Arquitetura medieval primitiva e românica

Arquitetura medieval primitiva e
Aula 04
Arquitetura medieval primitiva e
ROMÂNICA
Parte 2
Profª. Lila Donato
5
A ARQUITETURAA ARQUITETURA
PRÉ-ROMÂNICA

5. A ARQUITETURA PRÉ-ROMÂNICA Aula 04
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Principais características:
→ surge entre 1000 e 1250
→ marcado pelas semelhanças com a arquitetura da
Roma antiga;
→ o emprego do arco pleno ou arco de meio ponto
1. Chave1. Chave
2. Aduela
3. Extradorso
4. Imposta
5. Intradorso
6. Flecha
7. Luz
8. Contraforte
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Principais características:
→ edificações volumosas e pesadas
→ as paredes espessas, davam sustentação ao peso das abóbadas
das coberturas e serviam para o contraventamento
→ paredes tinham função estrutural
→ os vão de portas e janelas eram limitados para não
comprometer a integridade da edificaçãocomprometer a integridade da edificação
→ uso da abóbada de berço e da abóbada de aresta

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• O Monastério de Saint Martin de Canigou, 1001-26
→ localizado no sudeste da
França
→ exemplifica a difusão do
monasticismo
→ foi financiado pelo Conde
de Cerdagne (senhor feudal dade Cerdagne (senhor feudal da
região) para pagar seus
pecados
→ uma das primeiras igrejas
românicas totalmente
abobadadas
→ passou por um restauro em
meados do século XX

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→ foi implantado em um
terreno de difícil acesso
→ a presença de uma fonte de
água no terreno possibilitou a
sua implantação
→ o monastério nunca abrigou
mais de 30 monges
→ uma pequena comunidade
monástica ainda mora lá

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→ a torre, de planta quadrada,
se eleva contígua à igreja,
protegendo a entrada da abadia
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→ as ameias escalonadas no
alto da torre lembram as
fortificações islâmicas
encontradas na vizinha Espanha

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• O Monastério de Saint
Martin de Canigou, 1001-26
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• O Monastério de Saint
Martin de Canigou, 1001-26
→ claustro e outras edificações
se ajustam ao terreno numa
forma quadrangular irregular

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• O Monastério de Saint Martin de Canigou,
1001-26
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→ a igreja é uma basílica sem transeptos, mas com ábsides
finalizando as naves laterais e a nave central
ábside
ábside
ábside
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• O Monastério de Saint Martin de
Canigou, 1001-26
→ as abóbadas de berço das naves
laterais e cental se apoiam em 10
suportes – 8 colunas e 2 pilares – e
também nas grossas paredes

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→ pequenas janelas nas extremidades leste e oeste – interior
muito escuro
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6
A ARQUITETURAA ARQUITETURA
ROMÂNICA
6. A ARQUITETURA ROMÂNICA Aula 04
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O fracionamento do Império Carolíngio pelos sucessores
de Carlos Magno permitiu o aparecimento, no século X,
de um novo potentado no centro-leste europeu, o de
Otão I, o Grande, rei da Saxónia (Alemanha) entre 936 e
973.
• arquitetura otoniana
973.
A sua ação política e militar fez com que o Papa João XII
lhe atribuísse, em 962, a dignidade imperial, fundando o
Sacro Império Romano-Germânico.
Otão desenvolveu a cultura e a arte do renascimento
otoniano.

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A arquitetura otoniana é, por várias características,
uma extensão das tradições carolíngias – ela é a
expressão germânica do Românico.
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→ refere-se à arquitetura vigente na área de língua alemã, a
partir do reino de Otão o Grande (936-975), Imperador do Sacro-
Império Romano-Germânico, que incluía à época a Alemanha e
norte da Itália.
→ inspira-se na tradição da arquitetura carolíngia
→ também sofreu influência da arquitetura das basílicas
paleocristãs
→ foi impulsionada tanto pelos reis otonianos como por figuras
religiosas destacadas, como bispos e abades das cidades e
mosteiros germânicos

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• igreja de São Miguel de Hildesheim, 1010-33, Alemanha
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→ basílica
→ ábsides nas duas extremidades, e entrada pelas naves laterais
(como nas basílicas romanas)
→ segue o modelo da Abadia de Saint Gall
→ ábside leste: altar→ ábside leste: altar
→ ábside oeste: plataforma elevada para o imperador e sua corte
se sentarem
→ iluminação: clerestórios – aberturas simples perfuradas na
parede da nave central
→ arcadas que separam a nave central das lateral seguem o ritmo
A-B-B-A → pilares (A) alternados por duas colunas (B)

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→ basílica
→ ábsides nas duas extremidades, e entrada pelas naves laterais
(como nas basílicas romanas)
tranceptos
ábside
nave lateral
nave central
nave lateral
ábside
ábsides
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• igreja de São Miguel de Hildesheim,
1010-33, Alemanha
→segue o modelo da Abadia de Saint Gall
tranceptos
nave lateral
ábside
Igreja de São Miguel de Hildesheim
Modelo da Abadia de Sait Gall
nave central
nave lateral

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→ ábside leste: altar
→ ábside oeste:
plataforma elevada para o
imperador e sua corte se
sentarem
altar
plataforma
altarplataforma
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• igreja de São Miguel de
Hildesheim, 1010-33,
Alemanha
Profª. Lila Donato
→ iluminação: clerestórios –
aberturas simples perfuradas na
parede da nave central

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→ arcadas que
separam a nave
central das lateral
seguem o ritmo
A-B-B-A
→ pilares (A)→ pilares (A)
alternados por duas
colunas (B)
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• igreja de São Miguel de Hildesheim,
1010-33, Alemanha
→ arcos policromados
→ capitéis com entalhes variados
→ exemplos italianos
→ forro de madeira pintado→ forro de madeira pintado
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• Catedral Imperial de Speyer, 1030-82, Alemanha

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→ é grandiosa e majestosa
→ tem mais de 130 de comprimento
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→ ábside semicircular ladeada por duas torres de planta quadrada
ábsidetorre
torre

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→ nave central:
• larga, comprida e alta;
• emoldurada por arcos plenos que unem as colunas;
• teto de madeira
plano
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→ entre 1082 e 1137: reforma → nave central recebeu abóbadas
de arestas:
• 32m de altura
• conectam os
intercolúneos aos
parespares
• separadas por
faixas de arcos
transversais
• estão entre as
mais altas
abóbadas
construídas no
período românico

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→ pilares adotam forma de pilastras e meias-colunas agrupadas
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→bandas lombardas nas paredes externas
bandas lombardas:
arcos e pilastras com
balanços sucessivos.
Típicos da região da
Lombardia (daí o
nome), na Itália.nome), na Itália.

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→ Cripta
No decorrer dos séculos, as câmaras funerárias evoluíram para as
criptas. De pequenas tumbas, passaram a grandes halls semi-
subterrâneos, muito bem articulados. Tornaram-se espaços típicos
da arquitetura românica na Alemanha e Itália.
→ A cripta da Catedral de Speyer, consagrada em 1041, é a maior→ A cripta da Catedral de Speyer, consagrada em 1041, é a maior
cripta com hall de colunatas da Europa.
• Área: 850 m2
• Altura: 7 m
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→ Cripta

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→ Cripta
→ a cripta tem capitéis cúbicos
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→ Cripta

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• Catedral Imperial de Speyer,
1030-82, Alemanha
→ Cripta
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• O estilo Românico na Itália
→ forte apego ao passado clássico (Roma
Antiga)
→ basílica paleocristã é o principal modelo
→ são exemplos:
• Igreja de San Miniato al Monte,• Igreja de San Miniato al Monte,
Florença
• Catedral de Pisa, Pisa
• Abadia de San Abrogio, Milão

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• O estilo Românico na Itália:
→ Igreja de San Miniatoal Monte, Florença
→ apenas uma nave lateral de cada
lado da nave central
→ não tem trancepto
→ ábside semicircular simples
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→ fachada articulada no nível térreo por 5 arcos sustentados por
meias colunas coríntias
→ pilastras coríntias no
nível superior
→ frontão corresponde
ao telhado da nave
central

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• O estilo Românico na Itália: Catedral de Pisa, Pisa
→ iniciada em 1063 e concluída entre 1089 e 1272
→ planta baixa em basílica cruciforme
→ naves laterais duplas e galerias dos dois lados da nave central
→ possui trancepto

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→ cúpula oval sobre o cruzeiro
• se apoia em trompas e
pendentes baixos
• lembra as igrejas bizantinas de
planta central
→ cobertura: tesouras de madeira→ cobertura: tesouras de madeira
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• O estilo Românico na
Itália: Catedral de Pisa,
Pisa
→ cobertura em madeira

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→ exterior:
• arcadas de mármore sobre colunatas sobrepostas na fachada
principal (oeste)
• colunatas sobrepostas continuam em volta de toda a igreja
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→ interior:
• fiadas alternadas de
mármore escuro e claro
• mosaicos bizantinos na
ábside

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→ a catedral é completada por duas edificações adjacentes:
• um batistério de planta circular
• um campanário cilíndrico – a Torre de Pisa, que atualmente tem
mais de 4 metros for a do prumo
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• O estilo Românico na Itália: Abadia de San Ambrogio,
Milão
→ início: 1128
→ conclusão:
• nave central –• nave central –
após 1128
• abóbadas
nervuradas da
nave central –
1140

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• O estilo Românico na Itália: Abadia de
San Ambrogio, Milão
→ planta paleocristã
→ átrio com arcada
precede a entrada da
igreja
→ não tem trancepto
→ ábside semi-
circular
→ absidíolas das
extremidades das
naves laterais com
abóbadas de aresta
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Milão

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Milão
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