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Síndromes Coronarianas Agudas
thiagoenggle
E-mail: thiagoenggle@gmail.com
Prof. Dr. Thiago Enggle
Especialista em Urgência e Emergência, Mestre em Enfermagem,
Doutor em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde
Enfermeiro intervencionista do Samu RN
Instrutor no NEP SAMU RN
Oficial Enfermeiro da FAB
Aorta
Circunflexa
DA
CE
CD
CD
DP
Marginal D
Marginal E
Síndrome Coronariana Aguda
MECANISMO DE FORMAÇÃO DA
PLACA ATEROSCLERÓTICA
• Ateroesclerose: disfunção endotelial
Placa Aterosclerótica
Aterosclerose
Reação Inflamatória
Trombose
Isquemia
Necrose
Disfunção endotelial
Ativação de lipídeos
Fatores tóxicos
Reação auto-imune
Infecção
Fatores teciduais
Trombina
Plaquetas
Acidose intracelular
Sobrecarga de cálcio
Injúria de reperfusão
FISIOPATOLOGIA
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
• Dor prolongada, localizada nas regiões retroesternal,
epigástrica, abdominal alta ou precordial, com irradiação para
dorso, pescoço, ombro, mandíbula ou membros superiores,
principalmente o esquerdo.
• Características da dor: opressiva, “em aperto”, contínua, com
duração de vários minutos, podendo ser acompanhada de
náuseas e vômitos, sudorese fria, dispneia, sensação de morte
iminente, ansiedade; desencadeada por estresse emocional ou
esforço físico, podendo também surgir em repouso, durante o
sono ou durante exercício leve.
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
• ECG com alterações sugestivas (elevação do segmento ST, bloqueio
de ramo esquerdo novo ou
supostamente novo, depressão do segmento ST ou inversão dinâmica de
onda T).
• História anterior de angina e/ou IAM ou uso de medicamentos anti-
anginosos.
Conduta
1. Realizar avaliação primária com ênfase para:
• manter o paciente com cabeceira elevada em torno de 45° e tranquilizá-
lo.
2. Oferecer O2 com fluxo de 4 l/min apenas se houver evidência de
desconforto respiratório ou se
oximetria de pulso < 94%.
Alterações isquêmicas
Alterações isquêmicas
Alterações isquêmicas
Alterações isquêmicas
Alterações isquêmicas
Onda Q patológica
Evolução temporal do IAM
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
• Monitorar sinais vitais;
• Manter monitorização cardíaca; e
• Entrevista SAMPLA e caracterização da dor (qualidade, localização,
irradiação, etc.).
4. Realizar ECG de 12 derivações.
5. Instalar acesso venoso periférico.
6. Realizar abordagem medicamentosa:
• Administrar AAS 300 mg VO macerado precocemente (solicitar que o
paciente mastigue);
(Contraindicações: hipersensibilidade conhecida, úlcera péptica ativa,
discrasia sanguínea ou hepatopatia grave.)
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
Administrar Clopidogrel 300mg VO para pacientes com idade 75 anos.
Para aqueles com mais
de 75 anos administrar 75 mg VO; (Contraindicações: hipersensibilidade
conhecida, sangramento
patológico ativo, intolerância a galactose.)
• Administrar Dinitrato de Isossorbida 5 mg SL. Se houver persistência da
dor pode ser repetido até 2
vezes (15 mg no máximo), com intervalos de 3 a 5 minutos entre as
doses . Limitar a redução da PA
em 10% se paciente normotenso ou até 30% se hipertenso.
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
Controlar PA e FC; (Contraindicações:
PAS < 90 mmHg, FC <50 ou >100bpm , em pacientes com suspeita de
infarto de ventrículo direito
(VD) ou infarto de parede inferior com possibilidade de envolvimento do
VD; se o paciente fez uso de
inibidores da fosfodiesterase-5: Sildenafi l (Viagra ), Vardenafi l (Levitra ,
Vivanza ) ou Lodenafi l (Heleva)
nas últimas 24 horas ou de Tadalafi l (Cialis ) nas últimas 48 horas; ou
ainda de outros medicamentos
para disfunção erétil, como Alprostadil (Aplicav , Caverget), Fentolamina
(Herivyl), Ioimbina (Yomax )
nas últimas 24 horas.)
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
Se a dor isquêmica não for aliviada pelo nitrato, administrar Sulfato de
morfi na de 2 a 4 mg IV
(diluída em 9 mL de AD) e repetir a cada 5 a 10 minutos até seu alívio,
observando a possibilidade de
depressão respiratória. Na eventualidade de hipotensão severa
(<90mm/Hg) e/ou bradicardia (FC<50 bpm), considerar o uso de Atropina
na dose de 0,5 mg a 1,5 mg.
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
Estar preparado para realizar RCP e desfibrilação, se necessário.
• Se o ECG inicial não for diagnóstico , outro ECG deve ser realizado
após 5 a 10min, sem que exista
atraso para a decisão de encaminhamento.
• Após ECG de 12 derivações, avaliar se o paciente preenche os critérios
para fibrinólise e, em caso
positivo, informar a Regulação Médica para definição do
encaminhamento necessário.
Cuidado com quadros atípicos: idosos e diabéticos podem apresentar
SCA apenas com desconforto gastrintestinal, dispneia, tontura, estado
confusional, síncope e sinais de AVE (acidente vascular encefálico).
• Clopidogrel: para os candidatos a angioplastia primária a dose deverá
ser de 600 mg.
Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda
• Causas de dor torácica não traumática:
• Cardíaca:
Isquêmica: angina estável, angina instável, infarto agudo do miocárdio; e
Não Isquêmica: dissecção de aorta, pericardite, valvular.
• Não Cardíaca:
Gastroesofagiana: refluxo gastroesofágico, espasmo esofagiano, úlcera
péptica; e
Não Gastroesofagiana: pneumotórax, embolia pulmonar, músculoesquelética,
embolia pulmonar,
psico-emocional, etc.
Considerar critérios de inclusão para fibrinólise (pré-hospitalar, se
disponível).
Lesão em artéria coronária direita
HEMODINÂMICA
ANGIOPLASTIA
REFERÊNCIAS
• PEDROSO, E. R. P.; OLIVEIRA, R. G. Blackbook : Clínica médica. Belo Horizonte/MG: Blackbook
Editora, 2007;
• PORTO, C.C. Vademecum de Clínica Médica. 2 ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007.
• SMELTZER, S. C. Brunner & Suddarth, Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10 ed. Vol. 2. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
O MAIOR
HOMEM
DO
MUNDO É
AQUELE
QUE NÃO
PERDE SEU
CORAÇÃO
DE
CRIANÇA
(Meng-tzu)
thiagoenggle
E-mail: thiagoenggle@gmail.com
OBRIGADO!!!!

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SCA - Síndrome Coronariana Aguda

  • 1. Síndromes Coronarianas Agudas thiagoenggle E-mail: thiagoenggle@gmail.com Prof. Dr. Thiago Enggle Especialista em Urgência e Emergência, Mestre em Enfermagem, Doutor em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde Enfermeiro intervencionista do Samu RN Instrutor no NEP SAMU RN Oficial Enfermeiro da FAB
  • 5. MECANISMO DE FORMAÇÃO DA PLACA ATEROSCLERÓTICA • Ateroesclerose: disfunção endotelial
  • 6. Placa Aterosclerótica Aterosclerose Reação Inflamatória Trombose Isquemia Necrose Disfunção endotelial Ativação de lipídeos Fatores tóxicos Reação auto-imune Infecção Fatores teciduais Trombina Plaquetas Acidose intracelular Sobrecarga de cálcio Injúria de reperfusão FISIOPATOLOGIA
  • 7. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda Quando suspeitar ou critérios de inclusão: • Dor prolongada, localizada nas regiões retroesternal, epigástrica, abdominal alta ou precordial, com irradiação para dorso, pescoço, ombro, mandíbula ou membros superiores, principalmente o esquerdo. • Características da dor: opressiva, “em aperto”, contínua, com duração de vários minutos, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos, sudorese fria, dispneia, sensação de morte iminente, ansiedade; desencadeada por estresse emocional ou esforço físico, podendo também surgir em repouso, durante o sono ou durante exercício leve.
  • 8. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda • ECG com alterações sugestivas (elevação do segmento ST, bloqueio de ramo esquerdo novo ou supostamente novo, depressão do segmento ST ou inversão dinâmica de onda T). • História anterior de angina e/ou IAM ou uso de medicamentos anti- anginosos. Conduta 1. Realizar avaliação primária com ênfase para: • manter o paciente com cabeceira elevada em torno de 45° e tranquilizá- lo. 2. Oferecer O2 com fluxo de 4 l/min apenas se houver evidência de desconforto respiratório ou se oximetria de pulso < 94%.
  • 16. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda • Monitorar sinais vitais; • Manter monitorização cardíaca; e • Entrevista SAMPLA e caracterização da dor (qualidade, localização, irradiação, etc.). 4. Realizar ECG de 12 derivações. 5. Instalar acesso venoso periférico. 6. Realizar abordagem medicamentosa: • Administrar AAS 300 mg VO macerado precocemente (solicitar que o paciente mastigue); (Contraindicações: hipersensibilidade conhecida, úlcera péptica ativa, discrasia sanguínea ou hepatopatia grave.)
  • 17. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda Administrar Clopidogrel 300mg VO para pacientes com idade 75 anos. Para aqueles com mais de 75 anos administrar 75 mg VO; (Contraindicações: hipersensibilidade conhecida, sangramento patológico ativo, intolerância a galactose.) • Administrar Dinitrato de Isossorbida 5 mg SL. Se houver persistência da dor pode ser repetido até 2 vezes (15 mg no máximo), com intervalos de 3 a 5 minutos entre as doses . Limitar a redução da PA em 10% se paciente normotenso ou até 30% se hipertenso.
  • 18. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda Controlar PA e FC; (Contraindicações: PAS < 90 mmHg, FC <50 ou >100bpm , em pacientes com suspeita de infarto de ventrículo direito (VD) ou infarto de parede inferior com possibilidade de envolvimento do VD; se o paciente fez uso de inibidores da fosfodiesterase-5: Sildenafi l (Viagra ), Vardenafi l (Levitra , Vivanza ) ou Lodenafi l (Heleva) nas últimas 24 horas ou de Tadalafi l (Cialis ) nas últimas 48 horas; ou ainda de outros medicamentos para disfunção erétil, como Alprostadil (Aplicav , Caverget), Fentolamina (Herivyl), Ioimbina (Yomax ) nas últimas 24 horas.)
  • 19. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda Se a dor isquêmica não for aliviada pelo nitrato, administrar Sulfato de morfi na de 2 a 4 mg IV (diluída em 9 mL de AD) e repetir a cada 5 a 10 minutos até seu alívio, observando a possibilidade de depressão respiratória. Na eventualidade de hipotensão severa (<90mm/Hg) e/ou bradicardia (FC<50 bpm), considerar o uso de Atropina na dose de 0,5 mg a 1,5 mg.
  • 20. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda Estar preparado para realizar RCP e desfibrilação, se necessário. • Se o ECG inicial não for diagnóstico , outro ECG deve ser realizado após 5 a 10min, sem que exista atraso para a decisão de encaminhamento. • Após ECG de 12 derivações, avaliar se o paciente preenche os critérios para fibrinólise e, em caso positivo, informar a Regulação Médica para definição do encaminhamento necessário. Cuidado com quadros atípicos: idosos e diabéticos podem apresentar SCA apenas com desconforto gastrintestinal, dispneia, tontura, estado confusional, síncope e sinais de AVE (acidente vascular encefálico). • Clopidogrel: para os candidatos a angioplastia primária a dose deverá ser de 600 mg.
  • 21.
  • 22.
  • 23. Dor torácica não traumática: SCA – Síndrome Coronariana Aguda • Causas de dor torácica não traumática: • Cardíaca: Isquêmica: angina estável, angina instável, infarto agudo do miocárdio; e Não Isquêmica: dissecção de aorta, pericardite, valvular. • Não Cardíaca: Gastroesofagiana: refluxo gastroesofágico, espasmo esofagiano, úlcera péptica; e Não Gastroesofagiana: pneumotórax, embolia pulmonar, músculoesquelética, embolia pulmonar, psico-emocional, etc. Considerar critérios de inclusão para fibrinólise (pré-hospitalar, se disponível).
  • 24. Lesão em artéria coronária direita
  • 27. REFERÊNCIAS • PEDROSO, E. R. P.; OLIVEIRA, R. G. Blackbook : Clínica médica. Belo Horizonte/MG: Blackbook Editora, 2007; • PORTO, C.C. Vademecum de Clínica Médica. 2 ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. • SMELTZER, S. C. Brunner & Suddarth, Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10 ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
  • 28. O MAIOR HOMEM DO MUNDO É AQUELE QUE NÃO PERDE SEU CORAÇÃO DE CRIANÇA (Meng-tzu)