COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Eixo2 marcelo de_souza_pôster_resumo (1)
1. O GRUPO INTERATIVO COMO ATIVIDADE DIALÓGICA NAS INTERAÇÕES
PROFESSOR E ALUNO
Marcelo de Souza Graduando do curso de Pedagogia –
UFMT - Campus Rondonópolis marsouza256@gmail.com
Resumo: O grupo interativo e uma frente de trabalho desenvolvido dentro de Comunidades de
aprendizagem que buscam efetivar a transformação, em caráter comunitário e igualitária,
potencializando o sujeito a aprender, acelerando a aprendizagem e contribuindo para a superação
da exclusão social. C.A. é uma prática inovadora no Brasil, mas já implantada em diversas
comunidades escolares na Espanha. Enquanto prática pedagógica C.A., fundamenta-se nas
experiências sociais dialógicas mais atuais, que discutem que a aprendizagem, na sociedade atual
(Sociedade da Informação), depende cada vez mais das interações sociais. Essa prática também
compreende um conjunto de ações que visam a superação do fracasso escolar, em busca da
igualdade de resultados educacionais para todos os alunos e, ao mesmo tempo, enriquecendo a
convivência e a solidariedade entre todos os membros da comunidade. Para conseguir isso, as
interações sociais são essenciais (MELLO, 2002). O grupo interativo se desenvolve uma vez por
semana na Escola Estadual Professora Sebastiana Rodrigues de Souza situada em uma
comunidade vulnerável do município de Rondonópolis - MT, nas turmas de 4º ano “A e B”, onde
a sala de aula e divida em quatro ou cinco grupo, este grupos são marcados pela heterogeneidade
em sua composição, sendo que quanto maior for heterogêneos melhor será o aprendizagem da
criança de forma igualitária. Nessa concepção de escola, o serviço público assume o caráter de
gestão pública. Assim, todas as pessoas da comunidade passam a decidir juntas o que querem, o
que desejam da escola, visando sempre a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos(as),
porque C.A. é também um projeto de centro educativo e de entorno (VALLS, 2000).
Comunidades de Aprendizagem buscam efetivar a transformação, em caráter comunitário e
igualitária, potencializando o sujeito a aprender, acelerando a aprendizagem e contribuindo para
a superação da exclusão social. C.A. é uma prática inovadora no Brasil, mas já implantada em
diversas comunidades escolares na Espanha. Enquanto prática pedagógica C.A., fundamenta-se
nas experiências sociais dialógicas mais atuais, que discutem que a aprendizagem, na sociedade
atual (Sociedade da Informação), depende cada vez mais das interações sociais. Os Grupos
Interativos são um conjunto de atividades organizadas dentro das práticas diferenciadas
propostas em uma C.A (RODRIGUES, 2010). São atividades nas quais pequenos grupos são
organizados para a realização de atividades preparadas pelo professor, que envolvem conteúdos
de aula já trabalhados previamente, e que são aplicadas e conduzidas por voluntários da
comunidade, com a supervisão do professor. As atividades desenvolvidas no Grupo Interativo
acontecem semanalmente, sempre com dia e horário fixos. São formados pequenos grupos
considerando a heterogeneidade dos mesmos, ou seja, grupos que contemplem critérios como:
rendimento escolar, gênero, etnia e outras especificidades que o/a professor/a julgue necessário,
não separando-os, mas, ao contrário, colocando-os para conviver e compartilhar momentos de
aprendizagem. A turma é dividida em 4 ou 5 grupos conforme o número de crianças e é dada a
cada grupo uma atividade que tem duração de 15 ou 20 minutos. Dessa forma, durante uma hora
2. e meia, aproximadamente, acontecem 4 ou 5 atividades diferentes concomitantemente e todas as
crianças fazem as atividades com o auxílio e orientação dos/as colaboradores/as (pessoas
voluntárias). Durante a minha participação do grupo interativo pude observar um grande salto
qualitativo na aprendizagem da criança, conforme o trabalho vem sendo desenvolvido, é possível
perceber algumas mudanças, mesmo que ainda discretas. Percebemos, por exemplo, que algumas
alterações têm ocorrido por meio das interações estabelecidas com os integrantes durante a
atividade. É possível notar, por exemplo, o aumento do respeito que as crianças passaram a ter
pelas pessoas voluntárias e pelos próprios colegas. Outro ponto bastante visível foi com relação à
relutância de algumas crianças em ajudar aquelas que têm mais dificuldades. Essas crianças aos
poucos foram vendo que quando elas ensinam, estão aperfeiçoando o que sabem e aprendendo
com aqueles que sabem outras coisas, pois todos nós temos algo a ensinar e a aprender. Enfim,
entendemos que o trabalho do Grupo Interativo é importante na formação dos estudantes em
formação inicial, como espaço de aprendizagem e prática dialógica, tendo em vista que esta
prática educativa se preocupa em garantir a máxima aprendizagem e possibilita a todos os
agentes educativos, em especial aos estudantes do PET, refletir cada dia mais sobre a sua futura
prática, apostando em uma relação mais humanizadora, dialógica e igualitária.
Palavras Chaves: Comunidades de Aprendizagem, Grupo Interativo, Educação.
REFERENCIAS
FLECHA, Ramón. Compartiendo palavras: elaprendizaje de las personas adultas a través del
diálogo. Bar-celona: Paidós, 1997.
MELLO, Roseli Rodrigues de. Comunidades de Aprendizagem: contribuições para a
construção de alter-nativas para uma relação mais dialógica entre a escola e grupos de periferia
urbana. Universidade de Barcelona, Relatório de Pós-Doutorado, FAPESP. Barcelona: CREA,
2002.
RODRIGUES, Eglen S. P. Grupos Interativos: uma proposta educativa. Tese de Doutorado.
Universidade Federal de São Carlos. São Carlos: UFSCar, 2010.
VALLS, R. Comunidades de Aprendizaje. Una Práctica educativa de aprendizaje dialógico
para la socie-dad de información. Tesisdoctoral no publicada. Barcelona. Universidad de
Barcelona.