Com o ano de 2020 sendo marcado na História pela pandemia mundial ocasionada pelo novo coronavírus e pela enfermidade Covid-19, todos traços da sociabilidade humana foram impactados, a partir não somente da perspectiva de isolamento social, mas dos efeitos da doença e da morte. Diante desta comoção, nossa proposta é analisar como as diversas temáticas da pandemia foram abordadas a partir do sistema alternativo de comunicação não-hegemônico e popular, especificamente o grafite urbano. Como premissa, consideramos que esta forma de expressão imagética consiste um canal de Folkcomunicação, através do qual as camadas marginalizadas da sociedade ressignificam os fluxos e mensagens comunicacionais “oficiais”. A partir da análise da imagem aplicada a grafites urbanos documentados ao redor do mundo com a temática da pandemia exploramos a capacidade deste tipo de expressão em servir como ferramenta comunicacional para o esclarecimento e conscientização em relação aos efeitos e prevenção do vírus.

1. Folkcomunicação, grafite e Covid-19
Folkcomunicação, grafite e Covid-19
Uma análise das expressões e
Uma análise das expressões e
significados da pandemia a partir da
significados da pandemia a partir da
arte urbana
arte urbana
Marcelo Sabbatini
Marcelo Sabbatini
Centro de Educação
Centro de Educação
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal de Pernambuco

2. No contexto da pandemia do Covid19...
●
Objetivo
– Analisar como aspectos pedagógicos foram abordados a
partir do sistema alternativo de comunicação não-
hegemônico e popular, especificamente o grafite
●
Premissa
– A expressão imagética consiste um canal de
Folkcomunicação, através do qual as camadas
marginalizadas da sociedade

3. Grafite e Folkcomunicação
●
“O graffiti é um espaço de berro, de grito e
afirmação. É um espaço de fala, mas não é
bem um diálogo. Exatamente porque ainda não
existe espaço para o diálogo” ((BEDOIAN;
MENEZES, 2008).

4. Grafite, arte urbana e coronavírus
●
“Os artistas de rua encontram seu mode de
trazer mensagens urgentes de esperança,
resiliência e dissidência – algumas vezes com
uma sardônica dose de humor – atuando como
atores solitários em cidades que
involuntariamente lembravam a solidão das
pinturas de Edward Hopper” (RICCI, 2020)

5. Percurso metodológico
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Abordagem exploratória e qualitativa
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Coleta de dados pela Internet, a partir de
galerias de imagens em meios de comunicação
geral ou especializados
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Análise de imagem: níveis de representação e
de significação

6. Algumas descobertas
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Reapropriação do alternativo pelo hegemônico
●
Simbologia das cores: o vírus, verde ou vermelho?
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Contradição: mensagens hegemônicas num meio
contra-hegemônico
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Do panfletário ao subjetivo-interpretativo
●
Evolução temática e temporalidade
●
Metarrepresentação: fotografia do grafite urbano e
novos significados

7. ●
Projeto Urban Art Mapping
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Emergindo da pandemia: vacinas e recuperação
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Combatendo o vírus: imagens didáticas
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Novas normas e realidades sociais
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Diversidade, inclusão e justiça econômica e social
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Esperança, unidade e cura
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Referências da arte e da cultura pop
●
Linha de frente: trabalhadores da saúde, professores e serviços
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Imagens politizadas e crítica aos governos e sistemas

8. Categorias emergentes
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Vírus
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Máscara
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Cuidados higiênicos
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Ressignificação/cultura popular
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Trabalhadores de saúde
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Heroísmo
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Super heroísmo
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Política
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Esperança
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Vacina
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Religião
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Distanciamento social
●
Meios de comunicação
●
Ciência e cientistas
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Arte
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Confronto / Guerra
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Monstruosidade
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Isolamento / Aprisionamento
●
Não conformidade
●
Novo normal

9. Banksy

23. Perspectivas de pesquisa
●
O grafiteiro enquanto “ativista folkmidiático”
(Trigueiro)
●
O “periférico” na periferia: grafite e geolocalização
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A reapropriação transmidiática e as redes sociais
●
Vandalização negacionista e o debate interativo