1) O documento descreve a Literatura Informativa e Jesuítica no Brasil durante o período Quinhentista, incluindo suas origens e características.
2) A Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita em 1500, é considerada um dos primeiros textos produzidos no Brasil e deu início à Literatura Informativa.
3) A chegada dos jesuítas em 1533 levou ao desenvolvimento da Literatura Jesuítica, usada principalmente para catequizar os nativos através de obras do padre José de
1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ
Assunto: Literatura informativa e jesuítica
Tema: O Quinhentismo no Brasil
Alunos e números:Dafne Beatriz Sousa Santos- no 6
Danilo Souza Silva- no 7
Gabriel Alves da Silva- no 12
Gabriel Vieira Rodrigues - no 13
Série:1o ano D do Ensino médio
Professora: Maria Piedade Teodoro Silva
Disciplina: Língua Portuguesa
Jacareí, 13 de novembro de 2013.
2. I.
INTRODUÇÃO
Essa pesquisa tem o objetivo de conhecer os primórdios de nossa Literatura e
perceber suas influencias nos dias de hoje, buscando entender o que foi e
como ocorreu a Literatura Informativa Jesuítica na era quinhentista. A Literatura
Informativa e Jesuítica foi formada a partir do momento de colonização no novo
Brasil. Os primeiros textos escritos no Brasil foram feitos com objetivo de
documentar, precisamente, a chegada dos Portugueses ao Brasil são
informação que os viajantes relataram sobre a natureza e os homens nativos
do Brasil: são informações que os viajantes relataram sobre a natureza e os
homens nativos do Brasil. Assim nasce a Literatura Informativa. Nessa época,
também estava se expandindo a Igreja Católica, ou seja, a fé crista. Padre Jose
de Anchieta um dos principais fundadores da Literatura Jesuítica, que
utilizaram a literatura a fim de catequisar e moralizar os costumes,
principalmente dos nativos brasileiros.
A literatura dessa época, por meio de crônicas, relatava viagens ultramarinas,
“As Grandes Navegações portuguesas“, e as fantasias e aventuras que os
portugueses passaram durante as viagens.
Nos anos de 1500, com As Grandes navegações, a tripulação de Pedro
Alvares Cabral descobre um “Novo Mundo”, o Brasil. Com essa descoberta e o
encontro com os nativos ocorrem vários estranhamentos entre os portugueses
e os brasileiros e então Pero Vaz de Caminha, cronista, nos escreve a carta a
“El-Rei D.Manuel” descrevendo a viagem que eles fizeram e como eram os
brasileiros da época e descrevendo a aparência desse novo mundo, então
assim nasce à literatura de informação, e com a chegada dos jesuítas inicia-se
a Literatura Jesuítica.
3. ll. ORIGENS DA LITERATURA BRASILEIRA
1. Origens
As manifestações literárias que ocorreram durante o Quinhentismo no Brasil,
não podem ser consideradas exatamente como literatura, já que tinham uma
função mais documental do que literária, também podem ser consideradas
como “literatura de viagem”, apesar de usada como documento, esses escritos
se
deixam
influenciar
por
crença
e
fantasias
que
cada
tripulante
acreditavacomo, sereias e monstros marinhos.
2.Certidão de nascimento do Brasil
Na Carta, Pero Vaz descreve os índios como “Eram pardos, todos nus, sem
coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com
suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel, e Nicolau Coelho lhe fez sinal
para que pousassem os arcos, e pousaram.” (BOSI, 2006).
Pero Vaz fica impressionado com a nova terra, maravilhado com tamanha
riqueza natural, e descreve isso em sua Carta:
De ponta a ponta e toda praia... muito chã e muito formosa. [...]
Nela ate agora não podemos saber que haja ouro nem prata...
Porem a terra em si e de muito bons ares frescos e temperados
como de Entre-Douro-e-Minho [...] Aguas são muitas e infinitas.
E em tal maneira e graciosa que, querendo-a aproveitar dar-se a
nela tudo por causa das aguas que tem!
Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será
salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que
Vossa Alteza em ela deve lançar. (BARRETO, 2011)
4. 3. Características da literatura informativa
Um dos primeiros escritos do Brasil foram documentos de caráter informativo
referentes àterra, clima, as condições gerais de vida e as atividades
colonizadoras. Foi graças a esses retratos iniciais da terra descoberta que mais
tarde artistas puderam levar nossas letras a uma posição de autonomia.
A literatura informativa tinha uma função de informar ao rei sobre as viagens
dos portugueses nas “Grandes Navegações”, também pode ser chamada de
“literatura de viagem”. Tinham mais função informativa do que como literatura
propriamente dita.
As cartas informativas eram escritas geralmente por cronistas da época, ou
viajantes presentes no local, que se deixavam influenciar por crenças e culturas
em suas cartas.
4. Literatura jesuítica
Na época quinhentista, a literatura também era usada com objetivo de
catequizar os nativos e também os próprios portugueses, por isso chamado
então de Literatura jesuítica.Os principais jesuítas dessa época eram: Manoel
de Nobrega, Fernão de Cardim, dando destaque maior pela relevância como
poeta e escritor, José de Anchieta.
5. Padre José de Anchieta: a literatura a favor da Igreja
Anchieta era mais dedicado ao interessa português, que era catequizar e
expandir a fé cristã, o Catolicismo. Além de ser contra as torturas e a
escravização dos nativos e outros colonizadores. Depois de ter chegado, em
1533, Anchieta foi o primeiro a aprender o tupi-guarani, para atuar como
interprete entre os nativos e os europeus.
5. As peças escritas por Anchieta eram moralizantes e de temática bíblica, e
conseguiam aproximar e catequizar os nativos indígenas e propagar sua fé; já
as poesias de Anchieta seguiam a arte medieval, raramente, dialoga com o
Classicismo. A maioria de seus poemas utilizaram linguagens simples e
redondilhas (versos de 5 a 7 silabas poéticas).
Jose de Anchieta, então foi o primeiro poeta do Brasil, criou a gramática tupiguarani. Os nativos o chamavam de “Grande Piahy (supremo pajé branco)”.
Além de ser o criador e iniciador de nosso teatro.
Um exemplo de poesia religiosa de José de Anchieta é “Do Santíssimo
Sacramento”:
Ó que pão, ó que comida.
Ó que divino manjar
Se nos da no Santo altar
Cada dia!
Este da vida imortal,
Este mata toda fome,
Porque é fogo gastador
Que com seu divino amor
Tudo abrasa.
6. Características da literatura religiosa
A produção literária do Quinhentismo melhora consideravelmente a partir do
sec. XVI, com a chegada dos jesuítas. Seus textos com fortes traços de cultura
medieval representa manifestação de uma cultura mais organizada, seja pelo
cultivo de gêneros como poesia e teatro, ou pela cultura dos membros da
Companhia de Jesus.
Um exemplo de poesia religiosa seria “Em Deus, meu Criador” de José de
Anchieta.
6. Não há coisa segura.
Tudo quanto se vê
Se vai passando.
A vida não tem dura.
O bem se vai gastando
Toda criatura
Passa voando.
Contente assim, Minh „alma,
Do doce amor de Deus
Toda ferida
O mundo deixa em calma,
Buscando a outra vida,
Na qual deseja ser
Absorvida.
7. Influências da Literatura Informativa e Jesuítica nos dias atuais
Atualmente, pode se considerar que todo tipo de arte literária, como poemas,
teatros, crônicas, ou qualquer outro tipo de literatura, tiveram influencias da
literatura informativa e jesuítica, já que esses foram os primórdios de nossa
literatura, o começo da evolução literária brasileira; porém são nas crônicas
jornalísticas, tão apreciadas pelos brasileiros que se percebe a influencia dos
primeiros relatos feitos no Brasil, como a Carta de Caminha. Já a poesia
religiosa de Anchieta continua fazendo escolas, pois, hoje, se percebe vários
religiosos e leigos lançando cd‟s para catequisar e moralizar costumes, como
Padre Fabio de Mello, Padre Marcelo Rossi, além de cantores gospels, como,
Thales Roberto, Regis Danezi e Aline Barros.
7. III.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa pesquisa, vimos que, com as Grandes Navegações, no século XV, os
portugueses acharam um “Novo Mundo”, o Brasil. Com os estranhamentos,
conflitos e a admiração da beleza natural dessa nova terra, Pero Vaz de
Caminha revela tal admiração em sua Carta, considerada a primeira escritura
produzida no Brasil, assim nasce a Literatura Informativa.
Em 1533, com a chegada dos jesuítas, e, principalmente, de José de Anchieta,
poeta e escritor mais influente da época, usa-se a literatura católica ou jesuítica
para moralizar e catequisar nativos e os próprios portugueses e colonizadores,
com a intenção de ampliar a fé cristã.Literatura jesuítica foi feita para
catequizar os nativos, assim pode ser definida.
Concluindo, pudemos notar as influencias dessas manifestações literárias em
nossa cultura atual, e também adquirimos conhecimento da literatura
Informativa e Jesuítica, entendendo oque foi e como ocorreu, alémde notar
suas consequências no Brasil Colônia: na catequese e na moralização dos
costumes.Atingimos, portanto, os objetivos da pesquisa a partirde responder
aos nossos questionamentosnesse estudo.
8. IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Ricardo Gonçalves. Ser protagonista. São Paulo:SM Edições, 2010.
MAIA, João Domingues. Português especial. São Paulo: Ática,2003.
BOSI, Alfredo. Historia concisa da literatura brasileira São Paulo: Cultrix, 2006.
CANDORE, Luís Agostinho. Curso pratico de Português literatura gramatica e
interação. São Paulo: Ática, 1998.
CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português:
Linguagem volume único Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2005.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.