2. Desenvolvida às margens do rio Nilo, na África. A civilização egípcia foi
uma das mais importantes da Antiguidade. De organização pessoal
bastante complexa e riquíssima em realizações culturais, produzindo
também uma escrita bem estruturada, graças a qual podemos, hoje,
conhecer muitos detalhes dessa civilização.
3. UMA ARTE DEDICADA À VIDA DEPOIS DA
MORTE A arte desenvolvida pela
cultura egípcia refletiu suas
crenças fundamentais.
Segundo essas crenças, a
vida humana podia sofrer
interferências dos deuses.
Além disso, a vida após a
morte era considerada mais
importante do que a
existência terrena.
Assim, desde seu início a arte
egípcia concretizou-se nos
túmulos e nos objetos como
estatuetas e vasos deixados
junto aos mortos. Também a
arquitetura egípcia realizou-
se sobretudo nas tumbas e
nas construções mortuárias.
4. Pirâmides de Gizé
Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu (ou
Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 147 m de altura
(49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do
antigo reinado do Egipto.
5. Entre todos os aspectos de sua cultura, porém, talvez a religião seja o mais
relevante. Tudo no Egito era orientado por ela. Para os egípcios, eram as
práticas rituais que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência
depois da morte. A religião portanto, permeava toda a vida
egípcia, interpretando o universo, justificando a organização social e
política, determinando o papel das classes sociais
e, consequentemente, orientando toda a produção artística.
6. A IMPONÊNCIA DO PODER
RELIGIOSO E POLÍTICO
Monumentos artísticos
foram erguidos para ostentar
a grandiosidade e a imponência
do poder político e religioso
do faraó.
Templo de Abu-Simbell
O obelisco
Grande esfinge de Gisé
7. UMA ARTE DE CONVENÇÕES
A arte egípcia obedecia a uma série de padrões e regras, o que limitava a
criatividade ou a imaginação pessoal do artista. Assim, o artista egípcio criou uma arte
anônima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio das técnicas de execução e não o
estilo de quem a executava.
Entre as regras seguidas na pintura
e nos baixo-relevos, destaca-se a lei da
frontalidade, uma verdadeira marca da arte
egípcia. De acordo com ela, a arte não
deveria apresentar uma reprodução
naturalista, que sugerisse ilusão de realidade:
pelo contrário, diante de uma figura humana
retratada frontalmente, o observador deveria
reconhecer claramente tratar-se de uma
representação.
A Lei da Frontalidade se
caracteriza por: o tronco das
figuras são representados de
frente, enquanto a cabeça, as
pernas e os pés vistos de perfil.
8. Características
A Lei da Frontalidade funda-se
no princípio de valorizar o
aspecto que mais caracteriza
cada elemento do corpo
humano. Desenhado de perfil, o
rosto é mostrado ao máximo.
De frente, se resume a uma
oval. No rosto de perfil, o olho é
representado de frente, por ser
este seu aspecto mais
característico e revelador. O
tórax também apresenta-se de
frente, e as pernas e os
pés, onde apenas se vê o dedo
grande, são vistos de perfil.
9. A pintura também se voltava para os temas religiosos. Como
as outras artes, ela igualmente visava eternizar a essência do
que era representado. Não importavam as reais proporções e
medidas, mas sim as pessoas mais
importantes, representadas com uma dimensão maior. A
ordem de importância seguia uma escala hierárquica – o
rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo.
Imagens femininas eram pintadas com a cor ocre, enquanto
as masculinas eram simbolizadas com a cor vermelha.
A escrita dos egípcios era desenhada, através dos
hieróglifos.
Não há três dimensões nesta pintura, não se conhece a
profundidade e o corpo da pessoa é sempre representado
frontalmente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés estão
sempre de perfil.
É uma arte totalmente estática.
10. ESCULTURA
No Antigo Império, a escultura
foi a manifestação artística que
ganhou as mais belas
representações. Embora também
cheia de convenções, a escultura
desenvolveu uma expressividade
que surpreendeu o observador. –
A importância dada à escultura
no Antigo Império: por meio
dela, revelam-se dados
particulares do retratado como
sua fisionomia, seus traços
raciais e sua condição social.