3. A MISSÃO
Em 21 de abril de 1500, o comandante Pedro Álvares Cabral e
sua esquadra de 13 embarcações visualizaram o litoral sul do atual
estado da Bahia e desembarcaram no local que foi denominado
Porto Seguro.
A missão era expandir o território de Portugal, além de descobrir
riquezas, como ouro e especiarias.
O primeiro nome dado à nova terra foi VERA CRUZ, logo
alterado para PROVÍNCIA SANTA CRUZ.
4. Por todo o século XVI, entre 1500 e 1601, produziu-se uma literatura
informativa composta de:
► relatórios
► tratados
► estudos
► diários, etc.
DOCUMENTOS DE
INFORMAÇÃO
5. OBJETIVOS DA LITERATURA DE INFORMAÇÃO:
• Descrever a nova terra.
• Traçar um perfil da
nova terra para o
conhecimento da
metrópole portuguesa.
6. MANIFESTAÇÕES
LITERÁRIAS
Os documentos produzidos durante esse tempo não são
considerados LITERATURA ARTÍSTICA, e sim
MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS.
O 1º documento informativo sobre o Brasil –
considerado a certidão de nascimento do Brasil – é A
CARTA, escrita por Pero Vaz de Caminha.
7. O QUE REVELAM OS
ESCRITOS
• Os escritos de informação sobre o Brasil têm caráter
bastante descritivo.
• Eles revelam aos europeus os hábitos de vida dos
indígenas, além da exuberância da terra.
• Fazem também levantamentos gerais da fauna e da
flora, dos rios, dos nativos, do mundo tropical.
• Catalogam animais, vegetação, clima, constituição
física do povo.
8. DIVERSAS ÁREAS DO
CONHECIMENTO
Os primeiros cronistas nas terras brasileiras passeiam por diversas áreas do
conhecimento humano:
► Geografia;
► Botânica;
► Zoologia;
► Etnografia.
9. CARÁTER CIENTÍFICO
VERSUS FANTASIA
Apesar do caráter científico que muitas vezes assumem,
os textos dos cronistas e dos viajantes estão marcados
pela presença de fantasia de seus autores, todos eles
exploradores europeus que filtravam fatos e dados, às
vezes, acrescentando-lhes elementos mágicos e
características fantásticas.
10. O MORALISMO DOS
CONQUISTADORES
Observe que a nativa
retratado no óleo sobre tela
de Albert Eckhout aparece
vestida com roupa de gala, ao
estilo europeu, usando joias
também europeias.
O moralismo predominante
dos conquistadores
portugueses e da Igreja
Católica impedia uma visão
pacífica da nudez nativa.
MAMELUCA, DE ALBERT
ECKHOUT (1641)
11. LITERATURA DE CATEQUESE
Aos jesuítas, orientados pela
ideologia da Igreja Católica,
cabia a conversão dos gentios
de qualquer maneira, mesmo
que os padres tivessem que
aprender a língua tupi, o que
acabou acontecendo, por
exemplo, com o padre José de
Anchieta.
13. A BÍBLIA
Na literatura de catequese, a
Bíblia é a fonte de todo o
conhecimento.
A literatura dos Jesuítas é
bem mais realista que a dos
cronistas e viajantes, pois os
padres não se iludiam com o
“novo mundo” e tratavam o
indígena como pecador.
14. OS MISSIONÁRIOS DA
COMPANHIA DE JESUS
Os missionários da
Companhia de Jesus
chegaram ao Brasil em 1549,
com o primeiro Governador-
Geral, Tomé de Souza.
A missão deles era converter
o gentio ao cristianismo.
Os jesuítas permaneceram no
Brasil até 1605.
15. CATEQUIZANDO OS
Os jesuítas ensinavam aos
nativos os hábitos europeus
(como usar roupas) para
“moralizá-los” segundo os
padrões da Igreja Católica.
Deram especial atenção às
crianças, por assimilarem
os ensinamentos mais
facilmente.
NATIVOS
16. ENCENAÇÕES
Os princípios cristãos católicos foram
transmitidos pelos jesuítas por meio
de encenações:
► Teatralização de cenas bíblicas.
► Lances dramáticos da vida de
Jesus.
► Vida dos santos.
► Passagens do Velho Testamento
e do Novo Testamento, etc.
17. TÉCNICAS DE
CATEQUESE
Os jesuítas aderiram ao canto, ao diálogo, às narrativas,
formas bem populares de encantar o público indígena.
Aprimoraram-se em ensinar e também em aprender com
os gentios, aproveitando o aspecto folclórico da cultura
dos nativos, mantendo o idioma em que era concebido.
Grande parte dos espetáculos cênicos começavam ou
terminavam com danças e cânticos típicos, a fim de
envolver os indígenas.
19. MISSIONÁRIO E POETA
Anchieta era poeta,
gramático e catequista.
Ele chegou a dominar o
tupi de tal maneira que
verteu o catecismo, as
doutrinas cristãs e as obras
de fé para essa língua.
De sua obra, constam
poemas, autos, cartas,
sermões e uma gramática
do tupi.