3. E o que é a criança?
A criança é um ser humano em pleno desenvolvimento. As experiências vividas
nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será
no futuro. Por isso, é muito importante que a criança cresça em um ambiente
saudável, cercada de afeto e com liberdade para brincar.
4. Principais doenças na infância
➢ Desnutrição e diarréia;
➢ Cólica;
➢ Moniliase;
➢ Impetigo;
➢ Otite;
➢ Bronquiolite*;
➢ Pneumonia*;
➢ Asma*.
5. DESNUTRIÇÃO INFANTIL
✓ Caracterizada pela deficiência de
proteínas e calorias, podendo ser
associada a baixa idade e
acompanhada de infecções;
✓ Segundo a OMS, 1/3 das crianças
no mundo sofrem de desnutrição;
✓ A desnutrição severa pode levar a
falência múltipla dos órgãos,
anemia, infecções e outras
patologias graves, podendo chegar
ao óbito.
8. DIARRÉIA INFANTIL
➢ É definida como a alteração do ritmo intestinal, na qual as fezes ficam com
consistência amolecida ou líquida, onde geralmente a frequência de evacuação
ocorrer mais de 3 vezes em 24 horas, durando menos de 14 dias (duração média de
5-7 dias);
➢A anamnese nestas crianças devem compreender tais critérios;
Início e duração da diarréia;
Característica das fezes;
Frequência das evacuações;
Relato de febre (infecção);
Alimentação prévia.
9. ➢ Etiologia: bactérias (escherichia coli, salmonela), vírus (rotavírus, adenovírus,
coronavírus), fungos (cândida albicans) e parasitas (cryptosporidium).
➢ Pode ser classificada em:
• Aguda (até 14 dias de duração);
• Prolongada (15-30 dias de duração);
• Crônica (acima de 30 dias de duração).
10. ➢ Criança na fase de diarreia aguda devemos ter cuidado com a presença de sinais de
desidratação;
➢ Sendo assim, no exame físico devemos atentar quanto:
Perda de peso;
Sede excessiva;
Oligúria;
Perturbação do humor, irritabilidade e prostração;
Anorexia, vômitos e diarréia;
Diminuição do turgor;
Alteração do tônus muscular;
Depressão do nível da fontanela;
Olhos encovados;
Pele e mucosas secas;
Alteração do ritmo cardíaco.
11.
12.
13. Plano A- Domiciliar
• Oferecer mais líquido do que o habitual para
prevenir a desidratação;
• Manter a alimentação habitual para prevenir a
desnutrição;
• Orientar presença de algum sinal de perigo ou se
não houver melhora clínica em dois dias;
• Orientar o responsável sobre hábitos de higiene e
a reconhecer os sinais de desidratação, assim
como preparar e administrar a solução de
reidratação oral (SRO);
• Administrar zinco para os menores de cinco anos;
• Quantidade de líquido que deve ser oferecido
após evacuação diarreica:
– Para menores de 1 ano: 50-100 ml
– De 1 a 10 anos: 100-200 ml
– Maiores de 10 anos: quanto o paciente aceitar
14. Plano B
- Administrar SRO sob supervisão
médica, buscando evitar a
desidratação. Deve ser realizado
na unidade de saúde, local onde os
pacientes deverão permanecer até
que haja reidratação completa e
reintrodução da alimentação.
- Administrar de 50-100 mL/kg de
líquido no período de 4-6 horas. Se
os sinais de desidratação
desaparecerem, voltar para o
plano A. Caso não haja melhora da
desidratação, fazer gastróclise
(dieta enteral). Se houver piora do
quadro, evoluindo para
desidratação grave, passar para o
plano C.
15. Plano C
- Consiste em corrigir a desidratação
grave através de hidratação
parenteral no serviço de saúde até
que o paciente apresente melhora
clínica com condições de receber
tratamento por via oral. Nessa
etapa, há algumas recomendações
de como fazer a reidratação
parenteral:
– Segundo a OMS:
Lactentes e crianças maiores: 100
mL/kg de Ringer Lactato;
< 12 meses: 30 mL/kg em 1 hora e
70 mL/kg em 5 horas
> 12 meses: 30 mL/kg em 30
minutos e 70 mL/kg em 2,5 horas.
Caso não haja Ringer lactato
disponível, usar Soro Fisiológico
(SF).
16. CÓLICA INFANTIL
✓ São contrações violentas tanto do estômago como do intestino, causadas pela
formação de gases;
✓ Sintomatologia: Dor abdominal, Choro abrupto com gritos altos, Palidez,
Irritabilidade;
✓ Cuidados de enfermagem:
❑ Manter as narinas desobstruídas durante as mamadas, para evitar que o lactente
engula ar;
❑ Manter a mamadeira em posição vertical durante as mamadas;
❑ Evitar alimentação rápida durante o qual o lactente engula ar;
17. ❑Utilizar bico de mamadeira com furo adequado;
❑ Fazer o lactente eructar com freqüência durante e após a alimentação;
❑ Evitar o uso excessivo de carboidratos;
❑ Fazer massagem sobre o abdômen com a mão aquecida;
❑ Colocar o lactente em posição ventral.
18. ESCABIOSE (SARNA)
• Doença parasitária, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei;
• É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do
uso de roupas contaminadas;
• Tem como característica principal o prurido intenso que, geralmente, piora durante a
noite;
• As lesões atingem principalmente os seguintes locais: abdômen, flancos, baixo
ventre, umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entre os dedos das
mãos e sulco entre as nádegas.
19. MONILÍASE
✓ Infecção causada por fungo (cândida albicans), geralmente localizada na boca;
✓ Sintomatologia: língua e mucosa oral hiperemiadas; Placas brancas, semelhantes a
“leite coalhado”, aderentes à mucosa e são dolorosas; Dificuldade do lactente em sugar o
seio ou a mamadeira;
✓ Muitas vezes causadas pela falta de higiene materna e de limpeza da mamadeira e
chupetas;
✓ Tratamento: Limpeza da cavidade oral com bicarbonato de sódio e aplicação de
nistatina;
20. ✓Cuidados de enfermagem:
❑ Lavar bem as mãos antes e após os cuidados com o bebê;
❑ Limpeza das chupetas e bicos de mamadeiras com solução bicarbonada;
❑ Vigilância freqüente da cavidade oral do lactente;
❑ Limpeza oral com solução bicarbonada;
❑ Administrar nistatina de acordo com a prescrição médica, meia hora antes ou
depois das refeições;
❑ Orientar as mães quanto à necessidade de higiene das mãos e dos seios antes da
amamentação.
21. IMPETIGO
✓ É uma infecção de pele, causada pela penetração de micróbios na pele aberta por
machucados, feridas, coceiras ou picadas de inseto;
✓ Pode começar com pontinho de pus ou uma feridinha avermelhada, que aumenta
de tamanho, ficando inchada e dolorosa, com tendência a formar crostas; ou às vezes
a infecção é mais profunda, dolorosa e quente, como nos furúnculos;
22. ✓O tratamento é feito com a limpeza das feridas, remoção as cascas e secreções com
a mistura de água morna com permanganato de potássio, pode ser usado um creme
ou pomada com antibiótico. Quando as infecções são mais profundas, tipo furúnculo,
a aplicação de compressas quentes e úmidas também é usado;
✓ Nos casos mais graves, antibiótico oral ou injetável é indicado.
23. OTITE INFANTIL
✓ Otite média, causada por um vírus;
✓ Sintomatologia: otalgia (dor de ouvido), febre, secreção purulenta no ouvido;
✓ Tratamento: analgésico, antitérmico, antibiótico;
✓ Cuidados de enfermagem:
❑ Diminuir a dor e orientar para evitar recidivas;
❑ Aplicar calor com compressa morna no local;
❑ Manter os cuidados com a higiene do ouvido;
❑ Orientar sobre perdas temporárias da audição;
❑ Cuidado com água no canal auditivo;
❑ Observar sinais de hipertermia.
24. CONVULSÃO FEBRIL
• A convulsão febril geralmente está associada à rápida elevação da temperatura e
geralmente ocorre no início da febre, e não no final;
• Pode durar de alguns segundos a alguns minutos, ainda que as convulsões curtas
sejam mais freqüentes;
• São mais comuns em crianças entre três meses a cinco anos.