Este documento descreve a evolução das travessias sobre o rio Douro no Porto, Portugal, desde os primeiros atravessamentos por barcos até as pontes modernas. Detalha as primeiras pontes de barcas construídas nos séculos XVIII e XIX, seguidas pela primeira ponte fixa em 1843, a Ponte Pênsil.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
História do porto as pontes da cidade do porto - Ponte D. Maria Pia
1. Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
2. A Evolução da Travessia do Douro
AS PONTES DA CIDADE DO PORTO
PONTE DE D. MARIA PIA
Artur Filipe dos Santos
2
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
3. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
www.artursantos.no.sapo.pt
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• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações
Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor
Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e
Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea,
membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e
Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de
Estudos de Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor
da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em
Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da
Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e
Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola
Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio
Portugal.
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Artur Filipe dos Santos
4. A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
• A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática,
internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade
de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da
USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo.
Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
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5. A Evolução da Travessia
do Douro
• Ao longo dos séculos as
populações ribeirinhas
do Porto e Gaia terão
tido a necessidade e o
desejo de comunicar
entre si, de trocar bens
e serviços.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
6. • O atravessamento,
como em toda a parte,
fazia-se em barcos e
jangadas. A avaliar pelas
gravuras antigas o
tráfego de embarcações
e navios era muito
intenso o que denota
uma estreita relação
entre as populações das
duas margens.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• A partir de 1744
estabelece-se uma
carreira regular para
passagem entre o Porto
e Gaia.
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• Circunstâncias especiais
terão levado à
construção de
passadiços assentes
sobre barcaças, isto é
de pontes de barcas.
9. Talvez em ocasiões de
grande festividade ou
na situação
referenciada de
passagem de um
exército.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
10. • Em 1806 construiu-se
uma primeira ponte de
barcas com carácter
permanente. Só em
épocas de cheia era
desmontada.
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11. • Em todo o Rio Douro
nacional só em 1843 se
construiu a primeira
ponte fixa, a Ponte
Pênsil. O último quartel
do século XIX contribuiu
com duas pontes no
Porto, de dimensão e
grandiosidade ímpar.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
12. • Um longo interregno
até à Ponte da Arrábida
inaugurada em 1963 e
de novo uma paragem
até 1991 ano em que
entra ao serviço a Ponte
de S. João..
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• A partir daqui as
comunicações entre Porto e
Gaia vão-se banalizar com a
Ponte do Freixo logo a
seguir e a ponte do Infante,
para substituir o superior da
Ponte D. Luís que ficou
dedicado à passagem do
Metro Ligeiro do Porto, e
pensa-se em uma nova
ponte, à cota baixa, na zona
de S. Francisco prevista no
plano da cidade.
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• Além das 6 pontes hoje
existentes, existe ainda
uma comunicação
regular entre o Ouro e a
Afurada através de
pequenos "cacilheiros":
o "Flor do Gás" e o
"Flor do Douro".
15. A Ponte das Barcas
• Há muitas referências
iconográficas à Ponte
das Barcas e poderá
causar alguma
estranheza as imagens
não serem muito
concordantes entre si
quanto à forma da
"ponte" propriamente
dita.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Se, por certo, vários
desenhos e gravuras
são fruto de alguma
fantasia dos seus
autores, a diversidade
tem também uma
justificação.
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• Terá havido de facto uma
"Ponte das Barcas"?
Concerteza o que houve
foram várias pontes de
barcas que eram
montadas ou
desmontadas conforme
as necessidades ou
exigências do caudal de
um rio rebelde e
caprichoso como o
Douro.
18. A primeira referência
segura parece ser de
Fernão Lopes que relata
ter D. Fernando
mandado fazer uma
ponte de barcas para
passar com o seu
exército.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
19. • Tratava-se de uma
urgência pois havia que
acudir a Guimarães
cercada pelos
castelhanos. Devem ter
sido usadas as
embarcações de pesca e
de transporte das zonas
ribeirinhas e, mal passada
a emergência,
regressaram à sua função
habitual.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
Terão as gentes do Porto passado a dominar uma certa
"tecnologia" de construção de pontes deste tipo que durante
períodos mais ou menos longos realizavam a travessia do rio?
É de crer.
21. Em 1806 foi inaugurada
uma ponte
expressamente
construida como tal. Era
composta por 20 barcas
justapostas lado a lado,
ancoradas ao fundo do rio
a montante e a juzante,
sobre as quais corria
superiormente um
estrado para permitir a
passagem de pessoas,
bestas e carros.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
22. • Esta era uma ponte
cuidadosamente construida
que "…sóbe, e desce com as
marés, abre-se, e fecha-se,
para dar trânsito às
enbarcaçoens maiores, e
finalmente desmancha-se, e
restabelece-se, quando as
vicissitudes do rio o
exigem." como elogiava
João António Monteiro de
Azevedo na "Descripção
Topographica de Vila Nova
de Gaya".
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23. • Porém, a 29 de Março de
1809 dá-se aqui o célebre
"desastre da Ponte das
Barcas". A ponte deve ter
sido logo reparada pois a
12 de Maio, ainda no
decurso da Guerra
Peninsular, foi incendiada
pelos franceses para
impedir a passagem das
tropas anglo-lusas sob o
comando de Wellesley.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
24. • Depois de três anos a
passar regularmente a pé
enxuto pela Ponte das
Barcas é natural que a
população ribeirinha não
se conformasse com a
destruição da ponte e,
mal acabada a
insegurança que resultava
da presença dos invasores
franceses, se apressasse a
reconstruir a passagem.
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Até à inauguração da Ponte Pênsil em 1843, foram ainda
construídas duas pontes de barcas com concepção melhorada
em relação à anterior.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
A Ponte Pênsil
• A Ponte Pênsil foi a
primeira ponte
permanente e destas
também a mais efémera
de todas.
27. Entrou ao serviço em
1843, e ao fim de muito
poucos anos já havia
suspeitas quanto à sua
segurança devido à
oxidação muito rápida e
intensa dos seus
componentes
metálicos.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
28. • Oficialmente designada
Ponte D. Maria II, mas
nunca assim conhecida,
a ponte situa-se
claramente desviada
dos centros de
gravidade das zonas
que iria servir.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
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29. • Esta localização
revelava-se mais
vantajosa porque
correspondia a dois
cabeços rochosos que
se elevavam acima do
nível das maiores
cheias.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
30. • O projecto e construção
devem-se ao Engº
Stanislas Bigot e uma
pormenorizada e
interessante análise
desta ponte deve-se ao
Prof. Armando Campos
e Matos no seu artigo
"A Ponte Pênsil do
Porto“.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Estruturalmente a
ponte era suspensa (ou
pênsil) de 8 cabos (4 de
cada lado) suportados
por torres de pedra ou
obeliscos e ancorados
na rocha das margens
através de 32 amarras
(16 em cada margem).
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• Este modelo estrutural para
vãos desta ordem de
grandeza (170,14 metros)
era na altura uma relativa
novidade e acidentes em
pontes deste tipo devem ter
agravado a desconfiança
quanto à sua estabilidade.
Uma desconfiança
justificada já que a ponte
"tremia como varas verdes"
durante a travessia dos
peões.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
Esta afirmação referida por alguns autores não concorda com as
de Bigot que refere que durante os testes de prova não se
registaram oscilações sensíveis quando atravessada por grupos
de 40 a 50 pessoas a marchar!
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• O tabuleiro de madeira
tinha 6 m de largura na
qual se incluem dois
passeios laterais com
1m.
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• No topo da ponte do
lado do Porto
conservam-se restos da
curiosa casa cuja
fachada se situava entre
os dois obeliscos,
rematando portanto, a
ponte.
36. É referido existirem
estas casas em ambas
as extremidades da
ponte e da do Porto não
pode duvidar-se.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
37. • Porém do lado de Gaia
não podia haver esta
casa como se prova por
esta fotografia
reproduzida num postal
da época que mostra
claramente um acesso
de frente, como existe
na Ponte D. Luís.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
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38. • Outras fotografias,
como a do postal nº
276 do livro de J. M. S.
Passos tirada logo no
início da construção da
Ponte Luís I, mostram
também não haver
"casa" do lado de Gaia.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
39. • Do lado de Gaia, à retirada
dos cabos seguiu-se a
demolição dos próprios
obeliscos mas do lado do
Porto não podia fazer-se do
mesmo modo para que se
salvasse a casa. Assim, só
foram retirados os capiteis,
como se disse restaurados
muito mais tarde. A casa do
lado do Porto conservou
para nós os preciosos restos
da Ponte Pênsil!
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Esta ponte era de uma
extraordinária leveza e
elegância a contrastar com
a gigantesca ponte que ao
seu lado se erguia. Se é
pena que tenha sido
imediatamente
desmontada, a importância
que teve para a cidade
continua a ser
testemunhada pelos
obeliscos que se conservam
restaurados do lado do
Porto.
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Ponte de D. Maria Pia
• A Ponte de D. Maria Pia,
também designada por
Ponte Maria Pia, é uma
infraestrutura
ferroviária sobre o Rio
Douro que liga as
cidades do Porto e Vila
Nova de Gaia, no norte
de Portugal.
42. Descrição
• Esta ponte, de metal,
apresenta um tabuleiro
com 352 metros de
extensão; o arco sob o
tabuleiro, de forma
biarticulada,1 tem 160
metros de corda e 42,60
metros de flecha.2 A
altura, a partir do nível
das águas, é de 61 metros
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
43. • História
• Esta ponte, assim
chamada em honra de
Maria Pia de Saboia, é
uma obra de grande
beleza arquitectónica,
projectada pelo Eng.º
Gustave Eiffel e edificada,
entre 5 de Janeiro de
1876 e 4 de Novembro de
1877, pela empresa Eiffel
Constructions
Métalliques.
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44. • Foi a primeira ponte
ferroviária a unir as
duas margens do rio
Douro.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
45. • Maria Pia de Saboia
(Turim, 16 de outubro
de 1847 — Stupinigi, 5
de julho de 1911) foi
uma princesa da Itália e
rainha consorte de
Portugal, durante o
reinado de seu marido,
Luís I, mãe de D. Carlos
e avó do último Rei de
Portugal, D Manuel II.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Maria Pia ficou conhecida
como O Anjo da Caridade e
A Mãe dos Pobres por sua
compaixão e causas sociais.
Foi a rainha senhora D.
Maria Pia quem fundou na
Tapada da Ajuda a Creche
Victor Emanuel, que se
inaugurou em 1 de
Novembro de 1878,
construindo-se um edifício
próprio para aquele fim.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Quando circulou em Lisboa a noticia da
lamentável desgraça do incêndio do
teatro Baquet do Porto em Março de
1888, a rainha senhora D. Maria Pia
partiu imediatamente no comboio só
com seu filho numa noite de temporal,
vestida de luto, porque de luto estava
aquela cidade, para juntar as suas
lágrimas às de tantos infelizes, e não se
lembrando de que era rainha para só
se lembrar de que era mulher, correu
pelas vielas mais sórdidas do Porto, e
becos escuros, a levar conforto a
desgraçados que agonizavam,
distribuindo esmolas a todos os
infelizes que encontrava.
48. Ali no Porto foi
aclamada como mãe
dos pobres e anjo de
caridade, titulo que já
de há muito tempo
havia conquistado pela
sua beneficência.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
49. • Entretanto, proferiu
uma famosa frase em
resposta à crítica de um
dos seus ministros
devido ao preço das
suas extravagâncias:
"Quem quer rainhas,
paga-as!
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
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50. • Estiveram em
permanência 150
operários a trabalhar,
tendo-se utilizado 1.600
toneladas de ferro. Tendo
em consideração as
dimensões da largura do
rio e das escarpas
envolventes, foi o maior
vão construído até essa
data, aplicando-se
métodos revolucionários
para a época.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
51. • A inauguração deu-se a
4 de Novembro de
18772 por d. Luís I de
Portugal e D. Maria Pia;
a cerimónia teve a
presença da Banda de
Música da Cidade de
Espinho.
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• A construção da ponte em tempo
recorde, aliada à dificuldade da
transposição do enorme vão,
concedeu a Eiffel a fama que
procurava desde 1866, altura em
que fundou a sua empresa com o
engenheiro Théophile Seyrig (que
viria posteriormente a abandonar
a empresa e a vencer Eiffel no
concurso público para a segunda
cidade, a Ponte Luiz I).
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• Eiffel, para acompanhar
os trabalhos de
construção da ponte,
instalou-se em Barcelos
entre 1875 e 1877.
54. Gustave Eiffel publicou na "Revista de Obras Públicas
e Minas" uma análise pormenorizada da construção,
onde incluiu quer os projectos, quer o cálculo dos
vários componentes da ponte.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
55. • Adoptando o mesmo
modelo, realizou o
Viaduto de Garabit
(1880-1884) com 165
metros de vão, a
estrutura da Estátua da
Liberdade (1884-1886)
e a Torre Eiffel (1889).
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56. • Mais tarde, a avenida
que atravessa a
marginal portuense
entre o Freixo e a
Ribeira, viria a chamar-
se Avenida Gustave
Eiffel, precisamente em
homenagem ao
engenheiro e à ponte
que o mesmo
projectou.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
57. A Ponte de D. Maria Pia
é uma Ponte ferroviária
metálica construída
sobre o Rio Douro, em
1876, pelo famoso
engenheiro francês
Gustave Eiffel. Durante
mais de um século,
ligou a cidade do Porto
ao Sul do País.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
58. • Em 1991 o trânsito
ferroviário passou para a
Ponte de S. João, construída
a muito pouca distância. A
Ponte de D. Maria Pia é hoje
monumento nacional. A
Ponte de D. Maria Pia,
construída nos finais do
século XIX, permitiu concluir
a ligação ferroviária entre o
Porto e Lisboa que, na
altura, terminava na estação
das Devesas em Vila Nova
de Gaia.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
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59. • Foi inaugurada em
1877. De facto, a
revolução dos
transportes em Portugal
tornava urgente a
ligação direta entre as
duas principais cidades,
assumindo a cidade do
Porto a posição de nó
de um conjunto de
linhas importantes.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
60. • As transformações
operadas pela introdução
deste meio de transporte
na cidade são
evidenciadas pela
construção de novas
estruturas ferroviárias
(pontes, túneis, estações)
e pelo reordenamento do
tecido urbano em função
da localização das
estações.
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61. Coleção de Manuais da Universidade
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Em maio de 1875 foi aberto
um concurso público
internacional para a seleção
da empresa construtora.
Das quatro soluções,
apresentadas pelas
companhias francesas Eiffel
et Ce, Fiver Liles e
Batignolles e pela inglesa
Medd, Wrightson & Co, foi
selecionada a proposta dos
engenheiros Gustave Eiffel e
Théophile Seyrig,
considerada a mais
económica e elegante.
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• De facto, o projeto de Eiffel,
prevendo a construção de
um tabuleiro horizontal ao
nível da cota mais alta das
margens, apoiado num
enorme arco parabólico,
revela uma especial atenção
aos valores paisagísticos do
vale do Douro, procurando
os pontos de inserção mais
favoráveis num local em
que as margens mais se
aproximam.
63. Para além de
concretizar um
problema tecnicamente
difícil que era a
implantação de uma
ponte numa escarpa
acentuada, esta
estrutura representa
um sucesso do ponto
de vista formal.
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64. • O tabuleiro, com 354
metros de comprimento e
4,5 metros de largura, fica
a 61 metros do nível das
águas, assentando em
seis pilares que apoiam
sobre um arco com 160
metros de vão e 42,60
metros de flecha,
formado por duas curvas
parabólicas que no alto
têm uma separação de
dez metros.
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65. • Apoia sobre rolos de
fricção, o que possibilita
a sua dilatação no
sentido longitudinal e o
torna independente dos
movimentos do arco.
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66. • A construção foi adjudicada
em 5 de janeiro 1876 e o
contrato previa um prazo de
construção de dezoito meses.
O inverno atrasou as obras
que se fixaram em 22 meses,
terminando em 30 de outubro
de 1877. No dia da conclusão
foi realizada uma experiência
de resistência tendo circulado
dois comboios pela ponte.
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• Nesta construção, vigiada
pelos engenheiros Pedro
Inácio Lopes e Manuel
Afonso Espregueira,
trabalharam cerca de
duzentos operários. A
montagem do arco, a
operação mais delicada
exigiu a presença dos
engenheiros franceses
Emil Nouguier e Marcel
Augevère.
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• A ponte foi inaugurada
em 4 de novembro,
com assistência do rei e
da rainha que daria o
nome à ponte, esta
estrutura manteve-se
operacional até 1 de
junho de 1991.
69. • Depois desta obra
notável, entre 1880 e
1884, Eiffel construiu em
França o famoso viaduto
de Gabarit, sobre a
profunda garganta do
Truyère, com 448 metros
de vão e 122 metros de
altura, seguindo o modelo
estabelecido para a Ponte
D. Maria Pia.
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• "As profundas alterações
provocadas pela Revolução
Industrial atingiram
também a arquitectura. A
influência da técnica
associada à utilização de
novos materiais,
nomeadamente, o ferro, o
aço e outros, acabaram por
impor novas soluções
arquitectónicas mais
ajustadas às características
da civilização industrial.
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• No final do século XIX
assistiu-se ao triunfo da
arquitectura do ferro.
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A estrutura metálica
revolucionou este tipo de
arte, envolvendo novas e mais
belas formas nos
monumentos em que foi
aplicada, entre os quais as
pontes sobre o Douro. O
Porto é, na Europa, a cidade
que mais cedo utiliza a
arquitectura de ferro.
73. • A ponte de D. Maria Pia foi
uma obra construída "no
limite das possibilidades
clássicas da construção
metálica ". Disse-o, há mais
de cem anos, Eiffel, o
notável engenheiro francês
que, na viragem do século,
deu o nome à celebre torre
de Paris. Na sua época a
Ponte D. Maria Pia foi uma
obra de engenharia que
deslumbrou portugueses e
estrangeiros.
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74. • Gustavo Eiffel realizou
sobre o Douro um
audacioso e criativo
trabalho. A construção da
Ponte iniciou-se em
Janeiro de 1876,
concluindo-se em
Outubro de 1877.
Ocuparam-se 150
operários e utilizaram-se
1.600.000 quilos de ferro.
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75. • As dimensões exigidas
pela largura do rio e das
escarpas envolventes,
foi considerado o maior
vão construído até essa
data, aplicando
métodos
revolucionários para a
época.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
• Testes à segurança
foram efectuados como
o emprego dos meios
existentes e essa
segurança foi
largamente comprovada
pela utilização, durante
mais de 100 anos, ao
serviço do caminho de
ferro.
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• A inauguração em 4 de
Novembro de 1877, foi
presidida pelo rei D.
Luís I e pela Rainha D.
Maria Pia, que lhe deu o
nome.
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As Pontes do Porto – Ponte de D. Maria Pia
Esta Ponte, exclusiva para a
ligação ferroviária Lisboa
Porto, proporcionou uma
maior cultura para o Porto e
as suas gentes. Evoluíram os
tempos e em 1991, com o
aparecimento da nova Ponte
de São João, a de D. Maria
Pia, foi desactivada."
79. • Outros dados sobre a Ponte Maria Pia
• Projecto: Eng.º Théophile Seyrig.
Construção: empresa Eiffel Constructions
Métalliques.
• Início construção: 5 de Janeiro de 1876.
Conclusão da construção: 31 de Outubro
de 1877. Inauguração: 4 de Novembro de
1877.
• Função: Ponte ferroviária que permitiu a
ligação entre o Porto e Lisboa.
• Tabuleiro: 352 m. Distância ao nível média
das águas do Rio Douro: 61 m.
• Método construtivo: Cofragem deslizante.
• Esteve em actividade durante 114 anos.
Dasactivada em 1991.
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