2. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA DO TRABALHO E DAS ORGANIZAÇÕES/CLÍNICA
TRABALHO DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
O LUTO
(VIDAADULTA TARDIA)
DISCENTES DO 3ºANO
GRUPO 7
Amélia Kwaya - 12196
Dilson Francisco – 13363
Esperança Luamba - 12833
Esmeraldina Costa- 12356
Teresa. Napoleão- 12654
Yara Agostinho- 12914 LUANDA, 2016
DOCENTE
João Saveia
3. Introdução
Nos foi dada a incumbências de versarmos sobre o Luto, no contexto
da vida adulta tardia, embora desde a infância já se pode viver este
fenómeno que ninguém pode escapar, até mesmo os animais,
deixando-nos num estado de choque, a tristeza, a raiva, a hostilidade,
a solidão, a agitação, a ansiedade e a fadiga onde com tempo
superamos.
Esperamos pois, que todos saiam saciados desta alimentação
intelectual por nós preparada para convosco partilhar.
4. O que é o Luto?
Etmologicamente, a palavra luto, provem do latim Luctus, que
significa “dor, pesar, aflição”, relacionada a palavra Lugere, “lamentar,
sofrer ou chorar pela perda de alguém”.
Segundo o Dicionário de Psicologia de A a Z (2013, p. 150), “luto é
uma reacção psicológica à perda de um objecto (coisa ou pessoa), real
ou simbólico.
Segundo John Bowlby, o luto é um conjunto de reacções a uma
perda significativa, geralmente pela morte de outro ser.
Com base os diferentes conceitos de luto, nós compreendemos
que o luto é um conjunto de reacções psicológicas relativas à perda
de uma pessoa, coisa ou ideal de que nos apegamos.
5. Teoria do Apego de John Bowlby
A teoria do apego nos auxilia a entender a tendência dos seres
humanos de estabelecer fortes laços afetivos com outros, assim como a
compreender a forte reação emocional que ocorre quando esses laços
afetivos são ameaçados ou rompidos.
6. Como se caracteriza o luto?
Duas características muito comuns de luto, o choro e a
raiva.
Outra característica inicial do processo de luto acontece
pelas relembranças da perda, aliadas ao sentimento de
tristeza, choro, a inibição e o retrair-se sobre si da
pessoa gravemente enlutada, a perda de interesse por
tudo o que não diz respeito ao objecto perdido, a perda
do gosto de viver e de escolher novos objectos de amor
aparecem como consequência económica da
mobilização de toda a energia psíquica disponível para
realizar a prova de realidade relactivamente à perda de
objecto que recusada nas camadas profundas do
inconsciente.
7. Tipos de Luto
O luto pode ser normal ou patológico.
Se o luto permanece não resolvido ao longo de tempo, durante vários
anos, por vezes, para o resto da vida da pessoa, interferindo no estado
emocional da pessoa e condicionando significativamente a sua vida.
Nestes casos, estamos perante uma situação de luto patológico o contrário
é o luto normal.
Luto patológico caracteriza-se por uma diversidade de manifestações
clínicas nomeadamente (Parkes, 1998):
Reacções de luto cronicas;
Reacções de luto inibidas;
Reacções de luto exageradas;
Reacções de luto mascaradas.
8. O Luto na infância
O CONCEITO DE MORTE PARAAS CRIANÇAS
Lucélia E. Paiva (2011), fez um estudo sobre a aquisição do conceito
de morte pelas crianças, de acordo com os estágios estabelecidos por
Jean Piaget(1987, 1996). Aponta as seguintes diferenças para cada estágio:
1. Período Sensório-motor: crianças de 0 a 2 anos (antes da
aquisição da linguagem)
2. Período Pré-operacional: crianças de 3 a 5 anos
3. Período Operacional: crianças de 6 a 9 anos
4. Período de Operações Formais: crianças de 10 anos até a
adolescência
9. PESAR DO LUTO NA INFÂNCIA
Torres (1999), citando Bowlby, afirma que a criança é capaz de enlutar-se
tanto quanto o adulto, identificando três etapas principais no processo natural
do luto infantil:
1. Protesto
2. Desespero e desorganização da personalidade
3. Esperança
10. Primeiro aparece uma negação de qualquer
necessidade de dependência. “Não necessito de meus
pais”, diz o adolescente com ar de desafio. “São
superprotectores, interferem em minha vida. Tem
duas caras e são arrogantes.” Todavia, rejeita a sua
necessidade de uma figura estável para a qual possa
se voltar. Ele necessita de receber ajuda e apoio de
alguém e, enquanto não aceitar este facto, se
queixará de solidão e aborrecimento. Há também
uma sensação de sofrimento nos adolescentes apesar
de fingirem em público, choram sozinho.
O luto na adolescência
12. Nós apreendemos que as pessoas sentem a dor, o pesar e até
lamentam ou choram pela perda de alguém ou de algo
quando se apegam aos mesmos.
É MARCADO POR TRÊS REACÇÕES:
Negação
Aceitação
Recuperação
13. Como vimos, a aceitação da morte do ente querido
é seguida muitas vezes, nos primeiros tempos, por
falsas sensações de que o defunto ainda está presente
(negação), Pouco a pouco o sentido de realidade
prevalece (aceitação) e compreendemos que “a vida
deve continuar” (recuperação).
14. Outras formas de perda
Acabamos de descrever reacções psicológicas diante da morte de um ente
querido. Porém, o mesmo processo de negação, aceitação e recuperação, se
verifica ao enfrentarem-se outras perdas importantes, como: A perda de uma
parte do corpo, A perda de objectos inanimados, A perda de categoria, A
transição para outra etapa ou fase da vida e outras.
AS FASES DO PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO LUTO
Bowlby e outros autores consideram estas reacções e estabelecem quatro
fases para melhor explicar tais reacções:
Fase de Entorpecimento
Fase de Anseio e Protesto
Fase de Desespero
Fase da recuperação e restituição
15. Alguns rituais cerimoniais fúnebres
O luto tem diferentes formas de manifestação ou expressão em culturas
distintas:
Às vezes é um ritual comtemplar o cadáver;
Passar por debaixo do caixão os filho ou alguns familiares próximos do
cadáver;
Na cerimônia é devolvido à terra de onde veio, dedica-se algumas
palavras de inevitabilidade “pó és e pó te converterás” e de esperança;
Apos ao enterro na casa da família enlutada é posta uma banheira com
água na qual todos os que vêm do cemitério deverão lavar as mãos;
Na maioria das religiões inclui a promessa de que chegará um dia no
qual aqueles que agora estão de luto se reunirão com os seus mortos
queridos.
16.
17. Considerações finais
Contudo, a morte faz parte da existência humana
e, a cada dia, nós nos deparamos com essa
possibilidade, a criança percebe a morte de forma
diferente do adulto, de acordo com faixa etária e
condições cognitivas. O processo de luto acontece
tanto na infância como na vida adulta.
Reflexão…