O documento descreve a história do Antigo Império Egípcio, desde os primeiros reinos independentes no período pré-dinástico até o declínio no final do Império. Destaca que durante o Antigo Império os faraós construíram grandes pirâmides e tiveram enorme poder, mas que por volta de 2400 a.C o Império entrou em declínio devido a revoltas.
2. • Quando se fala no Egito da Antiguidade, as primeiras
coisas que nos vêm à mente são as imagens das grandes
pirâmides, as múmias e artefatos dos museus, os templos
e a atmosfera de aventura que cerca tudo o que diz
respeito ao tempo dos faraós, que a literatura e o cinema
nos mostram como sempre presentes nas expedições
arqueológicas.
3. • No entanto muito já se sabe a respeito do modo de vida,
da estrutura social, da estrutura econômica, das relações
políticas do Egito faraônico. Mas muitas vezes a
circulação dessas informações fica restrita ao meio
acadêmico ou a umas poucas centenas de pesquisadores
dedicados. Infelizmente há muitas coisas que não chegam
a público, propiciando a formulação de idéias fantasiosas
que não são comprováveis, engrossando um extenso hall
de crenças sobre a cultura egípcia, difícil de ser
combatido.
4. • No decorrer de mais de três mil anos, o Egito passou por
períodos de grande brilho, mas também de declínio e de
oscilações políticas. A história egípcia costuma ser
dividida em:
- Período pré-dinástico
- Período dinástico
5. • Período pré-dinástico (5000 - 3200 a.C)
Desde 5000 a.C, o Egito era habitado por povos que viviam em
clãs, chamados nomos. Estes nomos eram independentes uns
dos outros, mas cooperavam entre si quando tinham problemas
em comum. Essas relações evoluíram e levaram a formação de
dois reinos independentes:
Reino do Baixo Egito --> união dos nomos do Norte
Reino do Alto Egito --> união dos nomos do Sul
Por volta de 3220 a.C., esses dois reinos foram unificados por
Menés, que se tornou o primeiro faraó, o governante absoluto
do Egito, considerado um verdadeiro Deus na Terra. O faraó
usava uma coroa dupla para demonstrar que era o rei do Alto e
Baixo Egito. Menés fundou, assim, a primeira dinastia de
faraós, finalizando o período Pré-dinastico.
6. • Período dinástico (3200 - 1085 a.C)
Foi durante o período dinástico que se deu o crescimento
territorial, econômico e militar do Egito. Este período é
dividido em:
7. • Antigo Império (3200 - 2423 a.C)
Durante o Antigo Império, os faraós conquistaram
enormes poderes no campo religioso, militar e
administrativo. Essa época foi conhecida como a época
das pirâmides. O primeiro a criar uma pirâmide foi o rei
Djezer e seu arquiteto Imhotep, em Sakara.
Mais tarde um outro faraó, Snefer, inspirado nessa
pirâmide construiu três pirâmides, porque só a ultima
tinha condições de abrigar a múmia do rei. O filho (Kufu
ou Keops), o neto (Quefrem) e o bisneto (Mikerinos) de
Snefer construíram as magníficas pirâmides de Gizé. A
família da 5ª dinastia talvez tenha sido a família mais
poderosa de toda a historia do Egito.
8. •
A sociedade era dividida em funcionários que auxiliavam
o faraó e uma imensa legião de trabalhadores pobres, que
se dedicavam à agricultura, ás construções e arcavam
com pesados tributos. No Antigo Império, a capital do
Egito foi, primeiro, a cidade de Tinis; depois, a de
Mênfis. Por volta de 2400 a.C., O Império Egípcio foi
abalado por uma série de revoltas lideradas pelos
administradores de províncias. O objetivo destas era
enfraquecer a autoridade do faraó. Com a autoridade
enfraquecida, o poder do faraó declinou, a sociedade
egípcia desorganizou-se e o Egito viveu um período de
distúrbios e guerra civil.
9. • Médio Império (2160 - 1730 a.C.)
Representantes da nobreza de Tebas conseguiram reunir
forças para acabar com as revoltas que abalavam o Egito.
Essa cidade acabou tornando-se a capital do Império
Egípcio. Dela surgiram novos faraós que governaram o
império nos séculos seguintes. Durante o Médio Império,
o Egito atingiu certa estabilidade política, crescimento
econômico e florescimento artístico. Isso impulsionou a
ampliação das fronteiras, levando a conquista militar da
Núbia. Por volta de 1750 a.C., o Egito foi invadido pelos
hicsos (povo nômade vindo do Oriente Médio), que se
mostraram superiores aos egípcios em termos de técnicas
militares. Dessa forma os invasores conseguiram dominar
a região norte do Egito e estabelecer a capital em Ávaris.
Assim permaneceram por, aproximadamente, 170 anos.
10. • Novo Império (1500 - 1085 a.C.)
Novamente a nobreza de Tebas reuniu forças e conseguiu
expulsar os hicsos, restabelecendo a unidade política do Egito.
Iniciou-se, então, o Novo Império. Usando técnicas militares
aprendidas com os hicsos, os faraós organizaram exércitos
permanentes, lançando-os em guerras de conquistas. Assim,
invadiram territórios do Oriente Médio, dominando cidades
como Jerusalém, Damsco, Assur e Babilônia. Os povos
dominados eram obrigados a pagar tributos ao faraó em forma
de ouro, escravos, alimentos, artesanato etc. Nessa época é que
existiu os faraós mais famosos, como Hatchepsut, Akenaton,
Ramsés - O Grande, entre outros. A Rainha Hatchepsut
governou o Egito, mesmo sendo uma mulher, e não foi um mal
governo: ela construiu maravilhosos monumentos que são
muito conhecidos hoje em dia, mas depois de morta seu nome
foi apagado.
13. • Decadência do Egito
Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente
invadido por diversos povos. Em 670 a.C., os assírios
conquistaram o Egito, dominando-o por oito anos. Após
liberta-se dos assírios, o Egito começou uma fase de
recuperação econômica e brilho cultural conhecida com
renascença saíta. Essa fase recebeu esse nome porque a
recuperação egípcia foi impulsionada pelos soberanos da
cidade de Sais. A prosperidade, porém, durou pouco. Em
525 a.C., os persas conquistaram o Egito. Quase dois
séculos depois vieram os macedônicos, comandados por
Alexandre Magno, e derrotaram os persas. Finalmente,
retirando Cleópata do trono de faraó, o Egito foi
dominado pelos romanos, que governaram por 600 anos,
até a conquista Árabe.