Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Eixo3 raquel palma_relato_resumo
1. LEITURA LITERÁRIA NA ESCOLA: RELATO DE UMA FORMADORA DE
LEITORES
Raquel Guterres Palma UFPel/ PET/ Lic. Pedagogia – raquelgpalma@yahoo.com.br
Bruna Athaide de Campos UFPel/ PET/ Lic. Pedagogia – brunathaide@hotmail.com
Leitura Literária na Escola é um projeto de extensão do PET/Educação.
Desenvolvido em 2012 em escolas públicas municipais na periferia urbana da cidade de
Pelotas/RS, abrangeu crianças de cinco a doze anos, tendo como mediadoras bolsistas do
PET-EDUCAÇÃO da UFPel vinculadas ao GELL1.
Em nossos objetivos, acreditamos na importância do prazer de ouvir e imaginar
uma história. Assim como Coelho (2000, p. 27), pensamos que a literatura infantil é, antes
de tudo, “[...] literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o
mundo, o homem, a vida, através da palavra”. Ao escolher um livro a ser lido,
consideramos os saberes prévios das crianças, pois:
“[...] a linguagem é uma criação humana, é um legado de gerações repleto
de marcas culturais que tendem a indicar seu uso e atribuição de sentido, é
necessário considerar que os sujeitos envolvidos com sua aprendizagem,
na escola, são oriundos de diferentes relações de significado com a leitura
e a escrita. Assim, é interessante saber o que eles já sabem e intervir no
que ainda precisam saber” (ROSA, 2011).
Nosso desejo tem sido a formação de ouvintes e leitores críticos. Para tal, usamos
como mediação a vivência de momentos prazerosos com a audição de narrativas e diálogo
sobre o lido. Obras e autores brasileiros são, preponderantemente, escolhidos e, através de
metodologias adequadas à formação do leitor, aprendemos e qualificamos nossa formação
docente. Nossos procedimentos de leitura são:
Elemento mágico: objeto, personagem ou mesmo brinquedo que represente os
contos de fadas como uma varinha mágica ou a cesta de doces da chapeuzinho vermelho,
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Grupo de Estudos em Leitura Literária coordenado pela Drª. Cristina Rosa. Nele são estudadas, avaliadas e
escolhidas, em reuniões quinzenais, obras de autores da literatura para crianças como Ana Maria Machado,
Eva Furnari, Erico Verissimo, Fernanda Lopes de Almeida, Ruth Rocha, entre outros.
2. por exemplo. O medidor utiliza ou mesmo “veste” a roupa para conectar as crianças com o
mundo da imaginação.
Pré-leitura: Em frente ao grupo e em círculo, é exposto o livro que será lido. Ao
explorar sua capa e formato, buscamos conhecer esse objeto cultural através de seu autor,
ilustrador, editora, título, número de páginas. Com previsões sobre o tema da obra,
dialogamos nos preparamos para a leitura.
Leitura: O mediador realiza a leitura, em voz alta, com ritmo, entonação e
diversificação de vozes. É importante salientar que lemos e não contamos histórias, pois
acreditamos que “[...] além de proporcionar aos pequenos o contato com o mundo dos
livros, os momentos de leitura os levam a compreender que a escrita é uma maneira de
fixar o texto. Afinal, todas as vezes em que se lê um conto de fadas ou uma fábula, por
exemplo, a história é a mesma, está registrada. A contação, por sua vez, explicita o valor
da cultura oral. Por serem transmitidas de geração para geração, sem um suporte concreto,
as narrativas sofrem diversas transformações”. (SCAPATICIO, 2012).
Pós-leitura: Após a leitura, há questionamentos sobre a história lida, onde as
crianças refletem e expõem as suas a respeito da história ouvida. Perguntas interessantes de
se fazer nesse momento são: quais momentos da história capturaram sua atenção? Houve
alguma característica de determinado personagem que apreciaram/reprovaram? O que
pensam sobre suas ações e o que fariam no lugar dos personagens?
Entre os resultados alcançados e as conclusões possíveis percebemos que: a) grande
parte das crianças ignorava o prazer da leitura deleite; b) havia pouco contato com os
livros; tanto na escola quanto em casa; c) grande parte das crianças não tinha o hábito de
ouvir, organizadamente, uma história até o fim; d) muitas ainda não sabiam expressar,
oralmente, o que pensavam, sentiam, observavam.
Durante e após o trabalho de leitura, as crianças se desinibiram, começaram a se
expressar, emitiam opiniões e expressavam ideias e visões das histórias aos colegas.
Acreditamos que melhoraram a concentração, pois ficavam ansiosas para aprender e
conhecer mais sobre os livros e histórias, ouvindo atentamente a hora da leitura e, quando
preciso, chamando a atenção dos colegas para prestarem atenção também. Além disso,
desenvolveram a capacidade de selecionar livros através das histórias e autores que
conheceram. Por conseguinte, o trabalho não deve ser feito apenas na sala de aula ou na
escola, transpondo os muros dessa.
3. Referências:
ABRAMOVICH, F. (1997). Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo:
Scipione.
COELHO, N. N. (2000). Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo:
Moderna.
ROSA, C. M. (2011) Teste de leitura e letramento. Pelotas, 2 jul. 2011. Disponível em:
http://crisalfabetoaparte.blogspot.com.br/2011/07/teste-de-leitura-e-letramento.html
ROSA, C. M. (2012). Leitura Literária. Pelotas, 4 out. 2012. Disponível em:
http://crisalfabetoaparte.blogspot.com.br/2012/10/leitura-literaria.html
SCAPATICIO, M. (2012). Ler é diferente de contar histórias. Linguagem oral, leitura e
escrita.
Ed.
251/abril
2012.
São
Paulo,
Abril,
2012.
Disponível
http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/ler-diferente-contar-historias683010.shtml?page=0
Palavras-chave: Formação de leitores, Leitura literária, Literatura infantil
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