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MORTE E LUTO
JOÃO FREDERICO ANTUNES MURTA
NUNO FILIPE DE OLIVEIRA GIL SALGADO
PEDRO MIGUEL MATEUS MONTEIRO
X CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM DE SAÚDE
MENTAL E PSIQUIATRIA
Ano Letivo 2020/2012
UNIDADE CURRICULAR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Para Papalia, Olds e Feldman citados por Gonçalves (2016), a morte e o luto são fases que vão sendo
aceites e encaradas como uma normalidade ao longo da vida adulta do ser humano, uma vez que
representam o fim do ciclo vital.
Para Sifuentes et al (2007) o desenvolvimento humano pode ser considerado como um sistema baseado
em etapas de construção do individuo ao longo da sua vida. Este processo será ordenado, envolvendo
todas as dimensões do ser humano como ser bio-psico-socio-culturo e espiritual.
A maioria dos desenvolvimentistas apenas se debruçaram sobre o desenvolvimento da criança até à
adolescência, não englobando a morte como etapa fulcral do desenvolvimento humano.
A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Bowlby, de acordo com Silva (2014), conceptualizou a teoria da vinculação, descrevendo-a como uma
relação emocional profunda e duradoura que liga duas pessoas num determinado contexto temporal e
espacial.
Segundo a visão cognitivista piagetiana é entre os 5-7 anos que a criança começa a compreender a morte
como um fenómeno irreversível (“a pessoa ou o animal morrem e não podem voltar a viver”).
A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Erik Erikson, direciona-se para a separação e para a morte, apenas no último estadio, que surge a partir dos 65
anos. É a idade da integridade do EU versus o desespero.
Havinghurst conceptualiza o desenvolvimento humano desde a conceção até à morte – ciclo de vida – através
da realização de tarefas desenvolvimentais.
Uma das tarefas apontadas pelo autor, é a adaptação à morte do cônjuge durante a velhice (a partir dos 60 anos
de idade), em que a(o) viúva(o), terão que aprender novos papéis e funções operacionais na sua vida (Silva,
2004).
A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O luto é uma reação universal e característica a uma perda significativa
(Barbosa & Neto, 2010).
Apesar de ser uma experiência de vida comum a todos os seres humanos é constituído por dois elementos:
Perda Reação característica
 Real (pessoa, animal ou objeto).
 Processa-se por fases características:
 Trauma;
 Separação racional;
 Rotura existencial.
 Simbólica (ideal, expectativa ou
potencialidade).
Adaptado de: Barbosa, A. & Neto, I. (2010). Manual de Cuidados Paliativos - Cuidados Paliativos, 2ª Edição. Faculdade de Medicina
da Universidade de Lisboa. Lisboa.
O PROCESSO DE LUTO
COMPONENTES DO LUTO
Para Barbosa & Neto (2010) o luto pode ser englobado em três etapas:
• Choque/Negação (evitamento);
• Desorganização/Desespero (confronto);
• Reorganização/Recuperação (acomodação).
Luto Preparatório
Luto Antecipatório
Luto Prematuro
Luto Latente
O PROCESSO DE LUTO
O PROCESSO DE LUTO
Recordando Kubler-Ross, conceptualizou 5 etapas no luto:
• A Negação;
• A Raiva;
• A Negociação;
• A Depressão;
• AAceitação
LUTO COMPLICADO - é um conceito que se refere aos sintomas identificados (cognitivos,
emocionais ou comportamentais) nos sujeitos que possuem um ajuste problemático a uma perda.
(Boelen & Prigerson, 2007)
• Luto Traumático (perda inesperada);
• Luto Inibido (retardado, adiado, congelado);
• Luto Crónico (dependente);
• Luto Exagerado e Luto Indizível (privado de direito, afastado).
• Mais recentemente surge o conceito de luto patológico. Segundo a DSM-5 (2014) o luto patológico é
denominado como “Transtorno do Luto Complexo Persistente”
O PROCESSO DE LUTO
Este transtorno é diagnosticado se a partir dos 12 meses da morte de alguém próximo, o sujeito
ainda se encontrar em processo de luto, com sintomas semelhantes aos ocorridos nos
primeiros meses após a morte.
Critérios de diagnóstico segundo a DSM-5 (2014):
• experienciar a perda de alguém próximo, sentindo ‘saudade persistente’ da pessoa falecida;
• apresentar ‘dor emocional’ como resposta;
• revelar ‘preocupação’ com a pessoa falecida e com as ‘circunstâncias da morte’.
O PROCESSO DE LUTO
Transtorno do Luto Complexo Persistente
Há o risco real do sujeito enveredar pelo uso de substâncias como
álcool e tabaco, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e
o aparecimento de ideação suicida (DSM-5, 2014).
PAPEL DO EESMP NO PROCESSO DE LUTO
• De acordo com a DGS (2019) apenas 43% do total de pessoas que passam por processos de perturbação de
luto prolongado e patológico, recorrem/têm acesso a apoio especializado.
• Sabendo que o processo de luto é extremamente doloroso e por vezes incapacitante ou traumático, é
fundamental a promoção e reabilitação psicossocial dos sujeitos que se encontram nesse processo.
• O EESMP tem o dever de se assumir como uma peça fundamental e indispensável à promoção da saúde
mental dos indivíduos, família e comunidade.
• Relação de ajuda terapêutica, uma relação de confiança, a valorização de aspetos significativos e o
reforço da esperança realista proporcionada pelo enfermeiro configuram-se como fulcrais para o
EESMP.
• Compreender a forma como a pessoa em processo de luto vê e sente o seu problema. Deste modo
pretende ajudá-la a promover a evolução e o crescimento que vai contribuir para uma melhor
adaptação e resolução do mesmo. (Coelho, 2020)
• A estratégia baseada na capacitação de resolução de problemas e reforço de habilidades.
• O treino das habilidades sociais por parte da pessoa em luto configura-se também como uma
capacidade importante para não desenvolver uma situação patológica.
PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO
DE LUTO PATOLÓGICO
• As estratégias de Coping são um conjunto de estratégias adaptativas
utilizadas pelas pessoas. São respostas cognitivas e comportamentais ao
stress, com objetivo de suavizar as características causadoras de dor.
• O aconselhamento do EESMP deverá consistir em descobrir o que pretendem as pessoas,
e em que medida a nossa ajuda pode ser preciosa.
• Observar, Esperar, Ouvir e não Julgar são os pilares para uma intervenção centrada nas
necessidades da Pessoa.
• Permitir a expressão da dor e reformular os sintomas expressados de forma positiva.
• Descobrir a pessoa, as suas forças e motivações e estimular.
PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO
DE LUTO PATOLÓGICO
AJUDAR NÃO É SUBSTITUIR A DOR DO OUTRO!!!
O objetivo ajudar encontrar o seu próprio sentido através de:
Valorização do que teve real significado na vida da
pessoa (desde os pequenos aos grandes eventos);
 As diferentes escolhas que faz na vida;
 Responsabilidade pelas mesmas;
Significado imediato (dar sentido aos acontecimentos
da vida, tanto positivos como negativos).
Logoterapia ou Psicologia do Sentido da vida
PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO
DE LUTO PATOLÓGICO
•Contexto: Enfermeiros em serviços de internamento hospitalares medico-cirúrgicos, frequentemente
contactamos com doentes em situação crítica, e em situações terminais e paliativas.
• Propomos realizar uma intervenção educativa às equipas de enfermagem onde nos inserimos.
• Estratégia: divisão de cada equipa de enfermagem, em 3 subequipas, para proporcionar oportunidade a
todos os elementos de frequentarem a formação, aumentando a adesão e diminuindo constrangimentos de
serviço impeditivos para a mesma.
PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA
FORMAÇÃO: MORTE E O PROCESSO DE LUTO
População-Alvo: Equipa de enfermagem
Local: Sala de Reuniões do serviço
Objetivos geral: Capacitar os enfermeiros para lidar com as situações de morte e preparação do luto
FASES
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS RECURSOS MÉTODOS E TÉCNICAS DURAÇÃO AVALIAÇÃO
1º SESSÃO
REUNIÃO
INICIAL
-Reconhecer os
conteúdos da formação;
-Promover um ambiente
de intimidade formativa e
o espírito de grupo;
-Partilhar e reconhecer
perspetivas pessoais
sobre a morte e o luto;
-Apresentação formal
do programa de
formação;
-Computador
portátil;
-Projetor;
-Caixa de fósforos;
-Vela;
- Expositivo;
- Interactivo – Dinâmica de grupo – “últimos
momentos de vida”
Enquanto se queima um fósforo, dirigindo a
imaginação, pede-se aos colegas que imaginem
que se encontram numa situação terminal,
dirigindo-os sobre os pormenores desse
momento: onde estão, onde gostariam de estar,
acompanhados de quem, o que gostariam de ter
à sua volta, o que gostariam de ter feitos na vida,
o que ficou por fazer, arrependimentos, como
imaginam que sentiria os que ficam, como
viveriam a sua perda… No final, acende-se uma
vela e deixa-se acesa enquanto os colegas
partilham a sua experiência (símbolo de que há
uma vida para fazer acontecer os momentos
afetivos realçados)
60 minutos Questionário pré
formativo de avaliação
dos conhecimentos
sobre morte e luto
FORMAÇÃO: MORTE E O PROCESSO DE LUTO
2º SESSÃO
IDENTIFICAÇÃ
O DO LUTO
-Reconhecer o
processo de luto
normal;
-Reconhecer sinais de
luto complicado;
-Reconhecer sinais de
luto patológico;
-Definição de
processo de luto;
-Fases do luto;
-Perspetiva de
barbosa e neto
-Teoria de Kubler-
Ross
-Tipos de luto:
Luto saudável vs.
luto complicado vs.
Transtorno de luto
complexo
persistente
-Computador
portátil;
-Projector;
- Filme coco;
-Expositivo
-Interativo – partilha de
testemunhos mais significativos
para cada formando relativamente
aos conteúdos
-Multimédia - Visualização de
fragmentos do filme Coco e
discussão do mesmo
90 minutos
3º SESSÃO
PREPARAÇÃO
DO LUTO
AVALIAÇÃO
FINAL
-Reconhecer
perspetivas culturais
sobre a morte e o luto;
-Perspetivas
culturais da morte e
do processo de luto
Comunicação de
más notícias
-Relação de ajuda
-Expositivo
-Interativo – simulação de
diferentes situações de
comunicação de más notícias
90 minutos Questionário
de avaliação
sobre os
conteúdos
•A morte e o luto são partes integrante das etapas do desenvolvimento humano, porém as mais estigmatizadas.
•Estes processos são vivenciados de forma própria por cada indivíduo, sendo mais ou menos disfuncional
variando a sua intensidade, os sentimentos e vinculação. A duração destes processos pode ter curso e intensidade
muito variável, dependendo da própria cultura em que o individuo se encontra inserido. Os costumes, os processos
culturais e religiosos interferem também na reação à perda, dependendo do significado que cada sociedade lhe
atribui.
•O EESMP procurará compreender o doente e como este comunica, identificar e prever as suas necessidades, de
modo a ajuda-lo a compreender-se e a criar estratégias para responder e ultrapassar os seus medos, e as suas
dificuldades em lidar com este processo de luto.
CONCLUSÃO
• México: Para receber os amigos do falecido, os familiares enfeitam as casas com flores, velas e incensos, preparam
as comidas preferidas de quem partiu e usam máscaras com caveiras, vestem também roupas pintadas de esqueletos.
• Judeus: Fazem rasgos nas roupas de quem está de luto, a este ritual dá-se o nome de Keriá. Esse ritual, datado desde
os tempos bíblicos, seria uma forma de catarse para “descarregar” a dor e a angústia. Outro costume judaico faz com
que as pessoas que acompanham o caixão façam rápidas paragens antes de chegar ao túmulo. Essas paragens,
simbolicamente, demonstrariam a relutância dos familiares em se separarem do falecido.
• China: Para os chineses a cerimonia fúnebre dura sete dias, e os enlutados usam roupas conforme o relacionamento
que tinham com quem faleceu. O conjugue veste de vermelho, os filhos e filhas usam roupas em branco, e caminham
na frente da procissão para o cemitério. Netos e netas usam azul. O uso da cor branca simbolicamente lembra a morte,
enquanto o vermelho está mais relacionado a momentos felizes, como casamentos.
• Islamismo: Para os muçulmanos, o momento do luto não ser lamentado, mas sim vivenciado com equilíbrio e
discrição. Ao receber os pêsames dos amigos e familiares, o enlutado comporta-se pacientemente e espera que Deus o
console.
• Etnia Cigana: As mulheres ciganas vestem roupas pretas e compridas durante anos, cortam o cabelo curto, usam
um lenço preto na cabeça e “carregam” o luto para toda a vida. Durante semanas, segundo as normas da etnia, nem
banho podiam tomar. Já os homens não podem cortar a barba e têm de usar chapéus, além do tradicional traje preto.
CURIOSIDADE: O LUTO VIVIDO EM DIFERENTES CULTURAS
• Madagáscar: De sete em sete anos, os povos de Madagáscar realizam um evento curioso: conhecido
como Famadihana, o ritual realizado pela etnia Malgaxe tem como objetivo celebrar os laços ancestrais
de forma alegre e descontraída. Durante a festa, os túmulos de familiares são abertos e os cadáveres,
envoltos em panos brancos, para em seguida serem carregados acima das cabeças dos participantes. De
seguida, anciãos explicam às crianças a importância do contato com os mortos. Segundo a crença
Malgaxe, até que o cadáver se decomponha completamente e restem apenas ossos, os mortos ainda
podem comunicar com os vivos. Portanto, é essencial que a presença deles seja celebrada com muito
amor e alegria.
• Jamaica: Os Jamaicanos vivem a morte dos seus familiares através da cerimonia chamada Nine-Night.
Nesta, celebrada na noite do nono dia apos o falecimento, os familiares e amigos fazem um banquete
com muito Rum branco, musica e danças e partilhas de historias sobre o falecido. Outra curiosidade é
que a mobília do quarto e o colchão nessa noite são trocados, para que o falecido não reconheça o
quarto e prefira ficar em vez de partir para o “mundo dos mortos”.
• Gana: Para este povo africano os funerais são considerados eventos muito importantes, são realizados
rituais acompanhados de musica, coreografias, banquetes e bebidas. Uma característica desta cultura é
que as pessoas que morrem de forma trágica têm uma cruz marcada no caixão e os familiares vão
vestidos de vermelho e preto, que para aquela cultura representa o luto doloroso. Nos restantes funerais
as pessoas festejam de branco e preto.
CURIOSIDADE: O LUTO VIVIDO EM DIFERENTES CULTURAS
BIBLIOGRAFIA
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Pazes, M., Nunes, L. & Barbosa, A. (2014). Fatores que influenciam a vivência da fase terminal e de luto: perspetiva do cuidador principal. Revista de Enfermagem Referência. Série IV - n.º 3 - nov./dez. 2014. p. 95-104
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Regulamento n.º 356/2015, Ordem dos Enfermeiros. Diário da República n.º 122/2015,
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Worden, J. (1983). Grief Counselling & Grief Therapy. London and New York: Tavistock
Publications
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Morte e luto como etapas do desenvolvimento humano

  • 1. MORTE E LUTO JOÃO FREDERICO ANTUNES MURTA NUNO FILIPE DE OLIVEIRA GIL SALGADO PEDRO MIGUEL MATEUS MONTEIRO X CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA Ano Letivo 2020/2012 UNIDADE CURRICULAR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 2.
  • 3. A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Para Papalia, Olds e Feldman citados por Gonçalves (2016), a morte e o luto são fases que vão sendo aceites e encaradas como uma normalidade ao longo da vida adulta do ser humano, uma vez que representam o fim do ciclo vital. Para Sifuentes et al (2007) o desenvolvimento humano pode ser considerado como um sistema baseado em etapas de construção do individuo ao longo da sua vida. Este processo será ordenado, envolvendo todas as dimensões do ser humano como ser bio-psico-socio-culturo e espiritual. A maioria dos desenvolvimentistas apenas se debruçaram sobre o desenvolvimento da criança até à adolescência, não englobando a morte como etapa fulcral do desenvolvimento humano.
  • 4. A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 5. Bowlby, de acordo com Silva (2014), conceptualizou a teoria da vinculação, descrevendo-a como uma relação emocional profunda e duradoura que liga duas pessoas num determinado contexto temporal e espacial. Segundo a visão cognitivista piagetiana é entre os 5-7 anos que a criança começa a compreender a morte como um fenómeno irreversível (“a pessoa ou o animal morrem e não podem voltar a viver”). A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 6. Erik Erikson, direciona-se para a separação e para a morte, apenas no último estadio, que surge a partir dos 65 anos. É a idade da integridade do EU versus o desespero. Havinghurst conceptualiza o desenvolvimento humano desde a conceção até à morte – ciclo de vida – através da realização de tarefas desenvolvimentais. Uma das tarefas apontadas pelo autor, é a adaptação à morte do cônjuge durante a velhice (a partir dos 60 anos de idade), em que a(o) viúva(o), terão que aprender novos papéis e funções operacionais na sua vida (Silva, 2004). A MORTE ENQUANTO ETAPA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 7. O luto é uma reação universal e característica a uma perda significativa (Barbosa & Neto, 2010). Apesar de ser uma experiência de vida comum a todos os seres humanos é constituído por dois elementos: Perda Reação característica  Real (pessoa, animal ou objeto).  Processa-se por fases características:  Trauma;  Separação racional;  Rotura existencial.  Simbólica (ideal, expectativa ou potencialidade). Adaptado de: Barbosa, A. & Neto, I. (2010). Manual de Cuidados Paliativos - Cuidados Paliativos, 2ª Edição. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Lisboa. O PROCESSO DE LUTO COMPONENTES DO LUTO
  • 8. Para Barbosa & Neto (2010) o luto pode ser englobado em três etapas: • Choque/Negação (evitamento); • Desorganização/Desespero (confronto); • Reorganização/Recuperação (acomodação). Luto Preparatório Luto Antecipatório Luto Prematuro Luto Latente O PROCESSO DE LUTO
  • 9. O PROCESSO DE LUTO Recordando Kubler-Ross, conceptualizou 5 etapas no luto: • A Negação; • A Raiva; • A Negociação; • A Depressão; • AAceitação
  • 10. LUTO COMPLICADO - é um conceito que se refere aos sintomas identificados (cognitivos, emocionais ou comportamentais) nos sujeitos que possuem um ajuste problemático a uma perda. (Boelen & Prigerson, 2007) • Luto Traumático (perda inesperada); • Luto Inibido (retardado, adiado, congelado); • Luto Crónico (dependente); • Luto Exagerado e Luto Indizível (privado de direito, afastado). • Mais recentemente surge o conceito de luto patológico. Segundo a DSM-5 (2014) o luto patológico é denominado como “Transtorno do Luto Complexo Persistente” O PROCESSO DE LUTO
  • 11. Este transtorno é diagnosticado se a partir dos 12 meses da morte de alguém próximo, o sujeito ainda se encontrar em processo de luto, com sintomas semelhantes aos ocorridos nos primeiros meses após a morte. Critérios de diagnóstico segundo a DSM-5 (2014): • experienciar a perda de alguém próximo, sentindo ‘saudade persistente’ da pessoa falecida; • apresentar ‘dor emocional’ como resposta; • revelar ‘preocupação’ com a pessoa falecida e com as ‘circunstâncias da morte’. O PROCESSO DE LUTO Transtorno do Luto Complexo Persistente Há o risco real do sujeito enveredar pelo uso de substâncias como álcool e tabaco, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e o aparecimento de ideação suicida (DSM-5, 2014).
  • 12. PAPEL DO EESMP NO PROCESSO DE LUTO • De acordo com a DGS (2019) apenas 43% do total de pessoas que passam por processos de perturbação de luto prolongado e patológico, recorrem/têm acesso a apoio especializado. • Sabendo que o processo de luto é extremamente doloroso e por vezes incapacitante ou traumático, é fundamental a promoção e reabilitação psicossocial dos sujeitos que se encontram nesse processo. • O EESMP tem o dever de se assumir como uma peça fundamental e indispensável à promoção da saúde mental dos indivíduos, família e comunidade.
  • 13. • Relação de ajuda terapêutica, uma relação de confiança, a valorização de aspetos significativos e o reforço da esperança realista proporcionada pelo enfermeiro configuram-se como fulcrais para o EESMP. • Compreender a forma como a pessoa em processo de luto vê e sente o seu problema. Deste modo pretende ajudá-la a promover a evolução e o crescimento que vai contribuir para uma melhor adaptação e resolução do mesmo. (Coelho, 2020) • A estratégia baseada na capacitação de resolução de problemas e reforço de habilidades. • O treino das habilidades sociais por parte da pessoa em luto configura-se também como uma capacidade importante para não desenvolver uma situação patológica. PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO DE LUTO PATOLÓGICO • As estratégias de Coping são um conjunto de estratégias adaptativas utilizadas pelas pessoas. São respostas cognitivas e comportamentais ao stress, com objetivo de suavizar as características causadoras de dor.
  • 14. • O aconselhamento do EESMP deverá consistir em descobrir o que pretendem as pessoas, e em que medida a nossa ajuda pode ser preciosa. • Observar, Esperar, Ouvir e não Julgar são os pilares para uma intervenção centrada nas necessidades da Pessoa. • Permitir a expressão da dor e reformular os sintomas expressados de forma positiva. • Descobrir a pessoa, as suas forças e motivações e estimular. PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO DE LUTO PATOLÓGICO AJUDAR NÃO É SUBSTITUIR A DOR DO OUTRO!!!
  • 15. O objetivo ajudar encontrar o seu próprio sentido através de: Valorização do que teve real significado na vida da pessoa (desde os pequenos aos grandes eventos);  As diferentes escolhas que faz na vida;  Responsabilidade pelas mesmas; Significado imediato (dar sentido aos acontecimentos da vida, tanto positivos como negativos). Logoterapia ou Psicologia do Sentido da vida PAPEL DO ENFERMEIRO DE SAÚDE MENTAL NA PERTURBAÇÃO DE LUTO PATOLÓGICO
  • 16. •Contexto: Enfermeiros em serviços de internamento hospitalares medico-cirúrgicos, frequentemente contactamos com doentes em situação crítica, e em situações terminais e paliativas. • Propomos realizar uma intervenção educativa às equipas de enfermagem onde nos inserimos. • Estratégia: divisão de cada equipa de enfermagem, em 3 subequipas, para proporcionar oportunidade a todos os elementos de frequentarem a formação, aumentando a adesão e diminuindo constrangimentos de serviço impeditivos para a mesma. PLANO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA
  • 17. FORMAÇÃO: MORTE E O PROCESSO DE LUTO População-Alvo: Equipa de enfermagem Local: Sala de Reuniões do serviço Objetivos geral: Capacitar os enfermeiros para lidar com as situações de morte e preparação do luto FASES OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS RECURSOS MÉTODOS E TÉCNICAS DURAÇÃO AVALIAÇÃO 1º SESSÃO REUNIÃO INICIAL -Reconhecer os conteúdos da formação; -Promover um ambiente de intimidade formativa e o espírito de grupo; -Partilhar e reconhecer perspetivas pessoais sobre a morte e o luto; -Apresentação formal do programa de formação; -Computador portátil; -Projetor; -Caixa de fósforos; -Vela; - Expositivo; - Interactivo – Dinâmica de grupo – “últimos momentos de vida” Enquanto se queima um fósforo, dirigindo a imaginação, pede-se aos colegas que imaginem que se encontram numa situação terminal, dirigindo-os sobre os pormenores desse momento: onde estão, onde gostariam de estar, acompanhados de quem, o que gostariam de ter à sua volta, o que gostariam de ter feitos na vida, o que ficou por fazer, arrependimentos, como imaginam que sentiria os que ficam, como viveriam a sua perda… No final, acende-se uma vela e deixa-se acesa enquanto os colegas partilham a sua experiência (símbolo de que há uma vida para fazer acontecer os momentos afetivos realçados) 60 minutos Questionário pré formativo de avaliação dos conhecimentos sobre morte e luto
  • 18. FORMAÇÃO: MORTE E O PROCESSO DE LUTO 2º SESSÃO IDENTIFICAÇÃ O DO LUTO -Reconhecer o processo de luto normal; -Reconhecer sinais de luto complicado; -Reconhecer sinais de luto patológico; -Definição de processo de luto; -Fases do luto; -Perspetiva de barbosa e neto -Teoria de Kubler- Ross -Tipos de luto: Luto saudável vs. luto complicado vs. Transtorno de luto complexo persistente -Computador portátil; -Projector; - Filme coco; -Expositivo -Interativo – partilha de testemunhos mais significativos para cada formando relativamente aos conteúdos -Multimédia - Visualização de fragmentos do filme Coco e discussão do mesmo 90 minutos 3º SESSÃO PREPARAÇÃO DO LUTO AVALIAÇÃO FINAL -Reconhecer perspetivas culturais sobre a morte e o luto; -Perspetivas culturais da morte e do processo de luto Comunicação de más notícias -Relação de ajuda -Expositivo -Interativo – simulação de diferentes situações de comunicação de más notícias 90 minutos Questionário de avaliação sobre os conteúdos
  • 19. •A morte e o luto são partes integrante das etapas do desenvolvimento humano, porém as mais estigmatizadas. •Estes processos são vivenciados de forma própria por cada indivíduo, sendo mais ou menos disfuncional variando a sua intensidade, os sentimentos e vinculação. A duração destes processos pode ter curso e intensidade muito variável, dependendo da própria cultura em que o individuo se encontra inserido. Os costumes, os processos culturais e religiosos interferem também na reação à perda, dependendo do significado que cada sociedade lhe atribui. •O EESMP procurará compreender o doente e como este comunica, identificar e prever as suas necessidades, de modo a ajuda-lo a compreender-se e a criar estratégias para responder e ultrapassar os seus medos, e as suas dificuldades em lidar com este processo de luto. CONCLUSÃO
  • 20. • México: Para receber os amigos do falecido, os familiares enfeitam as casas com flores, velas e incensos, preparam as comidas preferidas de quem partiu e usam máscaras com caveiras, vestem também roupas pintadas de esqueletos. • Judeus: Fazem rasgos nas roupas de quem está de luto, a este ritual dá-se o nome de Keriá. Esse ritual, datado desde os tempos bíblicos, seria uma forma de catarse para “descarregar” a dor e a angústia. Outro costume judaico faz com que as pessoas que acompanham o caixão façam rápidas paragens antes de chegar ao túmulo. Essas paragens, simbolicamente, demonstrariam a relutância dos familiares em se separarem do falecido. • China: Para os chineses a cerimonia fúnebre dura sete dias, e os enlutados usam roupas conforme o relacionamento que tinham com quem faleceu. O conjugue veste de vermelho, os filhos e filhas usam roupas em branco, e caminham na frente da procissão para o cemitério. Netos e netas usam azul. O uso da cor branca simbolicamente lembra a morte, enquanto o vermelho está mais relacionado a momentos felizes, como casamentos. • Islamismo: Para os muçulmanos, o momento do luto não ser lamentado, mas sim vivenciado com equilíbrio e discrição. Ao receber os pêsames dos amigos e familiares, o enlutado comporta-se pacientemente e espera que Deus o console. • Etnia Cigana: As mulheres ciganas vestem roupas pretas e compridas durante anos, cortam o cabelo curto, usam um lenço preto na cabeça e “carregam” o luto para toda a vida. Durante semanas, segundo as normas da etnia, nem banho podiam tomar. Já os homens não podem cortar a barba e têm de usar chapéus, além do tradicional traje preto. CURIOSIDADE: O LUTO VIVIDO EM DIFERENTES CULTURAS
  • 21. • Madagáscar: De sete em sete anos, os povos de Madagáscar realizam um evento curioso: conhecido como Famadihana, o ritual realizado pela etnia Malgaxe tem como objetivo celebrar os laços ancestrais de forma alegre e descontraída. Durante a festa, os túmulos de familiares são abertos e os cadáveres, envoltos em panos brancos, para em seguida serem carregados acima das cabeças dos participantes. De seguida, anciãos explicam às crianças a importância do contato com os mortos. Segundo a crença Malgaxe, até que o cadáver se decomponha completamente e restem apenas ossos, os mortos ainda podem comunicar com os vivos. Portanto, é essencial que a presença deles seja celebrada com muito amor e alegria. • Jamaica: Os Jamaicanos vivem a morte dos seus familiares através da cerimonia chamada Nine-Night. Nesta, celebrada na noite do nono dia apos o falecimento, os familiares e amigos fazem um banquete com muito Rum branco, musica e danças e partilhas de historias sobre o falecido. Outra curiosidade é que a mobília do quarto e o colchão nessa noite são trocados, para que o falecido não reconheça o quarto e prefira ficar em vez de partir para o “mundo dos mortos”. • Gana: Para este povo africano os funerais são considerados eventos muito importantes, são realizados rituais acompanhados de musica, coreografias, banquetes e bebidas. Uma característica desta cultura é que as pessoas que morrem de forma trágica têm uma cruz marcada no caixão e os familiares vão vestidos de vermelho e preto, que para aquela cultura representa o luto doloroso. Nos restantes funerais as pessoas festejam de branco e preto. CURIOSIDADE: O LUTO VIVIDO EM DIFERENTES CULTURAS
  • 22. BIBLIOGRAFIA Beck, A. T., Guth, D., Steer, R. & Ball R. (1997). Screening for major depression disorders in medical inpatients with the Beck Depression Inventory for Primary Care. Behaviour Research and Therapy, 35(8), 785-791. Recuperado de https://doi.org/10.1016/S0005-7967(97)00025-9. Amarante, P. A. Atualidade da psiquiatria democrática italiana. Revista: Saúde em Debate, 29:77-80, 1990a. Aoun, S. M., Breen, L. J., Howting, D. A., Rumbold, B., McNamara, B., & Hegney, D. (2015). Who needs bereavement support? A population-based survey of bereavement risk and support need. PloS ONE, 10(3) Associação Americana de Psiquiatria. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª Ed.), Porto Alegre, Brasil: Artmed Barbosa, A. & Neto, I. (2010). Manual de Cuidados Paliativos - Cuidados Paliativos (2ª Ed). Lisboa, Portugal: Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Bastos, R., Lamb, F., Quintana, A., Beck, C. & Carnevale, F. (2017). Vivências dos enfermeiros frente ao morrer: uma metassíntese qualitativa. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 17, 58-64. Boelen, P. A., & Prigerson, H. G. (2007). The influence of symptoms of prolonged grief disorder, depression, and anxiety on quality of life among bereaved adults: A prospective study. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 257(8), 444–452 Caballo, V. E. (2003). Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. São Paulo, Brasil: Santos. Coelho, Joana, Sampaio, Francisco, Teixeira, Sónia, Parola, Vítor, Sequeira, Carlos, Fortuño, Mar Lleixà, & Merino, Juan Roldán. (2020). A relação de ajuda como intervenção de enfermagem: Uma scoping review. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 23, 63- 72. https://dx.doi.org/10.19131/rpesm.0274 Craig, L. (2010). Prolonged Grief Disorder. Oncology Nursing Forum. 37(4). 401-406. Estevens Pazes, M. C., Nunes, L., & Barbosa, A. (2014). Fatores que influenciam a vivência da fase terminal e de luto: perspetiva do cuidador principal. Revista de Enfermagem Referência, 4(3), 95–104. https://doi.org/10.12707/RIII12135 Fernandes, M., Platel, I., Costa, S.; Santos, F., Zaccara, A., Duarte, M.. (2015). Cuidados paliativos e luto: compreensão de médicos residentes. Revista de Pesquisa: cuidado é fundamental Online. Brasil. jan-mar, 7(1). 1808-1819. Flavell, J. (1979). Metacognition and cognitive monitoring. American Psychologist, 34, 906-911. Gonçalves, J. (2016). Ciclo Vital - Início, Desenvolvimento e Fim da Vida Humana Possíveis – Contribuições Para Educadores. Contexto & Educação. 31 (98), 79-110 Lazure, H. (1994). Viver a relação de ajuda – abordagem teórica e prática de um critério de competência da enfermeira. Lisboa: Lusodidacta. Marinho, M. (2019). Processo de luto: na perspetiva do cuidador enlutado. (dissertação de mestrado). Universidade do Porto, Faculdade de Medicina, Portugal Nezu, A. M., & Nezu, C. M. (1999). Treinamento em solução de problemas. In V. E. Caballo (Org.). Manual de técnicas de terapia comportamental e modificação de comportamento (p. 471-493). São Paulo: Santos. Nunes, L. (2009). Ética raízes e florescências em todos os caminhos. Loures, Portugal: Lusociência. Nunes, O. (1999). Uma abordagem sobre a relação de ajuda. A Pessoa Como Centro. Revista de Estudos Rogerianos, 3, 59-64.
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