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IV.3 Acidentes com Produtos Fitofarmacêuticos
1
IV.3.1. Prevenção de Acidentes
2
• Mantenha em perfeito estado e bem identificados os tanques
de armazenamento. Estes devem ser usados sempre para a
finalidade correta, abrigando tipos específicos de substâncias;
• Use instrumentos de contenção. A utilização de diques de
contenção servirá para controlar vazamentos que possam
ocorrer, evitando que a substância derramada entre em
contato com o ambiente.
3
• Forneça EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e exija
que todos os funcionários envolvidos no manuseio de
químicos os usem adequadamente;
• Impermeabilize e mantenha bem isoladas as áreas onde os
químicos ficarão armazenados;
• Tenha conhecimento de todas as normas
regulamentadoras sobre a extração, transporte, manuseio e
armazenamento de químicos.
4
IV.3.2. Acidentes de Trabalho
5
6
Os pesticidas podem entrar no organismo através das
seguintes vias:
• Via digestiva;
• Via respiratória;
• Via dérmica.
7
Via Digestiva Proteção
A via digestiva é a responsável
pelos mais graves
envenenamentos. O produto tóxico
é misturado com os alimentos
originando uma ingestão
involuntária.
Precauções simples:
Armazenamento:
-Conservar os produtos na sua
embalagem de origem e fora do alcance
das crianças.
-Ter as crianças afastadas da área de
trabalho.
É necessária extrema prudência em
particular no caso das crianças que
podem consumir acidentalmente os
PF que estejam ao seu alcance.
A penetração pode ser mais
indiciosa: quer a comer quer a
fumar, passando o produto dos
dedos para os lábios e destes para
a via digestiva.
Na altura de utilizar os produtos:
-Nunca desentupir filtros com a boca.
- Não comer, beber ou fumar durante os
tratamentos ou após estes sem se ter
lavado.
- lavar sempre as mãos e a cara depois
da utilização de produtos.
8
Via dérmica Proteção
• A pele apesar de ser
impermeável à água é
permeável às gorduras.
• A penetração dos produtos
através da pele é fácil quando
estão formulados em soluções
oleosas.
• Em caso de contacto por salpicos na
pele ou nos olhos, lavar a parte
atingida com água abundante.
• Usar fato de trabalho, se possível
impermeabilizados (encerados)
reservados à utilização dos PF.
• Usar luvas impermeáveis assim como
óculos quando da preparação dos
produtos.
9
Via Dérmica e Respiratória Proteção
• Com altas temperaturas, o poder
absorvente aumenta com a
transpiração.
• A presença de feridas aumenta a
penetração dos produtos.
• A contaminação pode dar-se por
salpicos directos sobre a pele, mas
também por usar fatos sujos ou por
exposição contínua à pulverização.
• Evitar tratamentos em altura de
grande calor.
• Após o tratamento das culturas,
antes de comer, beber, fumar ou
retomar uma outra actividade,
existem 3 regras
Despir as roupas de trabalho, lavá-las
com água, bem como todo o
equipamento de protecção para
eliminar os PF depositados;
Lavar com sabão as mãos e a cara,
sendo melhor tomar um banho;
Mudar de roupa.
• A difusão através da conjuntiva do
olho é muito rápida: as poeiras, a
névoa de pulverização e salpicos
que se depositam caem nos olhos e
penetram no organismo.
10
Em caso de absorção do PF por erro ou por não respeitar as
instruções de utilização, podem surgir 2 tipos de intoxicação:
• Intoxicações agudas;
• Intoxicações crónica (longo prazo).
11
– Intoxicações agudas
• São muitas vezes o resultado de uma absorção única,
intensa ou de doses múltiplas absorvidas num período
muito curto.
• Este tipo de intoxicações são por vezes dramáticas.
12
Conforme o produto causa a intoxicação vai traduzir-se por:
• Perturbações nervosas – vertigens, falta de coordenação,
tremuras, convulsões, etc.
• Perturbações digestivas – salivação abundante, náuseas,
vómitos, diarreias, etc.
• Perturbações cardiovasculares – taquicardia
• Perturbações musculares – contracções, cãibras, paralisia,
etc.
13
– Intoxicações Crónica (a longo prazo)
• Este tipo de intoxicações dão-se sem que a pessoa
afectada tenha imediata consciência disso.
• As quantidades de tóxicos absorvidos são muitas vezes
fracas, mas repetem-se durante um longo período de
tempo.
• A pessoa não sente nenhuma perturbação durante a
exposição ou simplesmente perturbações menores
(dores de cabeça, náuseas) que não relaciona com o PF.
14
A intoxicação crónica (longo prazo) pode dar-se através de dois
mecanismos diferentes:
• As doses de produto acumulam-se no organismo (no
fígado, nas gorduras, etc.) até esta quantidade
armazenada originar perturbações.
• Cada dose absorvida tem um efeito nocivo sobre o
órgão que lhes é sensível, altera-o ou destrói-o
progressivamente.
15
Os efeitos que os pesticidas
podem ter a longo prazo na
saúde nem sempre estão
perfeitamente conhecidos.
IV.3.3. Medidas de Primeiros Socorros
16
Estojo de primeiros socorros – sinalizado com o n.º
de telefone Centro Antivenenos (CIAV - 808 250 143).
17
• Contaminação da pele
Deve imediatamente lavar a vítima com água e sabão;
A roupa contaminada tem de ser retirada e lavada.
• Contaminação dos olhos
Após a contaminação dos olhos deve-se proceder à sua rápida e
cuidadosa lavagem utilizando uma solução de colírio ou água limpa
corrente durante cerca de 10 min.
A utilização desta solução só deve ocorrer quando a mesma tem
menos de 3 meses.
18
• Contaminação dos olhos
Após a contaminação dos olhos deve-se proceder à sua
rápida e cuidadosa lavagem utilizando uma solução de colírio
ou água limpa corrente durante cerca de 10 min.
A utilização desta solução só deve ocorrer quando a mesma
tem menos de 3 meses.
19
Inalação/ingestão
• A ingestão acidental de PF tem de ser tratada
imediatamente por um médico ou hospital.
• Se houver suspeita de inalação de pós e vapores, o
procedimento deve ser o mesmo.
20
Como devemos actuar perante uma possível
intoxicação com pesticidas?
As pessoas sinistradas devem ser sempre submetidas a exame
e tratamento médico.
É muito importante nestes casos actuar com serenidade e
rapidez
• Retirar o acidentado do lugar contaminado;
• Chamar os serviços de urgência ou o médico ou consultar
o SOS-Intoxicações.
• Os números de telefone devem estar assinalados num
local acessível a todos.
21
• Certificar-se do composto causador da intoxicação e a
possível via de entrada;
• Conservar o rótulo do pesticida e recolher todos os
dados possíveis sobre o acidente com o objetivo de
facilitar ao médico a mais completa informação.
• Se a vítima já não respira, fazer-lhe imediatamente
respiração boca-a-boca.
• Se a vítima está praticamente inconsciente, ou pior
ainda, mesmo inconsciente, pô-la em posição lateral
de segurança e nunca deitada de costas.
22
• Se tem convulsões, pôr um pano entre os dentes para evitar
que morda a língua;
• Tirar a roupa e calçado contaminados e lavar a zona afetada;
• Evitar esfregar a pele para não produzir erupções que
facilitem a absorção do tóxico;
• No caso dos olhos, lavá-los com água abundante durante 5 a
10 minutos.
• Não beber líquido algum, sobretudo, nunca leite nem álcool
23
Dois erros a não cometer:
– Nunca provocar o vómito sem consulta ao SOS
Intoxicações, pois pode ser um risco por:
• Facilitar a passagem dos produtos tóxicos pelas vias
respiratórias;
• Os produtos cáusticos ou irritantes voltarem a queimar
pela 2ª vez a via digestiva.
Ligue para o número de Emergência Médica: 800 250
250 (n.º do CIAV) ou 112.
Ao ligar 112 deverá estar preparado para informar:
• A localização exata da ocorrência, para facilitar a chegada dos
meios de socorro;
• O número de telefone de contacto;
• O que aconteceu;
• O número de pessoas que precisam de ajuda;
• Condição em que se encontra (m) a (s) vítima (s);
• Se já foi realizado algum procedimento de emergência.
24
25
Vigilância Médica
• O fígado e os rins são os principais órgãos de transformação e
de eliminação de tóxicos;
• No caso de doença hepática ou renal, deve ter-se muito
poucos contactos com os produtos tóxicos;
• Os utilizadores de pesticidas também devem ser prudentes
quando tomam determinados medicamentos;
• A sua eficácia terapêutica pode ser diminuída ou a toxicidade
do PF aumentada.
26
• Existem suscetibilidades individuais, quer em presença de um
produto químico, quer em presença de um microrganismo, e
nem todas as pessoas reagem da mesma maneira.
• As pessoas “sensíveis” devem evitar manipular os produtos
em causa ou tomar o máximo de precauções para que não
haja contacto cutâneo ou respiratório.
27
• Todas as perturbações de aspeto banal devem ser levadas em
conta, sobretudo se se derem a longo prazo, pois podem ser
os primeiros sinais de uma intoxicação a longo prazo;
• Todas as perturbações de aspeto banal devem ser levadas em
conta, sobretudo se se derem a longo prazo, pois podem ser
os primeiros sinais de uma intoxicação a longo prazo.

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Prevenção e primeiros socorros em acidentes com pesticidas

  • 1. IV.3 Acidentes com Produtos Fitofarmacêuticos 1
  • 3. • Mantenha em perfeito estado e bem identificados os tanques de armazenamento. Estes devem ser usados sempre para a finalidade correta, abrigando tipos específicos de substâncias; • Use instrumentos de contenção. A utilização de diques de contenção servirá para controlar vazamentos que possam ocorrer, evitando que a substância derramada entre em contato com o ambiente. 3
  • 4. • Forneça EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e exija que todos os funcionários envolvidos no manuseio de químicos os usem adequadamente; • Impermeabilize e mantenha bem isoladas as áreas onde os químicos ficarão armazenados; • Tenha conhecimento de todas as normas regulamentadoras sobre a extração, transporte, manuseio e armazenamento de químicos. 4
  • 5. IV.3.2. Acidentes de Trabalho 5
  • 6. 6 Os pesticidas podem entrar no organismo através das seguintes vias: • Via digestiva; • Via respiratória; • Via dérmica.
  • 7. 7 Via Digestiva Proteção A via digestiva é a responsável pelos mais graves envenenamentos. O produto tóxico é misturado com os alimentos originando uma ingestão involuntária. Precauções simples: Armazenamento: -Conservar os produtos na sua embalagem de origem e fora do alcance das crianças. -Ter as crianças afastadas da área de trabalho. É necessária extrema prudência em particular no caso das crianças que podem consumir acidentalmente os PF que estejam ao seu alcance. A penetração pode ser mais indiciosa: quer a comer quer a fumar, passando o produto dos dedos para os lábios e destes para a via digestiva. Na altura de utilizar os produtos: -Nunca desentupir filtros com a boca. - Não comer, beber ou fumar durante os tratamentos ou após estes sem se ter lavado. - lavar sempre as mãos e a cara depois da utilização de produtos.
  • 8. 8 Via dérmica Proteção • A pele apesar de ser impermeável à água é permeável às gorduras. • A penetração dos produtos através da pele é fácil quando estão formulados em soluções oleosas. • Em caso de contacto por salpicos na pele ou nos olhos, lavar a parte atingida com água abundante. • Usar fato de trabalho, se possível impermeabilizados (encerados) reservados à utilização dos PF. • Usar luvas impermeáveis assim como óculos quando da preparação dos produtos.
  • 9. 9 Via Dérmica e Respiratória Proteção • Com altas temperaturas, o poder absorvente aumenta com a transpiração. • A presença de feridas aumenta a penetração dos produtos. • A contaminação pode dar-se por salpicos directos sobre a pele, mas também por usar fatos sujos ou por exposição contínua à pulverização. • Evitar tratamentos em altura de grande calor. • Após o tratamento das culturas, antes de comer, beber, fumar ou retomar uma outra actividade, existem 3 regras Despir as roupas de trabalho, lavá-las com água, bem como todo o equipamento de protecção para eliminar os PF depositados; Lavar com sabão as mãos e a cara, sendo melhor tomar um banho; Mudar de roupa. • A difusão através da conjuntiva do olho é muito rápida: as poeiras, a névoa de pulverização e salpicos que se depositam caem nos olhos e penetram no organismo.
  • 10. 10 Em caso de absorção do PF por erro ou por não respeitar as instruções de utilização, podem surgir 2 tipos de intoxicação: • Intoxicações agudas; • Intoxicações crónica (longo prazo).
  • 11. 11 – Intoxicações agudas • São muitas vezes o resultado de uma absorção única, intensa ou de doses múltiplas absorvidas num período muito curto. • Este tipo de intoxicações são por vezes dramáticas.
  • 12. 12 Conforme o produto causa a intoxicação vai traduzir-se por: • Perturbações nervosas – vertigens, falta de coordenação, tremuras, convulsões, etc. • Perturbações digestivas – salivação abundante, náuseas, vómitos, diarreias, etc. • Perturbações cardiovasculares – taquicardia • Perturbações musculares – contracções, cãibras, paralisia, etc.
  • 13. 13 – Intoxicações Crónica (a longo prazo) • Este tipo de intoxicações dão-se sem que a pessoa afectada tenha imediata consciência disso. • As quantidades de tóxicos absorvidos são muitas vezes fracas, mas repetem-se durante um longo período de tempo. • A pessoa não sente nenhuma perturbação durante a exposição ou simplesmente perturbações menores (dores de cabeça, náuseas) que não relaciona com o PF.
  • 14. 14 A intoxicação crónica (longo prazo) pode dar-se através de dois mecanismos diferentes: • As doses de produto acumulam-se no organismo (no fígado, nas gorduras, etc.) até esta quantidade armazenada originar perturbações. • Cada dose absorvida tem um efeito nocivo sobre o órgão que lhes é sensível, altera-o ou destrói-o progressivamente.
  • 15. 15 Os efeitos que os pesticidas podem ter a longo prazo na saúde nem sempre estão perfeitamente conhecidos.
  • 16. IV.3.3. Medidas de Primeiros Socorros 16 Estojo de primeiros socorros – sinalizado com o n.º de telefone Centro Antivenenos (CIAV - 808 250 143).
  • 17. 17 • Contaminação da pele Deve imediatamente lavar a vítima com água e sabão; A roupa contaminada tem de ser retirada e lavada. • Contaminação dos olhos Após a contaminação dos olhos deve-se proceder à sua rápida e cuidadosa lavagem utilizando uma solução de colírio ou água limpa corrente durante cerca de 10 min. A utilização desta solução só deve ocorrer quando a mesma tem menos de 3 meses.
  • 18. 18 • Contaminação dos olhos Após a contaminação dos olhos deve-se proceder à sua rápida e cuidadosa lavagem utilizando uma solução de colírio ou água limpa corrente durante cerca de 10 min. A utilização desta solução só deve ocorrer quando a mesma tem menos de 3 meses.
  • 19. 19 Inalação/ingestão • A ingestão acidental de PF tem de ser tratada imediatamente por um médico ou hospital. • Se houver suspeita de inalação de pós e vapores, o procedimento deve ser o mesmo.
  • 20. 20 Como devemos actuar perante uma possível intoxicação com pesticidas? As pessoas sinistradas devem ser sempre submetidas a exame e tratamento médico. É muito importante nestes casos actuar com serenidade e rapidez • Retirar o acidentado do lugar contaminado; • Chamar os serviços de urgência ou o médico ou consultar o SOS-Intoxicações. • Os números de telefone devem estar assinalados num local acessível a todos.
  • 21. 21 • Certificar-se do composto causador da intoxicação e a possível via de entrada; • Conservar o rótulo do pesticida e recolher todos os dados possíveis sobre o acidente com o objetivo de facilitar ao médico a mais completa informação. • Se a vítima já não respira, fazer-lhe imediatamente respiração boca-a-boca. • Se a vítima está praticamente inconsciente, ou pior ainda, mesmo inconsciente, pô-la em posição lateral de segurança e nunca deitada de costas.
  • 22. 22 • Se tem convulsões, pôr um pano entre os dentes para evitar que morda a língua; • Tirar a roupa e calçado contaminados e lavar a zona afetada; • Evitar esfregar a pele para não produzir erupções que facilitem a absorção do tóxico; • No caso dos olhos, lavá-los com água abundante durante 5 a 10 minutos. • Não beber líquido algum, sobretudo, nunca leite nem álcool
  • 23. 23 Dois erros a não cometer: – Nunca provocar o vómito sem consulta ao SOS Intoxicações, pois pode ser um risco por: • Facilitar a passagem dos produtos tóxicos pelas vias respiratórias; • Os produtos cáusticos ou irritantes voltarem a queimar pela 2ª vez a via digestiva.
  • 24. Ligue para o número de Emergência Médica: 800 250 250 (n.º do CIAV) ou 112. Ao ligar 112 deverá estar preparado para informar: • A localização exata da ocorrência, para facilitar a chegada dos meios de socorro; • O número de telefone de contacto; • O que aconteceu; • O número de pessoas que precisam de ajuda; • Condição em que se encontra (m) a (s) vítima (s); • Se já foi realizado algum procedimento de emergência. 24
  • 25. 25 Vigilância Médica • O fígado e os rins são os principais órgãos de transformação e de eliminação de tóxicos; • No caso de doença hepática ou renal, deve ter-se muito poucos contactos com os produtos tóxicos; • Os utilizadores de pesticidas também devem ser prudentes quando tomam determinados medicamentos; • A sua eficácia terapêutica pode ser diminuída ou a toxicidade do PF aumentada.
  • 26. 26 • Existem suscetibilidades individuais, quer em presença de um produto químico, quer em presença de um microrganismo, e nem todas as pessoas reagem da mesma maneira. • As pessoas “sensíveis” devem evitar manipular os produtos em causa ou tomar o máximo de precauções para que não haja contacto cutâneo ou respiratório.
  • 27. 27 • Todas as perturbações de aspeto banal devem ser levadas em conta, sobretudo se se derem a longo prazo, pois podem ser os primeiros sinais de uma intoxicação a longo prazo; • Todas as perturbações de aspeto banal devem ser levadas em conta, sobretudo se se derem a longo prazo, pois podem ser os primeiros sinais de uma intoxicação a longo prazo.