Este documento discute os primórdios da literatura no Brasil, incluindo a literatura informativa produzida pelos portugueses após a chegada ao "Novo Mundo" e a literatura jesuítica que teve início com a chegada dos jesuítas em 1533 para catequizar os nativos. Apresenta exemplos como a "Carta a el-Rei D. Manuel" de Pero Vaz de Caminha e a poesia religiosa de José de Anchieta.
Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil Colônia
1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ
Assunto: Literatura Informativa e Jesuítica
Grupo:
Dafne Beatriz Sousa Santos
no 6
Danilo Souza Silva
no 7
Gabriel Alves da Silva
no 12
Gabriel Vieira Rodrigues
no 13
Série: 1o ano D do Ensino médio
Professora: Maria Piedade Teodoro Silva
Disciplina:
Língua Portuguesa
2. PERGUNTAS E OBJETIVOS DE PESQUISA
• Essa apresentação têm como objetivo mostrar os primórdios da
literatura no Brasil, os primeiros relatos de escrituras produzidas
no Brasil. A literatura Informativa, ou Literatura de Viagem, que
foi formada a partir do momento em que os portugueses
desembarcaram no “Novo Mundo”.
• A literatura Jesuítica, ou Literatura Religiosa, teve seu início em
1533, com a chegada dos jesuítas no Brasil
4. ASPECTOS HISTÓRICOS
• Com as “Grandes Navegações Portuguesas”, por volta
de 1500, a tripulação de Pedro Álvares Cabral descobre
um “Novo Mundo”, o Brasil.
• Com essa descoberta, houveram vários estranhamentos
entre os portugueses e os nativos brasileiros
• Então, Pero Vaz de Caminha, cronista português,
escreve a “Carta a el-Rei D. Manuel”, descrevendo os
nativos e a nova terra
• E assim nasce a Literatura Informativa.
5. A Carta a el-Rei D. Manuel
• Na Carta, Pero Vaz descreve os índios como “Eram
pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes
cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos
com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel, e
Nicolau Coelho lhe fez sinal para que pousassem os
arcos, e pousaram.” (BOSI, 2006).
• Pero Vaz também expressa como ficou maravilhado
com essa nova terra, rica em beleza natural
Pero Vaz de Caminha
6. A Carta a el-Rei D. Manuel
De ponta a ponta e toda praia... muito chã e muito formosa. [...] Nela ate
agora não podemos saber que haja ouro nem prata... Porem a terra em si e
de muito bons ares frescos e temperados como de Entre-Douro-e-Minho
[...] Aguas são muitas e infinitas. E em tal maneira e graciosa que,
querendo-a aproveitar dar-se a nela tudo por causa das aguas que tem!
Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar
esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela
deve lançar. (BARRETO, 2011)
7. Características da Literatura Informativa
• Um dos primeiros escritos no Brasil foram documentos de caráter
informativo referentes à terra, ao clima, às condições gerais de vida e
às atividades colonizadoras.
• A literatura informativa tinha como função informar ao rei sobre as
viagens dos portugueses nas “Grandes Navegações”, também pode ser
chamada de “literatura de viagem”. Tinham mais função informativa do
que como literatura propriamente dita.
• As cartas informativas eram escritas, geralmente, por cronistas da
época, ou viajantes presentes no local, que se deixavam influenciar por
crenças e culturas em suas cartas.
8. Literatura Jesuítica
• Na época quinhentista, a literatura
também era usada com objetivo de
catequizar os nativos e também os
próprios portugueses, por isso
chamado
então
de
Literatura
jesuítica. Os principais jesuítas
dessa época
são Manoel de
Nobrega, Fernão de Cardim, dando
destaque maior pela relevância
como poeta e escritor, José de
Anchieta.
VICTOR MEIRELLES, Primeira Missa no Brasil
9. José de Anchieta: a literatura a favor da igreja
• José de Anchieta era o mais dedicado ao interesse
português: expandir a fé cristã, o Catolicismo, além
de ser contra as torturas e a escravização dos
nativos e outros colonizadores. Depois de ter
chegado, em 1533, Anchieta foi o primeiro a
aprender o tupi-guarani, para atuar como
intérprete entre os nativos e os europeus
• As peças escritas por Anchieta eram moralizantes e
de temática bíblica e conseguiam aproximar e
catequizar os nativos indígenas e propagar sua fé
10. Poesia Religiosa
Um exemplo de poesia religiosa de José
de Anchieta é “Do Santíssimo
Sacramento”:
Ó que pão, ó que comida.
Ó que divino manjar
Se nos da no Santo altar
Cada dia!
Este da vida imortal,
Este mata toda fome,
Porque é fogo gastador
Que com seu divino amor
Tudo abrasa.
11. Características da literatura religiosa
• A produção literária do Quinhentismo melhora, consideravelmente, a
partir do século XVI, com a chegada dos jesuítas. Seus textos com
fortes traços de cultura medieval representa manifestação de uma
cultura mais organizada, seja pelo cultivo de gêneros como poesia e
teatro, ou pela cultura dos membros da Companhia de Jesus.
12. Influências da literatura informativa e jesuítica nos dias de hoje
• Atualmente, pode se considerar que todo tipo de arte literária tiveram influências
da literatura informativa e jesuítica, já que esses foram os primórdios de nossa
literatura, o começo da evolução literária brasileira; porém são nas crônicas
jornalísticas, tão apreciadas pelos brasileiros, que se percebe a extensão dos
primeiros relatos feitos no Brasil.
• Já a poesia religiosa de Anchieta continua fazendo escolas, pois, hoje, se
percebe vários religiosos e leigos lançando CD’s para catequizar e moralizar
costumes, como Padre Fabio de Mello, Padre Marcelo Rossi, além de cantores
gospels, como, Thales Roberto, Regis Danezi e Aline Barros.
13. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
• BARRETO, Ricardo Gonçalves. Ser protagonista. São Paulo: SM
Edições, 2010.
• MAIA, João Domingues. Português especial. São Paulo: Ática, 2003.
• BOSI, Alfredo. Historia concisa da literatura brasileira São Paulo:
Cultrix, 2006.
• CANDORE, Luís Agostinho. Curso pratico de Português literatura
gramatica e interação. São Paulo: Ática, 1998.
• CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português:
Linguagem volume único Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2005.
• FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base,
2003.