SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
Projeto de Intervenção Pedagógica
O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua
Estrangeira
Thacia Carpenter
Abril de 2017
1
Índice
Introdução ...................................................................................................................... 2
Pertinência do Tema ....................................................................................................... 2
Plano de Formação ......................................................................................................... 3
Plano de Sessão .............................................................................................................. 4
Avaliação
 Inicial ................................................................................................................... 5
 Formativa ............................................................................................................ 5
 Sumativa ............................................................................................................. 5
 De Formação ....................................................................................................... 5
Plataforma Colaborativa ................................................................................................. 6
Conclusão ........................................................................................................................ 6
Reflexão Final .................................................................................................................. 6
Anexos
 Sumário .............................................................................................................. 8
 Folha de Presença .............................................................................................. 9
 Teste de Avaliação ............................................................................................ 10
 Corrigenda do Teste de Avaliação .................................................................... 11
 Inquérito de Satisfação .................................................................................... 13
 Material de Suporte (Documentação Adicional) .............................................. 14
Bibliografia .................................................................................................................... 22
2
Introdução
No mundo globalizado em que vivemos é exigido do indivíduo, tanto pessoal
como profissionalmente, a habilidade de se comunicar e interagir com esse mundo. De
acordo com Kirstein e Zyngier (2006) privar um indivíduo do conhecimento de uma
língua dificulta a possibilidade do autoconhecimento, assim como impede o indivíduo
de atuar socialmente, tomando conhecimento de outras culturas, traçando
comparações e compreendendo as diferenças. O mundo globalizado em que vivemos,
implica um pluralismo cultural e linguístico e, portanto, aprender novas línguas, torna-
se uma necessidade de sobrevivência do homem, de estar inserido social, política e
historicamente.
Mesmo com tamanha necessidade, muitos são os que fracassam na busca pela
aprendizagem da segunda língua, sendo a total falta de motivação apontada como um
dos principais fatores para o insucesso. Falta de motivação tanto por parte do
aprendiz, quanto por parte do professor e do ambiente escolar, que muitas vezes
falham em não adaptar o conteúdo às necessidades do aluno e ao não respeitaram
suas características como aprendizes. Face a essa temática a questão que o projeto
busca contemplar é: O efeito da motivação na aprendizagem de uma Língua
Estrangeira.
Pertinência do tema
A motivação é apontada como fator determinante no sucesso de qualquer
aprendizagem, principalmente tratando-se da aprendizagem de uma língua
estrangeira. Por se tratar de um fenômeno complexo e subjetivo, não pode ser
analisado se não pelos comportamentos característicos que reflete. Um aprendiz
motivado, geralmente apresenta persistência, ânimo, paciência, alta expectativa e boa
autoestima. Os efeitos da autoestima são tão importantes que podem, inclusive,
favorecer processos cognitivos como a memória e a criatividade. Essencialmente, a
motivação do aprendiz é a grande responsável por fazê-lo explorar as virtudes ou
transpor as fraquezas.
3
Plano de Formação
Tema: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira
Módulo: Estratégias de Motivação
Destinatários: Formadores, professores e/ou formandos, aprendizes de uma língua
estrangeira que queiram compreender o efeito que a motivação causa em seus
processos de ensino/aprendizagem.
Duração: Curso inicial com duração de 20/25 minutos, ministrados em uma única
sessão, sendo esta introdutória ao tema.
Métodos e técnicas Formativas: Tendo sempre em conta o tema, os objetivos e os
destinatários, essa formação utilizará de diferentes métodos e técnicas pedagógicas
com o intuito de abranger diferentes tipos de aprendizagem; e de possibilitar
diferentes tipos de abordagens ao conteúdo; a saber: Método Expositivo, através de
uma clara e objetiva apresentação em PowerPoint, para dar a conhecer o novo
conteúdo assim como aprofundá-lo; Método Interrogativo, através de técnicas de
perguntas e abertura para discussões, com o intuito de promover a abertura do debate
para a participação de todos os envolvidos, para que possam partilhar seus
conhecimentos, experiências e observações pertinentes; e Método Ativo, através de
debates em grupo, estudos de caso para que possam testar em prática os novos
conhecimentos adquiridos.
4
Plano de Sessão
Curso: Efeito da motivação na aprendizagem de L.E. Pré-requisitos:
Conhecer as
características mais
básicas acerca da
motivação. Saber
definir o processo de
input (já apresentado
na primeira sessão)
Ação: 2 Local: Auditório UTAD
Módulo: Estratégias de Motivação Nº Sessão: 1
Formador(a): Thacia Carpenter
Público Alvo: Formadores e formandos de línguas estrangeiras
Data: 31/03/2017 / Duração: 25 minutos
Objetivos
Específicos
Fases Conteúdos Mét/téc.pedag. Recursos
didáticos
Atividades
didáticas
Tempo Avaliação
Conscientizar os
formandos
acerca do tema
-Envolvê-los na
ação, através de
perguntas para
criar ambiente
de partilha
Introdução
- Distribuição
do material
-
Apresentação
do tema e
objetivos
- Perguntas
para
diagnóstico
Métodos
expositivo e
interrogativo
-Power
Point
- Docum.
-Perguntas
sobre as
características
básicas acerca
da motivação
5 min
Avaliação
diagnóstica
(através de
perguntas para
averiguar
conhecimento
prévio)
-Verificar as
diferentes fontes
de motivação
-Caracterizar os
processos de
input e output
-Definir os
comportamentos
refletidos
Desenvolv.
-
Caracterização
e definição de
Motivação
- Fontes de
Motivação
- Input e
Output
-
Comportamen
tos
Métodos
expositivo e
interrogativo
-Power
Point
- Vídeo
motivacio
nal
-Exposição do
conteúdo
- Exemplos
para definição
das fontes de
motivação
-Momento de
reflexão
- Q.I. x
motivação
10 min
Avaliação
formativa
(através de
exemplos para
definição das
fontes e reflexão
sobre estratégias
motivacionais)
-Criar estratégias
de motivação
- Apresentar
síntese e
conclusão
-Esclarecer
dúvidas
- Avaliar a
aquisição do
conhecimento
Conclusão
-Estratégias
de Motivação
- Síntese e
conclusão
Métodos
expositivo,
interrogativo e
ativo
-Power
Point
- Quem é
você na
estória?
- Avaliação
final 5 min
Avaliação
formativa
(discussão sobre
comportamentos
e Sumativa
(aplicação da
Avaliação final)
OBJETIVOS GERAIS: No final da sessão o formando deverá ser capaz de caracterizar as
diferentes fontes de motivação; definir os processos de input e output; reconhecer os
comportamentos derivados da motivação; e criar estratégias de motivação.
5
Avaliação
A avaliação, indispensável, tanto para formando quanto para formador, na medida que
permite a troca de feedback e verificação dos objetivos alcançados, será realizada em
três momentos diferentes da sessão:
Avaliação Inicial: Para verificação do cumprimento dos pré-requisitos e dos
conhecimentos prévios dos formandos. Através de perguntas de diagnóstico a respeito
do tema, por exemplo: “O que é a motivação?”; “É uma característica inata?”
Avaliação Formativa: Conforme o avançar do conteúdo algumas perguntas serão feitas
com o intuito de verificar se os formandos estão a assimilar bem os novos
conhecimentos e para confirmar a compreensão destes novos conteúdos. Também
como uma forma de dar oportunidade para que o formando expresse suas dúvidas
antes da avaliação final. Será realizada através de perguntas que oferecem respostas
tanto abertas quanto fechadas, por exemplo: ao citar situações, o formando terá que
dizer que tipo de fonte de motivação está ali expressa (“Vou fazer um intercâmbio no
país falante da língua” = motivação integrativa; “quero aumentar minhas notas na
escola”= motivação extrínseca). As perguntas abertas serão realizadas através de
reflexões nas quais os formandos terão que expressar suas opiniões: “O que eu posso
fazer para deixar meu aluno motivado?”; “O que eu posso fazer para me
automotivar?”; Estudo de caso: Aluno com Q.I acima da média x aluno com alta
motivação; Análise do vídeo motivacional: “Quem é você na estória?” (qual
comportamento costuma adotar inseguro; automotivado, desencorajador ou
motivador)
Avaliação Sumativa: Com o objetivo de controlar a aquisição do formando e certificar
as competências adquiridas será realizado um teste de avaliação criterial, no momento
final da sessão, com quatro perguntas: duas de respostas abertas (sobre os
comportamentos refletidos através da motivação e sobre estratégias de motivação);
uma de escolha múltipla (sobre as fontes de motivação); e uma de emparelhamento
(sobre os exemplos de processos de input e output) – (Vide Anexo). A escala adotada
para classificação será quantitativa percentual (0% - 100%)
Avaliação de Formação: Essencial para garantir a qualidade da formação e para
possibilitar que o formador obtenha feedback sobre seus métodos e técnicas,
pertinência do tema e utilidade dos conteúdos trabalhados, assim como garantir que
os pontos negativos da formação serão corrigidos. Será realizada através de um
Inquérito de satisfação, em que os formandos poderão dar suas opiniões acerca dos
seguintes tópicos: programa e metodologia, o formador, recursos e materiais
pedagógicos, instituição e organização e avaliação e resultados – (Vide Anexo). A
escala adotada será Analítica e Quantitativa ((1) = Insuficiente até (4) = Muito bom)
6
Plataformas Colaborativas de Aprendizagem
A Plataforma Online, Moodle, será utilizada e através dela serão disponibilizados
vídeos motivacionais e sobre motivação na aprendizagem, fichas de exercícios e,
através dos fóruns, os debates iniciados em sala de formação, sobre os
comportamentos adotados e estratégias de motivação podem ser melhor
aprofundados.
Qualquer documentação adicional, como textos para análise sobre o tema também
serão disponibilizados na plataforma. Assim como, através desse suporte, será
facilitada a comunicação entre os formandos e entre estes e o formador.
Conclusão
A motivação é a garantia de que as decisões tomadas serão sustentadas até que
alcancem as suas respectivas metas. Porém, trata-se de um fenômeno subjetivo e sua
existência somente pode ser observada através dos comportamentos que ela reflete
como persistência, esforço, determinação, entre outros. Quando aplicada ao processo
de aprendizagem a noção de mobilização pode ser adicionada ao conceito.
Se considerarmos os comportamentos apresentados frente à presença da motivação,
poderemos aplicá-la ao processo de ensino, para garantir que os aprendizes se
mantenham motivados. Também é importante ter em mente que há diversas fontes
de motivação que o aprendiz possa apresentar, e é preciso que o processo de
aprendizagem se beneficie de qualquer uma que seja a fonte apresentada.
Reflexão Final
Apesar dos demais formandos pertencerem a diversas e diferentes áreas de atuação,
que não da Educação, acredito que o tema dessa sessão – motivação – diz respeito a
um processo universal e comum em qualquer área de estudo ou de atuação
profissional, sendo, portanto, um tema de utilidade e sempre pertinente.
A recepção dos formandos foi positiva, ocorreu comunicação e interação e o conteúdo
foi discutido em algumas oportunidades durante a sessão. Questões também foram
levantadas ao final da sessão, comprovando que os formandos demonstravam
interesse pelo novo conhecimento.
7
Anexos
Sumário
1. Motivação: Características e definições
1.1. Fatores Internos de Motivação – Intrínseca e Integrativa
1.2. Fatores Externos de Motivação – Extrínseca e Instrumental
2. Como ocorre a aprendizagem de uma Língua Estrangeira
2.1. Processos de Input e Output
3. Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira
3.1. Q.I. x Motivação
3.2. Comportamentos refletidos
3.3. Vídeo Motivacional
3.4. Estratégias de Motivação
4. Síntese e Conclusão
Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira
Formadora: Thacia Carpenter
Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
8
Folha de presença
Nome do Formando Assinatura
Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E. / Formadora: Thacia Carpenter
Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
9
Teste de Avaliação
(25%) Exercício 1) Sabemos que dentro de um contexto, mesmo as frases expressas
abaixo podem revelar uma intenção diferente daquilo que, à primeira vista, aparentam
ser, porém, sem contextualizar, levando em consideração apenas as frases em si,
caracterize as fontes de motivação que as mesmas expressam:
a) “Quero aprender a língua porque gosto de assistir filmes e séries nessa língua e
quero ser capaz de assisti-los sem legenda”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
b) “Quero aprender a língua porque preciso dela para conseguir a promoção no
trabalho”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
c) “Quero aprender a língua porque gosto de aprender”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
d) “Quero aprender a língua porque ser bilíngue me faz sentir importante”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
(50%) Exercício 2) Liste, pelo menos, quatro diferentes tipos de comportamentos
provenientes da presença da motivação e identifique, entre eles, qual o que mais
contribui para a aquisição de Input e porquê?
(25%) Exercício 3) Determine se os seguintes fatores são exemplos de Input (I) ou
Output (O)
a) Contexto da educação ( )
b) Atitude ( )
c) Aptidão( )
d) Métodos e técnicas ( )
e) Material ( )
f) Fonte de Motivação ( )
Objetivos pedagógicos: Caracterizar as fontes de motivação; Determinar os comportamentos
provocados pela motivação; Definir fatores de input e output; e conhecer estratégias para
motivação.
Destinatários: Participantes da Sessão de Formação “O Efeito da Motivação na Aprendizagem de
uma L.E.”
10
(50%) Exercício 4) Imagine que você tem um aluno cuja única e exclusiva motivação
para atender as classes é conseguir aumentar a média no final do ciclo. Objetivo esse
que ele fracassa em alcançar, pois ele não gosta de aprender uma nova língua e não
entende a importância da matéria no currículo escolar. Quais estratégias de motivação
você, como professor, pode utilizar para fazer com que seu aluno sinta-se motivado
em aprender e não apenas em tirar boas notas? Justifique a sua escolha.
Corrigenda do Teste de Avaliação
Exercício 1) (25%) Sabemos que dentro de um contexto, mesmo as frases expressas
abaixo podem revelar uma intenção diferente daquilo que, à primeira vista, aparentam
ser, porém, sem contextualizar, levando em consideração apenas as frases em si,
caracterize as fontes de motivação que as mesmas expressam:
e) “Quero aprender a língua porque gosto de assistir filmes e séries nessa língua e
quero ser capaz de assisti-los sem legenda”
( ) Extrínseca ( X ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
Interesse pela cultura, pelo uso da língua, pela interação
f) “Quero aprender a língua porque preciso dela para conseguir a promoção no
trabalho”
( X ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca
O interesse parte pela busca de um objetivo alcançável, mas externo à língua
em si e sua aprendizagem
g) “Quero aprender a língua porque gosto de aprender”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental (X ) Intrínseca
A aprendizagem por si só já é o motivo de interesse e satisfação
h) “Quero aprender a língua porque ser bilíngue me faz sentir importante”
( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( X ) Instrumental ( ) Intrínseca
A aprendizagem é utilizada para se conseguir satisfação pessoal, status
Exercício 2) (50%) Liste, pelo menos, quatro diferentes tipos de comportamentos
provenientes da presença da motivação e identifique, entre eles, qual o que mais
contribui para a aquisição de Input e porquê? Possibilidade de resposta: Alguns
comportamentos que são refletidos no processo de aprendizagem quando há
Objetivos pedagógicos: Caracterizar as fontes de motivação; Determinar os comportamentos
provocados pela motivação; Definir fatores de input e output; e conhecer estratégias para
motivação.
Destinatários: Participantes da Sessão de Formação “O Efeito da Motivação na Aprendizagem de
uma L.E.”
11
motivação são; direcionamento, atenção, interesse e empenho (entre outros). Destes,
a atenção é o comportamento que mais contribui para a aquisição de Input uma vez
que permite que se retenha mais informação.
Exercício 3) (25%) Determine se os seguintes fatores são exemplos de Input (I) ou
Output (O)
a) Contexto da educação ( I )
b) Atitude ( O )
c) Aptidão ( O )
d) Métodos e técnicas ( I )
e) Material ( I )
f) Fonte de Motivação ( O )
Exercício 4) (50%) Imagine que você tem um aluno cuja única e exclusiva motivação
para atender as classes é conseguir aumentar a média no final do ciclo. Objetivo esse
que ele fracassa em alcançar, pois ele não gosta de aprender uma nova língua e não
entende a importância da matéria no currículo escolar. Quais estratégias de motivação
você, como professor, pode utilizar para fazer com que seu aluno sinta-se motivado
em aprender e não apenas em tirar boas notas? Justifique a sua escolha.
Possibilidade de resposta: Aluno mostra motivação exclusivamente extrínseca, como
professor, é preciso despertar também a motivação intrínseca, ou seja, o gosto pelo
aprender (aprender a aprender). Algumas estratégias podem ser utilizadas para fazer
com que o aluno participe de forma mais directa em seu processo de aprendizagem.
Por exemplo; Mudar o cenário – estimular o aluno para além de sala de aula; Oferecer
experiências variadas – certificar-se de que o aluno esteja recebendo estímulos
variados ou Oferecer recompensas; determinar metas alcançáveis. Nesse exercício a
resposta é aberta, portanto, não existe apenas uma única possível resposta. Permita
que os formandos exponham as estratégias que mais lhes pareçam adequadas, desde
que justificadas de forma coerente.
12
Inquérito de Satisfação
(1) Insuficiente (2) Suficiente (3) Bom (4) Muito Bom
1. Programa e
Metodologia (conteúdo e
estrutura da ação)
(1) (2) (3) (4)
Interesse do tema
Utilidade prática da
matéria
Desenvolvimento da
matéria
Adequação da matéria aos
objectivos definidos
Duração da acção
Equilíbrio teoria / prática
2. Formador (1) (2) (3) (4)
Comunicação e
transmissão de
conhecimentos
Motivação suscitada
Domínio do assunto
Adequação dos
métodos
pedagógicos
Relacionamento
formador /
participantes
Dinâmica gerada no
grupo
3. Recursos e
materiais
pedagógicos
(1) (2) (3) (4)
Condições de
trabalho /
instalações
Documentação
distribuída
Materiais e
equipamentos
utilizados
4. Instituição e
organização (1) (2) (3) (4)
Cumprimento de
horários formador /
participantes
Apoio logístico
Apoio nas respostas à
dificuldade
5. Avaliação e
resultados
(1) (2) (3) (4)
Adequação com
o tema
estudado
Objetividade e
clareza das
perguntas
Contribuição
para aquisição
de
conhecimento
Satisfação das
expectativas
individuais
Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E. / Formadora: Thacia Carpenter
Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
13
Material de Suporte (Documentação adicional)
1.1 - A definição de motivação e seus comportamentos
Esse capítulo tem como objetivo definir o termo ‘motivação’, de acordo com sua
origem e sua utilização, principalmente no contexto educacional, assim como apresentar
algumas de suas possíveis fontes e comportamentos.
“A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e
sustenta todas as nossas ações mais importantes”. (Vernon, 1973, p.11)
Para entender o sentido da palavra ‘motivação’, é necessário voltar à sua raiz
etimológica. A palavra em questão é oriunda do verbo em latim movere, de onde
também se origina o verbo ‘mover’. O substantivo correspondente ao verbo movere, em
latim, é motivum, que deu origem à palavra ‘motivo’. Logo, o motivo ou motivação é o
que move uma pessoa a tomar ações para alcançar um determinado fim ou mudar de
direção. Vários são os pesquisadores da área que estudaram sobre a motivação e sua
definição; como Bzuneck, 2004; Schultz, 2003 ou Dornyei, 2001, porém, todos
concordam que se trata de um termo de significado complexo e de amplas
possibilidades de definição, uma vez que é difícil determinar, por serem bastante
subjetivos, os processos internos que levam as pessoas a se sentirem motivadas.
Além de subjetiva, a motivação é o que sustenta o processo que direciona as
tomadas de ações até as suas respectivas metas. Tratando-se, pois, de um processo, não
há como observá-la em si mesma se não deduzi-la a partir de comportamentos adotados
quando ela se encontra presente. Comportamentos tais como: persistência, esforço,
paciência, vontade, determinação etc. Por conta disso, começar uma tarefa requer maior
esforço do que quando a tarefa já está em curso, pois a motivação exige o ‘primeiro
passo’, exige sair da inércia e mover-se. A motivação é tão importante no cumprimento
de uma atividade na medida em que ela é a responsável por determinar se e por quanto
tempo estamos dispostos a sustentar uma atividade ou até mesmo perpetuá-la, assim
como quanto esforço aplicaremos nessa atividade. Segundo a definição de Arkes &
Garske, 1977, p.3 “O estudo da motivação é a investigação das influências sobre a
ativação, força e direção do comportamento”.
14
No que diz respeito à aplicação da motivação no processo de aprendizagem, o
sociólogo Bernard Charlot (2005) adiciona a tal conceito, numa percepção mais ampla,
a noção de mobilização. Ou seja, para haver motivação, há um movimento interno de
significados construídos pelo aluno em relação as suas ações. Portanto, Charlot acredita
que a motivação de um aluno em busca de conhecimento é diretamente relacionada com
o seu contexto e seus interesses.
Como mencionado anteriormente, qualquer observação referente à motivação, tem
de ser feita não nela mesma, mas nos comportamentos que a sua presença reflete. Em
um estudo feito por Maehr e Archer, 1987, destacam-se de maneira mais objetiva tais
comportamentos produzidos pela motivação. São eles: (1) direcionamento – escolher
uma atividade, ter mais atenção a ela, envolver-se mais com ela do que com outra; (2)
empenho – manter a atenção na mesma atividade por um longo período; (3) motivação
contínua – voltar à atividade, anteriormente interrompida, por vontade própria; e (4)
nível de atividade – o esforço aplicado.
Se, novamente, voltarmos à análise da aplicação da motivação e, por conseguinte,
de seus comportamentos no processo de aprendizagem, é possível estabelecer uma
relação dos comportamentos nomeados por Maehr e Archer (1987) com os fatores
básicos, nomeados por Keller (1983), na sua teoria da motivação voltada ao ensino.
Sendo eles: (1) interesse – despertar e manter a curiosidade do aluno; (2) relevância –
fator que garante a motivação contínua, uma vez que o aluno reconhece a importância
do que lhe é ensinado em seu próprio contexto e necessidades pessoais; (3) expectativa
– a autoavaliação do aluno terá relação direta com o seu nível de motivação; e (4)
recompensa, castigo ou resultado – aquilo o que se pode alcançar com a atividade
também determina o nível de motivação.
Pela primeira vez, a motivação é vista como podendo ser determinada não só por
movimentos internos, como também externos. “Um exame cuidadoso da palavra
(motivo) e de seu uso revela que, em sua definição, deverá haver referência a três
componentes: o comportamento de um sujeito; a condição biológica interna relacionada;
e a circunstância externa relacionada”. (Ray, 1964, p. 101).
Lens et al, 2008, acreditavam que a motivação não podia ser considerada como
um traço relativamente estável da personalidade. Segundo os autores, trata-se de um
15
processo psicológico no qual tem efeito tanto as características de personalidade como
as ambientais. Sendo assim, a motivação dos alunos poderia ser modificada tanto por
mudanças internas como também através de mudanças em seu ambiente escolar. Torna-
se aqui evidente que, além dos comportamentos (movimento interno) que faz refletir, a
motivação também pode apresentar diferentes fontes, veremos a seguir quatro delas:
intrínseca e extrínseca; integrativa e instrumental.
1.1.1. - Motivação Intrínseca e Extrínseca
As abordagens sócio-cognitivistas defendem a existência de duas orientações
motivacionais interativas, a intrínseca e a extrínseca. Muitos são os pesquisadores da
área que trazem suas contribuições para as definições do tema. A seguir, expomos
algumas dessas definições:
Witter e Lomônaco (1984) afirmam que a motivação intrínseca é aquela em que a
atividade surge como decorrência da própria aprendizagem, o material aprendido
fornece o próprio reforço, a tarefa é feita porque é agradável. Já a motivação extrínseca
ocorre quando a aprendizagem é concretizada para atender a outro propósito como, por
exemplo, passar no exame, subir socialmente.
Deci e Ryan (2000) dizem que a motivação intrínseca refere-se à execução de
atividades no qual o prazer é inerente à mesma. Não sendo necessário prêmios ou
pressão externa para realizar a tarefa. O indivíduo a busca naturalmente, uma vez que a
sua própria realização é a recompensa principal. Enquanto que, a motivação extrínseca,
reflete um comportamento que busca fins específicos e alcançáveis como recompensas
ou evitar punições.
Em relação ao processo de aprendizagem, segundo as pesquisas, a motivação
intrínseca é indicada através de comportamentos como: interesse em aprender,
persistência mesmo nas tarefas mais difíceis, o tempo e capricho dedicados à tarefa, a
vontade de completar a tarefa mesmo na ausência de recompensas, uma autoavaliação
positiva referente ao desempenho e/ou a combinação de todos os comportamentos. Já a
motivação extrínseca é indicada quando ocorre em resposta a uma tarefa específica cuja
realização implica em obter recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento,
atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e
habilidades. Nas escolas, os alunos motivados por fatores extrínsecos estarão mais
16
propícios a se interessar pelas atividades que lhes permitirão aumentar suas notas. (Deci,
Connell & Ryan, 1985).
A primeira vista pode parecer que a motivação extrínseca é menos válida ou
menos genuína do que a intrínseca, como se alguém motivado por fatores extrínsecos
não estivesse em busca de conhecimento e sim de resultados. Mas, principalmente no
que diz respeito à educação de adultos, a motivação extrínseca pode ser, por vezes, a
grande responsável pela busca do conhecimento. Como adultos somos conscientes dos
resultados que queremos obter e de como tais resultados poderão influenciar nossas
vidas pessoais ou profissionais. Se levarmos em consideração, por exemplo, o processo
de aprendizagem da segunda língua já na fase adulta, conhecimento que muitos adultos
buscam não por identificação, mas visando um crescimento profissional ou pessoal,
podemos dizer que, nesse caso, a motivação extrínseca foi essencial para a procura
daquele conhecimento.
A grande diferença entre motivação intrínseca e extrínseca, pelo menos no que diz
respeito ao processo de aprendizagem, dá-se mais pela autoavaliação que o aluno faz de
si mesmo na posição de aprendiz. Não importa muito a causa que o levou à busca pelo
conhecimento, se interna ou externa, mas importa a maneira como ele, internamente,
acredita ser capaz de alcançar o sucesso naquela atividade. Essa percepção é que
permitirá que ele esteja continuamente motivado durante todo o processo. A respeito
disso, no que tange a necessidade de sucesso ou realização, Csikszentmihalyi e
Nakamura (1989), definem como motivação intrínseca aquela que surge quando alguém
considera o seu nível de habilidade tão alto quanto o nível de dificuldade do desafio
proposto, se, ao contrário disso, alguém considerar seu nível de habilidade menor do
que o nível de dificuldade do desafio, o resultado é a frustração ou ansiedade e, por
outro lado, se o nível de dificuldade do desafio for considerado menor do que o nível de
conhecimento, o resultado será o tédio.
1.1.2 - Motivação Integrativa e Instrumental
As fontes integrativa e instrumental da motivação estão diretamente relacionadas
com o processo de aprendizagem de uma segunda língua. O que justifica citá-las nesse
trabalho. Mas grande parte dos pesquisadores, como por exemplo, Dornyei (2001),
17
considera a motivação integrativa e instrumental como subcategorias da motivação
extrínseca, uma vez que são determinadas por fatores externos ao indivíduo.
Através do trabalho de pesquisa de Gardner e Lambert (1959) é que tais fontes
foram definidas e distinguidas uma da outra, e, a partir de então, passou a influenciar
todas as posteriores pesquisas sobre o assunto. Para os pesquisadores citados, a
motivação na aprendizagem da segunda língua, tratava-se da orientação do discente
sobre o objetivo de tal aprendizagem.
Assim sendo, a motivação integrativa foi definida como um comportamento
positivo em relação aos falantes nativos da língua alvo, seja pelo desejo de integração
ou, no mínimo, pelo interesse em conhecer e interagir com membros desse grupo. Em
contrapartida, a motivação instrumental foi definida pela vontade de obter um
reconhecimento social, através da língua alvo. Nesse caso, a direção da motivação
volta-se para o próprio indivíduo, que se dispõe a aprender o novo código para proveito
pessoal e não interpessoal. .(Gardner e Lambert, 1972).
O nível de motivação de um aluno, com respeito à aprendizagem de uma segunda
língua, não pode ser medido através da origem de sua fonte, se instrumental ou
integrativa, podendo ser as duas igualmente motivadoras. Entretanto, os pesquisadores
acreditavam que os alunos motivados por uma orientação integrativa, poderiam alcançar
melhores resultados levando em consideração uma vantagem no domínio linguístico do
idioma alvo. Por conta disso, a orientação integrativa foi, muitas vezes, considerada
superior a instrumental. Tendo sido aquela, inclusive, declarada pelos pesquisadores
como o pilar mais importante ao aprender uma segunda língua. Porém, após críticas a
tal teoria, concordaram que, nem todas as pessoas que avaliam de forma positiva outra
sociedade querem, necessariamente, aprender sua língua, mas nunca deixa de afirmar
que todos os estudos apontam correlações significativas entre aspectos da motivação
integrativa e diversos aspectos da competência linguística na segunda língua.
Visto que a linguagem tem como finalidade a comunicação interpessoal, é fácil
perceber que, por mais que o aprendiz esteja motivado pelo seu próprio crescimento
pessoal, ele precisa considerar que, em algum ponto de seu processo de aprendizagem,
sua motivação se tornará integrativa, na medida em que ele utilizará do que foi
aprendido para se comunicar com falantes da língua alvo.
18
1.1.3 - Motivação no ensino de língua inglesa
Em muitas atividades humanas, sejam elas fracassadas ou bem sucedidas, a
motivação tem sido apontada como a grande causadora do fracasso ou do sucesso. Em
um contexto educacional, o seu papel ganha uma importância ainda maior. Tanto é
verdade que todos já passaram, ou conhecem alguém que passou pela experiência de
perseverar pela realização de seu propósito apesar das circunstâncias contrárias. Ter
êxito no processo de aprendizagem, apesar do mau preparo do professor, da
precariedade do material, da falta de tempo para se dedicar etc. Tão grande e decisivo é
o papel da motivação na aquisição de conhecimento que, quando um aprendiz está
altamente motivado, o professor, os livros, o material ou qualquer outro elemento do
contexto educacional, tornam-se secundários.
Como visto anteriormente, Gardner e Lambert (1972) são dos maiores
pesquisadores da área, seus trabalhos influenciaram todas as pesquisas sobre o tema.
Deles também é a autoria do modelo sócio-educacional que enfatiza a ideia de que, ao
contrário de outras matérias educacionais, a aprendizagem de um idioma prevê que seu
aprendiz tome conhecimento também de aspectos do comportamento típicos de outra
comunidade linguística. Sendo assim, o sucesso da aprendizagem de determinado
idioma está relacionado com a postura adotada, por parte do aluno, em relação a essa
comunidade linguística, distinguindo: (1) crenças culturais surgidas a partir do contexto
social, (2) motivação, fruto das diferenças individuais no momento de aprender uma
língua, (3) contextos formais e não formais na aprendizagem e (4) resultados
linguísticos e não linguísticos. Componentes que manteriam relações de causa-efeito em
nível teórico e empírico.
Tal modelo sócio-educacional é resumido por Au (1988) em cinco hipóteses: (1)
hipótese da motivação integrativa – tal motivação pode relacionar-se de forma positiva
com o sucesso na aprendizagem de uma segunda língua, (2) hipótese da crença cultural
– tais crenças afetam o desenvolvimento da motivação integrativa e o grau de relação
entre a integração cultural e o sucesso da aprendizagem, (3) hipótese do aluno ativo –
por serem ativos, os alunos com motivação integrativa terão maior sucesso na
aprendizagem, (4) hipótese da causalidade – a motivação integrativa é a causa no
sucesso de aprendizagem de uma segunda língua e (5) hipótese dos dois processos –
19
motivação integrativa e aptidão são componentes independentes na aprendizagem da
segunda língua.
Algumas pesquisas recentes consideram a atitude ativa do aprendiz como fator
determinante na aprendizagem de idiomas. Crookes e Schmidt (1991) chegam a declarar
que um bom aluno está imerso na aprendizagem da segunda língua tanto de forma
cognitiva como metacognitiva, planejando e apresentando estratégias ou funções de
execuções, assim como apresentando concentração. Sabemos que, em um contexto
realista em que alunos adultos podem não apresentar motivação integrativa, mas
simplesmente se sentirem pressionados a aprender a segunda língua por questões
profissionais, tal atitude ativa por parte do aprendiz se torna um elemento nulo.
É possível ressaltar outro problema encontrado nesse contexto realista, que é
quando os alunos acreditam não ter a competência para aprender uma nova língua. Visto
que, segundo Dornyei (2003), para aprender uma língua é necessário conhecer, além
dos elementos do código de comunicação, como gramática e itens lexicais, aspectos
sociais e culturais de outra comunidade linguística. Ou seja, como argumenta Almeida
Filho (1993), aprender línguas significa ser capaz de desenvolver a competência
comunicativa tanto no que diz respeito às estruturas linguísticas como o conhecimento
sociolinguístico, discursivo e estratégico. Para o autor, ensino comunicativo significa
elaborar atividades relevantes, que exprimam a necessidade do aluno, tornando-o capaz
de interagir em situações reais com falantes da língua-alvo. Não é um processo fácil e,
mais uma vez, a motivação pode ser determinante quanto ao sucesso a se alcançar.
A teoria da autodeterminação, formulada por Deci et al (1991), que apresenta
orientações motivacionais autodeterminadas, ou seja, motivação intrínseca e formas
autorreguladas de motivação extrínseca, representam algumas alternativas promissoras
para o envolvimento dos alunos. A autodeterminação é muito útil na compreensão da
motivação na aprendizagem de uma segunda língua, uma vez que sugere que a
orientação motivacional do aluno pode mudar durante o processo e que o professor pode
atuar de modo a facilitar tais mudanças. Mais para frente analisaremos qual o papel do
professor nesse processo de aprendizagem e como ele também pode afetar a motivação
do aprendiz.
20
A motivação intrínseca assim como a autonomia do aprendiz já vem sendo
consideradas como fatores de importância para o sucesso na aprendizagem de línguas
(Crookes e Schmidt, 1991; Oxford e Shearin, 1994), uma vez que ambas podem
apresentar uma relação de interdependência. Para Dickinson (1995), os alunos
autônomos se sentem mais motivados, conduzindo a uma aprendizagem efetiva, pois o
aprendiz se torna responsável pela sua própria aprendizagem. Logo, para a concepção
de autonomia, a motivação é definida através das escolhas em relação às metas e o grau
de esforço que vão exercer a esse respeito. Adotar uma meta extrínseca exige que o
aprendiz se sinta capaz de alcançá-la, desse modo, eles a interiorizarão.
É difícil determinar, para o processo de aprendizagem de uma segunda língua, se a
motivação influencia o processo ou o contrário. Alunos bem-sucedidos são mais
motivados, mas alunos mais motivados apresentam mais chances de serem bem-
sucedidos. Trata-se de uma relação bidirecional. Como diria Ellis (1985:119): “o papel
determinante da motivação está no próprio ato de comunicação, mais do que em
qualquer orientação geral implícita pela distinção integrativa/instrumental. É a
necessidade de fazer-se compreender e o prazer que se experimenta ao consegui-lo o
que, de fato, motiva o aluno”.
21
Bibliografia
Almeida Filho, J.C.P. (1993). Dimensões comunicativas no ensino de línguas. São Paulo:
Pontes Editores.
Arkes, H. R. & Garske, J. P. (1977). Psychological theories of motivation. Monterey:
Brooks/Cole.
Au, S.Y. (1988) A Critical Appraisal of Gardner’s Socio-Psychological Theory of Second-
Language (L2) Learning, Language Learning. 38:75 – 100.
Bzuneck, J.A. (2004). A motivação do aluno: aspectos introdutórios. Em: Boruchovitch, E. e
Bzuneck, J.A. (orgs.). A Motivação do Aluno: Contribuições da psicologia contemporânea (pp.
9-36) 3. ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes.
Charlot, B. (2005). Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões
para a educação de hoje. Porto Alegre: Artmed.
Crookes, G. e Schmidt, R.W. (1991) Motivation: Reopening the Research Agenda, Language
Learning 41, 4: 469 – 512.
Csikszentmihalyi, M. & Nakamura, J. (1989). The Dynamics of Intrinsic Motivation: A Study of
Adolescents. Handbook of Motivation Theory and Research, Vol. 3: Goals and Cognitions.
New York: Academic Press. pp 175-197.
Deci, E.L. e Ryan, R.M. (2000) Intrinsic and Extrinsic Motivations: Classic Definitions and
New Directions.Contemporary Educational Psychol., 25, 54-67.
Deci, E.L.; Ryan, R.M.; Pelletier, L.G. e Vallerand, R.J. (1991). Motivation and education: the
self-determination perspective. Educational Psychologist, 26, 325-346.
Dickinson, L. (1995). Autonomy and motivation: a literature review. System, 23 (2), 165-174.
Dornyei, Z. (2001). Motivational strategies in the language classroom – Cambridge.
Ellis, R. (1985). Understanding Second language acquisition – Oxford.
Gardner, R.C. e Lambert, W.E. (1972). Attitudes and motivation in second language learning.
Rowley, Massachusetts: Newbury House Publishers.
Keller, J.M (1983). Motivational Design of Instruction, in C.M. Reigeluth (Ed). Institructional
Design Theories and Models, Hillsdale: Eribaum.
Kirstein, E e Zingier,S. (2006). Reorientação curricular – Educação de jovens e adultos. Rio de
Janeiro.
22
Lambert, W.E; Havelka, J. & Gardner, R.C (1959). Linguistic Manifestations of Bilingualism.
The American Journal of Psychology Vol. 72, No. 1 (Mar., 1959), pp. 77-82 . Published
by: University of Illinois Press
Lens, W.; Matos, L. e Vansteenkiste, M. (2008). Professores como fonte de motivação dos
alunos: O quê e o porquê da aprendizagem do aluno. Educação, 31 (1), 17-20.
Maehr, M.L. e Archer, J. (1987) Motivation and School Achievement, in L.G. Katz. Current
Topics in Early Childhood Education, Norwood: Ablex.
Oxford, R. e Shearin, J. (1994). Language Learning Motivation: expanding the theoretical
framework. Modern Language J., 78 (1), 12-28.
Ray, W. S. (1964). The Science of psychology: an introduction. New York: MacMillan.
Schultz, R. (2003). Motivação e desmotivação no aprendizado de língua. English made in
Brazil.
Vernon, M.D. (1973). Motivação humana. Tradução de L. C. Lucchetti. Petrópolis: Vozes.
(trabalho original publicado em 1969).
Witter, G. Porto e Lomônaco, J. F. B. (1984). Psicologia da aprendizagem. São Paulo: EPU.
Acessado em 04/04/2017:
http://goldcoaching.pt/moodle/pluginfile.php/3482/mod_resource/content/1/Manual%20
PIP.pdf
23

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Planos de sessão
Planos de sessãoPlanos de sessão
Planos de sessãoAna Narciso
 
Plano de sessão 0754 1
Plano de sessão 0754   1Plano de sessão 0754   1
Plano de sessão 0754 1Vanda Godinho
 
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdf
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdfCEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdf
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdfanabelamartins61
 
Definição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoDefinição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoRonaldo Otero
 
Recursos didaticosmultimedia
Recursos didaticosmultimediaRecursos didaticosmultimedia
Recursos didaticosmultimediaCristina Mota
 
Complementos de formação de formadores
Complementos de formação de formadoresComplementos de formação de formadores
Complementos de formação de formadoresRosario Cação
 
Apresentação da proposta de formação
Apresentação da proposta de formaçãoApresentação da proposta de formação
Apresentação da proposta de formaçãoheliane
 
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021Informanuais ®
 
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Cátia Elias
 
Definir Objectivos
Definir ObjectivosDefinir Objectivos
Definir Objectivosguest6e2200
 
Grelha avaliação apresentações orais
Grelha avaliação apresentações oraisGrelha avaliação apresentações orais
Grelha avaliação apresentações oraisDiogo Tavares
 
Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem
Plataformas Colaborativas e de AprendizagemPlataformas Colaborativas e de Aprendizagem
Plataformas Colaborativas e de AprendizagemCarina Mano
 
Reflexão crítica final
Reflexão crítica final Reflexão crítica final
Reflexão crítica final martamedeiros
 

Mais procurados (20)

Planos de sessão
Planos de sessãoPlanos de sessão
Planos de sessão
 
Plano de sessão 0754 1
Plano de sessão 0754   1Plano de sessão 0754   1
Plano de sessão 0754 1
 
Recursos didáticos
Recursos didáticosRecursos didáticos
Recursos didáticos
 
P.i.p
P.i.pP.i.p
P.i.p
 
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdf
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdfCEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdf
CEFOSAP-PlanoSessaoInstrucoes.pdf
 
Definição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construçãoDefinição de Objetivos - construção
Definição de Objetivos - construção
 
Submodulo 8.1
Submodulo 8.1Submodulo 8.1
Submodulo 8.1
 
Recursos didaticosmultimedia
Recursos didaticosmultimediaRecursos didaticosmultimedia
Recursos didaticosmultimedia
 
Planos de Formação
Planos de FormaçãoPlanos de Formação
Planos de Formação
 
Complementos de formação de formadores
Complementos de formação de formadoresComplementos de formação de formadores
Complementos de formação de formadores
 
Apresentação da proposta de formação
Apresentação da proposta de formaçãoApresentação da proposta de formação
Apresentação da proposta de formação
 
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021
manuais de formação ufcd Catalogo informanuais janeiro 2021
 
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]Metodos tecnicas pedagogicas[1]
Metodos tecnicas pedagogicas[1]
 
Análise SWOT
Análise SWOTAnálise SWOT
Análise SWOT
 
Definir Objectivos
Definir ObjectivosDefinir Objectivos
Definir Objectivos
 
Modelo de relatório da Prova de Aptidão Profissional
Modelo de relatório da Prova de Aptidão ProfissionalModelo de relatório da Prova de Aptidão Profissional
Modelo de relatório da Prova de Aptidão Profissional
 
Grelha avaliação apresentações orais
Grelha avaliação apresentações oraisGrelha avaliação apresentações orais
Grelha avaliação apresentações orais
 
Modelo de pedido de patrocínio
Modelo de pedido de patrocínioModelo de pedido de patrocínio
Modelo de pedido de patrocínio
 
Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem
Plataformas Colaborativas e de AprendizagemPlataformas Colaborativas e de Aprendizagem
Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem
 
Reflexão crítica final
Reflexão crítica final Reflexão crítica final
Reflexão crítica final
 

Semelhante a Motivação na aprendizagem de línguas

Métodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemMétodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemJoao Papelo
 
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1Cássimo Saide
 
AvaliaçãO Formativa Alternativa
AvaliaçãO Formativa AlternativaAvaliaçãO Formativa Alternativa
AvaliaçãO Formativa Alternativasofiamalheiro
 
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docx
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docxPLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docx
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docxMelchiorS1
 
ApresentaçãO Final
ApresentaçãO FinalApresentaçãO Final
ApresentaçãO FinalBortolussi
 
Concepcao metodologica curriculo 2
Concepcao metodologica curriculo 2Concepcao metodologica curriculo 2
Concepcao metodologica curriculo 2Jeca Tatu
 
Concepcao metodologica curriculo
Concepcao metodologica curriculoConcepcao metodologica curriculo
Concepcao metodologica curriculoJeca Tatu
 
Aprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoAprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoCristiane Lahdo
 
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptx
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptxSessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptx
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptxOrdem dos Biólogos
 
O papel da tutoria no desenvolvimento curricular
O papel da tutoria no desenvolvimento curricularO papel da tutoria no desenvolvimento curricular
O papel da tutoria no desenvolvimento curricularMaria Casanova
 
Categorias De AnáLise Zaballa
Categorias De AnáLise  ZaballaCategorias De AnáLise  Zaballa
Categorias De AnáLise ZaballaSocorro
 
Aprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoAprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoCristiane Lahdo
 
Slides sobre planejamento
Slides sobre planejamentoSlides sobre planejamento
Slides sobre planejamentofamiliaestagio
 

Semelhante a Motivação na aprendizagem de línguas (20)

Técnicas ensino
Técnicas  ensinoTécnicas  ensino
Técnicas ensino
 
Métodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e AprendizagemMétodos de Ensino e Aprendizagem
Métodos de Ensino e Aprendizagem
 
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1
Mod estrategias de_intervencao_psicopedagogica_v1
 
AvaliaçãO Formativa Alternativa
AvaliaçãO Formativa AlternativaAvaliaçãO Formativa Alternativa
AvaliaçãO Formativa Alternativa
 
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docx
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docxPLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docx
PLANO DE AULA-PASSO A PASSO GRUPO 1.docx
 
Supervisão pedagógica dos processos de inclusão. Um estudo no contexto do 1º ...
Supervisão pedagógica dos processos de inclusão. Um estudo no contexto do 1º ...Supervisão pedagógica dos processos de inclusão. Um estudo no contexto do 1º ...
Supervisão pedagógica dos processos de inclusão. Um estudo no contexto do 1º ...
 
ApresentaçãO Final
ApresentaçãO FinalApresentaçãO Final
ApresentaçãO Final
 
Slides módulo 4
Slides módulo 4Slides módulo 4
Slides módulo 4
 
Concepcao metodologica curriculo 2
Concepcao metodologica curriculo 2Concepcao metodologica curriculo 2
Concepcao metodologica curriculo 2
 
Guia pensamento criativo_educador
Guia pensamento criativo_educadorGuia pensamento criativo_educador
Guia pensamento criativo_educador
 
Concepcao metodologica curriculo
Concepcao metodologica curriculoConcepcao metodologica curriculo
Concepcao metodologica curriculo
 
Aprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoAprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliação
 
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptx
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptxSessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptx
Sessao_3_Apresentacao_Turma_28.pptx
 
Modeloplanodeaula
ModeloplanodeaulaModeloplanodeaula
Modeloplanodeaula
 
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCPreferencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
referencial detalhado do curso formação pedagógica inicial de formadores | CCP
 
O papel da tutoria no desenvolvimento curricular
O papel da tutoria no desenvolvimento curricularO papel da tutoria no desenvolvimento curricular
O papel da tutoria no desenvolvimento curricular
 
Categorias De AnáLise Zaballa
Categorias De AnáLise  ZaballaCategorias De AnáLise  Zaballa
Categorias De AnáLise Zaballa
 
Aprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliaçãoAprendizagem, autoria e avaliação
Aprendizagem, autoria e avaliação
 
Slides sobre planejamento
Slides sobre planejamentoSlides sobre planejamento
Slides sobre planejamento
 
Apresenta..
Apresenta..Apresenta..
Apresenta..
 

Último

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 

Último (20)

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 

Motivação na aprendizagem de línguas

  • 1. Projeto de Intervenção Pedagógica O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira Thacia Carpenter Abril de 2017
  • 2. 1 Índice Introdução ...................................................................................................................... 2 Pertinência do Tema ....................................................................................................... 2 Plano de Formação ......................................................................................................... 3 Plano de Sessão .............................................................................................................. 4 Avaliação  Inicial ................................................................................................................... 5  Formativa ............................................................................................................ 5  Sumativa ............................................................................................................. 5  De Formação ....................................................................................................... 5 Plataforma Colaborativa ................................................................................................. 6 Conclusão ........................................................................................................................ 6 Reflexão Final .................................................................................................................. 6 Anexos  Sumário .............................................................................................................. 8  Folha de Presença .............................................................................................. 9  Teste de Avaliação ............................................................................................ 10  Corrigenda do Teste de Avaliação .................................................................... 11  Inquérito de Satisfação .................................................................................... 13  Material de Suporte (Documentação Adicional) .............................................. 14 Bibliografia .................................................................................................................... 22
  • 3. 2 Introdução No mundo globalizado em que vivemos é exigido do indivíduo, tanto pessoal como profissionalmente, a habilidade de se comunicar e interagir com esse mundo. De acordo com Kirstein e Zyngier (2006) privar um indivíduo do conhecimento de uma língua dificulta a possibilidade do autoconhecimento, assim como impede o indivíduo de atuar socialmente, tomando conhecimento de outras culturas, traçando comparações e compreendendo as diferenças. O mundo globalizado em que vivemos, implica um pluralismo cultural e linguístico e, portanto, aprender novas línguas, torna- se uma necessidade de sobrevivência do homem, de estar inserido social, política e historicamente. Mesmo com tamanha necessidade, muitos são os que fracassam na busca pela aprendizagem da segunda língua, sendo a total falta de motivação apontada como um dos principais fatores para o insucesso. Falta de motivação tanto por parte do aprendiz, quanto por parte do professor e do ambiente escolar, que muitas vezes falham em não adaptar o conteúdo às necessidades do aluno e ao não respeitaram suas características como aprendizes. Face a essa temática a questão que o projeto busca contemplar é: O efeito da motivação na aprendizagem de uma Língua Estrangeira. Pertinência do tema A motivação é apontada como fator determinante no sucesso de qualquer aprendizagem, principalmente tratando-se da aprendizagem de uma língua estrangeira. Por se tratar de um fenômeno complexo e subjetivo, não pode ser analisado se não pelos comportamentos característicos que reflete. Um aprendiz motivado, geralmente apresenta persistência, ânimo, paciência, alta expectativa e boa autoestima. Os efeitos da autoestima são tão importantes que podem, inclusive, favorecer processos cognitivos como a memória e a criatividade. Essencialmente, a motivação do aprendiz é a grande responsável por fazê-lo explorar as virtudes ou transpor as fraquezas.
  • 4. 3 Plano de Formação Tema: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira Módulo: Estratégias de Motivação Destinatários: Formadores, professores e/ou formandos, aprendizes de uma língua estrangeira que queiram compreender o efeito que a motivação causa em seus processos de ensino/aprendizagem. Duração: Curso inicial com duração de 20/25 minutos, ministrados em uma única sessão, sendo esta introdutória ao tema. Métodos e técnicas Formativas: Tendo sempre em conta o tema, os objetivos e os destinatários, essa formação utilizará de diferentes métodos e técnicas pedagógicas com o intuito de abranger diferentes tipos de aprendizagem; e de possibilitar diferentes tipos de abordagens ao conteúdo; a saber: Método Expositivo, através de uma clara e objetiva apresentação em PowerPoint, para dar a conhecer o novo conteúdo assim como aprofundá-lo; Método Interrogativo, através de técnicas de perguntas e abertura para discussões, com o intuito de promover a abertura do debate para a participação de todos os envolvidos, para que possam partilhar seus conhecimentos, experiências e observações pertinentes; e Método Ativo, através de debates em grupo, estudos de caso para que possam testar em prática os novos conhecimentos adquiridos.
  • 5. 4 Plano de Sessão Curso: Efeito da motivação na aprendizagem de L.E. Pré-requisitos: Conhecer as características mais básicas acerca da motivação. Saber definir o processo de input (já apresentado na primeira sessão) Ação: 2 Local: Auditório UTAD Módulo: Estratégias de Motivação Nº Sessão: 1 Formador(a): Thacia Carpenter Público Alvo: Formadores e formandos de línguas estrangeiras Data: 31/03/2017 / Duração: 25 minutos Objetivos Específicos Fases Conteúdos Mét/téc.pedag. Recursos didáticos Atividades didáticas Tempo Avaliação Conscientizar os formandos acerca do tema -Envolvê-los na ação, através de perguntas para criar ambiente de partilha Introdução - Distribuição do material - Apresentação do tema e objetivos - Perguntas para diagnóstico Métodos expositivo e interrogativo -Power Point - Docum. -Perguntas sobre as características básicas acerca da motivação 5 min Avaliação diagnóstica (através de perguntas para averiguar conhecimento prévio) -Verificar as diferentes fontes de motivação -Caracterizar os processos de input e output -Definir os comportamentos refletidos Desenvolv. - Caracterização e definição de Motivação - Fontes de Motivação - Input e Output - Comportamen tos Métodos expositivo e interrogativo -Power Point - Vídeo motivacio nal -Exposição do conteúdo - Exemplos para definição das fontes de motivação -Momento de reflexão - Q.I. x motivação 10 min Avaliação formativa (através de exemplos para definição das fontes e reflexão sobre estratégias motivacionais) -Criar estratégias de motivação - Apresentar síntese e conclusão -Esclarecer dúvidas - Avaliar a aquisição do conhecimento Conclusão -Estratégias de Motivação - Síntese e conclusão Métodos expositivo, interrogativo e ativo -Power Point - Quem é você na estória? - Avaliação final 5 min Avaliação formativa (discussão sobre comportamentos e Sumativa (aplicação da Avaliação final) OBJETIVOS GERAIS: No final da sessão o formando deverá ser capaz de caracterizar as diferentes fontes de motivação; definir os processos de input e output; reconhecer os comportamentos derivados da motivação; e criar estratégias de motivação.
  • 6. 5 Avaliação A avaliação, indispensável, tanto para formando quanto para formador, na medida que permite a troca de feedback e verificação dos objetivos alcançados, será realizada em três momentos diferentes da sessão: Avaliação Inicial: Para verificação do cumprimento dos pré-requisitos e dos conhecimentos prévios dos formandos. Através de perguntas de diagnóstico a respeito do tema, por exemplo: “O que é a motivação?”; “É uma característica inata?” Avaliação Formativa: Conforme o avançar do conteúdo algumas perguntas serão feitas com o intuito de verificar se os formandos estão a assimilar bem os novos conhecimentos e para confirmar a compreensão destes novos conteúdos. Também como uma forma de dar oportunidade para que o formando expresse suas dúvidas antes da avaliação final. Será realizada através de perguntas que oferecem respostas tanto abertas quanto fechadas, por exemplo: ao citar situações, o formando terá que dizer que tipo de fonte de motivação está ali expressa (“Vou fazer um intercâmbio no país falante da língua” = motivação integrativa; “quero aumentar minhas notas na escola”= motivação extrínseca). As perguntas abertas serão realizadas através de reflexões nas quais os formandos terão que expressar suas opiniões: “O que eu posso fazer para deixar meu aluno motivado?”; “O que eu posso fazer para me automotivar?”; Estudo de caso: Aluno com Q.I acima da média x aluno com alta motivação; Análise do vídeo motivacional: “Quem é você na estória?” (qual comportamento costuma adotar inseguro; automotivado, desencorajador ou motivador) Avaliação Sumativa: Com o objetivo de controlar a aquisição do formando e certificar as competências adquiridas será realizado um teste de avaliação criterial, no momento final da sessão, com quatro perguntas: duas de respostas abertas (sobre os comportamentos refletidos através da motivação e sobre estratégias de motivação); uma de escolha múltipla (sobre as fontes de motivação); e uma de emparelhamento (sobre os exemplos de processos de input e output) – (Vide Anexo). A escala adotada para classificação será quantitativa percentual (0% - 100%) Avaliação de Formação: Essencial para garantir a qualidade da formação e para possibilitar que o formador obtenha feedback sobre seus métodos e técnicas, pertinência do tema e utilidade dos conteúdos trabalhados, assim como garantir que os pontos negativos da formação serão corrigidos. Será realizada através de um Inquérito de satisfação, em que os formandos poderão dar suas opiniões acerca dos seguintes tópicos: programa e metodologia, o formador, recursos e materiais pedagógicos, instituição e organização e avaliação e resultados – (Vide Anexo). A escala adotada será Analítica e Quantitativa ((1) = Insuficiente até (4) = Muito bom)
  • 7. 6 Plataformas Colaborativas de Aprendizagem A Plataforma Online, Moodle, será utilizada e através dela serão disponibilizados vídeos motivacionais e sobre motivação na aprendizagem, fichas de exercícios e, através dos fóruns, os debates iniciados em sala de formação, sobre os comportamentos adotados e estratégias de motivação podem ser melhor aprofundados. Qualquer documentação adicional, como textos para análise sobre o tema também serão disponibilizados na plataforma. Assim como, através desse suporte, será facilitada a comunicação entre os formandos e entre estes e o formador. Conclusão A motivação é a garantia de que as decisões tomadas serão sustentadas até que alcancem as suas respectivas metas. Porém, trata-se de um fenômeno subjetivo e sua existência somente pode ser observada através dos comportamentos que ela reflete como persistência, esforço, determinação, entre outros. Quando aplicada ao processo de aprendizagem a noção de mobilização pode ser adicionada ao conceito. Se considerarmos os comportamentos apresentados frente à presença da motivação, poderemos aplicá-la ao processo de ensino, para garantir que os aprendizes se mantenham motivados. Também é importante ter em mente que há diversas fontes de motivação que o aprendiz possa apresentar, e é preciso que o processo de aprendizagem se beneficie de qualquer uma que seja a fonte apresentada. Reflexão Final Apesar dos demais formandos pertencerem a diversas e diferentes áreas de atuação, que não da Educação, acredito que o tema dessa sessão – motivação – diz respeito a um processo universal e comum em qualquer área de estudo ou de atuação profissional, sendo, portanto, um tema de utilidade e sempre pertinente. A recepção dos formandos foi positiva, ocorreu comunicação e interação e o conteúdo foi discutido em algumas oportunidades durante a sessão. Questões também foram levantadas ao final da sessão, comprovando que os formandos demonstravam interesse pelo novo conhecimento.
  • 8. 7 Anexos Sumário 1. Motivação: Características e definições 1.1. Fatores Internos de Motivação – Intrínseca e Integrativa 1.2. Fatores Externos de Motivação – Extrínseca e Instrumental 2. Como ocorre a aprendizagem de uma Língua Estrangeira 2.1. Processos de Input e Output 3. Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira 3.1. Q.I. x Motivação 3.2. Comportamentos refletidos 3.3. Vídeo Motivacional 3.4. Estratégias de Motivação 4. Síntese e Conclusão Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma Língua Estrangeira Formadora: Thacia Carpenter Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
  • 9. 8 Folha de presença Nome do Formando Assinatura Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E. / Formadora: Thacia Carpenter Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
  • 10. 9 Teste de Avaliação (25%) Exercício 1) Sabemos que dentro de um contexto, mesmo as frases expressas abaixo podem revelar uma intenção diferente daquilo que, à primeira vista, aparentam ser, porém, sem contextualizar, levando em consideração apenas as frases em si, caracterize as fontes de motivação que as mesmas expressam: a) “Quero aprender a língua porque gosto de assistir filmes e séries nessa língua e quero ser capaz de assisti-los sem legenda” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca b) “Quero aprender a língua porque preciso dela para conseguir a promoção no trabalho” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca c) “Quero aprender a língua porque gosto de aprender” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca d) “Quero aprender a língua porque ser bilíngue me faz sentir importante” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca (50%) Exercício 2) Liste, pelo menos, quatro diferentes tipos de comportamentos provenientes da presença da motivação e identifique, entre eles, qual o que mais contribui para a aquisição de Input e porquê? (25%) Exercício 3) Determine se os seguintes fatores são exemplos de Input (I) ou Output (O) a) Contexto da educação ( ) b) Atitude ( ) c) Aptidão( ) d) Métodos e técnicas ( ) e) Material ( ) f) Fonte de Motivação ( ) Objetivos pedagógicos: Caracterizar as fontes de motivação; Determinar os comportamentos provocados pela motivação; Definir fatores de input e output; e conhecer estratégias para motivação. Destinatários: Participantes da Sessão de Formação “O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E.”
  • 11. 10 (50%) Exercício 4) Imagine que você tem um aluno cuja única e exclusiva motivação para atender as classes é conseguir aumentar a média no final do ciclo. Objetivo esse que ele fracassa em alcançar, pois ele não gosta de aprender uma nova língua e não entende a importância da matéria no currículo escolar. Quais estratégias de motivação você, como professor, pode utilizar para fazer com que seu aluno sinta-se motivado em aprender e não apenas em tirar boas notas? Justifique a sua escolha. Corrigenda do Teste de Avaliação Exercício 1) (25%) Sabemos que dentro de um contexto, mesmo as frases expressas abaixo podem revelar uma intenção diferente daquilo que, à primeira vista, aparentam ser, porém, sem contextualizar, levando em consideração apenas as frases em si, caracterize as fontes de motivação que as mesmas expressam: e) “Quero aprender a língua porque gosto de assistir filmes e séries nessa língua e quero ser capaz de assisti-los sem legenda” ( ) Extrínseca ( X ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca Interesse pela cultura, pelo uso da língua, pela interação f) “Quero aprender a língua porque preciso dela para conseguir a promoção no trabalho” ( X ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental ( ) Intrínseca O interesse parte pela busca de um objetivo alcançável, mas externo à língua em si e sua aprendizagem g) “Quero aprender a língua porque gosto de aprender” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( ) Instrumental (X ) Intrínseca A aprendizagem por si só já é o motivo de interesse e satisfação h) “Quero aprender a língua porque ser bilíngue me faz sentir importante” ( ) Extrínseca ( ) Integrativa ( X ) Instrumental ( ) Intrínseca A aprendizagem é utilizada para se conseguir satisfação pessoal, status Exercício 2) (50%) Liste, pelo menos, quatro diferentes tipos de comportamentos provenientes da presença da motivação e identifique, entre eles, qual o que mais contribui para a aquisição de Input e porquê? Possibilidade de resposta: Alguns comportamentos que são refletidos no processo de aprendizagem quando há Objetivos pedagógicos: Caracterizar as fontes de motivação; Determinar os comportamentos provocados pela motivação; Definir fatores de input e output; e conhecer estratégias para motivação. Destinatários: Participantes da Sessão de Formação “O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E.”
  • 12. 11 motivação são; direcionamento, atenção, interesse e empenho (entre outros). Destes, a atenção é o comportamento que mais contribui para a aquisição de Input uma vez que permite que se retenha mais informação. Exercício 3) (25%) Determine se os seguintes fatores são exemplos de Input (I) ou Output (O) a) Contexto da educação ( I ) b) Atitude ( O ) c) Aptidão ( O ) d) Métodos e técnicas ( I ) e) Material ( I ) f) Fonte de Motivação ( O ) Exercício 4) (50%) Imagine que você tem um aluno cuja única e exclusiva motivação para atender as classes é conseguir aumentar a média no final do ciclo. Objetivo esse que ele fracassa em alcançar, pois ele não gosta de aprender uma nova língua e não entende a importância da matéria no currículo escolar. Quais estratégias de motivação você, como professor, pode utilizar para fazer com que seu aluno sinta-se motivado em aprender e não apenas em tirar boas notas? Justifique a sua escolha. Possibilidade de resposta: Aluno mostra motivação exclusivamente extrínseca, como professor, é preciso despertar também a motivação intrínseca, ou seja, o gosto pelo aprender (aprender a aprender). Algumas estratégias podem ser utilizadas para fazer com que o aluno participe de forma mais directa em seu processo de aprendizagem. Por exemplo; Mudar o cenário – estimular o aluno para além de sala de aula; Oferecer experiências variadas – certificar-se de que o aluno esteja recebendo estímulos variados ou Oferecer recompensas; determinar metas alcançáveis. Nesse exercício a resposta é aberta, portanto, não existe apenas uma única possível resposta. Permita que os formandos exponham as estratégias que mais lhes pareçam adequadas, desde que justificadas de forma coerente.
  • 13. 12 Inquérito de Satisfação (1) Insuficiente (2) Suficiente (3) Bom (4) Muito Bom 1. Programa e Metodologia (conteúdo e estrutura da ação) (1) (2) (3) (4) Interesse do tema Utilidade prática da matéria Desenvolvimento da matéria Adequação da matéria aos objectivos definidos Duração da acção Equilíbrio teoria / prática 2. Formador (1) (2) (3) (4) Comunicação e transmissão de conhecimentos Motivação suscitada Domínio do assunto Adequação dos métodos pedagógicos Relacionamento formador / participantes Dinâmica gerada no grupo 3. Recursos e materiais pedagógicos (1) (2) (3) (4) Condições de trabalho / instalações Documentação distribuída Materiais e equipamentos utilizados 4. Instituição e organização (1) (2) (3) (4) Cumprimento de horários formador / participantes Apoio logístico Apoio nas respostas à dificuldade 5. Avaliação e resultados (1) (2) (3) (4) Adequação com o tema estudado Objetividade e clareza das perguntas Contribuição para aquisição de conhecimento Satisfação das expectativas individuais Sessão: O Efeito da Motivação na Aprendizagem de uma L.E. / Formadora: Thacia Carpenter Data: 31/03/2017 / Local: Auditório UTAD / Duração: 20 minutos
  • 14. 13 Material de Suporte (Documentação adicional) 1.1 - A definição de motivação e seus comportamentos Esse capítulo tem como objetivo definir o termo ‘motivação’, de acordo com sua origem e sua utilização, principalmente no contexto educacional, assim como apresentar algumas de suas possíveis fontes e comportamentos. “A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais importantes”. (Vernon, 1973, p.11) Para entender o sentido da palavra ‘motivação’, é necessário voltar à sua raiz etimológica. A palavra em questão é oriunda do verbo em latim movere, de onde também se origina o verbo ‘mover’. O substantivo correspondente ao verbo movere, em latim, é motivum, que deu origem à palavra ‘motivo’. Logo, o motivo ou motivação é o que move uma pessoa a tomar ações para alcançar um determinado fim ou mudar de direção. Vários são os pesquisadores da área que estudaram sobre a motivação e sua definição; como Bzuneck, 2004; Schultz, 2003 ou Dornyei, 2001, porém, todos concordam que se trata de um termo de significado complexo e de amplas possibilidades de definição, uma vez que é difícil determinar, por serem bastante subjetivos, os processos internos que levam as pessoas a se sentirem motivadas. Além de subjetiva, a motivação é o que sustenta o processo que direciona as tomadas de ações até as suas respectivas metas. Tratando-se, pois, de um processo, não há como observá-la em si mesma se não deduzi-la a partir de comportamentos adotados quando ela se encontra presente. Comportamentos tais como: persistência, esforço, paciência, vontade, determinação etc. Por conta disso, começar uma tarefa requer maior esforço do que quando a tarefa já está em curso, pois a motivação exige o ‘primeiro passo’, exige sair da inércia e mover-se. A motivação é tão importante no cumprimento de uma atividade na medida em que ela é a responsável por determinar se e por quanto tempo estamos dispostos a sustentar uma atividade ou até mesmo perpetuá-la, assim como quanto esforço aplicaremos nessa atividade. Segundo a definição de Arkes & Garske, 1977, p.3 “O estudo da motivação é a investigação das influências sobre a ativação, força e direção do comportamento”.
  • 15. 14 No que diz respeito à aplicação da motivação no processo de aprendizagem, o sociólogo Bernard Charlot (2005) adiciona a tal conceito, numa percepção mais ampla, a noção de mobilização. Ou seja, para haver motivação, há um movimento interno de significados construídos pelo aluno em relação as suas ações. Portanto, Charlot acredita que a motivação de um aluno em busca de conhecimento é diretamente relacionada com o seu contexto e seus interesses. Como mencionado anteriormente, qualquer observação referente à motivação, tem de ser feita não nela mesma, mas nos comportamentos que a sua presença reflete. Em um estudo feito por Maehr e Archer, 1987, destacam-se de maneira mais objetiva tais comportamentos produzidos pela motivação. São eles: (1) direcionamento – escolher uma atividade, ter mais atenção a ela, envolver-se mais com ela do que com outra; (2) empenho – manter a atenção na mesma atividade por um longo período; (3) motivação contínua – voltar à atividade, anteriormente interrompida, por vontade própria; e (4) nível de atividade – o esforço aplicado. Se, novamente, voltarmos à análise da aplicação da motivação e, por conseguinte, de seus comportamentos no processo de aprendizagem, é possível estabelecer uma relação dos comportamentos nomeados por Maehr e Archer (1987) com os fatores básicos, nomeados por Keller (1983), na sua teoria da motivação voltada ao ensino. Sendo eles: (1) interesse – despertar e manter a curiosidade do aluno; (2) relevância – fator que garante a motivação contínua, uma vez que o aluno reconhece a importância do que lhe é ensinado em seu próprio contexto e necessidades pessoais; (3) expectativa – a autoavaliação do aluno terá relação direta com o seu nível de motivação; e (4) recompensa, castigo ou resultado – aquilo o que se pode alcançar com a atividade também determina o nível de motivação. Pela primeira vez, a motivação é vista como podendo ser determinada não só por movimentos internos, como também externos. “Um exame cuidadoso da palavra (motivo) e de seu uso revela que, em sua definição, deverá haver referência a três componentes: o comportamento de um sujeito; a condição biológica interna relacionada; e a circunstância externa relacionada”. (Ray, 1964, p. 101). Lens et al, 2008, acreditavam que a motivação não podia ser considerada como um traço relativamente estável da personalidade. Segundo os autores, trata-se de um
  • 16. 15 processo psicológico no qual tem efeito tanto as características de personalidade como as ambientais. Sendo assim, a motivação dos alunos poderia ser modificada tanto por mudanças internas como também através de mudanças em seu ambiente escolar. Torna- se aqui evidente que, além dos comportamentos (movimento interno) que faz refletir, a motivação também pode apresentar diferentes fontes, veremos a seguir quatro delas: intrínseca e extrínseca; integrativa e instrumental. 1.1.1. - Motivação Intrínseca e Extrínseca As abordagens sócio-cognitivistas defendem a existência de duas orientações motivacionais interativas, a intrínseca e a extrínseca. Muitos são os pesquisadores da área que trazem suas contribuições para as definições do tema. A seguir, expomos algumas dessas definições: Witter e Lomônaco (1984) afirmam que a motivação intrínseca é aquela em que a atividade surge como decorrência da própria aprendizagem, o material aprendido fornece o próprio reforço, a tarefa é feita porque é agradável. Já a motivação extrínseca ocorre quando a aprendizagem é concretizada para atender a outro propósito como, por exemplo, passar no exame, subir socialmente. Deci e Ryan (2000) dizem que a motivação intrínseca refere-se à execução de atividades no qual o prazer é inerente à mesma. Não sendo necessário prêmios ou pressão externa para realizar a tarefa. O indivíduo a busca naturalmente, uma vez que a sua própria realização é a recompensa principal. Enquanto que, a motivação extrínseca, reflete um comportamento que busca fins específicos e alcançáveis como recompensas ou evitar punições. Em relação ao processo de aprendizagem, segundo as pesquisas, a motivação intrínseca é indicada através de comportamentos como: interesse em aprender, persistência mesmo nas tarefas mais difíceis, o tempo e capricho dedicados à tarefa, a vontade de completar a tarefa mesmo na ausência de recompensas, uma autoavaliação positiva referente ao desempenho e/ou a combinação de todos os comportamentos. Já a motivação extrínseca é indicada quando ocorre em resposta a uma tarefa específica cuja realização implica em obter recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e habilidades. Nas escolas, os alunos motivados por fatores extrínsecos estarão mais
  • 17. 16 propícios a se interessar pelas atividades que lhes permitirão aumentar suas notas. (Deci, Connell & Ryan, 1985). A primeira vista pode parecer que a motivação extrínseca é menos válida ou menos genuína do que a intrínseca, como se alguém motivado por fatores extrínsecos não estivesse em busca de conhecimento e sim de resultados. Mas, principalmente no que diz respeito à educação de adultos, a motivação extrínseca pode ser, por vezes, a grande responsável pela busca do conhecimento. Como adultos somos conscientes dos resultados que queremos obter e de como tais resultados poderão influenciar nossas vidas pessoais ou profissionais. Se levarmos em consideração, por exemplo, o processo de aprendizagem da segunda língua já na fase adulta, conhecimento que muitos adultos buscam não por identificação, mas visando um crescimento profissional ou pessoal, podemos dizer que, nesse caso, a motivação extrínseca foi essencial para a procura daquele conhecimento. A grande diferença entre motivação intrínseca e extrínseca, pelo menos no que diz respeito ao processo de aprendizagem, dá-se mais pela autoavaliação que o aluno faz de si mesmo na posição de aprendiz. Não importa muito a causa que o levou à busca pelo conhecimento, se interna ou externa, mas importa a maneira como ele, internamente, acredita ser capaz de alcançar o sucesso naquela atividade. Essa percepção é que permitirá que ele esteja continuamente motivado durante todo o processo. A respeito disso, no que tange a necessidade de sucesso ou realização, Csikszentmihalyi e Nakamura (1989), definem como motivação intrínseca aquela que surge quando alguém considera o seu nível de habilidade tão alto quanto o nível de dificuldade do desafio proposto, se, ao contrário disso, alguém considerar seu nível de habilidade menor do que o nível de dificuldade do desafio, o resultado é a frustração ou ansiedade e, por outro lado, se o nível de dificuldade do desafio for considerado menor do que o nível de conhecimento, o resultado será o tédio. 1.1.2 - Motivação Integrativa e Instrumental As fontes integrativa e instrumental da motivação estão diretamente relacionadas com o processo de aprendizagem de uma segunda língua. O que justifica citá-las nesse trabalho. Mas grande parte dos pesquisadores, como por exemplo, Dornyei (2001),
  • 18. 17 considera a motivação integrativa e instrumental como subcategorias da motivação extrínseca, uma vez que são determinadas por fatores externos ao indivíduo. Através do trabalho de pesquisa de Gardner e Lambert (1959) é que tais fontes foram definidas e distinguidas uma da outra, e, a partir de então, passou a influenciar todas as posteriores pesquisas sobre o assunto. Para os pesquisadores citados, a motivação na aprendizagem da segunda língua, tratava-se da orientação do discente sobre o objetivo de tal aprendizagem. Assim sendo, a motivação integrativa foi definida como um comportamento positivo em relação aos falantes nativos da língua alvo, seja pelo desejo de integração ou, no mínimo, pelo interesse em conhecer e interagir com membros desse grupo. Em contrapartida, a motivação instrumental foi definida pela vontade de obter um reconhecimento social, através da língua alvo. Nesse caso, a direção da motivação volta-se para o próprio indivíduo, que se dispõe a aprender o novo código para proveito pessoal e não interpessoal. .(Gardner e Lambert, 1972). O nível de motivação de um aluno, com respeito à aprendizagem de uma segunda língua, não pode ser medido através da origem de sua fonte, se instrumental ou integrativa, podendo ser as duas igualmente motivadoras. Entretanto, os pesquisadores acreditavam que os alunos motivados por uma orientação integrativa, poderiam alcançar melhores resultados levando em consideração uma vantagem no domínio linguístico do idioma alvo. Por conta disso, a orientação integrativa foi, muitas vezes, considerada superior a instrumental. Tendo sido aquela, inclusive, declarada pelos pesquisadores como o pilar mais importante ao aprender uma segunda língua. Porém, após críticas a tal teoria, concordaram que, nem todas as pessoas que avaliam de forma positiva outra sociedade querem, necessariamente, aprender sua língua, mas nunca deixa de afirmar que todos os estudos apontam correlações significativas entre aspectos da motivação integrativa e diversos aspectos da competência linguística na segunda língua. Visto que a linguagem tem como finalidade a comunicação interpessoal, é fácil perceber que, por mais que o aprendiz esteja motivado pelo seu próprio crescimento pessoal, ele precisa considerar que, em algum ponto de seu processo de aprendizagem, sua motivação se tornará integrativa, na medida em que ele utilizará do que foi aprendido para se comunicar com falantes da língua alvo.
  • 19. 18 1.1.3 - Motivação no ensino de língua inglesa Em muitas atividades humanas, sejam elas fracassadas ou bem sucedidas, a motivação tem sido apontada como a grande causadora do fracasso ou do sucesso. Em um contexto educacional, o seu papel ganha uma importância ainda maior. Tanto é verdade que todos já passaram, ou conhecem alguém que passou pela experiência de perseverar pela realização de seu propósito apesar das circunstâncias contrárias. Ter êxito no processo de aprendizagem, apesar do mau preparo do professor, da precariedade do material, da falta de tempo para se dedicar etc. Tão grande e decisivo é o papel da motivação na aquisição de conhecimento que, quando um aprendiz está altamente motivado, o professor, os livros, o material ou qualquer outro elemento do contexto educacional, tornam-se secundários. Como visto anteriormente, Gardner e Lambert (1972) são dos maiores pesquisadores da área, seus trabalhos influenciaram todas as pesquisas sobre o tema. Deles também é a autoria do modelo sócio-educacional que enfatiza a ideia de que, ao contrário de outras matérias educacionais, a aprendizagem de um idioma prevê que seu aprendiz tome conhecimento também de aspectos do comportamento típicos de outra comunidade linguística. Sendo assim, o sucesso da aprendizagem de determinado idioma está relacionado com a postura adotada, por parte do aluno, em relação a essa comunidade linguística, distinguindo: (1) crenças culturais surgidas a partir do contexto social, (2) motivação, fruto das diferenças individuais no momento de aprender uma língua, (3) contextos formais e não formais na aprendizagem e (4) resultados linguísticos e não linguísticos. Componentes que manteriam relações de causa-efeito em nível teórico e empírico. Tal modelo sócio-educacional é resumido por Au (1988) em cinco hipóteses: (1) hipótese da motivação integrativa – tal motivação pode relacionar-se de forma positiva com o sucesso na aprendizagem de uma segunda língua, (2) hipótese da crença cultural – tais crenças afetam o desenvolvimento da motivação integrativa e o grau de relação entre a integração cultural e o sucesso da aprendizagem, (3) hipótese do aluno ativo – por serem ativos, os alunos com motivação integrativa terão maior sucesso na aprendizagem, (4) hipótese da causalidade – a motivação integrativa é a causa no sucesso de aprendizagem de uma segunda língua e (5) hipótese dos dois processos –
  • 20. 19 motivação integrativa e aptidão são componentes independentes na aprendizagem da segunda língua. Algumas pesquisas recentes consideram a atitude ativa do aprendiz como fator determinante na aprendizagem de idiomas. Crookes e Schmidt (1991) chegam a declarar que um bom aluno está imerso na aprendizagem da segunda língua tanto de forma cognitiva como metacognitiva, planejando e apresentando estratégias ou funções de execuções, assim como apresentando concentração. Sabemos que, em um contexto realista em que alunos adultos podem não apresentar motivação integrativa, mas simplesmente se sentirem pressionados a aprender a segunda língua por questões profissionais, tal atitude ativa por parte do aprendiz se torna um elemento nulo. É possível ressaltar outro problema encontrado nesse contexto realista, que é quando os alunos acreditam não ter a competência para aprender uma nova língua. Visto que, segundo Dornyei (2003), para aprender uma língua é necessário conhecer, além dos elementos do código de comunicação, como gramática e itens lexicais, aspectos sociais e culturais de outra comunidade linguística. Ou seja, como argumenta Almeida Filho (1993), aprender línguas significa ser capaz de desenvolver a competência comunicativa tanto no que diz respeito às estruturas linguísticas como o conhecimento sociolinguístico, discursivo e estratégico. Para o autor, ensino comunicativo significa elaborar atividades relevantes, que exprimam a necessidade do aluno, tornando-o capaz de interagir em situações reais com falantes da língua-alvo. Não é um processo fácil e, mais uma vez, a motivação pode ser determinante quanto ao sucesso a se alcançar. A teoria da autodeterminação, formulada por Deci et al (1991), que apresenta orientações motivacionais autodeterminadas, ou seja, motivação intrínseca e formas autorreguladas de motivação extrínseca, representam algumas alternativas promissoras para o envolvimento dos alunos. A autodeterminação é muito útil na compreensão da motivação na aprendizagem de uma segunda língua, uma vez que sugere que a orientação motivacional do aluno pode mudar durante o processo e que o professor pode atuar de modo a facilitar tais mudanças. Mais para frente analisaremos qual o papel do professor nesse processo de aprendizagem e como ele também pode afetar a motivação do aprendiz.
  • 21. 20 A motivação intrínseca assim como a autonomia do aprendiz já vem sendo consideradas como fatores de importância para o sucesso na aprendizagem de línguas (Crookes e Schmidt, 1991; Oxford e Shearin, 1994), uma vez que ambas podem apresentar uma relação de interdependência. Para Dickinson (1995), os alunos autônomos se sentem mais motivados, conduzindo a uma aprendizagem efetiva, pois o aprendiz se torna responsável pela sua própria aprendizagem. Logo, para a concepção de autonomia, a motivação é definida através das escolhas em relação às metas e o grau de esforço que vão exercer a esse respeito. Adotar uma meta extrínseca exige que o aprendiz se sinta capaz de alcançá-la, desse modo, eles a interiorizarão. É difícil determinar, para o processo de aprendizagem de uma segunda língua, se a motivação influencia o processo ou o contrário. Alunos bem-sucedidos são mais motivados, mas alunos mais motivados apresentam mais chances de serem bem- sucedidos. Trata-se de uma relação bidirecional. Como diria Ellis (1985:119): “o papel determinante da motivação está no próprio ato de comunicação, mais do que em qualquer orientação geral implícita pela distinção integrativa/instrumental. É a necessidade de fazer-se compreender e o prazer que se experimenta ao consegui-lo o que, de fato, motiva o aluno”.
  • 22. 21 Bibliografia Almeida Filho, J.C.P. (1993). Dimensões comunicativas no ensino de línguas. São Paulo: Pontes Editores. Arkes, H. R. & Garske, J. P. (1977). Psychological theories of motivation. Monterey: Brooks/Cole. Au, S.Y. (1988) A Critical Appraisal of Gardner’s Socio-Psychological Theory of Second- Language (L2) Learning, Language Learning. 38:75 – 100. Bzuneck, J.A. (2004). A motivação do aluno: aspectos introdutórios. Em: Boruchovitch, E. e Bzuneck, J.A. (orgs.). A Motivação do Aluno: Contribuições da psicologia contemporânea (pp. 9-36) 3. ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes. Charlot, B. (2005). Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para a educação de hoje. Porto Alegre: Artmed. Crookes, G. e Schmidt, R.W. (1991) Motivation: Reopening the Research Agenda, Language Learning 41, 4: 469 – 512. Csikszentmihalyi, M. & Nakamura, J. (1989). The Dynamics of Intrinsic Motivation: A Study of Adolescents. Handbook of Motivation Theory and Research, Vol. 3: Goals and Cognitions. New York: Academic Press. pp 175-197. Deci, E.L. e Ryan, R.M. (2000) Intrinsic and Extrinsic Motivations: Classic Definitions and New Directions.Contemporary Educational Psychol., 25, 54-67. Deci, E.L.; Ryan, R.M.; Pelletier, L.G. e Vallerand, R.J. (1991). Motivation and education: the self-determination perspective. Educational Psychologist, 26, 325-346. Dickinson, L. (1995). Autonomy and motivation: a literature review. System, 23 (2), 165-174. Dornyei, Z. (2001). Motivational strategies in the language classroom – Cambridge. Ellis, R. (1985). Understanding Second language acquisition – Oxford. Gardner, R.C. e Lambert, W.E. (1972). Attitudes and motivation in second language learning. Rowley, Massachusetts: Newbury House Publishers. Keller, J.M (1983). Motivational Design of Instruction, in C.M. Reigeluth (Ed). Institructional Design Theories and Models, Hillsdale: Eribaum. Kirstein, E e Zingier,S. (2006). Reorientação curricular – Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro.
  • 23. 22 Lambert, W.E; Havelka, J. & Gardner, R.C (1959). Linguistic Manifestations of Bilingualism. The American Journal of Psychology Vol. 72, No. 1 (Mar., 1959), pp. 77-82 . Published by: University of Illinois Press Lens, W.; Matos, L. e Vansteenkiste, M. (2008). Professores como fonte de motivação dos alunos: O quê e o porquê da aprendizagem do aluno. Educação, 31 (1), 17-20. Maehr, M.L. e Archer, J. (1987) Motivation and School Achievement, in L.G. Katz. Current Topics in Early Childhood Education, Norwood: Ablex. Oxford, R. e Shearin, J. (1994). Language Learning Motivation: expanding the theoretical framework. Modern Language J., 78 (1), 12-28. Ray, W. S. (1964). The Science of psychology: an introduction. New York: MacMillan. Schultz, R. (2003). Motivação e desmotivação no aprendizado de língua. English made in Brazil. Vernon, M.D. (1973). Motivação humana. Tradução de L. C. Lucchetti. Petrópolis: Vozes. (trabalho original publicado em 1969). Witter, G. Porto e Lomônaco, J. F. B. (1984). Psicologia da aprendizagem. São Paulo: EPU. Acessado em 04/04/2017: http://goldcoaching.pt/moodle/pluginfile.php/3482/mod_resource/content/1/Manual%20 PIP.pdf
  • 24. 23