Artur Filipe dos Santos - Ruinas de Conímbriga - Contributos para a história da ocupação romana do território português - património cultural.
Conímbriga é um dos melhores exemplos da pegada romana no território português. A par de Tongóbriga (Marco de Canaveses) e de Aeminium (Coimbra), a cidade de Conímbriga (a 20 minutos da “cidade dos Estudantes”), em Condeixa- a-Nova, ou Ammaia, em Marvão, é um testemunho histórico fundamental para compreender a evolução do nosso território e a importância das redes viárias na afirmação desta região no contexto do império romano.
Semelhante a Artur Filipe dos Santos - Ruinas de Conímbriga - Contributos para a história da ocupação romana do território português - património cultural
Património à volta da Sé do Porto- Torre Pedro Pitões - Artur Filipe dos Sant...Artur Filipe dos Santos
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Artur Filipe dos Santos - Ruinas de Conímbriga - Contributos para a história da ocupação romana do território português - património cultural
1. 1
Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
MARIANTES DO RIO DOURO
Ruínas de Conímbriga
Museu Monográfico
Contributos para a história da
ocupação romana do território português
Artur Filipe dos Santos
https://bit.ly/3IhOVnI (página pessoal)
2. • Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
•https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue)
•https://arturfilipesantos.wixsite.com/arturfilipesantos (Académico)
•https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico)
•Email: artursantos.com.pt@gmail.com
3. • Conímbriga é um dos
melhores exemplos da
pegada romana no
território português.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A par de Tongóbriga (Marco
de Canaveses) e de
Aeminium (Coimbra), a
cidade de Conímbriga (a 20
minutos da “cidade dos
Estudantes”), em Condeixa-
a-Nova, ou Ammaia, em
Marvão, é um testemunho
histórico fundamental para
compreender a evolução do
nosso território e a
importância das redes
viárias na afirmação desta
região no contexto do
império romano.
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Ruínas de Conímbriga
• Muitas das cidades
romanas foram criadas
sobre povoados
indígenas, construídas
sobre antigos castros
de origem celta.
Castro de S. Lourenço, Esposende
6. • Quando tratamos de
cidades romanas
devemos distinguir as
cidades integradas na
ordem jurídica romana,
hierarquizadas de acordo
com um processo
promocional. Estas são as
verdadeiras cidades
romanas, divididas entre
nós por colónias,
municípios e oppida
latini.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Os Romanos começaram
a conquista da Península
Ibérica pelo ano 218 a. C.,
durante a Segunda
Guerra Púnica, entre
Roma e Cartago, em que
as tropas comandadas
por Cneu Cipião
desembarcaram em
Ampúrias (perto de
Girona, Catalunha,
Espanha).
8. • Durante vários anos
lutaram contra o domínio
dos Cartagineses,
acabando por expulsá-los
da Península em 206 a.
C., com a conquista de
Cádis, passando a
dominar o litoral
mediterrânico. Seguiram-
se as lutas contra os
povos peninsulares.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A partir de 194 a. C. há
notícias dos primeiros
confrontos entre
Lusitanos e Romanos,
entre os chefes Lusitanos
sobressaíam Viriato e
Sertório. Os Lusitanos
acabaram por sofrer
sucessivas derrotas
durante os anos
seguintes, reforçando
estes a sua presença
através da ocupação de
novas regiões.
Estátua de Virito, Viseu
10. • No entanto, a primeira
grande campanha
romana no atual
território português só
se efetuou em 138 a. C.
A iniciativa desta
investida esteve a cargo
do novo governador da
Ulterior, Décio Júnio
Bruto.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Júnio Bruto avançou em
direção ao norte, mas
contornou as regiões
montanhosas do interior,
evitando desta forma
confrontos com as
populações das montanhas.
Tudo leva a crer que a
campanha se tenha
desenvolvido ao longo da
faixa litoral portuguesa,
traçando, provavelmente, o
percurso que mais tarde iria
dar origem à estrada que
ligaria Olisipo a Bracara.
12. • Conforme os Romanos
chegaram iam
dominando as várias
regiões peninsulares,
assim impunham as suas
estruturas sociais, a sua
forma de vida, as suas
leis, acabando por
dominar e influenciar
profundamente, e para
sempre, toda a Península
Ibérica. É a toda esta
ação e influência da
civilização de Roma que
se chama romanização.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A sua influência fez-se
sentir em todos os setores.
De uma economia
rudimentar passou-se a
uma economia agrícola com
bom aproveitamento dos
solos e das várias culturas,
como o trigo, oliveira, fruta
e vinha. A língua latina
acabou por se impor como
língua oficial, funcionando
como fator de ligação e de
comunicação entre os
vários povos.
LAGAR DE VINHO EM VALPAÇOS
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Ruínas de Conímbriga
• As povoações, até aí
predominantemente nas
montanhas, passaram a
surgir nos vales ou
planícies, habitando
casas de tijolo cobertas
com telha. Como
exemplo de cidades que
surgiram com os
Romanos, temos Braga
(Bracara Augusta), Beja
(Pax Iulia), Conímbriga e
Chaves (Aquae Flaviae),
Selium (Tomar).
15. • 12 Monumentos
romanos que
subsistiram até aos
dias de hoje:
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Ruínas de Conímbriga
Termas Romanas, Câmara Municipal de Évora
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Ruínas de Conímbriga
• Até ao ano 409 da
nossa era, os romanos
eram senhores
indiscutíveis da
península até à invasão
sueva, vândala e
visigótica.
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Ruínas de Conímbriga
• Mesmo passado tantos
séculos, o génio das
construções romanas
ainda se encontra entre
nós em forma de
pontes, ruínas, entre
outros.
Marcos miliários, Gerês
18. • Os Romanos deixaram
diversos vestígios da
sua passagem pelo país.
Ruínas de vilas, cidades,
estradas e locais de
culto ou industriais têm
sido encontrados por
toda a parte. “A sul os
mais cultos de entre os
Iberos e a norte
montanheses ferozes”.
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Ruínas de Conímbriga
Ruinas de Ammaia, Marvão,
distrito de Portalegre
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Ruínas de Conímbriga
• É desta forma que o
geógrafo grego Estrabão
descreve os Povos da
Hispânia que viram os
seus territórios invadidos
pelos romanos. A
Península Ibérica foi
dividida em três
províncias onde se
registou intensa
actividade comercial e
social de que ficaram
inúmeros vestígios e
testemunhos.
21. • Os romanos deixaram,
em Portugal, pontes,
teatros, barragens,
aquedutos, vilas…
alguns destes
monumentos romanos
ainda continuam de pé,
constituindo
testemunhos
imponentes das
avançadas técnicas de
construção deste povo.
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Ruínas de Conímbriga
Ponte de Segura, Idanha-a-Nova
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Ruínas de Conímbriga
• A Ponte Romana de
Trajano em Chaves, por
exemplo, foi usada para
tráfego automóvel até
há 20 anos atrás,
apesar de já contar com
mais de 2000 anos de
idade.
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Ruínas de Conímbriga
• Obra-prima da
engenharia importada de
Roma com praticamente
dois mil anos de
existência, a ponte ligava
duas cidades de máxima
importância no Império:
Bracara Augusta (actual
Braga) e Asturica Augusta
(actual Astorga),
passando o rio Tâmega e
estendendo o seu
tabuleiro granítico ao
longo de quase 150
metros.
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Ruínas de Conímbriga
• Apesar de contar com
dezoito arcos originais
(e mesmo este número
é discutido), nem todos
eles se vêem –
actualmente,
apenas nove fincam pés
no leito do rio, e outros
três pousam em terra.
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Ruínas de Conímbriga
• Hoje é uma ponte
pedonal, tornando a
ganhar o papel de ponte
de pessoas que teve no
passado. Faz-se de arcos
de volta perfeita, embora
dois deles sejam
visivelmente mais
alongados,
aparentemente numa
readaptação de três
antigos arcos dos quais
foram feitos dois.
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Ruínas de Conímbriga
• Conta com duas colunas
lado a lado, como
guardas exteriores: uma
primeira enquanto
homenagem ao
Imperador Trajano, uma
segunda ao Imperador
Vespasiano, embora
qualquer uma delas
destaque também os
povos que a ajudaram a
erguer.
27. • Barragem romana da
Nossa Senhora da Represa
• Classificada em 1997 como
“Imóvel de Interesse
Público”, a “Barragem
Romana de Nossa Senhora
da Represa” foi edificada
para reter as águas pluviais
e das fontes localizadas nas
mais imediações, com vista
à sua utilização nos diversos
trabalhos agrícolas
realizados na zona da atual
Vila Ruiva, Alentejo.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Em termos estruturais, a
represa – que aparenta ter
sido erguida com blocos
de opus incertum –
apresenta uma amurada
com oitenta metros de
comprimento por um metro
e sessenta centímetros de
largura e altura máxima de
um metro e oitenta
centímetros, para além de
amplos contrafortes que a
fortalecem exteriormente.
29. • Ponte romana da Ribeira
de Odivelas
• A ponte romana de Vila
Ruiva, sobre a Ribeira de
Odivelas, também em Vila
Ruiva, tem como data
provável da sua construção,
o século I a.C. mas há
vestígios de reconstrução e
acrescentos, executados
pelos povos que se
seguiram à ocupação
romana, como visigodos e
árabes.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• É uma das mais
monumentais pontes
romanas existentes em
Portugal, com 120
metros de
comprimento, cerca de
cinco metros de largura
e também cerca de
cinco metros de altura
máxima.
31. • Ruínas de Milreu
• Localizada a poente da
aldeia histórica de
Estoi, a 8km de Faro,
a Villa Romana de
Milreu revela uma
ocupação continuada
desde o século I e até
ao século XI.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• O conhecimento da sua
história revela-nos que
terá sido habitada por
famílias de elevado
estatuto social e
político, às quais eram
proporcionadas as
necessidades não só de
um quotidiano rural,
como também de
grande vivência lúdica.
33. • No século IV, foi
erguido um edifício
religioso ricamente
decorado e ainda hoje
conservado até ao
arranque das abóbadas,
destinado ao culto
privado da família.
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Ruínas de Conímbriga
34. • Cristianizado no século
VI, o templo serviria
também o culto no
período islâmico e até
ao século XI. Entre os
séculos. XVI e XIX, e
sobre as divisões
privadas da antiga casa
romana, foi erguida
uma casa rural com
contrafortes cilíndricos.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A riqueza
desta villa rústica está
patente no importante
volume de achados
arqueológicos, como
mosaicos de temática
predominantemente
marinha, revestimentos
marmóreos e cerâmicos
diversos, estuques
pintados e escultura
decorativa.
Ruinas de Milreu: Apdotério
Apoditério, espoliário ou espoliatório, nas
termas romanas, era o cômodo no qual as
pessoas podiam se despir e guardar seus
pertences. Nalguns complexos, não existia
como sala independente, estando
associado ao frigidário.
36. • Ruínas do teatro
Romano de Lisboa
• Construído na época de
Augusto e inaugurado
oficialmente na de Nero,
ocupa a vertente sul da
colina do Castelo (a
poucos metros da Sé).
Abandonado no séc. IV
d.C., as suas ruínas foram
descobertas, em 1798,
como consequência da
reconstrução pombalina.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A partir de 1964
campanhas
arqueológicas
recuperaram parte das
bancadas, da orquestra,
da boca de cena e do
palco, para além de um
conjunto de elementos
arqueológicos e
decorativos.
38. • A necessidade de dar a conhecer
este monumento, classificado
como Imóvel de Interesse Público,
levou, em 2001, à criação do
Museu do Teatro Romano, cujo
percurso museológico,
completado com suportes
multimédia sobre a história,
função e arquitectura deste
Teatro, abrange uma área de
exposição (elementos
iconográficos, bibliográficos e
espólio arqueológico romano), um
campo arqueológico e as ruínas do
referido Teatro.
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Ruínas de Conímbriga
• Ammaia
• A cidade romana de
Ammaia, ficou perdida
no vale da Aramanha,
no Alentejo e só foi
redescoberta no século
passado.
41. • Desde então está a ser
escavada e investigada
por cientistas de todo o
mundo.
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Ruínas de Conímbriga
• Entre a população local
os vestígios romanos
são conhecidos desde
sempre, mas só no
princípio do século
passado se começou a
perceber que aquilo
que estava enterrado
no Vale da Aramanha
era uma cidade
Romana.
43. • Construída de raiz no
século I DC alcançou o
seu esplendor nos
trezentos anos
seguintes. A partir do
século IX desaparecem
as referências à cidade
como urbe habitada. As
suas pedras serviram
para construir outros
lugares e monumentos.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Da antiga cidade
sobrava um mito, até
que no princípio do
século XX surgiram
indícios fortes que
indiciavam a existência
de uma cidade de
grande dimensão
naquela zona.
45. • A meio do século
concretizaram-se as
primeiras escavações e
na última década
intensificaram-se os
trabalhos que recorrem
também a novas
tecnologias.
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Ruínas de Conímbriga
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• Os arqueólogos
conhecem hoje o
desenho e a
arquitectura de
Ammaia, graças a uma
tecnologia que permitiu
radiografar toda a área.
48. • Os trabalhos de
exploração, geridos por
uma fundação privada,
prometem trazer mais
revelações sobre esta
cidade que conta a
história do poder
romano e da sua
decadência na
Península Ibérica.
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• Tongóbriga
• Cidade romanizada
situada na freguesia
portuguesa do Freixo,
concelho de Marco de
Canaveses. Está
classificada como
Monumento Nacional.
50. • Situada no limite do
território dos brácaros, a
cidade galaico-romana de
Tongóbriga revela uma
etimologia céltica
composta pelos
elementos tong- (jurar)
e -briga (povoado
fortificado). As
referências mais antigas a
essa cidade remontam
ao século II, pelo
geógrafo Ptolomeu.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• A passagem de vias
romanas nas
imediações, que
estabeleciam a ligação
com os principais
centros populacionais
da então Lusitânia,
aponta no mesmo
sentido do peso
regional de Tongóbriga.
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• Ruínas romanas de
Tróia
• As Ruínas Romanas de
Tróia, com dois mil anos
de história, são o maior
complexo de produção
de salgas de peixe
conhecido no mundo
romano.
53. • Construído para
aproveitar a riqueza do
peixe do Atlântico e a
qualidade do sal das
margens do Sado, terá
estado ocupado até ao
século VI.
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Ruínas de Conímbriga
• O seu elemento mais
típico é o conjunto das
oficinas de salga, com
tanques para
preparação de
conservas e molhos de
peixe, incluindo o
garum, muito citado
entre os autores
latinos.
56. • Também estão a
descoberto termas com
salas e tanques para
banhos quentes e frios, um
núcleo de habitações com
casas de rés-do-chão e
primeiro piso, uma rota
aquaria (roda de água), um
mausoléu, necrópoles com
distintos tipos de sepulturas
e uma basílica paleocristã
com paredes pintadas a
fresco. Desde 1910 que
estão classificadas como
Monumento Nacional.
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Ruínas de Conímbriga
• Termas romanas de São
Pedro do Sul
• As Termas de São Pedro
do
Sul são termas localizadas
em São Pedro do
Sul, Portugal, situadas na
margem esquerda do Rio
Vouga, e que foram
inicialmente construídas
pelos romanos, embora
haja registos de utilização
das termas por povos
anteriores.
58. • A estância termal no
tempo dos Romanos,
sendo então
denominada
de balneum romano.
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Ruínas de Conímbriga
• O nome Balneário D.
Afonso Henriques
advém do facto de o rei
ter ali curado a fractura
de uma perna após a
batalha de Badajoz em
1169.
60. • Templo romano de Évora
• A construção do Templo
Romano de Évora remonta
ao primeiro século, época
em que Évora era
conhecida como Liberatias
Iulia. O Templo foi
construído no centro do
fórum (praça principal) de
Liberatias Iulia. Mais tarde,
nos séculos II e III, o edifício
sofreu algumas alterações
arquitectónicas.
60
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Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu
61. 61
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• Com as invasões
germânicas do século V,
Évora foi praticamente
destruída na totalidade,
sendo que, do fórum
romano, apenas
sobraram as ruínas do
templo, que perduram
até aos nossos dias.
Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu
62. • Na Idade Média, as
ruínas do Templo
Romano fora
incorporadas numa das
torres do Castelo de
Évora, tendo
continuado as suas
colunas, arquitraves e
base incrustadas nas
paredes do Castelo.
62
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Ruínas de Conímbriga
Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu:
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=432
1963
63. 63
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Ruínas de Conímbriga
• Entre o século XIV e o
ano de 1836, o Templo,
que havia sido
transformado em torre,
foi usado como um
açougue, sendo graças
a essa utilização que os
restos do templo foram
protegidos de uma
maior destruição.
Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu:
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=432
1963
64. • Em 1871, o arquitecto
italiano Giuseppe
Cinatti foi contratado
com o objectivo de
recuperar o Templo
Romano de Évora,
removendo os
elementos que haviam
sido acrescentados
durante a Idade Média,
restaurando o edifício.
64
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Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu:
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=432
1963
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Ruínas de Conímbriga
• Vila Cardílio
• São muitos os vestígios da
presença romana no atual
território do concelho de
Torres Novas. De entre um
conjunto de cerca de 28 sítios
onde foram encontrados
artefactos e marcas da
ocupação romana nesta
região, destaque-se sobretudo
as ruínas romanas de Vila
Cardilio, situadas a cerca de
três quilómetros de Torres
Novas e postas a descoberto
pelas escavações a cargo do
coronel Afonso do Paço, a
partir de 1962.
67. • Do vasto espólio recolhido,
o Museu Municipal Carlos
Reis, apresenta no núcleo
permanente de arqueologia
designadamente na
exposição «O Canto de
Avita» moedas dos séc. II,
III e IV d.c. cerâmicas,
bronzes, vidros, ânforas,
anéis e até uma estátua de
Eros. Villa Cardílio foi
classificada como
Monumento Nacional em
24 de janeiro de 1967.
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• Vila de São Cucufate
• A «villa» romana de S.
Cucufate é considerada a
«melhor residência rural
romana em Portugal». A
região de S. Cucufate foi
ocupada por volta do IV ou
III milénio a.C. Não se sabe
precisar a data em que a
primeira comunidade de
frades se instalou nas
ruínas da antiga quinta
romana. A partir do século
XIII, serão os frades
Agostinhos de São Vicente
de Fora a ocupar o local.
70. • Sabe-se que no século
XVII mais nenhuma
comunidade ocupou o
edifício, apesar de a
capela ter continuado
aberta ao culto até ao
século XVIII. Em S.
Cucufate encontramos
um edifício de dois pisos,
formado por um longo
corpo central e
delimitado por dois
corpos laterais salientes.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Criptopórtico de
Aeminium
• A cidade romana de
Aeminium nasceu há
2000 anos. O lugar onde
hoje em dia se encontra o
Museu Nacional
Machado de Castro era o
fórum romano. O
criptopórtico foi erigido
para evitar o declive da
colina, ao criar uma
plataforma artificial.
Foto de Artur Filipe dos Santos
Trilhos do Chapéu:
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do
?id=4321963
72. • A construção romana
suportava o pátio e os
edifícios contíguos. O
fórum era o centro
político, religioso e
administrativo da
cidade, situado na
intersecção de duas
estradas principais -
o cardo e o decumanus.
72
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Ruínas de Conímbriga
73. 73
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• As duas ruas
utilizadas no
planeamento da cidade
romana tinha uma
orientação similar aos
pontos cardinais -
norte-sul, este-oeste.
74. • Na Idade Média, o
criptopórtico foi
substituído pelo palácio
episcopal e no séc. XX
pelo Museu Nacional
Machado de Castro.
•
74
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
76. 76
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Ruínas de Conímbriga
• O criptopórtico de
Aeminium é um dos
belos e originais do
mundo. Uma
verdadeira cidade sob a
cidade.
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Ruinas Romanas de
Conímbriga
• Conímbriga foi povoação
estabelecida desde a
Idade do Cobre. Foi um
importante centro
durante a República
Romana e continuou
habitada, pelo menos,
até ao século IX.
78. • É um dos mais extensos
e diversificados sítios
arqueológicos de que
há vestígio em Portugal.
Está classificada como
Monumento Nacional,
tendo sido palco de
escavações desde o
século XIX.
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Ruínas de Conímbriga
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Ruínas de Conímbriga
• Localiza-se a dezassete
quilómetros de
Coimbra, na freguesia
de Condeixa-a-Velha, a
dois quilómetros de
Condeixa-a-Nova.
80. • A estação inclui o
Museu Monográfico de
Conímbriga, fundado
em 1962, onde estão
expostos muitos dos
artefactos encontrados
nas escavações
arqueológicas.
80
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Ruínas de Conímbriga
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Etimologia
• Não se sabe ao certo a
origem do nome da
povoação, alguns
acreditam que estaria
relacionado com
os cónios, povo que vivia
no atual Baixo Alentejo,
e, segundo esta hipótese,
com a adição de briga
(sufixo de origem celta),
Conímbriga significaria "O
castro dos Cónios".
82. • Outros acham que a
etimologia de Conimbriga
traça as suas origens até
ao antiquíssimo lexema
pré-celta Kºn, que
significa "elevado
pedregoso", desta
maneira este lexema
unido a briga significaria
"cidade localizada num
elevado pedregoso".
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Ruínas de Conímbriga
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Descoberta das ruínas
• Tem-se conhecimento da
existência de Conímbriga
já no século XVI, porém,
nenhum trabalho seria
feito até o século
XIX quando começaram
em 1898 as primeiras
escavações, em 1899 as
primeiras sondagens
importantes e o estudo
científico do achado.
84. • Pré-história
• Traça-se a história desta
povoação até à Idade do
Cobre e à Idade do Bronze,
porém, há a possibilidade
que esta já existisse antes,
na Idade da Pedra.
Encontraram-se vestígios da
Idade do Bronze, mais
especificamente dos
séculos IX e VIII a.C., entre
os objetos achados
podemos enumerar várias
cerâmicas, uma fíbula
(alfinete de peito) e uma
foice.
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Ruínas de Conímbriga
85. 85
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Antiguidade oriental
• Neste último século,
os fenícios, povo
habitante do que
atualmente é o Líbano,
estabeleceram várias
feitorias ao longo da
costa mediterrânica da
Península Ibérica.
86. • Depois de passarem o
Estreito de Gibraltar
fizeram o mesmo na
costa atlântica, criando
várias feitorias. Uma
delas, na zona do Baixo
Mondego entre
Montemor-o-Velho e
Maiorca, o Castro de
Santa Olaia, comerciava
com Conímbriga com
grande regularidade.
86
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
87. 87
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Nesse mercado
vendiam-se marfins,
pentes, louças e vidros,
mais tarde, começaram
a comercializar-se
também vasos gregos.
89. 89
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• A primeira chegada dos
Romanos da qual temos
referência é de 138 a.C.
(antiguidade clássica),
quando as tropas de
Décimo Júnio Bruto, na
sua campanha para
subjugar os galaicos,
passaram pelas terras
de Conímbriga.
90. • Plínio, no seu
recenseamento da
tribos do occidente da
Península, fala, abaixo
do Vouga, já de oppida
"cidades" e não de
populi "tribos".
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
91. 91
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Isto diz-nos que as
populações abaixo do
Vouga eram maiores e
possuiam uma forma
diferente de
organização, não teriam
tantos laços tribais mas
linhagens, destas temos
conhecimento de duas:
a dos Dovilonici e a dos
Pintones.
93. • Seria apenas na época
de Augusto que
Conímbriga seria
reformada, com o
imperador romano a
enviar arquitectos para
a remodelar e adaptá-la
ao urbanismo romano.
93
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Ruínas de Conímbriga
95. 95
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• O fórum foi o primeiro
edifício a ser levantado
pelos romanos. Logo
em seguida, criaram-se
as termas da cidade a
partir da água de
Alcabideque.
97. • Dotou-se à povoação
duma muralha artificial,
complementando a
natural posição defensiva
do assentamento, de
dous quilómetros, a linha
da muralha dava mais
vinte e três “hectáreas”
para a expansão de
Conímbriga. Casas que se
encontram junto da
muralha, com azulejos,
são do século II e III.
97
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Ruínas de Conímbriga
98. 98
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Os romanos trouxeram
com eles novos
elementos da engenharia
civil: o mármore, a
coluna, o estuque, a
argamassa de cal e a
pedra esquadriada. Isto,
aliado à vinda de novos
conceitos e métodos
acelerou o crescimento
do assentamento e criou
um sincretismo
arquitetónico entre a
antiga tradição local e a
modernidade romana.
99. • Na Idade Média, embora
o Império já estivesse a
ser assaltado há muito, as
ameaças continuavam
relativamente longe,
quiçá devido à posição
geográfica da região,
porém, essa calma da
qual desfrutara o
assentamento acabar-se-
ia cedo, em 409 os
vândalos e o suevos
atacaram a Península.
99
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
100. 100
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Na região de Conímbriga, a
Lusitânia, fixar-se-iam os
alanos. Foi um período muito
instável, no qual os bárbaros
faziam e desfaziam os acordos
com o governo romano e
verificava-se uma situação
económica desfavorável, neste
clima de desassossego, as
famílias mais influentes das
cidades tomavam o poder
nestas e tornavam-se seus
senhores, no caso de
Conímbriga tudo parece
indicar que foi entregue à
família dos Cântabros.
101. • Em 586, a região caiu
definitivamente sob
domínio visigótico,
depois de muito tempo
de lutas entre estes e
os suevos.
101
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
102. 102
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Além de assinalar a derrota
definitiva do Reino Suevo e
a unificação política
peninsular baixo o poder
visigótico, para Conímbriga
foi o fim, o bispo e o grosso
dos seus vizinhos deixaram-
na e foram morar a Emínio
(actual Coimbra), sendo
esta derradeira localização
muito mais fértil e com um
melhor abastecimento de
água, bem essencial que
começava a escassear para
essas alturas em
Conímbriga.
103. • Sabe-se, porém, que o
assentamento
continuaria a ser
habitado, pelo menos por
alguma família abastada,
uma moeda (um tremis
visigótico) cunhada no
reinado de Rodrigo do
ano de 711, exactamente
o mesmo ano do começo
da Invasão muçulmana
da Hispânia.
103
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Ruínas de Conímbriga
Tremis visigótico, séc. VI
104. 104
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Ainda foram
encontradas algumas
moedas da época
muçulmana o que nos
sugere que ainda não
tinha sido totalmente
abandonada, contudo,
antes de 1086, teria
sido definitivamente
desabitada.
106. • As poucas gentes que
ainda moravam nela
estabelecer-se-iam no
vale vizinho e
fundariam Vila Cova,
posterior Vila Cova da
Condessa Domna
Onega, que se tornaria
na actual Condeixa-a-
Velha.
106
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Ruínas de Conímbriga
107. 107
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Explorações
arqueológicas
• Foi no século XIX que se
começaram a fazer as
primeiras explorações
arqueológicas no
terreno, as quais
continuariam ao longo
do século XX até os
nossos dias.
108. • Em 1873, o Instituto de
Coimbra abriu uma
secção destinada ao
estudo das Ruínas. Em
1898 fazem-se
escavações mas será
em 1899 quando se
haverão de fazer as
primeiras sondagens
importantes.
108
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
109. 109
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• O arqueólogo Virgílio
Correia fez algumas
explorações
arqueológicas ao sítio
em 1930, também em
1940 foram feitos
trabalhos na zona,
muitos pela
Universidade de
Coimbra.
110. 110
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Desde 1964 realizaram-se
ao todo mais de trinta
trabalhos arqueológicos
em Conímbriga.
• Ver lista:
https://bit.ly/3KWcKn5
111. 111
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Ruínas de Conímbriga
• Edifícios que podemos
encontrar em
Conímbriga
• Anfiteatro
• O anfiteatro de
Conímbriga, outrora
referto de terra, tinha
uma arena oval com mais
ou 98 x 86 metros. Para
entrar neste recinto,
haviam no total seis
túneis, três de cada lado.
112. • Fórum (antigo)
• O fórum foi o primeiro
edifício a ser levantado
pelos romanos. Tornou-
se no centro da vida na
cidade, dado que era
nele que se
encontravam as
autoridades e o
comércio.
112
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
114. 114
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Ruínas de Conímbriga
• Do lado do poente aos
mercantes eram
atribuídas nove lojas para
o desenvolvimento das
actividades comerciais.
No outro lado, do
nascente, achava-se a
cúria e a basílica; a
primeira era o local de
debate entre os dois ou
quatro homens-fortes do
assentamento, chamados
magistros; na segunda,
estava o tribunal.
115. • Forum (novo)
• O novo fórum foi erguido
como parte da
celebração da promoção
de Conímbriga a
município. O antigo
fórum foi demolido e este
substituiu-o. Este novo já
não seria palco nem da
justiça nem do comércio.
Estava rodeado por altos
muros e expunham-se as
estátuas dos homens
reconhecidos.
115
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Ruínas de Conímbriga
116. 116
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Ruínas de Conímbriga
• Sabe-se que o novo
fórum continuaria em
pé até ao século
V quando se colocou
numa das suas zonas
uma colossal cisterna.
117. 117
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Praça
• A entrada à praça era feita a
partir de um arco, daí
chegava-se até ao templo e
uma fonte, podemos inferir
que aqui havia um local de
culto; do outro lado, do
poente, dada a péssima
preservação é impossível
determinar o seu uso. Os
pilares estavam
ornamentados com filetes
(frisos) que os dividiam em
meia-cana.
118. • A praça tinha um pórtico
que a rodeava em três
lados diferentes. Mais à
frente havia um outro
pórtico, servia de ádito
(espaço do templo da
Antiguidade Clássica só
acessível a sacerdotes e
utilizado para o culto ou
colocação de
oferendas) à varanda do
templo.
118
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
119. 119
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Ruínas de Conímbriga
• Templo
• O templo de Conímbriga
está em muito mau
estado de conservação,
dele já só restam poucas
pedras. O templo era tão
pequeno que nele só
cabiam as estátuas
divinas, não haveria
espaço para a realização
de ofícios religiosos. Este
edifício estava ligado à
praça por uma pequena
escada lateral.
120. • Termas
• As termas datam também
da época de Augusto.
Como não havia nascente
em Conímbriga que
pudesse suportar o
abasticimento de água
para as termas, decidiu-
se procurar fontes
externas de alimentação.
Achou-se um poço a um
bocado mais de meia
légua que poderia
suportar a demanda.
120
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
121. 121
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Ruínas de Conímbriga
• O edifício tinha à entrada
três divisões para o
segurança e os vestuários.
O complexo termal de
Augusto é relativamente
pequeno, mas suficiente
para a cidade que estava a
crescer. Como era norma
romana nos banhos, havia
três piscinas; uma de água
fria, uma morna de
transição e uma de água
quente. Fora dos banhos
própriamente ditos, o
complexo tinha um ginásio.
122. 122
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• As casas em Conímbriga
tinham uma forma
rectangular e estavam
alinhadas,
diferentemente das
antigas povoações das
actuais regiões da Beira
central (Beira alta, Beira
litoral), de Trás-os-
Montes, da Galiza e do
Minho.
123. 123
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• De destaque são a Casa
de Cantaber, a Casa dos
Repuxos, a Casa da Cruz
Suástica e a Casa dos
Esqueletos.
124. 124
O Peristilo (em latim: peristȳlum; em grego clássico: περίστυλος) é a
galeria de colunas que rodeia um edifício ou parte dele
125. 125
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Ruínas de Conímbriga
• Casa de Cantaber
• A casa atribuída a
Cantaber (importante
aristocrata de Conimbriga
no século V) é a maior
residência privada da
cidade, com 3.260 m2.
Foi construída no último
quartel do século I e
sobreviveu até ao
abandono da cidade já na
Idade Média.
126. • Casa dos Repuxos
• A Casa dos Repuxos era
uma grande residência
aristocrática, construída
sobre um anterior
edifício, de que parte, foi
aproveitada. Constitui o
melhor exemplo da arte
do mosaico, da pintura
mural e da arquitetura
dos jogos de água que
conhecemos na cidade. A
sua construção data de
inícios do século I d.C.
126
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
127. • Na primeira metade do
século II d.C. foi alvo de
uma grande
remodelação, tendo
sido abandonada e
demolida em finais do
século III d.C. ou inícios
do século IV d.C. devido
ao levantamento da
muralha.
127
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Ruínas de Conímbriga
128. 128
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• A casa não está
totalmente escavada; o
edifício prolonga-se
para norte, sob o
caminho. A escavação
efetuou-se em 1939 e
os mosaicos e os
repuxos foram
restaurados em 1953. A
cobertura de proteção
foi construída em 1991.
130. 130
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Casa da Cruz Suástica
• A Casa da Cruz
Suástica era a
residência de uma
família relativamente
rica.
131. • A sua construção
remonta ao séc. I, ainda
que o aspeto final da
residência date do
século II. Os mosaicos
são da segunda metade
do século III. Pouco
depois a casa foi
demolida para se
construir a muralha do
Baixo-Império.
131
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
132. 132
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Ruínas de Conímbriga
• A utilização da cruz
suástica nos mosaicos
deve-se aos romanos
considerarem esse
símbolo como uma
representação solar,
propiciadora de boa
sorte. A casa foi
escavada nos anos 40 e
os mosaicos
restaurados nos anos
50 do século XX.
133. • Casa dos Esqueletos
• É um bom exemplo de
residência privada de
prestígio na qual a
entrada, peristilo e
grande sala de
refeições, se dispõem
num eixo central.
133
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Ruínas de Conímbriga
134. 134
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Construída nos finais do
século I ou inícios do
século II, foi decorada
com mosaicos no
século III e demolida
nos finais desse século
ou início do seguinte
para se construir a
muralha.
135. • Posteriormente, a zona
foi ocupada por um
cemitério tardo-
romano e medieval que
deu nome à casa. As
escavações decorreram
dos anos 40 aos anos
60 do século XX.
135
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Ruínas de Conímbriga
136. 136
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Ruínas de Conímbriga
• Museu Monográfico de
Conímbriga
•
O Museu Monográfico
de Conímbriga é o
museu encarregado da
divulgação ao pública
dos achados do sítio
arqueológico.
137. • Fundado nos anos 60,
em 2017 foi elevado à
categoria de museu
nacional.
137
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Ruínas de Conímbriga
138. 138
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Ruínas de Conímbriga
• Descobrir mais sobre Conímbriga no site Google Arts
And Culture: https://bit.ly/3gcUTKr
139. Bibliografia
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Festas do Povo de Campo Maior
https://digitalis-
dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/44752/1/As_cidades_romanas_de_Portugal.pdf?ln=
pt-pt
https://www.vortexmag.net/portugal-12-monumentos-romanos-que-
sobreviveram-ate-aos-dias-de-hoje/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Con%C3%ADmbriga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Cantaber
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-
portuguesa/m/museu-monografico-de-conimbriga/
https://artsandculture.google.com/exhibit/conimbriga-uma-cidade-romana-da-
lusit%C3%A2nia/1QISw-Ps7P5JKQ?hl=pt-PT