O documento discute o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o coração, levando à morte do tecido cardíaco. O IAM é diagnosticado através de sinais clínicos, eletrocardiograma e níveis elevados de marcadores de necrose. A fisioterapia é importante na reabilitação cardíaca após o IAM para prevenir complicações e recuperar a capacidade funcional.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA – FEFF
CURSO DE FISIOTERAPIA
FISIOLOGIA II
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
DENILSI GONÇALVES, GEANDERSON SÁ, JENNIFER
LETÍCIA, MARIA SÔNIA, PATRÍCIA WILKENS, WENDELL
MATTHEUS
3. Infarto Agudo do Miocárdio é
caracterizado pela interrupção ou
diminuição do fluxo de sangue para o
coração, levando a uma redução da
perfusão cardíaca e morte do miocárdio,
acarretando portanto uma deficiência do
débito cardíaco. (ROBBINS , 2009)
3
8. • Pequenas anastomoses entre os
ramos das artérias coronárias que
aumentam o aporte de sangue no
músculo cardíaco;
• Formam-se ao longo da vida, mais
em pessoas não sedentárias;
• Podem evitar a isquemia em casos de
obstrução de artérias de forma
súbita;
8
15. Placa de ateroma
no interior da
artéria
Formação de
coágulo
(trombo)
Trombo sobre placa
ateroclerótica
Placa
imatura risco
de ruptura
Placa com cápsula
espessa (madura),
menos propensa a
ruptura
Ruptura
da placa
Exposição de
colágeno e
fragmentos
Plaquetas e cel. agregam ao
local da ruptura
Processo de formação do
trombo
23. Ausência ou diminuição da circulação
sangüínea no coração, privando o
músculo cardíaco de oxigênio e de
nutrientes, causando lesões
importantes que podem levar até a
morte de suas células, conforme o
tempo de duração do evento. Com
isso, o funcionamento do coração, que
trabalha como uma bomba mecânica,
pode ser seriamente afetado.
23
28. • O IAM é a primeira causa de mortes no
Brasil – 100 mil óbitos/ano - de acordo
com o DATASUS, Departamento de
Informática do SUS, 2014 ;
• Prevalência em indivíduos com idade
>60 anos;
• Acomete homens com maior
frequência;
28
29. • Tabagismo
• Obesidade
• Hipertensão Arterial
• Altos níveis de colesterol
• História familiar de IAM
• Doenças inflamatórias das coronárias
• Sedentarismo
• Consumo de drogas (álcool e outras)
• Estresse
• Alimentação irregular
30. • Dor ou desconforto intenso em aperto, opressão,
peso ou queimação, podendo irradiar-se para
pescoço, mandíbula, membros superiores, dorso e
estômago
• Náuseas
• Vômitos
• Sudorese
• Palidez
• Sensação de morte iminente
• Obs- a duração da dor é superior a 20 min. Dor com
duração inferior a 20 min. sugere angina
31. O Diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é base
ado em três critérios:
•Quadro clínico;
•Eletrocardiograma com alterações;
• Elevações dos níveis sanguíneos de marcadores de
necrose miocárdica;
Outros:
•Coronariografia;
•Ressonância nuclear magnética;
•Cineangiografia ou cateterismo cardíaco.
32. Nos quadros oclusivos há supradesnivelamento do segmento
ST em duas ou mais derivações. Se houver necrose pode
aparecer a onda Q
Na suboclusão é freqüente a presença de onda T invertida
O ECG inicial não é diagnosticado em 40% ou mais dos
pacientes com IAM
P
Q
R
S
T
Q
R
S
T
P
32
33. Elevações dos níveis sanguíneos de marcadores
de necrose miocárdica:
• Tropominas: Regulam a interação entre cálcio e
os filamentos de actina e miosina;
Elevam após 6-12h;
Atingem o pico em 24h.
• CK-MB: Estão presente no músculo cardíaco;
Elevam -se em 4 à 6h após o início do Infarto;
É o indicador mais específico do IAM.
34.
35.
36. • Sua gravidade irá desde a morte súbita ou
incapacidade permanente, até a ausência
total de consequências para a vida futura do
infartado.
São complicações :
• Arritmias cardíacas,
• Distúrbios de condução ou bloqueios,
• Insuficiência cardíaca,
• Disfunções das válvulas cardíacas,
• Aneurisma cardíaco
• Ruptura cardíaca.
41. • A reabilitação cardíaca visa reduzir os efeitos danosos por conta
do longo período de repouso nos leitos;
Para discutir a atuação da fisioterapia foi realizada uma revisão
Sistemática nas bases de dados SCIELO e LILACS;
• Doenças coronarianas é a maior causa de óbitos em países
Industrializados;
• Primeiro estudo brasileiro, 1990.
69,3% dos indivíduos acometidos por cardiopatias em São Paulo
eram sedentários;
• A sociedade Brasileira de Cardiopatia define a reabilitação
cardíaca como um programa multidisciplinar com intuito de reabilitar
pacientes cardiopatas, inclusive com IAM;
• Nos anos 50 eram recomendados o repouso de 3 semanas, para
melhoria na cicatrização; Hoje sabe-se que o repouso prolongado
trás danos ao pacientes, sendo indicado as atividades físicas.
A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM
PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA
42. Pode ser dividida em 4 fases :
Fase 1 - HOSPITAL
PREVENIR PERDA DE CAPACIDADE FÍSICA;
PROMOVER O POSICIONAMENTO CORRETO NO LEITO;
EVITAR DANOS RESPIRATÓRIOS E TROMBOEMBÓLICAS;
REDUZEM O TEMPO DE PERMANENCIA NO HOSPITAL.
43. Fase 2 – APÓS A ALTA
PACIENTE JÁ RECEBEU ALTA, EXERCÍCIOS SUPERFISIONADOS PELO
FISIOTERAPEUTA , SEMPRE RESPEITANDO A
CAPACIDADE E O LIMITE DO PACIENTE.
MELHORA NA CAPACIDADE CARDIOVASCULAR, MODIFICAÇÃO DE
ESTILO DE VIDA;
RECUPERAÇÃO DA AUTOCONFIANÇA DO PACIENTE
Fase 3 – EXTERNA, SUPERVISIONADA
OCORRE FORA DO AMBIENTE HOSPITALAR, PORÉM NECESSITA SER
SUPERVISIONADA;
MUDANÇAS E ADAPTAÇÕES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR;
INDEPENDÊNCIA DO PACIENTE.
Fase 4 – EXTERNA, NÃO SUPERVISIONADA
EXERCÍCIOS OPTADOS PELOS PACIENTES QUE PROCURAM O
PROLONGAMENTO DA QUALIDADE DE VIDA.
44. •1. ALCÂNTARA, E. C.; RESENDE, E. S.; PAULA; L. K. G. et al. Avaliação da qualidade de
vida após infarto agudo do miocárdio e sua correlação com o fator de risco hipertensão
arterial. Revista Brasileira de hipertensão, v.14, n.2, p. 118-120, 2007.
•2. BOSCO, R.; DEMARCHI, A.; REBELO, F.P.V. et al. O efeito de um programa de exercício
físico aeróbio combinado com exercícios de resistência muscular localizada na melhora
da circulação sistêmica e local: um estudo de caso. Revista Brasileira de Medicina
do Esporte, Niterói, v.10, n.1, p. 56- 62, Jan.- Fev. 2004.
•3. BRUNNER & SUDDART, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica; Ed. Guanabara
Koogan; 10ª edição, Vol: 1; Rio de Janeiro, 2005.
•4. CECIL, R. L. Tratado de Medicina Interna – editado por Lee Goldman/Dennis Ansiello;
[tradução de Ana Kemper et al], Editora Elsevier, 22ª edição, Rio de Janeiro, 2005.
•5. FARDY, S. P.; YANOWITZ, G. F.; WILSON, K. P..REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR:
aptidão física do adulto e teste de esforço.Rio de Janeiro: Revinter LTDA, 1998.
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45. •6. KNOBEL, E. Condutas no Paciente Grave, Editora Atheneu; 3ª edição, São Paulo, 2006.
•7. NICOLAU JC, TIMERMAN A., PIEGAS LS, MARIN-NETO JA, RASSI A.Jr. Guidelines for
Unstable Angina and Non-ST-Segment Elevation Myocardial Infarction of the Brazilian
Society of Cardiology(II Edition, 2007). Arq Bras Cardiol 2007;89(4);e89-e131
•8. http://datasus.saude.gov.br/noticias/atualizacoes/559-infarto-agudo-do-miocardio-e-
primeira-causa-de-mortes-no-pais-revela-dados-do-datasus
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