O documento discute o conceito de rotina no contexto escolar. Afirma que as rotinas facilitam o planejamento pedagógico dos professores e contribuem para a aprendizagem dos alunos ao sistematizar as atividades de ensino. Embora as rotinas tenham sido criticadas no passado, as abordagens construtivistas orientam que elas devem ser usadas de forma planejada e flexível pelo professor.
1. As rotinas da escola e da sala de
aula: referências para a
organização do trabalho do
professor alfabetizador
Caderno de Formação Ano 01 - Unidade 02
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
2. Qual a concepção de rotina presente na
Música Cotidiano, de Chico Buarque?
4. O verbete "rotina" nos dicionários
• Ro.ti.na S.f. 1. Caminho já percorrido e conhecido, em
geral trilhado maquinalmente; rotineira. 2. Sequência de
atos ou procedimentos que se observa pela força do
hábito; rotineira. 2. Fig. Uso, prática, norma geral de
procedimento; ramerrão, rotineira. 4. Proc. Dados.
Conjunto de instruções elaboradas e reunidas na
sequência correta para um computador desempenhar
uma operação ou uma série de operações, um
programa pequeno ou uma parte do programa.
(Dicionário Aurélio)
5. • ro.ti.na (fr routine) sf 1 fig Prática, uso, norma geral,
praxe. 2 Hábito de fazer as coisas sempre da mesma
maneira. (Dicionário Michaelis)
• ro.ti.na s.f. Sequência de atos ou procedimentos que se
observa pela força do hábito. (Minidicionário Livre da
Língua Portuguesa)
6. Revolução Industrial e
Desenvolvimento do Capitalismo
• Produção em série
• Divisão do trabalho: intelectual & Braçal
Os trabalhadores passaram, cada vez menos,
a ter controle do que produziam. A produção
em larga escala dos produtos
industrializados levava o trabalhador a
realizar uma jornada intensa de trabalho,
com atividades mecânicas e repetitivas.
7. A escola se transforma numa
pequena indústria...
"Com a democratização do acesso à escola,
era preciso a formação de muitos alunos, o
que acarretou na necessidade de aumento
da mão de obra qualificada. Surgiram os
cursos profissionalizantes de magistério e o
modelo industrial foi incorporado à
educação." (p.18)
8. Papel dos profissionais da
educação nesta época
• Intelectuais, Supervisores e Gestores:
prescrição de conteúdos e métodos.
• Professores: executores do programa.
9. Heranças do Positivismo
"A herança do positivismo traz a objetividade
das ciências experimentais para análise das
ciências sociais e, com isso, a escola passou
a adotar modelos baseados na psicologia
comportamentalista e no tecnicismo [...]."
(p.18)
10. E como ficava a ROTINA?
Servia apenas para dividir os
conteúdos em dosagens diárias.
"Cabia ao professor organizar seu tempo
pedagógico de maneira a garantir o depósito
e assimilação dos conteúdos escolares pelos
alunos, o que requeria, por conseguinte, um
ensino e uma aprendizagem controlada
como algo que se podia medir, manipular e
prever." (p.18)
11. • Propagação das teorias construtivista e
sociointeracionista
Críticas às práticas pedagógicas baseadas em
rotinas pré-estabelecidas.
A partir da década de 1980...
12. Equívoco na interpretação da teoria
construtivista
"Passou-se a criticar tudo o que se relacionava
com o planejamento e organização do
trabalho pedagógico com a justificativa de
que era "tradicional", velho e ultrapassado."
(p.19)
Discurso em prol da não programação das
atividades, pois o professor trabalharia a
partir do que os alunos trazem da sua
13. Papel do professor e Planejamento
Mediador dos conhecimentos que os alunos
trazem da sua realidade.
Não havia necessidade de se programar para
realizar as atividades, pois estas iriam surgir
na própria prática cotidiana.
14. E a sala de aula...
...virou um lugar de constantes improvisos.
15. Improvisar?
"Embora saibamos que muitas vezes o
improviso aconteça em determinadas
circunstâncias, ele não pode fazer parte e ser
o ponto de referência do dia a dia de uma
prática." (p.19)
16. ROTINA - o que as abordagens
construtivistas e sociointeracionistas
orientam
"É preciso que o professor saiba os conteúdos
e procedimentos de ensino e conheça seus
alunos, e o que eles sabem sobre
determinados conteúdos, para que possa
planejar atividades que façam evoluir em
suas aprendizagens, na interação com o
docente e com os pares em sala de aula." (p.
19)
17. As rotinas facilitam o planejamento
"A existência dessas rotinas possibilita ao
professor distribuir com maior facilidade as
atividades que ele considera importantes
para a construção dos conhecimentos em
determinado período." (p.20)
18. A organização e a sistematização
do trabalho pedagógico contribuem
com a a aprendizagem dos alunos
"A construção de uma rotina escolar que
contemple os diferentes eixos de ensino da
língua, por meio de um planejamento
elaborado com base na realidade de cada
aluno e escola, pode favorecer a realização
de atividades que ajudem a promover a
autonomia e a criatividade dos alunos no
mundo da leitura e da escrita." (p.20)