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Ultrassonografia no primeiro
trimestre
Caso 1
• Paciente com dosagem sérica de β- hCG de 1.200
mlU/ml e a ultrassonografia obstétrica endovaginal
demonstra uma coleção líquida intra-uterina sem
evidências de embrião e anexos embrionários, sinal
do duplo saco e sinal intradecidual. Considerando-
se que não há achados ultrassonográficos de saco
gestacional a coleção líquida intra-uterina deve
corresponder a um pseudo saco gestacional e a
paciente deve ser tratada para GE.
J Ultrasound Med 2010; 29:685–689
Conclusion
In summary, adherence to the following guidelines
will prevent sonographic interpretation
errors that result in harm to the developing
embryo:
1. Do not misuse the double sac and intradecidual
signs; absence of these signs does not
mean that there is no IUP.
2. Avoid using the term “pseudogestational sac,”
since it is much more likely to lead to errors
than to correct diagnoses.
3. Most importantly: In a woman with a positive
pregnancy test, any fluid collection with
curved edges in the central echogenic portion
of the uterus should be interpreted as a
probable gestational sac, and treatments
that could damage the embryo should be
avoided until IUP is definitely excluded.
Não se coloque em apuros
• Quando uma mulher em idade reprodutiva e
com teste de gravidez + vai ao ginecologista
queixando-se de sangramento vaginal e/ou
dor pélvica há a necessidade de se realizar
uma USEV para avaliar:
– Gravidez intra-uterina (GIU) normal ?
– Gravidez intra-uterina anormal?
– Gestação ectópica (GE)?
• Essa informação é crucial para a correta
condução do caso. Diagnósticos US errados
podem levar a iatrogenias (curetagem ou
administração de medicação
embriotóxica, por exemplo) com sérias
implicações à saude do concepto, da mãe ou
de ambos e graves implicações médico-legais.
• Por que estes erros acontecem?
– Falha na interpretação dos sinais clássicos de
gestação precoce (especialmente o sinal do duplo
saco)
– Aplicação errônea do conceito de “pseudosaco
gestacional”.
Fontes de problemas
• Falha na interpretação dos sinais clássicos de
gestação precoce
– Sinal do duplo saco: este sinal está presente quando duas faixas concêntricas
são vistasrm torno de uma coleção líquida intra-uterina. Essas faixas
representam as duas camadas de decídua : a decídua capsualr e a decídua
vera que circundam a maior parte do saco.
• O uso correto deste sinal pelo dados descritos na literatura é: “Na
presença do sinal do duplo saco o diagnóstico de GIU pode ser feita ( e
consequentemente o diagnóstico de GE é virtualmente excluído). Mas o
contrário não se sustenta: Caso não haja o sinal do duplo saco então não
há GIU.Todavia
• A ausência do sinal do duplo saco gestacional NÃO exclue GIU.
• Quando a USEV evidencia coleção líquida
inespecífica na porção central e ecogênica do útero
(i.e. na decídua) sem evidências de embrião e
vesícula vitelínica e não se demonstra os achados US
clássicos de gravidez inicial: sinal do duplo saco e o
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  • 2. Caso 1 • Paciente com dosagem sérica de β- hCG de 1.200 mlU/ml e a ultrassonografia obstétrica endovaginal demonstra uma coleção líquida intra-uterina sem evidências de embrião e anexos embrionários, sinal do duplo saco e sinal intradecidual. Considerando- se que não há achados ultrassonográficos de saco gestacional a coleção líquida intra-uterina deve corresponder a um pseudo saco gestacional e a paciente deve ser tratada para GE.
  • 3.
  • 4. J Ultrasound Med 2010; 29:685–689 Conclusion In summary, adherence to the following guidelines will prevent sonographic interpretation errors that result in harm to the developing embryo: 1. Do not misuse the double sac and intradecidual signs; absence of these signs does not mean that there is no IUP. 2. Avoid using the term “pseudogestational sac,” since it is much more likely to lead to errors than to correct diagnoses. 3. Most importantly: In a woman with a positive pregnancy test, any fluid collection with curved edges in the central echogenic portion of the uterus should be interpreted as a probable gestational sac, and treatments that could damage the embryo should be avoided until IUP is definitely excluded.
  • 5. Não se coloque em apuros
  • 6. • Quando uma mulher em idade reprodutiva e com teste de gravidez + vai ao ginecologista queixando-se de sangramento vaginal e/ou dor pélvica há a necessidade de se realizar uma USEV para avaliar: – Gravidez intra-uterina (GIU) normal ? – Gravidez intra-uterina anormal? – Gestação ectópica (GE)?
  • 7. • Essa informação é crucial para a correta condução do caso. Diagnósticos US errados podem levar a iatrogenias (curetagem ou administração de medicação embriotóxica, por exemplo) com sérias implicações à saude do concepto, da mãe ou de ambos e graves implicações médico-legais.
  • 8. • Por que estes erros acontecem? – Falha na interpretação dos sinais clássicos de gestação precoce (especialmente o sinal do duplo saco) – Aplicação errônea do conceito de “pseudosaco gestacional”.
  • 9. Fontes de problemas • Falha na interpretação dos sinais clássicos de gestação precoce – Sinal do duplo saco: este sinal está presente quando duas faixas concêntricas são vistasrm torno de uma coleção líquida intra-uterina. Essas faixas representam as duas camadas de decídua : a decídua capsualr e a decídua vera que circundam a maior parte do saco. • O uso correto deste sinal pelo dados descritos na literatura é: “Na presença do sinal do duplo saco o diagnóstico de GIU pode ser feita ( e consequentemente o diagnóstico de GE é virtualmente excluído). Mas o contrário não se sustenta: Caso não haja o sinal do duplo saco então não há GIU.Todavia • A ausência do sinal do duplo saco gestacional NÃO exclue GIU.
  • 10. • Quando a USEV evidencia coleção líquida inespecífica na porção central e ecogênica do útero (i.e. na decídua) sem evidências de embrião e vesícula vitelínica e não se demonstra os achados US clássicos de gravidez inicial: sinal do duplo saco e o sinal intradecidual é muito mais provável que essa imagem represente uma GIU e deve ser descrita como tal.
  • 11.
  • 12. Diagrama dos possíveis locais de Gestação Ectópica.
  • 13. Sinal do duplo saco em uma gravidez intra-uterina normal