Este documento discute a toxicidade e segurança no uso de produtos fitofarmacêuticos. Descreve as vias de exposição humana como ingestão, pele e inalação e os efeitos agudos e crônicos. Também enfatiza a importância de ler corretamente os rótulos dos produtos e usar equipamentos de proteção individual adequados para reduzir os riscos durante a manipulação e aplicação.
2. Mod.CF.066/01
Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF
A toxicidade do pesticida para o homem é condicionada pela capacidade de
interferir em sistemas vitais do organismo humano, pela via de exposição (oral,
cutânea, inalação), bem como pela duração da exposição (toxicidade aguda, a curto
prazo, crónica)
Toxicidade aguda: esta toxicidade é produzida por uma única dose, quer seja
por via oral, dérmica ou pela inalação de vapores.
Toxicidade crónica: esta toxicidade resulta da exposição contínua a uma
determinada substância química (pesticida)
3. Mod.CF.066/01
Aspetos toxicológicos inerentes à manipulação e aplicação de PF
A toxicidade crónica é mais importante que a toxicidade aguda, pois
normalmente ocorre pela contaminação de alimentos ou lentamente no seu ambiente de
trabalho, e afeta o organismo durante toda a sua vida.
Possibilidade de provocar o cancro, efeitos na reprodução, desenvolvimento
dos fetos, alterações genéticas e efeitos no sistema nervoso.
As precauções toxicológicas (frases de risco e de segurança), presentes nos
rótulos dos produtos, têm como objetivo diminuir a exposição, evitando intoxicações
agudas ou outros efeitos no decorrer das operações de preparação da calda, aplicação e
pós-aplicação dos produtos fitofarmacêuticos.
4. Mod.CF.066/01
Risco= Perigo X Exposição
O risco reflete a probabilidade de alguém ou algo sofrer danos quando
exposto a um perigo.
Perigo: depende das características toxicológicas dos produtos, é expressa
nos rótulos (símbolos, frases associadas às caraterísticas de cada produtos e às
condições de utilização).
Não é influenciada pela aplicador
Exposição: forma de contacto com os produtos: Dermal, Inalação e Oral.
É influenciada pelo aplicador.
5. Mod.CF.066/01
O perigo é uma propriedade intrínseca do produto, que não pode ser
modificado pelo utilizador. O perigo existe quer o aplicador utilize o produto ou não.
Como referido anteriormente a exposição, depende exclusivamente da
utilização, nas suas diversas fases, desde que pegamos pela primeira vez na embalagem
para ler as informações do rótulo até colocarmos a embalagem vazia num saco
Valorfito.
O risco é a conjugação destes dois fatores.
Utilizar os produtos fitofarmacêuticos de forma segura é atuar sobre a
exposição, minimizando-a, baixando assim o risco para homem e para o ambiente.
7. Mod.CF.066/01
Exposição
É influenciada pelo aplicador e depende:
• Das técnicas de aplicação;
• Da cultura a tratar (densidade, altura);
• Do material de aplicação;
• Das condições de aplicação (meteorológicas, orográficas);
• Da utilização do equipamento de proteção individual adequado;
• Da manutenção e limpeza dos EPI´s;
10. Mod.CF.066/01
SIMBOLOS TOXICOLÓGICOS E ECOTOXICOLÓGICOS
Contextualização
A partir de 1 de Junho de 2015, todos os produtos colocados no mercado, deverão
estar classificados, rotulados e embalados, de acordo com o regulamento CLP.
Os PF fabricados antes de 1 de Junho de 2015, podem ser comercializados até 1 de
Junho de 2017.
A partir de 1 de Junho de 2017 apenas poderão existir no mercado produtos
rotulados de acordo com o regulamento CLP.
Entre 1 de Junho de 2015 e 1 de Junho de 2017 poderão ser encontrados produtos
com os dois tipos de rótulos.
11. Mod.CF.066/01
O que muda?
Existência nos rótulos de novos pictogramas acompanhados por frases-chave que
contêm advertências de perigo e recomendações de precaução.
Novos pictogramas
12. Mod.CF.066/01
Frases de risco
As frases de risco vêm inscritas no rótulo, estas dão informação para os perigos que
esse produto fitofarmacêutico apresenta para o Homem e/ou para o ambiente.
Muito tóxico (ingestão / contacto com a pele / inalação)
Tóxico (ingestão / contacto com a pele/ inalação)
Nocivo (ingestão / contacto com a pele)
Irritante (olhos/ pele / vias respiratórias)
14. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por ingestão
A absorção por ingestão pode ocorrer por:
- Ingestão acidental devido a um armazenamento inadequado dos
produtos;
- Gotículas de calda que atingem a boca;
- Produtos mal fechados e guardados junto de alimentos;
- Produto guardado numa embalagem que não é a original;
- Pequenas quantidades absorvidas quando o utilizador come, bebe
ou fuma aquando da aplicação;
- Produtos deixados ao alcance de crianças e pessoas não habilitadas ao
manuseamento de produtos fitofarmacêuticos.
15. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por ingestão
Como é que se pode evitar?
- Manter os PF nas suas embalagens originais e armazena-los em
locais próprios, de acordo com as regras de armazenamento
corretas;
- Utilizar sempre o EPI;
- Não comer, beber e fumar aquando preparação e aplicação da
calda.
16. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção pela pele (absorção cutânea)
A absorção dermal pode acontecer devido?
-Contacto direto com a pele ou mesmo através da roupa, de gotas
ou derrame de produto;
-Contacto com partes tratadas das plantas;
-Utilização de utensílios e roupa contaminada;
-Arrastamento de produto aquando da aplicação ou em aplicações
contra o vento.
17. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção pela pele (absorção cutânea)
Como evitar?
Utilização de EPI adequados e limpo;
Efetuar os tratamentos apenas com condições meteorológicas
indicadas.
18. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por inalação
Como pode acontecer a absorção?
• Deposição na mucosa respiratória de pequenas
partículas de pó e gotículas da nuvem de pulverização;
• São absorvidas na corrente sanguínea rapidamente
substancias ativas na forma de gás ou vapor;
19. Mod.CF.066/01
Vias de penetração no organismo
Absorção por inalação
Como se pode evitar?
• Utilizar sempre EPI adequado;
• Utilização de máscaras para pós ou gás sempre que for
advertido pelo rótulo do produto a utilizar.
20. Mod.CF.066/01
Informação de leitura de rótulo
O rótulo no produto fitofarmacêutico funciona quase como um “bilhete de
identidade” do PF;
O rótulo é um documento aprovado pela DGAV, e no mesmo podemos encontrar
informação necessária, nas condições em que foi homologado, para a sua correta
utilização, protegendo o aplicador, o consumidor e o ambiente;
As informações presentes nos rótulos normalmente encontram-se agrupadas de
forma distinta:
– Identificação do produto e da empresa;
– Finalidades e usos;
– Condições e instruções de utilização do produto;
– Precaução Toxicológicas, Ecotoxicologias e ambientais.
22. Mod.CF.066/01
Identificação do produto e empresa
Nome comercial;
Substância ativa;
Tipo de formulação (pó molhável, concentrado emulsionável, etc.…);
Composição qualitativa e quantitativa;
Quantidade do produto fitofarmacêutico;
n.º de autorização de venda (AV) / Autorização Provisória de Venda (APV) / Autorização de
Importação Paralela (AIP);
n.º de lote da preparação e data de produção;
Identificação e contacto do titular da AV / APV / AIP;
Frases : “Manter fora do alcance das crianças”; “Este produto destina-se a ser utilizado por
agricultores e outros aplicadores de produtos fitofarmacêuticos”; “Para evitar riscos para os
seres humanos e para o ambiente, respeitar as instruções de utilização”.;
Finalidade e usos
24. Mod.CF.066/01
Condições e instruções de utilização
Tipo e modo de ação do produto: fungicida, inseticida e herbicida…;
Usos para os quais o PF foi autorizado e condições agrícolas, fitossanitárias e
ambientais específicas em que o produto pode ser utilizado ou que deve ser
excluído;
Modo de preparação da calda;
Doses e/ ou concentrações;
Volume da calda;
Número de aplicações;
Intervalo entre aplicações;
Quando aplicar, estado fenológico da cultura;
Indicação referentes à eventual fitotoxicidade, sensibilidade varietal ou qualquer
outro efeito secundário direto ou indireto desfavorável sobre produtos vegetais ou
produtos de origem vegetal, bem como os intervalos a observar entre a aplicação e
a sementeira ou plantação.
26. Mod.CF.066/01
Precauções toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais
Símbolos toxicológicos (homem e ambiente);
Frases de risco;
Frases de segurança;
Intervalo de segurança (IS);
Informação sobre primeiros socorros;
EPI
29. Mod.CF.066/01
Como referido o rótulo é um documento oficial, no qual podemos encontrar toda a
informação relacionada com o produto, a sua utilização e recomendações;
A leitura do rótulo é imprescindível!
Atenção
A informação que vem nos rótulos não é igual para todos os produtos, sendo então
importante seguir as suas indicações;
30. Mod.CF.066/01
Informações importantes do rótulo
Culturas bem como os respetivos inimigos para que esta autorizado;
Concentrações e/ou doses, número de aplicações e outras indicações de uso;
Modo de preparação da calda;
Precauções biológicas;
Atenção
Por vezes em alguns produtos a informação do rótulo não se encontra totalmente
visível, quando isso acontece é necessário destacar parte do rótulo para aceder à
restante informação;
31. Mod.CF.066/01
“A leitura correta do rótulo e a
aplicação na integra das indicações
nele presente, permitem uma
utilização segura do PF,
minimizando assim os riscos para o
aplicador, consumidor, ambiente e
espécies não visadas.”
33. Mod.CF.066/01
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
É impossível eliminar todos os riscos associados ao manuseamento e uso de produtos
fitofarmacêuticos, no entanto, é possível reduzir o risco, ou seja, diminuir a situação
de exposição com o recurso a equipamentos de proteção individual;
Entenda-se por EPI, os equipamentos que são utilizados para nos proteger da
contaminação provocada pelos produtos fitofarmacêuticos.
34. Mod.CF.066/01
Como já referido anteriormente as vias de entrada de um produto fitofarmacêutico
no nosso organismo são: por contacto, ingestão e inalação, motivo pelo qual é
crucial a proteção dessas vias, pela utilização dos equipamentos de proteção
individual (EPI);
Devem ser então utilizados EPI que permitam proteger a pele, a via digestiva e via
respiratória;
O equipamento de proteção deve estar aprovado para poder ser utilizado na
atividade de proteção de plantas;
Por exemplo umas calças ou uma luvas comuns não protegem convenientemente o
aplicador, devendo então ser utilizado equipamento que comprovou, em testes
específicos, ser eficaz na proteção do operador.
36. Mod.CF.066/01
Na escolha dos EPI deve ter-se em especial atenção:
Proteção dos olhos: principalmente na utilização de produtos tóxicos ou irritantes.
Os óculos devem ser lavados frequentemente;
Proteção das vias respiratórias (nariz e boca): imprescindível de modo a evitar a
inalação de gases ou poeiras. Deve utilizar-se obrigatoriamente máscara quando o
rótulo do produto o indicar, e se necessário devem substituir-se os filtros de acordo
com as recomendações do fabricante;
37. Mod.CF.066/01
Proteção das mãos: sempre que existe o risco de contaminação, quando se utilizam
pesticidas tóxicos, especialmente se estes se encontrarem em concentrações
elevadas. Este equipamento (luvas de proteção) devem satisfazer a norma EN 374 -
luvas de proteção contra químicos e microrganismos. Após a utilização dos
pesticidas as mãos devem ser sempre lavadas;
Proteção do corpo: recorrendo a utilização de um fato adequado à aplicação de
pesticidas;
Proteção dos pés e das pernas: durante as diferentes fases de trabalho (preparação
da calda, aplicação) e mesmo posteriormente quando em contacto com as plantas
tratadas, devem ser utilizadas botas de borracha;
38. Mod.CF.066/01
A proteção adequada antes do manuseamento e utilização de qualquer produto
fitofarmacêutico, deverá ser um gesto habitual e deve ser encarado como uma
atividade integrante da sua aplicação;
Para obter informação referente a qual equipamento de proteção deve utilizar, deve
consultar o rótulo do produto que vai aplicar no capitulo das precauções
toxicológicas, ecotoxicológicas e ambientais;
No caso de aplicar mais do que um produto, deve utilizar o equipamento de
proteção aconselhado para o produto mais perigoso;
39. Mod.CF.066/01
O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em geral
depende de:
Tipo de operação
Preparação da calda e enchimento do pulverizador
Aplicação
Lavagem e limpeza do material de aplicação
Tipo de equipamento de aplicação
Pulverizador de dorso
Trator sem cabina
Trator com cabina
40. Mod.CF.066/01
O equipamento de proteção recomendado para o aplicador em
geral depende de:
Pessoas e respetivas funções
Operador/aplicador
Trator com cabina
Os tratores com cabine devem estar equipados com filtro de carvão para aplicarem
os produtos fitofarmacêuticos
42. Mod.CF.066/01
Luvas de proteção
A utilização de luvas é importante para proteção do aplicador em todas as fases
de trabalho.
As luvas de proteção destinadas à aplicação de produtos fitofarmacêuticos
devem satisfazer a norma EN 374 – Luvas de Proteção contra Químicos e
Microrganismos. Estas devem ser de nitrilo-forte, ter boa resistência mecânica e
química.
De forma a minimizar a ação do calor e uma possível
irritação dermal, recomenda-se o uso de luvas de algodão por dentro.
43. Mod.CF.066/01
Equipamento de proteção das vias respiratórias
(Máscara de proteção)
A proteção das vias respiratórias pode ser efetuada com
recurso a máscaras e semi-máscaras.
A diferença entre as duas é que a máscara cobre a cara toda
e a semi-máscara apenas cobre a boca e o nariz.
Estes equipamentos devem cumprir com determinadas
características, para que o nível de proteção se mantenha em
condições satisfatórias e o aplicador se encontre o mais
protegido possível.
44. Mod.CF.066/01
Equipamento de proteção das vias respiratórias (Máscara de proteção)
Existem basicamente 2 tipos de máscaras
As descartáveis – as máscaras descartáveis têm uma vida útil relativamente curta e
tem a sigla FF (filtro facial), seguida das especificações de proteção do filtro; P2 ou
P3;
Baixa manutenção – possuem filtros especiais para reposição, geralmente de
maior duração;
45. Mod.CF.066/01
Existem diferentes tipos de filtros
Os filtros mecânicos, retêm partículas sólidas e aerossóis líquidos. O seu nível de
proteção aumenta com o algarismo que acompanha a letra P.
Ou seja, um filtro de classe 3 cumpre durante mais tempo a sua função. Se
equipamento de proteção é ao mesmo tempo filtro, antecede as letras FF (filtro
facial), passando então a ser a sua referencia FFP1 ou FFP2 ou FFP3
P1 Baixa eficácia
P2 Média eficácia
P3 Alta eficácia
FFP1 Baixa eficácia
FFP2 Média eficácia
FFP3 Alta eficácia
46. Mod.CF.066/01
Existem também os filtros químicos (A, B, E, K)
A cada letra corresponde uma proteção para um determinado tipo de vapor ou gás;
Associados as estas letras aparecem os algarismos, sendo que a proteção aumenta à
medida que aumentam os algarismos.
LETRA COR PROTEÇÃO A GASES E VAPORES
A CASTANHO Vapores orgânicos, dissolventes, pinturas
B CINZENTO Gases e vapores orgânicos, cloro, gases ácidos
E AMARELO Anidrito sulfuroso
K VERDE Amoníaco
47. Mod.CF.066/01
Quando a seguir a letra aparece um algarismos 1, 2 ou 3, que dizer qua a
capacidade é baixa, media ou alta, respetivamente. (Ex: A1,A2,A3,B1,B2,B3 etc.)
Os filtros químicos devem ser utilizados quando nos encontramos perante gazes ou
vapores químicos. Estes filtros distinguem-se pela cor, pela letra e pelo algarismos
de acordo com o poder de retenção.
Filtros combinados
Os filtros combinados devem ser utilizados quando se pretende uma proteção
simultânea contras gases e partículas (são distinguidos pela combinação de letra,
algarismo e cor).
Por exemplo o filtro A2P3, tem um poder de retenção alto contra vapores orgânicos
e máximo contra partículas sólidas e líquidas.
48. Mod.CF.066/01
Atenção
Para pulverizações com produtos fitofarmacêuticos deve ser utilizado um filtro
que tenha pelo menos a coloração castanha (letra A2). Importa saber que este
tipo de filtros têm carvão ativado e que com o decorrer do tempo o carvão vai
perdendo a sua atividade, quer seja pelo uso que tem ou por questões relacionadas
com as condições climatéricas.
Ou seja, este tipo de filtros tem validade, mesmo que nunca tenham sido utilizados.
Quando é ultrapassado este prazo os filtros deverão ser substituídos ou, no caso de
sentir ao respirar que existe um cheiro ativo deve ser substituído pois o carvão
perdeu a sua atividade e o filtro não esta a cumprir a sua função.
49. Mod.CF.066/01
Botas
As botas que devem ser utilizadas devem ser botas de
cano alto tipo galocha, de borracha resistente, para
evitar o risco de contaminação.
Recomenda-se calçar meias de algodão e as pernas do
fato devem ser colocadas por fora da bota;
51. Mod.CF.066/01
Óculos e viseira
Este tipo de proteção é importante e fundamental, principalmente na preparação de
determinado tipo de caldas e aplicações.
Este tipo de proteção deve ser utilizado especialmente no tratamento de ramadas e
árvores.
O recurso a este EPI é importante para evitar acidentes provocados por salpicos
acidentais.
52. Mod.CF.066/01
As viseiras devem ser transparentes e que não embaciem.
Os óculos de proteção devem ser convenientemente fechados, embora com orifícios
de ventilação, para protegerem os olhos de poeiras, líquidos e aerossóis.
Avental
Este tipo de equipamento deve ser utilizado no momento de preparação da calda,
dado que nesta situação a probabilidade do aplicador molhar o fato é elevada.
53. Mod.CF.066/01
Fato
Este equipamento é um componente fundamental da proteção do
aplicador.
Os fatos de proteção recomendados para o manuseamento de
produtos podem pertencer a duas classes distintas:
Fatos de proteção contra produtos químicos:
Tipo 4: impermeável à pulverização
Tipo 6: Proteção limitada contra salpicos
Fatos homologados especificamente para tratamentos
fitossanitários.
54. Mod.CF.066/01
Fato
Estes fatos baixam a exposição do aplicador, fator este que vai contribuir para a
redução dos riscos.
A roupa a utilizar por baixo do fato deverá ser uma roupa leve de preferência de
algodão. Outra característica importante dos fatos é que estes devem possuir
elásticos nas mangas e nas pernas.
A utilização de fatos oleados não é recomendada, uma vez que este tipo de fatos, ao
contrário do que se pensa, promove a transpiração excessiva, o que se torna
bastante desconfortável e torna o aplicador muito vulnerável à contaminação
provocada pelos Pf's.
55. Mod.CF.066/01
Relação entre EPI e as diferentes características dos PF
Equipamento de proteção individual aconselhado
Como referido anteriormente a utilização de produtos fitofarmacêuticos
pressupõe sempre a utilização de EPI.
DEVE LER SEMPRE O RÓTULO DO PRODUTO
A leitura atenda do rótulo proporciona informação necessária, de acordo com
o produto, sobre qual o tipo de EPI a utilizar.
56. Mod.CF.066/01
Em casos em que isso não aconteça, o aplicador deve utilizar o seguinte
equipamento base, de acordo com as operações a efetuar:
57. Mod.CF.066/01
57
Acidentes de trabalho com PF
Os produtos fitofarmacêuticos
podem entrar no organismo através de
diversas vias:
Via digestiva
Via respiratória
Via dérmica
58. Mod.CF.066/01
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Via Digestiva Proteção
A via digestiva é a responsável pelos mais
graves envenenamentos. O produto tóxico é
misturado com os alimentos originando uma
ingestão involuntária.
Precauções simples:
Armazenamento:
-Conservar os produtos na sua embalagem de
origem e fora do alcance das crianças.
-Ter as crianças afastadas da área de trabalho.
É necessária extrema prudência em
particular no caso das crianças que podem
consumir acidentalmente os PF que estejam
ao seu alcance.
A penetração pode ser mais indiciosa: quer a
comer quer a fumar, passando o produto dos
dedos para os lábios e destes para a via
digestiva.
Na altura de utilizar os produtos:
-Nunca desentupir filtros com a boca.
- Não comer, beber ou fumar durante os
tratamentos ou após estes sem se ter lavado.
- lavar sempre as mãos e a cara depois da
utilização de produtos.
59. Mod.CF.066/01
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Via Dérmica e Respiratória Proteção
Com altas temperaturas, o poder absorvente
aumenta com a transpiração.
A presença de feridas aumenta a penetração
dos produtos.
A contaminação pode dar-se por salpicos
directos sobre a pele, mas também por usar
fatos sujos ou por exposição contínua à
pulverização.
Evitar tratamentos em altura de grande calor.
Após o tratamento das culturas, antes de
comer, beber, fumar ou retomar uma outra
atividade, existem 3 regras:
Despir as roupas de trabalho, lavá-las com
água, bem como todo o equipamento de
proteção para eliminar os PF depositados;
Lavar com sabão as mãos e a cara, sendo
melhor tomar um banho;
Mudar de roupa.
A difusão através da conjuntiva do olho é
muito rápida: as poeiras, a névoa de
pulverização e salpicos que se depositam
caem nos olhos e penetram no organismo.
60. Mod.CF.066/01
60
Em caso de absorção do Produto Fitofarmacêutico por erro ou por não
respeitar as instruções de utilização, podem surgir 2 tipos de intoxicação:
Intoxicações agudas
Intoxicações a longo prazo (crónica)
Acidentes de trabalho com PF
61. Mod.CF.066/01
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Intoxicações agudas
São muitas vezes o resultado de uma absorção única, intensa ou de doses
múltiplas absorvidas num período muito curto.
Este tipo de intoxicações são por vezes dramáticas.
Acidentes de trabalho com PF
62. Mod.CF.066/01
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Conforme o produto em causa a intoxicação vai traduzir-se por:
Perturbações nervosas – vertigens, falta de coordenação, tremuras, convulsões,
etc.
Perturbações digestivas – salivação abundante, náuseas, vómitos, diarreias, etc.
Perturbações cardiovasculares – taquicardia
Perturbações musculares – contrações, cãibras, paralisia, etc.
Acidentes de trabalho com PF
63. Mod.CF.066/01
63
Intoxicações a longo prazo (crónica)
Este tipo de intoxicações dão-se sem que a pessoa afetada tenha
imediata consciência disso.
As quantidades de tóxicos absorvidos são muitas vezes fracas, mas
repetem-se durante um longo período de tempo.
A pessoa não sente nenhuma perturbação durante a exposição ou
simplesmente perturbações menores (dores de cabeça, náuseas) que não
relaciona com o PF.
Acidentes de trabalho com PF
64. Mod.CF.066/01
64
A intoxicação a longo prazo (crónica) pode dar-se através de dois
mecanismos diferentes:
As doses de produto acumulam-se no organismo (no fígado, nas gorduras,
etc.) até esta quantidade armazenada originar perturbações.
Cada dose absorvida tem um efeito nocivo sobre o órgão que lhes é
sensível, altera-o ou destrói-o progressivamente.
Acidentes de trabalho com PF