2. O que se entende por plano de sessão?
→ O plano de sessão é, acima de tudo, UM GUIÃO ORIENTADOR DA AÇÃO DO FORMADOR.
Pois,
• Antes da sessão, possibilita a reflexão, seleção e estruturação dos conteúdos a
transmitir e atividades a dinamizar, fazendo a antecipação dos recursos necessários;
• Durante a formação, constitui-se como uma orientação para o seu desenvolvimento;
• Após a formação, permite organizar um histórico das ações e promover a reflexão
sobre possíveis ajustamentos e melhorias a fazer em ações futuras.
3. Quais os elementos de um plano de sessão?
→ A elaboração do plano de sessão é da responsabilidade do formador, mas geralmente a sua
estrutura é definida pela entidade formadora. Todavia, qualquer que seja o modelo, um plano
de sessão deverá comtemplar todos os elementos de ordem teórica e prática necessários ao
desenvolvimento da sessão:
• Designação da ação/curso, módulo e sessão;
• Objetivos geral e específicos da sessão;
• Duração global da sessão;
• Identificação do formador;
• Identificação do público-alvo;
• Organização/sequência dos conteúdos a abordar, definição das atividades a realizar e
sua distribuição temporal;
• Métodos e técnicas a utilizar na exploração dos conteúdos;
• Identificação dos recursos técnico-pedagógicos de apoio;
• Momentos, critérios e instrumentos de avaliação.
4. Como se organiza um plano de sessão?
Digamos que uma sessão de formação é composta por 3 partes distintas:
1. Introdução;
2. Desenvolvimento;
3. Conclusão.
Esta organização reflete-se
ao nível do plano de sessão
5. Tal significa que…
→ Quer a introdução, quer o desenvolvimento, quer a conclusão têm:
• Objetivos próprios;
• Conteúdos próprios;
• Atividades próprias;
• Métodos e técnicas próprias;
• Atividades didáticas próprias;
• Tempos próprios;
• Formas de avaliação próprias.
Tudo isto, posto em relação no plano de sessão que lemos na horizontal se
quisermos ficar a conhecer as dinâmicas de cada uma das partes da sessão.
6. A introdução…
• Fazer revisão dos conteúdos abordados na sessão anterior;
• Comunicar os objetivos da sessão;
• Verificar pré-requisitos /avaliação Diagnóstica;
• Preparar e motivar os formandos para a sessão;
Dica: a motivação ou o “quebrar o gelo/preparar o clima” pode ser feito através
de ilustrações, exemplos ou história interessantes que tenham a ver com os
conteúdos ou até mostrar como o assunto a abordar pode contribuir para o êxito
futuro dos formandos.
→ Geralmente a parte da introdução de uma sessão de formação serve para:
7. O desenvolvimento…
• O formador siga uma sequência lógica e gradual e que a informação/formação
progrida num caminho que tenha significado para o formando;
• O formando seja implicado na sessão, de forma ativa;
• Todas as atividades concorram para o alcançar dos resultados (objetivos);
• Exista coerência entre os objetivos planeados, conteúdos e atividades.
→ é nesta parte da sessão, a mais longa, que se irão desenvolver as principais atividades de
aprendizagem. Como tal, é importante que:
8. A conclusão…
• Criar sínteses, participadas pelos formandos;
• Incitar à colocação de dúvidas que tenham ficado por colocar;
• Avaliar as aprendizagens e comunicar o seu resultado;
• Apresentar pistas sobre a sessão que se segue (caso se aplique).
→ esta parte, como o próprio nome indica, é o encerramento da sessão, será portanto o
momento de:
11. Tipos de avaliação, face ao momento:
• Avaliação Diagnóstica: ocorre antes do início da ação ou logo no início.
• Avaliação Formativa: ocorre no decurso da formação.
• Avaliação sumativa: realiza-se no final da formação.
Um cheirinho sobre “avaliação da aprendizagem”…
→ todas as questões que têm a ver com a avaliação dos processos formativos são tratados no
módulo 8, todavia, e visto que para criar um plano de sessão é já necessário identificar alguns
aspetos, deixam-se aqui algumas pistas de trabalho.
No entanto, quando terminado o módulo 8, poderá voltar aos seu plano de sessão e introduzir
todas as melhorias necessárias!
12. Avaliação Diagnóstica:
Permite verificar o nível de conhecimentos prévios do formando, relativamente aos
conteúdos da formação. É útil para um posicionamento mais correto dos formandos face
aos objetivos e para o formador adaptar de forma mais adequada os conteúdos e métodos
a utilizar com o grupo de formação.
Avaliação Formativa:
Possibilita a informação sobre o percurso do formando face os objetivos da formação e
permite igualmente diagnosticar dificuldades de aprendizagem e introduzir ações corretivas.
Avaliação Sumativa:
Tem como principal objetivo testar o resultado final da aprendizagem.
Um cheirinho sobre “avaliação da aprendizagem”…
→ Que funções tem cada um destes tipos de avaliação?
13. As técnicas de avaliação de conhecimentos disponíveis usualmente utilizadas
podem resumir-se a:
• Observação;
• Formulação de perguntais orais ou escritas (lista de perguntas, testes,
questionários)
• Medição (execução prática de tarefas, em ambiente simulado ou em
contexto real de trabalho)
Um cheirinho sobre “avaliação da aprendizagem”…
→ Que técnicas se podem implementar?
14. Últimas notas…
→ Para além da avaliação, também será confrontado com a escolha dos recursos e
equipamentos…algo que trabalhará nos módulos 6 e 7, nos quais verá que a sua seleção
está também altamente condicionada por inúmeros fatores de ordem técnica e
pedagógica.
→ Esta integração de saberes e competências num trabalho só – PLANO DE SESSÃO,
significa que está já a trabalhar com todo afinco na sua autoscopia final, momento em que
colocará na prática, o que construiu, planeou, desenhou no papel.
15. Agora já possui todos as coordenadas
para fazer o seu 1º plano de sessão…e
lembre-se, não obstante os aspetos
explorados, que ao fim ao cabo
correspondem à planificação clássica de
uma sessão de formação, seja arrojado,
criativo e surpreenda os seus formandos
agarrando os conteúdos da forma mais
significativa possível; o mesmo será dizer
use a exposição com conta e medida e
invista em sessões práticas, centradas na
ação do formando sob o lema:
APRENDER-FAZENDO!