SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 64
Mod.CF.066/01
Segurança na
Utilização dos
Produtos
Fitofarmacêuticos
Mod.CF.066/01
Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF
A toxicidade do pesticida para o homem é condicionada pela capacidade de
interferir em sistemas vitais do organismo humano, pela via de exposição (oral,
cutânea, inalação), bem como pela duração da exposição (toxicidade aguda, a curto
prazo, crónica)
Toxicidade aguda: esta toxicidade é produzida por uma única dose, quer seja
por via oral, dérmica ou pela inalação de vapores.
Toxicidade crónica: esta toxicidade resulta da exposição contínua a uma
determinada substância química (pesticida)
Mod.CF.066/01
Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF
A toxicidade crónica é mais importante que a toxicidade aguda, pois
normalmente ocorre pela contaminação de alimentos ou lentamente no seu ambiente de
trabalho, e afeta o organismo durante toda a sua vida.
Possibilidade de provocar o cancro, efeitos na reprodução, desenvolvimento
dos fetos, alterações genéticas e efeitos no sistema nervoso.
As precauções toxicológicas (frases de risco e de segurança), presentes nos
rótulos dos produtos, têm como objetivo diminuir a exposição, evitando intoxicações
agudas ou outros efeitos no decorrer das operações de preparação da calda, aplicação e
pós-aplicação dos produtos fitofarmacêuticos.
Mod.CF.066/01
Risco= Perigo X Exposição
O risco reflete a probabilidade de alguém ou algo sofrer danos quando
exposto a um perigo.
Perigo: depende das características toxicológicas dos produtos, é expressa
nos rótulos (símbolos, frases associadas às caraterísticas de cada produtos e às
condições de utilização).
Não é influenciada pela aplicador
Exposição: forma de contacto com os produtos: Dermal, Inalação e Oral.
É influenciada pelo aplicador.
Mod.CF.066/01
O perigo é uma propriedade intrínseca do produto, que não pode ser
modificado pelo utilizador. O perigo existe quer o aplicador utilize o produto ou não.
Como referido anteriormente a exposição, depende exclusivamente da
utilização, nas suas diversas fases, desde que pegamos pela primeira vez na embalagem
para ler as informações do rótulo até colocarmos a embalagem vazia num saco
Valorfito.
O risco é a conjugação destes dois fatores.
Utilizar os produtos fitofarmacêuticos de forma segura é atuar sobre a
exposição, minimizando-a, baixando assim o risco para homem e para o ambiente.
Mod.CF.066/01
(foto do livro novo pág. 29)
Mod.CF.066/01
Exposição
É influenciada pelo aplicador e depende:
• Das técnicas de aplicação;
• Da cultura a tratar (densidade, altura);
• Do material de aplicação;
• Das condições de aplicação (meteorológicas, orográficas);
• Da utilização do equipamento de proteção individual adequado;
• Da manutenção e limpeza dos EPI´s;
Mod.CF.066/01
SIMBOLOS TOXICOLOGICOS E ECOTOXICOLOGICOS
Contextualização
 Os símbolos toxicológicos dão uma informação ao aplicador
Mod.CF.066/01
SIMBOLOS TOXICOLÓGICOS E ECOTOXICOLÓGICOS
Contextualização
 Os símbolos toxicológicos dão uma informação ao aplicador
Mod.CF.066/01
SIMBOLOS TOXICOLÓGICOS E ECOTOXICOLÓGICOS
Contextualização
 A partir de 1 de Junho de 2015, todos os produtos colocados no mercado, deverão
estar classificados, rotulados e embalados, de acordo com o regulamento CLP.
 Os PF fabricados antes de 1 de Junho de 2015, podem ser comercializados até 1 de
Junho de 2017.
 A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderão existir no mercado produtos
rotulados de acordo com o regulamento CLP.
 Entre 1 de Junho de 2015 e 1 de Junho de 2017 poderão ser encontrados produtos
com os dois tipos de rótulos.
Mod.CF.066/01
O que muda?
 Existência nos rótulos de novos pictogramas acompanhados por frases-chave que
contêm advertências de perigo e recomendações de precaução.
 Novos pictogramas
Mod.CF.066/01
Frases de risco
 As frases de risco vêm inscritas no rótulo, estas dão informação para os perigos que
esse produto fitofarmacêutico apresenta para o Homem e/ou para o ambiente.
Muito tóxico (ingestão / contacto com a pele / inalação)
Tóxico (ingestão / contacto com a pele/ inalação)
Nocivo (ingestão / contacto com a pele)
Irritante (olhos/ pele / vias respiratórias)
Mod.CF.066/01
Vias de penetração
no organismo
Condições de
intoxicação acidental
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por ingestão
A absorção por ingestão pode ocorrer por:
- Ingestão acidental devido a um armazenamento inadequado dos
produtos;
- Gotículas de calda que atingem a boca;
- Produtos mal fechados e guardados junto de alimentos;
- Produto guardado numa embalagem que não é a original;
- Pequenas quantidades absorvidas quando o utilizador come, bebe
ou fuma aquando da aplicação;
- Produtos deixados ao alcance de crianças e pessoas não habilitadas ao
manuseamento de produtos fitofarmacêuticos.
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por ingestão
Como é que se pode evitar?
- Manter os PF nas suas embalagens originais e armazena-los em
locais próprios, de acordo com as regras de armazenamento
corretas;
- Utilizar sempre o EPI;
- Não comer, beber e fumar aquando preparação e aplicação da
calda.
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção pela pele (absorção cutânea)
A absorção dermal pode acontecer devido?
-Contacto direto com a pele ou mesmo através da roupa, de gotas
ou derrame de produto;
-Contacto com partes tratadas das plantas;
-Utilização de utensílios e roupa contaminada;
-Arrastamento de produto aquando da aplicação ou em aplicações
contra o vento.
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção pela pele (absorção cutânea)
Como evitar?
Utilização de EPI adequados e limpo;
Efetuar os tratamentos apenas com condições meteorológicas
indicadas.
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por inalação
Como pode acontecer a absorção?
• Deposição na mucosa respiratória de pequenas
partículas de pó e gotículas da nuvem de pulverização;
• São absorvidas na corrente sanguínea rapidamente
substancias ativas na forma de gás ou vapor;
Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por inalação
Como se pode evitar?
• Utilizar sempre EPI adequado;
• Utilização de máscaras para pós ou gás sempre que for
advertido pelo rótulo do produto a utilizar.
Mod.CF.066/01
Informação de leitura de rótulo
 O rótulo no produto fitofarmacêutico funciona quase como um “bilhete de
identidade” do PF;
 O rótulo é um documento aprovado pela DGAV, e no mesmo podemos encontrar
informação necessária, nas condições em que foi homologado, para a sua correta
utilização, protegendo o aplicador, o consumidor e o ambiente;
 As informações presentes nos rótulos normalmente encontram-se agrupadas de
forma distinta:
– Identificação do produto e da empresa;
– Finalidades e usos;
– Condições e instruções de utilização do produto;
– Precaução Toxicológicas, Ecotoxicologias e ambientais.
Mod.CF.066/01
Leitura do rótulo
Mod.CF.066/01
Identificação do produto e empresa
 Nome comercial;
 Substância ativa;
 Tipo de formulação (pó molhável, concentrado emulsionável, etc.…);
 Composição qualitativa e quantitativa;
 Quantidade do produto fitofarmacêutico;
 n.º de autorização de venda (AV) / Autorização Provisória de Venda (APV) / Autorização de
Importação Paralela (AIP);
 n.º de lote da preparação e data de produção;
 Identificação e contacto do titular da AV / APV / AIP;
 Frases : “Manter fora do alcance das crianças”; “Este produto destina-se a ser utilizado por
agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos”; “Para evitar riscos para os
seres humanos e para o ambiente, respeitar as instruções de utilização”.;
Finalidade e usos
Mod.CF.066/01
Mod.CF.066/01
Condições e instruções de utilização
 Tipo e modo de ação do produto: fungicida, inseticida e herbicida…;
 Usos para os quais o PF foi autorizado e condições agrícolas, fitossanitárias e
ambientais específicas em que o produto pode ser utilizado ou que deve ser
excluído;
 Modo de preparação da calda;
 Doses e/ ou concentrações;
 Volume da calda;
 Número de aplicações;
 Intervalo entre aplicações;
 Quando aplicar, estado fenológico da cultura;
 Indicação referentes à eventual fitotoxicidade, sensibilidade varietal ou qualquer
outro efeito secundário direto ou indireto desfavorável sobre produtos vegetais ou
produtos de origem vegetal, bem como os intervalos a observar entre a aplicação e
a sementeira ou plantação.
Mod.CF.066/01
Mod.CF.066/01
Precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais
 Símbolos toxicológicos (homem e ambiente);
 Frases de risco;
 Frases de segurança;
 Intervalo de segurança (IS);
 Informação sobre primeiros socorros;
 EPI
Mod.CF.066/01
Mod.CF.066/01
Informação de leitura de rótulo
Mod.CF.066/01
 Como referido o rótulo é um documento oficial, no qual podemos encontrar toda a
informação relacionada com o produto, a sua utilização e recomendações;
A leitura do rótulo é imprescindível!
Atenção
 A informação que vem nos rótulos não é igual para todos os produtos, sendo então
importante seguir as suas indicações;
Mod.CF.066/01
Informações importantes do rótulo
 Culturas bem como os respetivos inimigos para que esta autorizado;
 Concentrações e/ou doses, número de aplicações e outras indicações de uso;
 Modo de preparação da calda;
 Precauções biológicas;
Atenção
 Por vezes em alguns produtos a informação do rótulo não se encontra totalmente
visível, quando isso acontece é necessário destacar parte do rótulo para aceder à
restante informação;
Mod.CF.066/01
“A leitura correta do rótulo e a
aplicação na integra das indicações
nele presente, permitem uma
utilização segura do PF,
minimizando assim os riscos para o
aplicador, consumidor, ambiente e
espécies não visadas.”
Mod.CF.066/01
Equipamento
Proteção
Individual
Mod.CF.066/01
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
 É impossível eliminar todos os riscos associados ao manuseamento e uso de produtos
fitofarmacêuticos, no entanto, é possível reduzir o risco, ou seja, diminuir a situação
de exposição com o recurso a equipamentos de proteção individual;
 Entenda-se por EPI, os equipamentos que são utilizados para nos proteger da
contaminação provocada pelos produtos fitofarmacêuticos.
Mod.CF.066/01
 Como já referido anteriormente as vias de entrada de um produto fitofarmacêutico
no nosso organismo são: por contacto, ingestão e inalação, motivo pelo qual é
crucial a proteção dessas vias, pela utilização dos equipamentos de proteção
individual (EPI);
 Devem ser então utilizados EPI que permitam proteger a pele, a via digestiva e via
respiratória;
 O equipamento de proteção deve estar aprovado para poder ser utilizado na
atividade de proteção de plantas;
 Por exemplo umas calças ou uma luvas comuns não protegem convenientemente o
aplicador, devendo então ser utilizado equipamento que comprovou, em testes
específicos, ser eficaz na proteção do operador.
Mod.CF.066/01
 Todo o equipamento de proteção deverá estar marcado com o símbolo
Mod.CF.066/01
Na escolha dos EPI deve ter-se em especial atenção:
 Proteção dos olhos: principalmente na utilização de produtos tóxicos ou irritantes.
Os óculos devem ser lavados frequentemente;
 Proteção das vias respiratórias (nariz e boca): imprescindível de modo a evitar a
inalação de gases ou poeiras. Deve utilizar-se obrigatoriamente máscara quando o
rótulo do produto o indicar, e se necessário devem substituir-se os filtros de acordo
com as recomendações do fabricante;
Mod.CF.066/01
 Proteção das mãos: sempre que existe o risco de contaminação, quando se utilizam
pesticidas tóxicos, especialmente se estes se encontrarem em concentrações
elevadas. Este equipamento (luvas de proteção) devem satisfazer a norma EN 374 -
luvas de proteção contra químicos e microrganismos. Após a utilização dos
pesticidas as mãos devem ser sempre lavadas;
 Proteção do corpo: recorrendo a utilização de um fato adequado à aplicação de
pesticidas;
 Proteção dos pés e das pernas: durante as diferentes fases de trabalho (preparação
da calda, aplicação) e mesmo posteriormente quando em contacto com as plantas
tratadas, devem ser utilizadas botas de borracha;
Mod.CF.066/01
 A proteção adequada antes do manuseamento e utilização de qualquer produto
fitofarmacêutico, deverá ser um gesto habitual e deve ser encarado como uma
atividade integrante da sua aplicação;
 Para obter informação referente a qual equipamento de proteção deve utilizar, deve
consultar o rótulo do produto que vai aplicar no capitulo das precauções
toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais;
 No caso de aplicar mais do que um produto, deve utilizar o equipamento de
proteção aconselhado para o produto mais perigoso;
Mod.CF.066/01
O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em geral
depende de:
Tipo de operação
 Preparação da calda e enchimento do pulverizador
 Aplicação
 Lavagem e limpeza do material de aplicação
Tipo de equipamento de aplicação
 Pulverizador de dorso
 Trator sem cabina
 Trator com cabina
Mod.CF.066/01
O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em
geral depende de:
Pessoas e respetivas funções
 Operador/aplicador
Trator com cabina
 Os tratores com cabine devem estar equipados com filtro de carvão para aplicarem
os produtos fitofarmacêuticos
Mod.CF.066/01
Equipamento
Proteção
Individual
Mod.CF.066/01
Luvas de proteção
 A utilização de luvas é importante para proteção do aplicador em todas as fases
de trabalho.
 As luvas de proteção destinadas à aplicação de produtos fitofarmacêuticos
devem satisfazer a norma EN 374 – Luvas de Proteção contra Químicos e
Microrganismos. Estas devem ser de nitrilo-forte, ter boa resistência mecânica e
química.
 De forma a minimizar a ação do calor e uma possível
irritação dermal, recomenda-se o uso de luvas de algodão por dentro.
Mod.CF.066/01
Equipamento de proteção das vias respiratórias
(Máscara de proteção)
 A proteção das vias respiratórias pode ser efetuada com
recurso a máscaras e semi-máscaras.
 A diferença entre as duas é que a máscara cobre a cara toda
e a semi-máscara apenas cobre a boca e o nariz.
 Estes equipamentos devem cumprir com determinadas
características, para que o nível de proteção se mantenha em
condições satisfatórias e o aplicador se encontre o mais
protegido possível.
Mod.CF.066/01
Equipamento de proteção das vias respiratórias (Máscara de proteção)
Existem basicamente 2 tipos de máscaras
 As descartáveis – as máscaras descartáveis têm uma vida útil relativamente curta e
tem a sigla FF (filtro facial), seguida das especificações de proteção do filtro; P2 ou
P3;
 Baixa manutenção – possuem filtros especiais para reposição, geralmente de
maior duração;
Mod.CF.066/01
Existem diferentes tipos de filtros
 Os filtros mecânicos, retêm partículas sólidas e aerossóis líquidos. O seu nível de
proteção aumenta com o algarismo que acompanha a letra P.
 Ou seja, um filtro de classe 3 cumpre durante mais tempo a sua função. Se
equipamento de proteção é ao mesmo tempo filtro, antecede as letras FF (filtro
facial), passando então a ser a sua referencia FFP1 ou FFP2 ou FFP3
P1 Baixa eficácia
P2 Média eficácia
P3 Alta eficácia
FFP1 Baixa eficácia
FFP2 Média eficácia
FFP3 Alta eficácia
Mod.CF.066/01
Existem também os filtros químicos (A, B, E, K)
 A cada letra corresponde uma proteção para um determinado tipo de vapor ou gás;
 Associados as estas letras aparecem os algarismos, sendo que a proteção aumenta à
medida que aumentam os algarismos.
LETRA COR PROTEÇÃO A GASES E VAPORES
A CASTANHO Vapores orgânicos, dissolventes, pinturas
B CINZENTO Gases e vapores orgânicos, cloro, gases ácidos
E AMARELO Anidrito sulfuroso
K VERDE Amoníaco
Mod.CF.066/01
 Quando a seguir a letra aparece um algarismos 1, 2 ou 3, que dizer qua a
capacidade é baixa, media ou alta, respetivamente. (Ex: A1,A2,A3,B1,B2,B3 etc.)
 Os filtros químicos devem ser utilizados quando nos encontramos perante gazes ou
vapores químicos. Estes filtros distinguem-se pela cor, pela letra e pelo algarismos
de acordo com o poder de retenção.
Filtros combinados
 Os filtros combinados devem ser utilizados quando se pretende uma proteção
simultânea contras gases e partículas (são distinguidos pela combinação de letra,
algarismo e cor).
 Por exemplo o filtro A2P3, tem um poder de retenção alto contra vapores orgânicos
e máximo contra partículas sólidas e líquidas.
Mod.CF.066/01
Atenção
 Para pulverizações com produtos fitofarmacêuticos deve ser utilizado um filtro
que tenha pelo menos a coloração castanha (letra A2). Importa saber que este
tipo de filtros têm carvão ativado e que com o decorrer do tempo o carvão vai
perdendo a sua atividade, quer seja pelo uso que tem ou por questões relacionadas
com as condições climatéricas.
 Ou seja, este tipo de filtros tem validade, mesmo que nunca tenham sido utilizados.
Quando é ultrapassado este prazo os filtros deverão ser substituídos ou, no caso de
sentir ao respirar que existe um cheiro ativo deve ser substituído pois o carvão
perdeu a sua atividade e o filtro não esta a cumprir a sua função.
Mod.CF.066/01
Botas
 As botas que devem ser utilizadas devem ser botas de
cano alto tipo galocha, de borracha resistente, para
evitar o risco de contaminação.
 Recomenda-se calçar meias de algodão e as pernas do
fato devem ser colocadas por fora da bota;
Mod.CF.066/01
Chapéu
 Este deverá ser impermeável aos salpicos, ter abas largas, de maneira a proteger
uma maior superfície.
Mod.CF.066/01
Óculos e viseira
 Este tipo de proteção é importante e fundamental, principalmente na preparação de
determinado tipo de caldas e aplicações.
 Este tipo de proteção deve ser utilizado especialmente no tratamento de ramadas e
árvores.
 O recurso a este EPI é importante para evitar acidentes provocados por salpicos
acidentais.
Mod.CF.066/01
 As viseiras devem ser transparentes e que não embaciem.
 Os óculos de proteção devem ser convenientemente fechados, embora com orifícios
de ventilação, para protegerem os olhos de poeiras, líquidos e aerossóis.
Avental
 Este tipo de equipamento deve ser utilizado no momento de preparação da calda,
dado que nesta situação a probabilidade do aplicador molhar o fato é elevada.
Mod.CF.066/01
Fato
 Este equipamento é um componente fundamental da proteção do
aplicador.
 Os fatos de proteção recomendados para o manuseamento de
produtos podem pertencer a duas classes distintas:
 Fatos de proteção contra produtos químicos:
 Tipo 4: impermeável à pulverização
 Tipo 6: Proteção limitada contra salpicos
 Fatos homologados especificamente para tratamentos
fitossanitários.
Mod.CF.066/01
Fato
 Estes fatos baixam a exposição do aplicador, fator este que vai contribuir para a
redução dos riscos.
 A roupa a utilizar por baixo do fato deverá ser uma roupa leve de preferência de
algodão. Outra característica importante dos fatos é que estes devem possuir
elásticos nas mangas e nas pernas.
 A utilização de fatos oleados não é recomendada, uma vez que este tipo de fatos, ao
contrário do que se pensa, promove a transpiração excessiva, o que se torna
bastante desconfortável e torna o aplicador muito vulnerável à contaminação
provocada pelos Pf's.
Mod.CF.066/01
Relação entre EPI e as diferentes características dos PF
Equipamento de proteção individual aconselhado
Como referido anteriormente a utilização de produtos fitofarmacêuticos
pressupõe sempre a utilização de EPI.
DEVE LER SEMPRE O RÓTULO DO PRODUTO
A leitura atenda do rótulo proporciona informação necessária, de acordo com
o produto, sobre qual o tipo de EPI a utilizar.
Mod.CF.066/01
Em casos em que isso não aconteça, o aplicador deve utilizar o seguinte
equipamento base, de acordo com as operações a efetuar:
Mod.CF.066/01
57
Acidentes de trabalho com PF
Os produtos fitofarmacêuticos
podem entrar no organismo através de
diversas vias:
 Via digestiva
 Via respiratória
 Via dérmica
Mod.CF.066/01
58
Via Digestiva Proteção
A via digestiva é a responsável pelos mais
graves envenenamentos. O produto tóxico é
misturado com os alimentos originando uma
ingestão involuntária.
Precauções simples:
Armazenamento:
-Conservar os produtos na sua embalagem de
origem e fora do alcance das crianças.
-Ter as crianças afastadas da área de trabalho.
É necessária extrema prudência em
particular no caso das crianças que podem
consumir acidentalmente os PF que estejam
ao seu alcance.
A penetração pode ser mais indiciosa: quer a
comer quer a fumar, passando o produto dos
dedos para os lábios e destes para a via
digestiva.
Na altura de utilizar os produtos:
-Nunca desentupir filtros com a boca.
- Não comer, beber ou fumar durante os
tratamentos ou após estes sem se ter lavado.
- lavar sempre as mãos e a cara depois da
utilização de produtos.
Mod.CF.066/01
59
Via Dérmica e Respiratória Proteção
Com altas temperaturas, o poder absorvente
aumenta com a transpiração.
A presença de feridas aumenta a penetração
dos produtos.
A contaminação pode dar-se por salpicos
directos sobre a pele, mas também por usar
fatos sujos ou por exposição contínua à
pulverização.
Evitar tratamentos em altura de grande calor.
Após o tratamento das culturas, antes de
comer, beber, fumar ou retomar uma outra
atividade, existem 3 regras:
Despir as roupas de trabalho, lavá-las com
água, bem como todo o equipamento de
proteção para eliminar os PF depositados;
Lavar com sabão as mãos e a cara, sendo
melhor tomar um banho;
Mudar de roupa.
A difusão através da conjuntiva do olho é
muito rápida: as poeiras, a névoa de
pulverização e salpicos que se depositam
caem nos olhos e penetram no organismo.
Mod.CF.066/01
60
Em caso de absorção do Produto Fitofarmacêutico por erro ou por não
respeitar as instruções de utilização, podem surgir 2 tipos de intoxicação:
 Intoxicações agudas
 Intoxicações a longo prazo (crónica)
Acidentes de trabalho com PF
Mod.CF.066/01
61
Intoxicações agudas
 São muitas vezes o resultado de uma absorção única, intensa ou de doses
múltiplas absorvidas num período muito curto.
 Este tipo de intoxicações são por vezes dramáticas.
Acidentes de trabalho com PF
Mod.CF.066/01
62
Conforme o produto em causa a intoxicação vai traduzir-se por:
 Perturbações nervosas – vertigens, falta de coordenação, tremuras, convulsões,
etc.
 Perturbações digestivas – salivação abundante, náuseas, vómitos, diarreias, etc.
 Perturbações cardiovasculares – taquicardia
 Perturbações musculares – contrações, cãibras, paralisia, etc.
Acidentes de trabalho com PF
Mod.CF.066/01
63
Intoxicações a longo prazo (crónica)
Este tipo de intoxicações dão-se sem que a pessoa afetada tenha
imediata consciência disso.
As quantidades de tóxicos absorvidos são muitas vezes fracas, mas
repetem-se durante um longo período de tempo.
A pessoa não sente nenhuma perturbação durante a exposição ou
simplesmente perturbações menores (dores de cabeça, náuseas) que não
relaciona com o PF.
Acidentes de trabalho com PF
Mod.CF.066/01
64
A intoxicação a longo prazo (crónica) pode dar-se através de dois
mecanismos diferentes:
 As doses de produto acumulam-se no organismo (no fígado, nas gorduras,
etc.) até esta quantidade armazenada originar perturbações.
 Cada dose absorvida tem um efeito nocivo sobre o órgão que lhes é
sensível, altera-o ou destrói-o progressivamente.
Acidentes de trabalho com PF

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

11 riscos e precaucoes
11 riscos e precaucoes11 riscos e precaucoes
11 riscos e precaucoes
 
Iv.3 protecao
Iv.3 protecao Iv.3 protecao
Iv.3 protecao
 
Ii.2
Ii.2Ii.2
Ii.2
 
I.1 boas praticas fitossanitarias
I.1  boas praticas fitossanitariasI.1  boas praticas fitossanitarias
I.1 boas praticas fitossanitarias
 
Epi
EpiEpi
Epi
 
Mod vi fitofarmalogogia
Mod vi fitofarmalogogiaMod vi fitofarmalogogia
Mod vi fitofarmalogogia
 
Modulo i pf
Modulo i  pfModulo i  pf
Modulo i pf
 
segurança
segurançasegurança
segurança
 
plantas
plantasplantas
plantas
 
Ii.5
Ii.5Ii.5
Ii.5
 
acidentes
acidentesacidentes
acidentes
 
I.1 boas praticas fitossanitarias
I.1  boas praticas fitossanitariasI.1  boas praticas fitossanitarias
I.1 boas praticas fitossanitarias
 
segurança
segurançasegurança
segurança
 
29125
2912529125
29125
 
2 homologacao dos pf
2 homologacao dos pf2 homologacao dos pf
2 homologacao dos pf
 
armazem
armazemarmazem
armazem
 
I.1 boas praticas fitossanitarias
I.1  boas praticas fitossanitariasI.1  boas praticas fitossanitarias
I.1 boas praticas fitossanitarias
 
produtos
produtosprodutos
produtos
 
Homol
HomolHomol
Homol
 
produtos
produtosprodutos
produtos
 

Semelhante a Segurança na utilização de produtos fitofarmacêuticos

Semelhante a Segurança na utilização de produtos fitofarmacêuticos (20)

Manual Boas Praticas no Uso de EPIs
Manual Boas Praticas no Uso de EPIsManual Boas Praticas no Uso de EPIs
Manual Boas Praticas no Uso de EPIs
 
Protocolo de Intoxicação Exógena/ Agrotóxicos
Protocolo de Intoxicação Exógena/ AgrotóxicosProtocolo de Intoxicação Exógena/ Agrotóxicos
Protocolo de Intoxicação Exógena/ Agrotóxicos
 
1623
16231623
1623
 
Re p
Re pRe p
Re p
 
Pre
PrePre
Pre
 
RP
RPRP
RP
 
Manual de Boas Práticas no Uso de EPIs
Manual de Boas Práticas no Uso de EPIsManual de Boas Práticas no Uso de EPIs
Manual de Boas Práticas no Uso de EPIs
 
Iv.2.3
Iv.2.3 Iv.2.3
Iv.2.3
 
produtosqumicos.pptx
produtosqumicos.pptxprodutosqumicos.pptx
produtosqumicos.pptx
 
TREINAMENTO AGROTÓXICO.pptxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
TREINAMENTO AGROTÓXICO.pptxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXTREINAMENTO AGROTÓXICO.pptxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
TREINAMENTO AGROTÓXICO.pptxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
 
TREINAMENTO AGROTÓXICOs.pptx
TREINAMENTO AGROTÓXICOs.pptxTREINAMENTO AGROTÓXICOs.pptx
TREINAMENTO AGROTÓXICOs.pptx
 
Uso EPI
Uso EPIUso EPI
Uso EPI
 
Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual
Manual de uso correto de equipamentos de proteção individualManual de uso correto de equipamentos de proteção individual
Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual
 
I.1 Boas Práticas fitossanitarias.pdf
I.1  Boas Práticas fitossanitarias.pdfI.1  Boas Práticas fitossanitarias.pdf
I.1 Boas Práticas fitossanitarias.pdf
 
TREINAMENTO MANUSEIO de Químicos.ppt
TREINAMENTO MANUSEIO de Químicos.pptTREINAMENTO MANUSEIO de Químicos.ppt
TREINAMENTO MANUSEIO de Químicos.ppt
 
vi
vivi
vi
 
biossegurança níveis riscos
biossegurança níveis riscosbiossegurança níveis riscos
biossegurança níveis riscos
 
FISPQ RM-1C
FISPQ RM-1CFISPQ RM-1C
FISPQ RM-1C
 
Intoxicação
IntoxicaçãoIntoxicação
Intoxicação
 
Receita Agronômica
Receita AgronômicaReceita Agronômica
Receita Agronômica
 

Mais de Consultua Ensino e Formação Profissional, Lda

Mais de Consultua Ensino e Formação Profissional, Lda (20)

Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formadorMviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
 
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formadorMviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
Mviii cots intervenção tecnico-pedagógica do formador
 
4 produtos fitofarmaceuticos
4 produtos fitofarmaceuticos4 produtos fitofarmaceuticos
4 produtos fitofarmaceuticos
 
Introd
IntrodIntrod
Introd
 
Manual acolhimento
Manual acolhimentoManual acolhimento
Manual acolhimento
 
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
Mi 4 parte ii_01-mpb-2021
 
apresentacao_curso_MPB_FNF
apresentacao_curso_MPB_FNFapresentacao_curso_MPB_FNF
apresentacao_curso_MPB_FNF
 
Manual acolhimento
Manual acolhimentoManual acolhimento
Manual acolhimento
 
Metodologia avaliacao de rega de pivot 2021-10
Metodologia avaliacao de rega de pivot  2021-10Metodologia avaliacao de rega de pivot  2021-10
Metodologia avaliacao de rega de pivot 2021-10
 
Metodologia avaliacao de rega de aspersão 2021-11
Metodologia avaliacao de rega de aspersão   2021-11Metodologia avaliacao de rega de aspersão   2021-11
Metodologia avaliacao de rega de aspersão 2021-11
 
09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada
 
09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada09 11 2021 auditoria da rega localizada
09 11 2021 auditoria da rega localizada
 
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral uniformidade de rega apresentacao de 8 11
 
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
Ii.4 avaliacao sistema de rega geral eficiência de aplicacao apresentacao de ...
 
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
Ii.3 tecnicas de medicao de pressao apresentação 2021
 
Avaliação sistema de rega aspersão
Avaliação sistema de rega aspersãoAvaliação sistema de rega aspersão
Avaliação sistema de rega aspersão
 
Avaliação da rega localizada
Avaliação da rega localizadaAvaliação da rega localizada
Avaliação da rega localizada
 
Avaliação sistema de rega geral
Avaliação sistema de rega geralAvaliação sistema de rega geral
Avaliação sistema de rega geral
 
Ii.2 técnicas de medicao do caudal e volume
Ii.2 técnicas de medicao do caudal e volumeIi.2 técnicas de medicao do caudal e volume
Ii.2 técnicas de medicao do caudal e volume
 
4 seleção de bombas e defeitos 2021
4   seleção de bombas e defeitos 20214   seleção de bombas e defeitos 2021
4 seleção de bombas e defeitos 2021
 

Último

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Segurança na utilização de produtos fitofarmacêuticos

  • 2. Mod.CF.066/01 Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF A toxicidade do pesticida para o homem é condicionada pela capacidade de interferir em sistemas vitais do organismo humano, pela via de exposição (oral, cutânea, inalação), bem como pela duração da exposição (toxicidade aguda, a curto prazo, crónica) Toxicidade aguda: esta toxicidade é produzida por uma única dose, quer seja por via oral, dérmica ou pela inalação de vapores. Toxicidade crónica: esta toxicidade resulta da exposição contínua a uma determinada substância química (pesticida)
  • 3. Mod.CF.066/01 Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF A toxicidade crónica é mais importante que a toxicidade aguda, pois normalmente ocorre pela contaminação de alimentos ou lentamente no seu ambiente de trabalho, e afeta o organismo durante toda a sua vida. Possibilidade de provocar o cancro, efeitos na reprodução, desenvolvimento dos fetos, alterações genéticas e efeitos no sistema nervoso. As precauções toxicológicas (frases de risco e de segurança), presentes nos rótulos dos produtos, têm como objetivo diminuir a exposição, evitando intoxicações agudas ou outros efeitos no decorrer das operações de preparação da calda, aplicação e pós-aplicação dos produtos fitofarmacêuticos.
  • 4. Mod.CF.066/01 Risco= Perigo X Exposição O risco reflete a probabilidade de alguém ou algo sofrer danos quando exposto a um perigo. Perigo: depende das características toxicológicas dos produtos, é expressa nos rótulos (símbolos, frases associadas às caraterísticas de cada produtos e às condições de utilização). Não é influenciada pela aplicador Exposição: forma de contacto com os produtos: Dermal, Inalação e Oral. É influenciada pelo aplicador.
  • 5. Mod.CF.066/01 O perigo é uma propriedade intrínseca do produto, que não pode ser modificado pelo utilizador. O perigo existe quer o aplicador utilize o produto ou não. Como referido anteriormente a exposição, depende exclusivamente da utilização, nas suas diversas fases, desde que pegamos pela primeira vez na embalagem para ler as informações do rótulo até colocarmos a embalagem vazia num saco Valorfito. O risco é a conjugação destes dois fatores. Utilizar os produtos fitofarmacêuticos de forma segura é atuar sobre a exposição, minimizando-a, baixando assim o risco para homem e para o ambiente.
  • 7. Mod.CF.066/01 Exposição É influenciada pelo aplicador e depende: • Das técnicas de aplicação; • Da cultura a tratar (densidade, altura); • Do material de aplicação; • Das condições de aplicação (meteorológicas, orográficas); • Da utilização do equipamento de proteção individual adequado; • Da manutenção e limpeza dos EPI´s;
  • 8. Mod.CF.066/01 SIMBOLOS TOXICOLOGICOS E ECOTOXICOLOGICOS Contextualização  Os símbolos toxicológicos dão uma informação ao aplicador
  • 9. Mod.CF.066/01 SIMBOLOS TOXICOLÓGICOS E ECOTOXICOLÓGICOS Contextualização  Os símbolos toxicológicos dão uma informação ao aplicador
  • 10. Mod.CF.066/01 SIMBOLOS TOXICOLÓGICOS E ECOTOXICOLÓGICOS Contextualização  A partir de 1 de Junho de 2015, todos os produtos colocados no mercado, deverão estar classificados, rotulados e embalados, de acordo com o regulamento CLP.  Os PF fabricados antes de 1 de Junho de 2015, podem ser comercializados até 1 de Junho de 2017.  A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderão existir no mercado produtos rotulados de acordo com o regulamento CLP.  Entre 1 de Junho de 2015 e 1 de Junho de 2017 poderão ser encontrados produtos com os dois tipos de rótulos.
  • 11. Mod.CF.066/01 O que muda?  Existência nos rótulos de novos pictogramas acompanhados por frases-chave que contêm advertências de perigo e recomendações de precaução.  Novos pictogramas
  • 12. Mod.CF.066/01 Frases de risco  As frases de risco vêm inscritas no rótulo, estas dão informação para os perigos que esse produto fitofarmacêutico apresenta para o Homem e/ou para o ambiente. Muito tóxico (ingestão / contacto com a pele / inalação) Tóxico (ingestão / contacto com a pele/ inalação) Nocivo (ingestão / contacto com a pele) Irritante (olhos/ pele / vias respiratórias)
  • 13. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Condições de intoxicação acidental
  • 14. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção por ingestão A absorção por ingestão pode ocorrer por: - Ingestão acidental devido a um armazenamento inadequado dos produtos; - Gotículas de calda que atingem a boca; - Produtos mal fechados e guardados junto de alimentos; - Produto guardado numa embalagem que não é a original; - Pequenas quantidades absorvidas quando o utilizador come, bebe ou fuma aquando da aplicação; - Produtos deixados ao alcance de crianças e pessoas não habilitadas ao manuseamento de produtos fitofarmacêuticos.
  • 15. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção por ingestão Como é que se pode evitar? - Manter os PF nas suas embalagens originais e armazena-los em locais próprios, de acordo com as regras de armazenamento corretas; - Utilizar sempre o EPI; - Não comer, beber e fumar aquando preparação e aplicação da calda.
  • 16. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção pela pele (absorção cutânea) A absorção dermal pode acontecer devido? -Contacto direto com a pele ou mesmo através da roupa, de gotas ou derrame de produto; -Contacto com partes tratadas das plantas; -Utilização de utensílios e roupa contaminada; -Arrastamento de produto aquando da aplicação ou em aplicações contra o vento.
  • 17. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção pela pele (absorção cutânea) Como evitar? Utilização de EPI adequados e limpo; Efetuar os tratamentos apenas com condições meteorológicas indicadas.
  • 18. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção por inalação Como pode acontecer a absorção? • Deposição na mucosa respiratória de pequenas partículas de pó e gotículas da nuvem de pulverização; • São absorvidas na corrente sanguínea rapidamente substancias ativas na forma de gás ou vapor;
  • 19. Mod.CF.066/01 Vias de penetração no organismo Absorção por inalação Como se pode evitar? • Utilizar sempre EPI adequado; • Utilização de máscaras para pós ou gás sempre que for advertido pelo rótulo do produto a utilizar.
  • 20. Mod.CF.066/01 Informação de leitura de rótulo  O rótulo no produto fitofarmacêutico funciona quase como um “bilhete de identidade” do PF;  O rótulo é um documento aprovado pela DGAV, e no mesmo podemos encontrar informação necessária, nas condições em que foi homologado, para a sua correta utilização, protegendo o aplicador, o consumidor e o ambiente;  As informações presentes nos rótulos normalmente encontram-se agrupadas de forma distinta: – Identificação do produto e da empresa; – Finalidades e usos; – Condições e instruções de utilização do produto; – Precaução Toxicológicas, Ecotoxicologias e ambientais.
  • 22. Mod.CF.066/01 Identificação do produto e empresa  Nome comercial;  Substância ativa;  Tipo de formulação (pó molhável, concentrado emulsionável, etc.…);  Composição qualitativa e quantitativa;  Quantidade do produto fitofarmacêutico;  n.º de autorização de venda (AV) / Autorização Provisória de Venda (APV) / Autorização de Importação Paralela (AIP);  n.º de lote da preparação e data de produção;  Identificação e contacto do titular da AV / APV / AIP;  Frases : “Manter fora do alcance das crianças”; “Este produto destina-se a ser utilizado por agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos”; “Para evitar riscos para os seres humanos e para o ambiente, respeitar as instruções de utilização”.; Finalidade e usos
  • 24. Mod.CF.066/01 Condições e instruções de utilização  Tipo e modo de ação do produto: fungicida, inseticida e herbicida…;  Usos para os quais o PF foi autorizado e condições agrícolas, fitossanitárias e ambientais específicas em que o produto pode ser utilizado ou que deve ser excluído;  Modo de preparação da calda;  Doses e/ ou concentrações;  Volume da calda;  Número de aplicações;  Intervalo entre aplicações;  Quando aplicar, estado fenológico da cultura;  Indicação referentes à eventual fitotoxicidade, sensibilidade varietal ou qualquer outro efeito secundário direto ou indireto desfavorável sobre produtos vegetais ou produtos de origem vegetal, bem como os intervalos a observar entre a aplicação e a sementeira ou plantação.
  • 26. Mod.CF.066/01 Precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais  Símbolos toxicológicos (homem e ambiente);  Frases de risco;  Frases de segurança;  Intervalo de segurança (IS);  Informação sobre primeiros socorros;  EPI
  • 29. Mod.CF.066/01  Como referido o rótulo é um documento oficial, no qual podemos encontrar toda a informação relacionada com o produto, a sua utilização e recomendações; A leitura do rótulo é imprescindível! Atenção  A informação que vem nos rótulos não é igual para todos os produtos, sendo então importante seguir as suas indicações;
  • 30. Mod.CF.066/01 Informações importantes do rótulo  Culturas bem como os respetivos inimigos para que esta autorizado;  Concentrações e/ou doses, número de aplicações e outras indicações de uso;  Modo de preparação da calda;  Precauções biológicas; Atenção  Por vezes em alguns produtos a informação do rótulo não se encontra totalmente visível, quando isso acontece é necessário destacar parte do rótulo para aceder à restante informação;
  • 31. Mod.CF.066/01 “A leitura correta do rótulo e a aplicação na integra das indicações nele presente, permitem uma utilização segura do PF, minimizando assim os riscos para o aplicador, consumidor, ambiente e espécies não visadas.”
  • 33. Mod.CF.066/01 Equipamento de Proteção Individual (EPI)  É impossível eliminar todos os riscos associados ao manuseamento e uso de produtos fitofarmacêuticos, no entanto, é possível reduzir o risco, ou seja, diminuir a situação de exposição com o recurso a equipamentos de proteção individual;  Entenda-se por EPI, os equipamentos que são utilizados para nos proteger da contaminação provocada pelos produtos fitofarmacêuticos.
  • 34. Mod.CF.066/01  Como já referido anteriormente as vias de entrada de um produto fitofarmacêutico no nosso organismo são: por contacto, ingestão e inalação, motivo pelo qual é crucial a proteção dessas vias, pela utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI);  Devem ser então utilizados EPI que permitam proteger a pele, a via digestiva e via respiratória;  O equipamento de proteção deve estar aprovado para poder ser utilizado na atividade de proteção de plantas;  Por exemplo umas calças ou uma luvas comuns não protegem convenientemente o aplicador, devendo então ser utilizado equipamento que comprovou, em testes específicos, ser eficaz na proteção do operador.
  • 35. Mod.CF.066/01  Todo o equipamento de proteção deverá estar marcado com o símbolo
  • 36. Mod.CF.066/01 Na escolha dos EPI deve ter-se em especial atenção:  Proteção dos olhos: principalmente na utilização de produtos tóxicos ou irritantes. Os óculos devem ser lavados frequentemente;  Proteção das vias respiratórias (nariz e boca): imprescindível de modo a evitar a inalação de gases ou poeiras. Deve utilizar-se obrigatoriamente máscara quando o rótulo do produto o indicar, e se necessário devem substituir-se os filtros de acordo com as recomendações do fabricante;
  • 37. Mod.CF.066/01  Proteção das mãos: sempre que existe o risco de contaminação, quando se utilizam pesticidas tóxicos, especialmente se estes se encontrarem em concentrações elevadas. Este equipamento (luvas de proteção) devem satisfazer a norma EN 374 - luvas de proteção contra químicos e microrganismos. Após a utilização dos pesticidas as mãos devem ser sempre lavadas;  Proteção do corpo: recorrendo a utilização de um fato adequado à aplicação de pesticidas;  Proteção dos pés e das pernas: durante as diferentes fases de trabalho (preparação da calda, aplicação) e mesmo posteriormente quando em contacto com as plantas tratadas, devem ser utilizadas botas de borracha;
  • 38. Mod.CF.066/01  A proteção adequada antes do manuseamento e utilização de qualquer produto fitofarmacêutico, deverá ser um gesto habitual e deve ser encarado como uma atividade integrante da sua aplicação;  Para obter informação referente a qual equipamento de proteção deve utilizar, deve consultar o rótulo do produto que vai aplicar no capitulo das precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais;  No caso de aplicar mais do que um produto, deve utilizar o equipamento de proteção aconselhado para o produto mais perigoso;
  • 39. Mod.CF.066/01 O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em geral depende de: Tipo de operação  Preparação da calda e enchimento do pulverizador  Aplicação  Lavagem e limpeza do material de aplicação Tipo de equipamento de aplicação  Pulverizador de dorso  Trator sem cabina  Trator com cabina
  • 40. Mod.CF.066/01 O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em geral depende de: Pessoas e respetivas funções  Operador/aplicador Trator com cabina  Os tratores com cabine devem estar equipados com filtro de carvão para aplicarem os produtos fitofarmacêuticos
  • 42. Mod.CF.066/01 Luvas de proteção  A utilização de luvas é importante para proteção do aplicador em todas as fases de trabalho.  As luvas de proteção destinadas à aplicação de produtos fitofarmacêuticos devem satisfazer a norma EN 374 – Luvas de Proteção contra Químicos e Microrganismos. Estas devem ser de nitrilo-forte, ter boa resistência mecânica e química.  De forma a minimizar a ação do calor e uma possível irritação dermal, recomenda-se o uso de luvas de algodão por dentro.
  • 43. Mod.CF.066/01 Equipamento de proteção das vias respiratórias (Máscara de proteção)  A proteção das vias respiratórias pode ser efetuada com recurso a máscaras e semi-máscaras.  A diferença entre as duas é que a máscara cobre a cara toda e a semi-máscara apenas cobre a boca e o nariz.  Estes equipamentos devem cumprir com determinadas características, para que o nível de proteção se mantenha em condições satisfatórias e o aplicador se encontre o mais protegido possível.
  • 44. Mod.CF.066/01 Equipamento de proteção das vias respiratórias (Máscara de proteção) Existem basicamente 2 tipos de máscaras  As descartáveis – as máscaras descartáveis têm uma vida útil relativamente curta e tem a sigla FF (filtro facial), seguida das especificações de proteção do filtro; P2 ou P3;  Baixa manutenção – possuem filtros especiais para reposição, geralmente de maior duração;
  • 45. Mod.CF.066/01 Existem diferentes tipos de filtros  Os filtros mecânicos, retêm partículas sólidas e aerossóis líquidos. O seu nível de proteção aumenta com o algarismo que acompanha a letra P.  Ou seja, um filtro de classe 3 cumpre durante mais tempo a sua função. Se equipamento de proteção é ao mesmo tempo filtro, antecede as letras FF (filtro facial), passando então a ser a sua referencia FFP1 ou FFP2 ou FFP3 P1 Baixa eficácia P2 Média eficácia P3 Alta eficácia FFP1 Baixa eficácia FFP2 Média eficácia FFP3 Alta eficácia
  • 46. Mod.CF.066/01 Existem também os filtros químicos (A, B, E, K)  A cada letra corresponde uma proteção para um determinado tipo de vapor ou gás;  Associados as estas letras aparecem os algarismos, sendo que a proteção aumenta à medida que aumentam os algarismos. LETRA COR PROTEÇÃO A GASES E VAPORES A CASTANHO Vapores orgânicos, dissolventes, pinturas B CINZENTO Gases e vapores orgânicos, cloro, gases ácidos E AMARELO Anidrito sulfuroso K VERDE Amoníaco
  • 47. Mod.CF.066/01  Quando a seguir a letra aparece um algarismos 1, 2 ou 3, que dizer qua a capacidade é baixa, media ou alta, respetivamente. (Ex: A1,A2,A3,B1,B2,B3 etc.)  Os filtros químicos devem ser utilizados quando nos encontramos perante gazes ou vapores químicos. Estes filtros distinguem-se pela cor, pela letra e pelo algarismos de acordo com o poder de retenção. Filtros combinados  Os filtros combinados devem ser utilizados quando se pretende uma proteção simultânea contras gases e partículas (são distinguidos pela combinação de letra, algarismo e cor).  Por exemplo o filtro A2P3, tem um poder de retenção alto contra vapores orgânicos e máximo contra partículas sólidas e líquidas.
  • 48. Mod.CF.066/01 Atenção  Para pulverizações com produtos fitofarmacêuticos deve ser utilizado um filtro que tenha pelo menos a coloração castanha (letra A2). Importa saber que este tipo de filtros têm carvão ativado e que com o decorrer do tempo o carvão vai perdendo a sua atividade, quer seja pelo uso que tem ou por questões relacionadas com as condições climatéricas.  Ou seja, este tipo de filtros tem validade, mesmo que nunca tenham sido utilizados. Quando é ultrapassado este prazo os filtros deverão ser substituídos ou, no caso de sentir ao respirar que existe um cheiro ativo deve ser substituído pois o carvão perdeu a sua atividade e o filtro não esta a cumprir a sua função.
  • 49. Mod.CF.066/01 Botas  As botas que devem ser utilizadas devem ser botas de cano alto tipo galocha, de borracha resistente, para evitar o risco de contaminação.  Recomenda-se calçar meias de algodão e as pernas do fato devem ser colocadas por fora da bota;
  • 50. Mod.CF.066/01 Chapéu  Este deverá ser impermeável aos salpicos, ter abas largas, de maneira a proteger uma maior superfície.
  • 51. Mod.CF.066/01 Óculos e viseira  Este tipo de proteção é importante e fundamental, principalmente na preparação de determinado tipo de caldas e aplicações.  Este tipo de proteção deve ser utilizado especialmente no tratamento de ramadas e árvores.  O recurso a este EPI é importante para evitar acidentes provocados por salpicos acidentais.
  • 52. Mod.CF.066/01  As viseiras devem ser transparentes e que não embaciem.  Os óculos de proteção devem ser convenientemente fechados, embora com orifícios de ventilação, para protegerem os olhos de poeiras, líquidos e aerossóis. Avental  Este tipo de equipamento deve ser utilizado no momento de preparação da calda, dado que nesta situação a probabilidade do aplicador molhar o fato é elevada.
  • 53. Mod.CF.066/01 Fato  Este equipamento é um componente fundamental da proteção do aplicador.  Os fatos de proteção recomendados para o manuseamento de produtos podem pertencer a duas classes distintas:  Fatos de proteção contra produtos químicos:  Tipo 4: impermeável à pulverização  Tipo 6: Proteção limitada contra salpicos  Fatos homologados especificamente para tratamentos fitossanitários.
  • 54. Mod.CF.066/01 Fato  Estes fatos baixam a exposição do aplicador, fator este que vai contribuir para a redução dos riscos.  A roupa a utilizar por baixo do fato deverá ser uma roupa leve de preferência de algodão. Outra característica importante dos fatos é que estes devem possuir elásticos nas mangas e nas pernas.  A utilização de fatos oleados não é recomendada, uma vez que este tipo de fatos, ao contrário do que se pensa, promove a transpiração excessiva, o que se torna bastante desconfortável e torna o aplicador muito vulnerável à contaminação provocada pelos Pf's.
  • 55. Mod.CF.066/01 Relação entre EPI e as diferentes características dos PF Equipamento de proteção individual aconselhado Como referido anteriormente a utilização de produtos fitofarmacêuticos pressupõe sempre a utilização de EPI. DEVE LER SEMPRE O RÓTULO DO PRODUTO A leitura atenda do rótulo proporciona informação necessária, de acordo com o produto, sobre qual o tipo de EPI a utilizar.
  • 56. Mod.CF.066/01 Em casos em que isso não aconteça, o aplicador deve utilizar o seguinte equipamento base, de acordo com as operações a efetuar:
  • 57. Mod.CF.066/01 57 Acidentes de trabalho com PF Os produtos fitofarmacêuticos podem entrar no organismo através de diversas vias:  Via digestiva  Via respiratória  Via dérmica
  • 58. Mod.CF.066/01 58 Via Digestiva Proteção A via digestiva é a responsável pelos mais graves envenenamentos. O produto tóxico é misturado com os alimentos originando uma ingestão involuntária. Precauções simples: Armazenamento: -Conservar os produtos na sua embalagem de origem e fora do alcance das crianças. -Ter as crianças afastadas da área de trabalho. É necessária extrema prudência em particular no caso das crianças que podem consumir acidentalmente os PF que estejam ao seu alcance. A penetração pode ser mais indiciosa: quer a comer quer a fumar, passando o produto dos dedos para os lábios e destes para a via digestiva. Na altura de utilizar os produtos: -Nunca desentupir filtros com a boca. - Não comer, beber ou fumar durante os tratamentos ou após estes sem se ter lavado. - lavar sempre as mãos e a cara depois da utilização de produtos.
  • 59. Mod.CF.066/01 59 Via Dérmica e Respiratória Proteção Com altas temperaturas, o poder absorvente aumenta com a transpiração. A presença de feridas aumenta a penetração dos produtos. A contaminação pode dar-se por salpicos directos sobre a pele, mas também por usar fatos sujos ou por exposição contínua à pulverização. Evitar tratamentos em altura de grande calor. Após o tratamento das culturas, antes de comer, beber, fumar ou retomar uma outra atividade, existem 3 regras: Despir as roupas de trabalho, lavá-las com água, bem como todo o equipamento de proteção para eliminar os PF depositados; Lavar com sabão as mãos e a cara, sendo melhor tomar um banho; Mudar de roupa. A difusão através da conjuntiva do olho é muito rápida: as poeiras, a névoa de pulverização e salpicos que se depositam caem nos olhos e penetram no organismo.
  • 60. Mod.CF.066/01 60 Em caso de absorção do Produto Fitofarmacêutico por erro ou por não respeitar as instruções de utilização, podem surgir 2 tipos de intoxicação:  Intoxicações agudas  Intoxicações a longo prazo (crónica) Acidentes de trabalho com PF
  • 61. Mod.CF.066/01 61 Intoxicações agudas  São muitas vezes o resultado de uma absorção única, intensa ou de doses múltiplas absorvidas num período muito curto.  Este tipo de intoxicações são por vezes dramáticas. Acidentes de trabalho com PF
  • 62. Mod.CF.066/01 62 Conforme o produto em causa a intoxicação vai traduzir-se por:  Perturbações nervosas – vertigens, falta de coordenação, tremuras, convulsões, etc.  Perturbações digestivas – salivação abundante, náuseas, vómitos, diarreias, etc.  Perturbações cardiovasculares – taquicardia  Perturbações musculares – contrações, cãibras, paralisia, etc. Acidentes de trabalho com PF
  • 63. Mod.CF.066/01 63 Intoxicações a longo prazo (crónica) Este tipo de intoxicações dão-se sem que a pessoa afetada tenha imediata consciência disso. As quantidades de tóxicos absorvidos são muitas vezes fracas, mas repetem-se durante um longo período de tempo. A pessoa não sente nenhuma perturbação durante a exposição ou simplesmente perturbações menores (dores de cabeça, náuseas) que não relaciona com o PF. Acidentes de trabalho com PF
  • 64. Mod.CF.066/01 64 A intoxicação a longo prazo (crónica) pode dar-se através de dois mecanismos diferentes:  As doses de produto acumulam-se no organismo (no fígado, nas gorduras, etc.) até esta quantidade armazenada originar perturbações.  Cada dose absorvida tem um efeito nocivo sobre o órgão que lhes é sensível, altera-o ou destrói-o progressivamente. Acidentes de trabalho com PF