O documento discute a importância de se ensinar matemática de forma contextualizada e significativa para as crianças, valorizando diferentes estratégias de resolução de problemas e registros pessoais. Também defende que as crianças devem ter voz no processo de aprendizagem e que o papel do professor é escutá-las e ajudá-las a organizar seus conhecimentos.
2. PARA INÍCIO DE
CONVERSA SOBRE
ALFABETIZAÇÃO
MATEMÁTICA NA
PERSPECTIVA DO
LETRAMENTO...
QUATRO
EXPERIÊNCIAS PARA
REFLEXÃO
3. EXPERIÊNCIA 01
Imagine que está num novo emprego e pode
escolher duas formas de receber o salário.
Qual delas você prefere?
Salário inicial: R$ 1.000,00 por mês
Aumento: R$ 100,00 a cada mês
Salário inicial: R$ 2.000,00 a cada 2
meses
Aumento: R$ 400,00 a cada 2 meses
Revista cálculo – edição 40 –ana 4
maio/2014
6. Acertaram?
João tem 5 bolinhas, ganhou 10, com quantas
ficou?
João tem 20 bolinhas perdeu 5, com quantas
ficou?
João tem 453 bolinhas, Carlos tem 2 vezes
esta quantia. Quantas bolinhas têm Carlos?
João tem 450 bolinhas e quer dividir entre
seus 5 amigos. Com quantas bolinhas cada
um ficou?
7. Experiência 4
Em um barco há 26 cordeiros e 10 cabras.
Qual é a idade do capitão?
8. Você conseguiu?
Dos 97 alunos a quem tinha sido proposta a
questão, 76 “conseguiram” calcular a idade
do capitão usando os dados do enunciado!!!
14. “Limitar” ou “ampliar” o pensamento?
Ao delimitarmos espaços e
solicitarmos um tipo
específico de registro mais
prejudicamos do que
ajudamos, pois contribuímos
para que a criança perca a
possibilidade de registrar e
dialogar sobre sua própria
maneira de pensar.
15. Porque isso acontece?
Rotina de sala de aula
Problemas padrão, sempre do mesmo tipo
Assim fica mais fácil para todos, mas é o que
queremos?
16. Mudando...um exemplo
João tem 5 balas, ganhou 6, com quantas
ficou?
João tem algumas balas, ganhou 6, ficou
com 11, quantas tinha?
João tem 5 balas, ganhou algumas, ficou
com 11, quantas ganhou?
19. Estratégias pessoais precisam ser
incentivadas e valorizadas
Registros (desenhos, esquemas, contagens,
cálculos com estratégias não convencionais etc)
Uso do corpo
Oralidade
20. A criança e a
matemática escolar
Ciclo de alfabetização
Alunos com idade entre 6 e 8
anos.
Crianças pensam como
crianças.
Crianças são saudavelmente
“ativas” e “curiosas”.
32. O que era importante
Antes:
- Seguir regras
- Fazer contas no
papel
Hoje:
- Ler gráficos
- Resolver Problemas
- Ler mapas
- estabelecer relações,
regularidades;
- Generalizar
- Projetar,
- Prever
- Abstrair, etc...*
33. Alfabetização Matemática
A Alfabetização Matemática é
compreendida num sentido amplo, que
se relaciona ao processo de letramento.
A Alfabetização Matemática que se
propõe preocupa-se com as
diversificadas práticas de leitura e
escrita que envolvem as crianças e com
as quais as crianças se envolvem – no
contexto escolar e fora dele.
34. Escutar as crianças
As situações de confronto com
textos podem ser desencadeadas
pelas circunstâncias de vida das
crianças.
A “escuta” que nos permitirá
conhecer suas curiosidades, seus
interesses e suas necessidades.
35. Papel do professor
O processo de leitura de mundo
pela criança se torna mais
significativo se as crianças puderem
contar com um adulto por perto,
interagindo e ajudando-as a
organizar seus conhecimentos e
descobertas.
36. Veja o caso da figura: é um cenário
problematizável. A pergunta em geral
colocada é : -”quantas crianças
podem estar atrás da cerca?
37. Também em simples atividades de cálculo os
alunos podem ir além das contas e mostrar
como raciocinam, como argumentam e como
se comunicam. Pense no exemplo de um
problema comum, desses que aparecem em
qualquer livro didático, que os alunos terão
que resolver usando uma calculadora:
“Se uma camiseta custa 25 reais, quanto
custam 3 camisetas?”.
3 x 25 =
38. Cinco direitos básicos
I. Utilizar caminhos próprios na construção do conhecimento matemático,
como ciência e cultura construídas pelo homem, através dos tempos, em
resposta a necessidades concretas e a desafios próprios dessa construção.
II. Reconhecer regularidades em diversas situações, de diversas naturezas,
compará-las e estabelecer relações entre elas e as regularidades já
conhecidas.
III. Perceber a importância da utilização de uma linguagem simbólica
universal na representação e modelagem de situações matemáticas como
forma de comunicação.
IV. Desenvolver o espírito investigativo, crítico e criativo, no contexto de
situações-problema, produzindo registros próprios e buscando diferentes
estratégias de solução.
V. Fazer uso do cálculo mental, exato, aproximado e de estimativas. Utilizar
as Tecnologias da Informação e Comunicação potencializando sua aplicação
em diferentes situações.