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INTRODUÇÃO:
Tem-se acentuado, nos últimos anos, a influência do
pensamento pós-moderno no discurso curricular
contemporâneo, tanto no Brasil como em outros países.
Desse modo, algumas ideias características da literatura
pós-moderna começam a repetir-se nos textos de currículo.
Destaco, dentre elas: (a) o abandono das grandes
narrativas;
(b) a descrença em uma consciência unitária, homogênea,
centrada; (c) a rejeição da ideia de utopia;
(d) a preocupação com linguagem e com subjetividade;
(e) a visão de que todo o discurso está saturado de poder;
(f) a celebração da diferença.
O pós-modernismo e não só incompatível com a
teorização crítica moderna como constitui fator
de esterilização da cultura contemporânea
(Saviani, 1991). No caso especifico da
educação, o pós-modernismo é tudo mesmo
como incapaz de fornecer as bases para o
tratamento das deliberações políticas e normais
que os educadores precisam enfrentar (Beyer e
Liston, 1993).
O currículo constitui significativo instrumento utilizados por
diferentes sociedades tanto para desenvolver os
processos de conservação, transformação e renovação
dos conhecimentos historicamente acumulados como para
socializar as crianças e os jovens segundo valores tidos
como desejáveis.
Em função de importância desses processos, a discussão
em torno do currículo assume cada vez mais lugar de
destaque no conhecimento pedagógico.
A ênfase nas diferenças individuais e a preocupação com
a atividade do aluno levam a maior valorização da forma
em detrimento do conteúdo. Currículo passa a significar o
conjunto de experiências a serem vividas pelo estudante
sob a orientação da escola.
 
O conceito de currículo oculto aponta para o fato de
que o “aprendizado” incidental durante um curso pode
contribuir mais para a socialização do estudante que o
conteúdo ensinado nesse curso.
Para Giroux (1993) o pós-modernismo assinala uma
mudança em direção a um conjunto de condições
sociais que estão reconstituindo o mapa social, cultural
e geográfico do mundo e produzindo, ao mesmo tempo
novas formas de crítica cultural.
Essa nova visão de currículo inclui: planos e propostas
(o currículo formal), o que de fato acontece nas escolas
e nas salas de aula (o currículo em ação), bem como
as regras e normas não explicitadas que governam as
relações que se estabelecem nas salas de aula (o
currículo oculto).
Aponta, assim para o fato de que o currículo
desenvolvem-se representações, codificadas de forma
complexa nos documentos, a partir de interesses,
disputas e alianças e decodificadas nas escolas,
também de modo complexo, pelos indivíduos nelas
presentes. Sugere, ainda, a visão do currículo como um
campo de lutas e conflitos em torno de símbolos e
significados.
É somente a partir da aceitação e da
preservação da importância da tradição
moderna, ainda que se procurando avançar
e redefinir questões, que é possível pensar
no diálogo entre o pensamento crítico e o
pensamento pós-moderno e examinar as
integrações que se vêm fazendo.
Uma análise menos superficial da literatura
revela, porém, significativas diferenças no que
tange a interações, significado, natureza, âmbito e
limites de uma utopia.
 
A primeira considera como utopias as descrições
detalhes de alternativas racionais e pragmáticas
as formas existentes de organização social. As
utopias constituem, nesse caso, representações
precisas de um futuro melhor.
A segunda abordagem enfatiza a função
simbólica das construções utópicas e
cabem as utopias não como propostas
concreta de ação, mas como possíveis
projeções de um tempo ou lugar imaginário
no qual conflitos e contradições sociais
podem se confrontar, solucionar, anular,
neutralizar ou transformar.
As utopias são nessa perspectiva, textos
estimuladores da reflexão e da
imaginação, mais que apelos a favor de
um programa especifico de transformação
social.
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  • 2.
  • 3.
  • 4. INTRODUÇÃO: Tem-se acentuado, nos últimos anos, a influência do pensamento pós-moderno no discurso curricular contemporâneo, tanto no Brasil como em outros países. Desse modo, algumas ideias características da literatura pós-moderna começam a repetir-se nos textos de currículo. Destaco, dentre elas: (a) o abandono das grandes narrativas; (b) a descrença em uma consciência unitária, homogênea, centrada; (c) a rejeição da ideia de utopia; (d) a preocupação com linguagem e com subjetividade; (e) a visão de que todo o discurso está saturado de poder; (f) a celebração da diferença.
  • 5. O pós-modernismo e não só incompatível com a teorização crítica moderna como constitui fator de esterilização da cultura contemporânea (Saviani, 1991). No caso especifico da educação, o pós-modernismo é tudo mesmo como incapaz de fornecer as bases para o tratamento das deliberações políticas e normais que os educadores precisam enfrentar (Beyer e Liston, 1993).
  • 6.
  • 7. O currículo constitui significativo instrumento utilizados por diferentes sociedades tanto para desenvolver os processos de conservação, transformação e renovação dos conhecimentos historicamente acumulados como para socializar as crianças e os jovens segundo valores tidos como desejáveis. Em função de importância desses processos, a discussão em torno do currículo assume cada vez mais lugar de destaque no conhecimento pedagógico. A ênfase nas diferenças individuais e a preocupação com a atividade do aluno levam a maior valorização da forma em detrimento do conteúdo. Currículo passa a significar o conjunto de experiências a serem vividas pelo estudante sob a orientação da escola.
  • 8.   O conceito de currículo oculto aponta para o fato de que o “aprendizado” incidental durante um curso pode contribuir mais para a socialização do estudante que o conteúdo ensinado nesse curso. Para Giroux (1993) o pós-modernismo assinala uma mudança em direção a um conjunto de condições sociais que estão reconstituindo o mapa social, cultural e geográfico do mundo e produzindo, ao mesmo tempo novas formas de crítica cultural.
  • 9. Essa nova visão de currículo inclui: planos e propostas (o currículo formal), o que de fato acontece nas escolas e nas salas de aula (o currículo em ação), bem como as regras e normas não explicitadas que governam as relações que se estabelecem nas salas de aula (o currículo oculto). Aponta, assim para o fato de que o currículo desenvolvem-se representações, codificadas de forma complexa nos documentos, a partir de interesses, disputas e alianças e decodificadas nas escolas, também de modo complexo, pelos indivíduos nelas presentes. Sugere, ainda, a visão do currículo como um campo de lutas e conflitos em torno de símbolos e significados.
  • 10. É somente a partir da aceitação e da preservação da importância da tradição moderna, ainda que se procurando avançar e redefinir questões, que é possível pensar no diálogo entre o pensamento crítico e o pensamento pós-moderno e examinar as integrações que se vêm fazendo.
  • 11.
  • 12. Uma análise menos superficial da literatura revela, porém, significativas diferenças no que tange a interações, significado, natureza, âmbito e limites de uma utopia.   A primeira considera como utopias as descrições detalhes de alternativas racionais e pragmáticas as formas existentes de organização social. As utopias constituem, nesse caso, representações precisas de um futuro melhor.
  • 13.
  • 14. A segunda abordagem enfatiza a função simbólica das construções utópicas e cabem as utopias não como propostas concreta de ação, mas como possíveis projeções de um tempo ou lugar imaginário no qual conflitos e contradições sociais podem se confrontar, solucionar, anular, neutralizar ou transformar. As utopias são nessa perspectiva, textos estimuladores da reflexão e da imaginação, mais que apelos a favor de um programa especifico de transformação social.