A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
Caso prático 2 paula rego
1. PAULA REGO
THE BARN(O CELEIRO)
Módulo Inicial - Caso Prático 2
HCA 10º Ano Prof. Carla Freitas
2. Biografia
■ 1935 - Nasce no dia 26 de Janeiro em Lisboa, Portugal.
■ 1952-1956 – Incentivada pelo pai, ingressa na Slade School of
Fine Art, Londres, Reino Unido, onde conhece o (ainda
estudante) artista inglêsVictorWilling com quem viria (1959)
a casar e teria três filhos.
■ 1962-1963 - É bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, Portugal
■ 1976 - Paula Rego e a sua família fixam residência em
Londres, Reino Unido.
■ 1988 - Realiza a sua primeira grande exposição individual na
Serpentine Gallery, Londres, Reino Unido.
– VictorWilling morre de esclerose múltipla, após um longo
período de doença.
■ 1992 -2015 - Recebe o título de Doutora honoris causa em
várias universidades e escolas em Inglaterra
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3. ■ 2004 - Condecorada com a Grã-Cruz da Ordem de Sant'Iago
da Espada, concedida pelo Presidente da República, Portugal.
■ 2009 - Abertura da Casa das Histórias Paula Rego, Cascais,
Portugal, um museu dedicado à obra de Paula Rego eVictor
Willing, com projeto arquitetónico de Eduardo Souto de
Moura.
■ 2011 - Recebe o título de Doutora honoris causa proposto
pela Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa,
Portugal.
■ 2013 - Recebe o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso
(Consagração) no Museu MunicipalAmadeo de Souza-
Cardoso,Amarante, Portugal.
■ 2016 - Recebe a Medalha de Honra da cidade de Lisboa.
Paula Rego continua a viver e a trabalhar em Londres, Reino
Unido.
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Biografia
4. Obras - Década de 50
■ Representação realista mas já com a valorização
de detalhes e uma relação conflituosa com a
realidade
4
Under MilkWood, 1954
Dog Woman, 1952
5. Obras - Décadas de 60/70
■ Maior liberdade, violência do traço, da mancha e
da cor.
■ Uso de colagem
5
Os cães de Barcelona, 1965
Self-Portrait in red 1962 - óleo, lápis cera e colagem de papel
sobre tela
6. Obras - Década de 80
■ Abandona a colagem
■ Desenho direto
■ Quadros vertiginosos que abandonam a lógica do
desenho bidimensional
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O MacacoVermelho bate na mulher, 1981
O Urso Afogado, 1985
7. Obras – A partir da década de 90
■ As temáticas são o folclore tradicional e os contos e
efabulações de criança
■ O trabalho da forma destina-se a vincá-la com
clareza e força
■ Período de reflexão, de pesquisa e de
experimentação.
7
Dog Woman, 1994
O Homem Almofada, 2004
8. The Barn (O Celeiro)
1994
– Materiais: Acrílico sobre tela
– Dimensões: 270cmX190cm
– Tema: Rapariga a ser espancada
por duas mulheres
22 de julho de
2012
Texto do rodapé aqui 8
9. Linguagem técnico-formal
9
■ Influências
– Realismo/neoexpressionismo
■ Planos
– Obra com vários planos
1º plano: a figura feminina deitada e as duas, de pé, que a vergastam.
2º plano: a vaca, as flores e o saco com as ferramentas.
3º plano: a figura suspensa (boneca?) e os morcegos.
4º plano: a mulher, ao fundo, de costas
■ Composição
– Composição é dominada por uma figura central
– Composição com diversos enquadramentos (BD)
■ Cores
– Cores variadas (mais clara na metade superior)
11. Inspiração
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■ Arte popular - Conto de Joyce Carol Oates
“ A história conta a amizade entre duas adolescentes de fraco carácter que tinham
por hábito faltar à escola. A certa altura, uma arranja um namorado, o que torna a
outra ciumenta, e as duas separam-se. A jovem com ciúmes descobre, no meio do
campo, um celeiro deserto e quando está a explorá-lo aparece uma velha que a
espanca selvaticamente. A velha é um fantasma. Desaparece depois de a ter feito
jurar guardar segredo. O tempo passa e um dia a outra rapariga é encontrada
morta no celeiro. O namorado é preso, mas nenhuma prova incriminatória vem a
ser encontrada.”
John McEwen, Paula Rego, Galeria III, Quetzal Editores
12. Significado
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■ Representação de um conjunto de medos, desde os receios ancestrais dos morcegos/vampiros,
aos floridos trabalhos do dia-a-dia do estábulo ou à imagem da própria mulher que, mais que
tratadora de animais, se apresenta eroticamente prostada sobre palhas recobertas de pano
negro.
■ Outras mulheres (ou a mesma?) fustigam com vergastas não a passiva e fértil vaca, mas a sua
própria imagem enquanto mulheres (marginais assumidas).
■ Pintura no feminino e sobre o feminino adensado de fantasmas de masculinidade e de raízes
sentidas nas formas fortes e nas cores soturnas/sombrias, ainda que marcadas pelo girassol
amarelo, ou animadas pelo elemento animal – a vaca -, que se coloca no centro do olhar entre
estruturas de cenografia de um estábulo, procurando uma aproximação ao real pelo irracional.
■ As formas femininas, em plano frontal, expressam força física, impondo-se a um mundo que
ainda as lê delicadas e impotentes.
13. 13
“Há uma parte de mim, a parte que fala
português, que me traz memórias que não
tenho quando falo em inglês. Mas, por
exemplo, a poesia eu entendo-a mais em
inglês do que em português.”
“Não gosto de pintar ao vivo. Gosto de
canalizar imagens naturalistas, abstractas,
ornamentais, feiticistas, infantis.”
"Os meus quadros estão todos ligados
com a minha vida"