
𝑖
𝜕𝑐 𝑘
𝜕𝑡
𝑘
𝑒
−
𝑖𝐸 𝑘 𝑡
ℏ Φ 𝑚 Φ 𝑘 = 𝑒0 𝐫 sin 2𝜋𝜈𝑡 𝑐 𝑘
𝑘
𝑒
−
𝑖𝐸 𝑘 𝑡
ℏ Φ 𝑚 𝐫 Φ 𝑘 .
Como estados estacionários são ortogonais; Φ 𝑚 Φ 𝑘 = 𝛿 𝑚𝑘 e só 𝑘 = 𝑚 sobrevive,
𝜕𝑐 𝑚
𝜕𝑡
= −
𝑖
ℏ
𝑒0 sin 2𝜋𝜈𝑡 𝑐 𝑘
𝑘
𝑒
−
𝑖 𝐸 𝑚−𝐸0 𝑡
ℏ Φ 𝑚 𝐫 Φ 𝑘 .
Se perturbação pequena e curta, só 1º termo (GS com 𝑐0 = 1) da expansão basta:
𝜕𝑐 𝑚
𝜕𝑡
= −
𝑖
ℏ
𝑒0 sin 2𝜋𝜈𝑡 𝑒
−
𝑖 𝐸 𝑚−𝐸0 𝑡
ℏ Φ 𝑚 𝐫 Φ0 .
Integrando em 𝑡 de 0 → 𝜏:
𝑐 𝑚 𝜏 = −
𝑖
ℏ
𝑒0 sin 2𝜋𝜈𝑡 𝑒
−
𝑖 𝐸 𝑚−𝐸0 𝑡
ℏ Φ 𝑚 𝐫 Φ0 𝑑𝑡
𝜏
0
.
21. 8. Probabilidades de Transição (cont.)
Integrando em 𝑡 de 0 → 𝜏:
𝑐 𝑚 𝜏 = −
𝑖
ℏ
𝑒0 sin 2𝜋𝜈𝑡 𝑒
−
𝑖 𝐸 𝑚−𝐸0 𝑡
ℏ Φ 𝑚 𝐫 Φ0 𝑑𝑡
𝜏
0
=
1
2𝑖ℏ
𝑒0
𝑒 𝑖 𝜔 𝑚0+𝜔 𝜏
− 1
𝜔 𝑚0 + 𝜔
−
𝑒 𝑖 𝜔 𝑚0−𝜔 𝜏
− 1
𝜔 𝑚0 + 𝜔
Φ 𝑚 𝐫 Φ0
onde
𝜔 = 2𝜋𝜈 e 𝜔 𝑚0 =
𝐸 𝑚 − 𝐸0
ℏ
.
Com a possibilidade de fazer
Ψ = ΛΞ e Φ 𝑚 𝐫 Φ0 ⟶ Λ 𝑚 𝐫 Λ0 Ξ 𝑛
𝑚 Ξ0
0
.
22.
23. 9. Solvatocromismo
• Fase condensada altera espectro: Ex.: corantes.
• “Deslocamento” superfície de energia potencial.
• Energia livre de solvatação no equilíbrio: Δ𝐺.
Δ𝐺∗
gasoso
solução
gasoso
solução
Δ𝐺𝑠𝑜𝑙
𝐺𝑆
Ψ∗
Ψ 𝐺𝑆
Δ𝐸𝑠𝑜𝑙 = Δ𝐸𝑔𝑎𝑠 + Δ𝐺∗ − Δ𝐺𝑠𝑜𝑙
𝐺𝑆
Efeito
solvatocrômico
Δ𝐸 𝑔𝑎𝑠 = ℎ𝜈 𝑔𝑎𝑠
Δ𝐸𝑠𝑜𝑙 = ℎ𝜈 𝑠𝑜𝑙
𝐸
24.
25. Estado Excitado CIS TD-BPW91 TD-B3LYP
TD-B3LYP
(PCM=H2O)
Experimental
1
B2u(𝜋 → 𝜋∗
) 4,90
1
B1u(𝜋 → 𝜋∗
) 6,20
1
E1g(𝜋 → 3𝑠) 6,33
1
A2u(𝜋 → 3𝑝) 6,93
1
E2u(𝜋 → 3𝑝) 6,95
1
E1u(𝜋 → 𝜋∗
) 7,00
MEA
Obtenha as energias dos 6 primeiros estados excitados singlete do benzeno relativos ao
estado fundamental. Use a função de base: 6-31+G(d).
Qual transição tem maior probabilidade de ocorrer?
Exercícios
• Otim. da geom.: B3LYP/6-31+G(d) Opt Freq
• Cálculo CIS: CIS=(Singlets,NStates=6)/6-31+G(d)
• Cálculo TD-BPW91: BPW91/6-31+G(d) TD=(Singlets,NStates=6)
• Cálculo PCM: B3LYP/6-31+G(d) TD=(Singlets,NStates=6) SCRF=(IEFPCM,Solvent=Water)
Repita o processo para os estados triplete do benzeno e compare ambos!!