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RessuscitaçãoRessuscitação
CardiopulmonarCardiopulmonar
EpidemiologiaEpidemiologia

Parada cardíaca atendida por serviços
médicos de urgência (EUA e Canadá) -
50 a 55/100.000 pessoas/ano

25% apresentavam FV / TVsem pulso

Parada cardíaca em pacientes
hospitalizados - 3 a 6/1000 internamentos

25% apresentavam FV / TVsem pulso
Causas de Morte SúbitaCausas de Morte Súbita

Cardíaca

Outras causas

Trauma

Afogamento

Engasgamento

Eletrocussão
Morte súbita cardíaca é a morte naturalMorte súbita cardíaca é a morte natural
por causas cardíacas, manifestada pelapor causas cardíacas, manifestada pela
perda abrupta da consciência e paradaperda abrupta da consciência e parada
cardíaca, dentro de uma hora do início decardíaca, dentro de uma hora do início de
uma alteração cardiovascular agudauma alteração cardiovascular aguda
Pode haver ou não doença cardíaca pré-Pode haver ou não doença cardíaca pré-
existente, porém, o evento é inesperado.existente, porém, o evento é inesperado.
2010 – Cinquentenário da2010 – Cinquentenário da
RCPRCP
Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closed-chest cardiac massage.
JAMA. 1960; 173: 1064-1067
““ Qualquer pessoa, emQualquer pessoa, em
qualquer lugar, pode iniciarqualquer lugar, pode iniciar
ressuscitação cardíaca…ressuscitação cardíaca…
tudo o que é necessário sãotudo o que é necessário são
duas mãos.”duas mãos.”
““ Qualquer pessoa, emQualquer pessoa, em
qualquer lugar, pode iniciarqualquer lugar, pode iniciar
ressuscitação cardíaca…ressuscitação cardíaca…
tudo o que é necessário sãotudo o que é necessário são
duas mãos.”duas mãos.”
Morte Súbita CardíacaMorte Súbita Cardíaca

60% a 70% das mortes súbitas
de causa cardíaca ocorrem
antes da hospitalização

Geralmente ocorrem sem que
o paciente tenha tido nenhum
sintoma prévio
52%
19%
8%
21%
Pré hospitalar 24h. de internação
48h. de internação 30 dias pós IAM
Mortalidade noMortalidade no
Infarto do MiocárdioInfarto do Miocárdio
Circulation. 1994;90:2658-2655Circulation. 1994;90:2658-2655
Lesão Cerebral Após
Parada Cardíaca
10 seg. - Perda da consciência
 4 min. - Acabam as reservas de glicose
 6 min. - Depleção severa de ATP e começa
o dano celular
16 min. - Morte cerebral completa
O ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO IMEDIATAMENTEO ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO IMEDIATAMENTE
Prevenção da MortePrevenção da Morte
Súbita CardíacaSúbita Cardíaca

Deve ser o objetivo primordial

Correção dos fatores de risco
 O atendimento inicial deve ser
feito por quem estiver mais
próximo
Fatores de RiscoFatores de Risco
CardiovascularCardiovascular

Fumo

Hipertensão arterial

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
Diabetes

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
Sedentarismo

Idade

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
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ModificáveisModificáveis Não modificáveisNão modificáveis
RessuscitaçãoRessuscitação
CardiopulmonarCardiopulmonar
É uma série de manobras
salvadoras de vida que
melhoram a chance de
sobrevida após uma parada
cardíaca.

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Sasson C, et al Predictors of survival from out-of-hospital cardiac arrest.
Circ. Cardiovas Qual Outcomes. 2010;3:63-81
Ritmos Cardíacos naRitmos Cardíacos na
Morte SúbitaMorte Súbita

Fibrilação Ventricular

Frequente no ataque cardíaco

O tratamento é a desfibrilação
elétrica

Assistolia

Especialmente quando a causa
for hipóxia. ex afogamento

Atividade elétrica sem pulso
Fibrilação VentricularFibrilação Ventricular

O tratamento é a desfibrilação elétrica

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ser feita rapidamente

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o fator que determina a sobrevida
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A RCP deve ser feita de imediato até a
chegada do desfibrilador para manter a
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Dr. Frank Paintridge
(1916-2004)
 60% dos soldados americanos que
tiveram um ataque cardíaco na
Segunda Guerra Mundial morreram
na primeira hora
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ao paciente
“Well, if that is so, we´d better go
outside and pick’em up, hadn´t
we?”
 Desenvolveu o primeiro desfibrilador
portátil (3,2kg)
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móvel do mundo em Belfast (1966)
Dr. Paintrige com seu desfibrilador de 3,2kg
Circulation.2008;116:145-148Circulation.2008;116:145-148
Desfibrilador AutomáticoDesfibrilador Automático
(DEA)(DEA)

Portátil

Pode ser
empregado por
leigos treinados e
paramédicos

Deve estar
disponível o mais
rapidamente
possível
Travers, A. H. et al. Circulation 2010;122:S676-S684
Corrente daCorrente da
SobrevivênciaSobrevivência
Quando a corrente daQuando a corrente da
sobrevivência ésobrevivência é
implementada de maneiraimplementada de maneira
efetiva, a sobrevida daefetiva, a sobrevida da
fibrilação ventricularfibrilação ventricular
testemunhada, que ocorretestemunhada, que ocorre
fora do hospital, é de 50%.fora do hospital, é de 50%.
Rea TD et al. Increasing use of cardiopulmonary resuscitation during out-
of hospital ventricular fibrilation arrest: survival implications of guideline
changes. Circulation, 2006;114:2760-2765
Suporte Básico de Vida
(RCP ou CPR)
É o tratamento inicial para a
morte súbita
Objetiva manter a viabilidade
cerebral até a chegada de
socorro especializado ou
recuperação do paciente
Primeiro PassoPrimeiro Passo
Avaliar a segurança do local
DETERMINAR A INCONSCIÊNCIADETERMINAR A INCONSCIÊNCIA

Tocando nos ombros

Chamando a vítima

“Você está bem?”

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atendimento médico
• Chamar SME (SAMU 192)
• Ficar ao lado da vítima
Segundo PassoSegundo Passo
LeigosLeigos

CHAMAR POR AJUDA

ATIVAR O SISTEMA MÉDICO
DE URGÊNCIA (SAMU 192)
DESFIBRILADOR (DEA)
Segundo Passo
Reanimador Profissional
Verifica se a vítima respira. Se não
respira (ou respiração ineficaz)
considera parada cardíaca e ativa o
sistema médico de urgência
CHAMAR POR AJUDA
ATIVAR O SISTEMA MÉDICO
DE URGÊNCIA (SAMU 192)
DESFIBRILADOR (DEA)
Segundo PassoSegundo Passo
CHAMAR POR AJUDA

1 REANIMADOR

Deixa a vítima, ativa o SME e
volta para reanimar

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
Um ativa o SME

O outro inicia a reanimação
Terceiro PassoTerceiro Passo
POSICIONAR A VÍTIMA

Evitar dano à coluna cervical
(com suspeita de trauma)

Colocar a vítima deitada de
costas em superfície dura
Reanimação Sem VentilaçãoReanimação Sem Ventilação
“Hands- Only CPR”“Hands- Only CPR”
Na fibrilação ventricular, com desfibrilação nos
primeiros minutos, a ausência de ventilação não
mudou a sobrevida
Leigos podem ter dificuldade em fazer boca a
boca
Na reanimação de adultos, vítimas de parada
cardíaca, leigos que não se sentem
confortáveis para fazer respiração boca a boca,
devem fazer somente compressão cardíaca até
a chegada do desfibrilador
Circulation. 2008;117- April 12, 2008Circulation. 2008;117- April 12, 2008
Quarto Passo
DETECTAR PULSO
REANIMADORES PROFISSIONAIS
 PALPAR O PULSO CAROTÍDEO
( O coração está batendo? )
Em até 10 segundos devem decidir se há pulso
presente ou não
LEIGOS
 Muita dificuldade em detectar pulso
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inconsciente (e não respira), não tem pulso
Quinto Passo
COMPRESSÃO TORÁCICA EXTERNA
Comprimir o terço inferior do esterno, ao
nível dos mamilos, no mínimo 5
centímetros
Frequência acima de 100 compressões
por minuto
Tempo de compressão igual ao tempo
de relaxamento
Quinto Passo
COMPRESSÃO TORÁCICA EXTERNA
LEIGOS
Não interrompem a compressão até a
chegada do desfibrilador
REANIMADORES PROFISSIONAIS
Podem interromper as compressões POR
NO MÁXIMO 10 SEGUNDOS para
• Verificar o pulso
• Entubação traqueal
• Desfibrilar
Sexto PassoSexto Passo
DESFIBRILAÇÃO COM DEA

Buscar DEA (se disponível próximo)

Ligar e colocar os eletrodos do DEA

Seguir instruções do aparelho

Retomar compressões após o choque
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DEADEA
Reanimação Básica em Adultos
Algorítimo Simplificado
Não responde
Não respira ou
respiração ineficaz
(gasping)
Chame
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Obtenha o Desfibrilador
Inicie RCP
Cheque o ritmo /
desfibrile caso indicado
Repita a cada 2 minutos
Travers, A. H. et al. Circulation 2010;122:S676-S684
Pressione Forte
Pressione
Rápido
Sétimo PassoSétimo Passo
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
Há obstrução provocada pela
musculatura da língua e pela epiglote,
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
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
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Técnicas para aTécnicas para a
Abertura da Via AéreaAbertura da Via Aérea

Levantamento do queixo (chin lift)

Mais fácil

Leigos treinados e Reanimadores
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
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mandíbula (jaw thrust)

Reanimadores profissionais

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cervical (2% dos casos de trauma)
Oitavo PassoOitavo Passo

VENTILAÇÃO BOCA A BOCA

Iniciar com 2 ventilações suficientes para que
possa ver o tórax da vítima elevar-se

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
Ventilações rápidas causam distensão gástrica

Cada ventilação em 1 segundo

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Ventilação X CompressãoVentilação X Compressão

Frequência de compressão acima
100 por minuto com 1 ou 2
reanimadores

Fazer pausa curta para ventilação
(2X) após a 30a
compressão (30x2)
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Técnica com 2
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DOIS REANIMADORES
O segundo reanimador ativa o
serviço médico de urgência e
providencia o desfibrilador
Os reanimadores se alternam na
compressão cardíaca a cada 2
minutos
Mensagens ImportantesMensagens Importantes

“Hands only CPR” só deve ser feita
nos primeiros minutos após uma
parada cardíaca.

Após alguns minutos a ventilação é
importante. Abrir a via aérea e ventilar

Numa vítima de afogamento ou outra
causa de asfixia, fazer 5 ciclos de
CRP convencional (A-B-C) antes de
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Outras causas de MorteOutras causas de Morte
SúbitaSúbita

Eletrocussão

Afogamento

Engasgamento
Corpo EstranhoCorpo Estranho

A obstrução completa da via aérea é uma
emergência que, se não tratada, leva a
óbito em poucos minutos
 Em adultos ocorre frequentemente durante
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
Esta relacionada à tentativa de engolir
pedaços grandes de comida, associada a
pouca mastigação, a ingestão de bebidas
alcoólicas e ao uso de dentaduras

Deve ser diferenciada do ataque cardíaco
SINAL UNIVERSAL
DE
ENGASGAMENTO
Corpo EstranhoCorpo Estranho
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Corpo EstranhoCorpo Estranho

A manobra de Heimlich é o tratamento
recomendado para obstrução de via
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Posição pós-reanimaçãoPosição pós-reanimação

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circulação efetivas

Colocá-la deitada de lado, com o
braço na frente do corpo
Algoritmo de Suporte Básico de Vida
Inconsciente
Sem respiração
ou respiração ineficaz
Ativar Sistema Médico de Emergência
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ou enviar um segundo socorrista
(se disponível) para realizar esta tarefa
Checar pulso
(por até 10 s)
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Reavaliar pulso com
intervalos de 2 min
11
22
33
3A3A
RCP de Alta Qualidade
• Frequência de no mínimo
100/min
• Compressão cardíaca de ao
menos 5 cm
• Permite a desinsuflação
completa do tórax após cada
compressão
• Minimiza as interrupções na
compressão do tórax
• Evita ventilação excessiva
RCP de Alta Qualidade
• Frequência de no mínimo
100/min
• Compressão cardíaca de ao
menos 5 cm
• Permite a desinsuflação
completa do tórax após cada
compressão
• Minimiza as interrupções na
compressão do tórax
• Evita ventilação excessiva
Com Pulso
Sem Pulso
Iniciar ciclos de
30 COMPRESSÕES e 2 VENTILAÇÕES
44
Chegada do desfibrilador
55
Checar ritmo
Ritmo? FV/TV
66
Retomar RCP imediatamente por 2 min
Checar o ritmo em intervalos de 2 min; continuar
até ser substituído por socorristas do S A V,
ou até a vítima começar a movimentar-se
88
NãoSim
Administrar 1 choque
Retomar RCP
imediatamente por 2 min
77
Nota: As caixas delimitadas por linhas
pontilhadas devem ser realizadas
somente por reanimadores profissionais
e não por socorristas leigos
BibliografiaBibliografia

Consenso Nacional de Ressuscitação
Cardiorespiratória, SBC, Comissão Nacional de
Ressuscitação Cardiorespiratória Arq Bras
Cardiol. Junho , 1996- Vol 66, N 06

2005 International Consensus on Cardiopulmonary
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care
Science with Treatment Recommendations
Circulation Vol 112, N 22 November 22 2005

American Heart Association Guidelines for
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care.
Circulation. 2010;122(suppl 3);S640-946 (Oct 2010)

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  • 2. EpidemiologiaEpidemiologia  Parada cardíaca atendida por serviços médicos de urgência (EUA e Canadá) - 50 a 55/100.000 pessoas/ano  25% apresentavam FV / TVsem pulso  Parada cardíaca em pacientes hospitalizados - 3 a 6/1000 internamentos  25% apresentavam FV / TVsem pulso
  • 3. Causas de Morte SúbitaCausas de Morte Súbita  Cardíaca  Outras causas  Trauma  Afogamento  Engasgamento  Eletrocussão
  • 4. Morte súbita cardíaca é a morte naturalMorte súbita cardíaca é a morte natural por causas cardíacas, manifestada pelapor causas cardíacas, manifestada pela perda abrupta da consciência e paradaperda abrupta da consciência e parada cardíaca, dentro de uma hora do início decardíaca, dentro de uma hora do início de uma alteração cardiovascular agudauma alteração cardiovascular aguda Pode haver ou não doença cardíaca pré-Pode haver ou não doença cardíaca pré- existente, porém, o evento é inesperado.existente, porém, o evento é inesperado.
  • 5. 2010 – Cinquentenário da2010 – Cinquentenário da RCPRCP Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closed-chest cardiac massage. JAMA. 1960; 173: 1064-1067 ““ Qualquer pessoa, emQualquer pessoa, em qualquer lugar, pode iniciarqualquer lugar, pode iniciar ressuscitação cardíaca…ressuscitação cardíaca… tudo o que é necessário sãotudo o que é necessário são duas mãos.”duas mãos.” ““ Qualquer pessoa, emQualquer pessoa, em qualquer lugar, pode iniciarqualquer lugar, pode iniciar ressuscitação cardíaca…ressuscitação cardíaca… tudo o que é necessário sãotudo o que é necessário são duas mãos.”duas mãos.”
  • 6. Morte Súbita CardíacaMorte Súbita Cardíaca  60% a 70% das mortes súbitas de causa cardíaca ocorrem antes da hospitalização  Geralmente ocorrem sem que o paciente tenha tido nenhum sintoma prévio
  • 7. 52% 19% 8% 21% Pré hospitalar 24h. de internação 48h. de internação 30 dias pós IAM Mortalidade noMortalidade no Infarto do MiocárdioInfarto do Miocárdio Circulation. 1994;90:2658-2655Circulation. 1994;90:2658-2655
  • 8. Lesão Cerebral Após Parada Cardíaca 10 seg. - Perda da consciência  4 min. - Acabam as reservas de glicose  6 min. - Depleção severa de ATP e começa o dano celular 16 min. - Morte cerebral completa O ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO IMEDIATAMENTEO ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO IMEDIATAMENTE
  • 9. Prevenção da MortePrevenção da Morte Súbita CardíacaSúbita Cardíaca  Deve ser o objetivo primordial  Correção dos fatores de risco  O atendimento inicial deve ser feito por quem estiver mais próximo
  • 10. Fatores de RiscoFatores de Risco CardiovascularCardiovascular  Fumo  Hipertensão arterial  Hipercolesterolemia  Diabetes  Obesidade  Sedentarismo  Idade  Sexo  História familiar ModificáveisModificáveis Não modificáveisNão modificáveis
  • 11. RessuscitaçãoRessuscitação CardiopulmonarCardiopulmonar É uma série de manobras salvadoras de vida que melhoram a chance de sobrevida após uma parada cardíaca.  Suporte básico de vida  Suporte avançado de vida Sasson C, et al Predictors of survival from out-of-hospital cardiac arrest. Circ. Cardiovas Qual Outcomes. 2010;3:63-81
  • 12. Ritmos Cardíacos naRitmos Cardíacos na Morte SúbitaMorte Súbita  Fibrilação Ventricular  Frequente no ataque cardíaco  O tratamento é a desfibrilação elétrica  Assistolia  Especialmente quando a causa for hipóxia. ex afogamento  Atividade elétrica sem pulso
  • 13. Fibrilação VentricularFibrilação Ventricular  O tratamento é a desfibrilação elétrica  A desfibrilação, para ser eficaz, deve ser feita rapidamente  A chegada rápida de um desfibrilador é o fator que determina a sobrevida  A RCP deve ser feita de imediato até a chegada do desfibrilador para manter a viabilidade cerebral e cardíaca
  • 14. Dr. Frank Paintridge (1916-2004)  60% dos soldados americanos que tiveram um ataque cardíaco na Segunda Guerra Mundial morreram na primeira hora  Teve a idéia de levar o desfibrilador ao paciente “Well, if that is so, we´d better go outside and pick’em up, hadn´t we?”  Desenvolveu o primeiro desfibrilador portátil (3,2kg)  Criou a primeira unidade coronariana móvel do mundo em Belfast (1966) Dr. Paintrige com seu desfibrilador de 3,2kg Circulation.2008;116:145-148Circulation.2008;116:145-148
  • 15. Desfibrilador AutomáticoDesfibrilador Automático (DEA)(DEA)  Portátil  Pode ser empregado por leigos treinados e paramédicos  Deve estar disponível o mais rapidamente possível
  • 16. Travers, A. H. et al. Circulation 2010;122:S676-S684 Corrente daCorrente da SobrevivênciaSobrevivência
  • 17. Quando a corrente daQuando a corrente da sobrevivência ésobrevivência é implementada de maneiraimplementada de maneira efetiva, a sobrevida daefetiva, a sobrevida da fibrilação ventricularfibrilação ventricular testemunhada, que ocorretestemunhada, que ocorre fora do hospital, é de 50%.fora do hospital, é de 50%. Rea TD et al. Increasing use of cardiopulmonary resuscitation during out- of hospital ventricular fibrilation arrest: survival implications of guideline changes. Circulation, 2006;114:2760-2765
  • 18. Suporte Básico de Vida (RCP ou CPR) É o tratamento inicial para a morte súbita Objetiva manter a viabilidade cerebral até a chegada de socorro especializado ou recuperação do paciente
  • 19. Primeiro PassoPrimeiro Passo Avaliar a segurança do local DETERMINAR A INCONSCIÊNCIADETERMINAR A INCONSCIÊNCIA  Tocando nos ombros  Chamando a vítima  “Você está bem?”  a vítima responde, mas necessita atendimento médico • Chamar SME (SAMU 192) • Ficar ao lado da vítima
  • 20. Segundo PassoSegundo Passo LeigosLeigos  CHAMAR POR AJUDA  ATIVAR O SISTEMA MÉDICO DE URGÊNCIA (SAMU 192) DESFIBRILADOR (DEA)
  • 21. Segundo Passo Reanimador Profissional Verifica se a vítima respira. Se não respira (ou respiração ineficaz) considera parada cardíaca e ativa o sistema médico de urgência CHAMAR POR AJUDA ATIVAR O SISTEMA MÉDICO DE URGÊNCIA (SAMU 192) DESFIBRILADOR (DEA)
  • 22. Segundo PassoSegundo Passo CHAMAR POR AJUDA  1 REANIMADOR  Deixa a vítima, ativa o SME e volta para reanimar  2 REANIMADORES  Um ativa o SME  O outro inicia a reanimação
  • 23. Terceiro PassoTerceiro Passo POSICIONAR A VÍTIMA  Evitar dano à coluna cervical (com suspeita de trauma)  Colocar a vítima deitada de costas em superfície dura
  • 24. Reanimação Sem VentilaçãoReanimação Sem Ventilação “Hands- Only CPR”“Hands- Only CPR” Na fibrilação ventricular, com desfibrilação nos primeiros minutos, a ausência de ventilação não mudou a sobrevida Leigos podem ter dificuldade em fazer boca a boca Na reanimação de adultos, vítimas de parada cardíaca, leigos que não se sentem confortáveis para fazer respiração boca a boca, devem fazer somente compressão cardíaca até a chegada do desfibrilador Circulation. 2008;117- April 12, 2008Circulation. 2008;117- April 12, 2008
  • 25. Quarto Passo DETECTAR PULSO REANIMADORES PROFISSIONAIS  PALPAR O PULSO CAROTÍDEO ( O coração está batendo? ) Em até 10 segundos devem decidir se há pulso presente ou não LEIGOS  Muita dificuldade em detectar pulso Devem considerar que se a vítima está inconsciente (e não respira), não tem pulso
  • 26. Quinto Passo COMPRESSÃO TORÁCICA EXTERNA Comprimir o terço inferior do esterno, ao nível dos mamilos, no mínimo 5 centímetros Frequência acima de 100 compressões por minuto Tempo de compressão igual ao tempo de relaxamento
  • 27. Quinto Passo COMPRESSÃO TORÁCICA EXTERNA LEIGOS Não interrompem a compressão até a chegada do desfibrilador REANIMADORES PROFISSIONAIS Podem interromper as compressões POR NO MÁXIMO 10 SEGUNDOS para • Verificar o pulso • Entubação traqueal • Desfibrilar
  • 28. Sexto PassoSexto Passo DESFIBRILAÇÃO COM DEA  Buscar DEA (se disponível próximo)  Ligar e colocar os eletrodos do DEA  Seguir instruções do aparelho  Retomar compressões após o choque (minimizar interrupções)
  • 30. Reanimação Básica em Adultos Algorítimo Simplificado Não responde Não respira ou respiração ineficaz (gasping) Chame Serviço Médico de Emergência Obtenha o Desfibrilador Inicie RCP Cheque o ritmo / desfibrile caso indicado Repita a cada 2 minutos Travers, A. H. et al. Circulation 2010;122:S676-S684 Pressione Forte Pressione Rápido
  • 31. Sétimo PassoSétimo Passo ABRIR AS VIAS AÉREAS  Há obstrução provocada pela musculatura da língua e pela epiglote, fechando a laringe  Extensão do pescoço  Levantamento do queixo
  • 32. Técnicas para aTécnicas para a Abertura da Via AéreaAbertura da Via Aérea  Levantamento do queixo (chin lift)  Mais fácil  Leigos treinados e Reanimadores profissionais  Levantamento do ângulo da mandíbula (jaw thrust)  Reanimadores profissionais  Quando houver suspeita de trauma cervical (2% dos casos de trauma)
  • 33. Oitavo PassoOitavo Passo  VENTILAÇÃO BOCA A BOCA  Iniciar com 2 ventilações suficientes para que possa ver o tórax da vítima elevar-se  Respirar normalmente antes de ventilar  Ventilações rápidas causam distensão gástrica  Cada ventilação em 1 segundo  Não fazer ventilações superpostas (efeito em escada)
  • 34. Ventilação X CompressãoVentilação X Compressão  Frequência de compressão acima 100 por minuto com 1 ou 2 reanimadores  Fazer pausa curta para ventilação (2X) após a 30a compressão (30x2)  Após entubar o paciente não é necessária a pausa
  • 35. Técnica com 2 Reanimadores DOIS REANIMADORES O segundo reanimador ativa o serviço médico de urgência e providencia o desfibrilador Os reanimadores se alternam na compressão cardíaca a cada 2 minutos
  • 36. Mensagens ImportantesMensagens Importantes  “Hands only CPR” só deve ser feita nos primeiros minutos após uma parada cardíaca.  Após alguns minutos a ventilação é importante. Abrir a via aérea e ventilar  Numa vítima de afogamento ou outra causa de asfixia, fazer 5 ciclos de CRP convencional (A-B-C) antes de ativar o Sistema Médico de Urgência
  • 37. Outras causas de MorteOutras causas de Morte SúbitaSúbita  Eletrocussão  Afogamento  Engasgamento
  • 38. Corpo EstranhoCorpo Estranho  A obstrução completa da via aérea é uma emergência que, se não tratada, leva a óbito em poucos minutos  Em adultos ocorre frequentemente durante a refeição. A carne é a maior causa de obstrução  Esta relacionada à tentativa de engolir pedaços grandes de comida, associada a pouca mastigação, a ingestão de bebidas alcoólicas e ao uso de dentaduras  Deve ser diferenciada do ataque cardíaco
  • 40. Corpo EstranhoCorpo Estranho  A manobra de Heimlich é o tratamento recomendado para obstrução de via aérea por corpo estranho, exceto em obesos e grávidas.  Deve ser repetida até desobstruir ou até a vítima desmaiar. Se desmaiar, eleva-se a mandíbula e tenta-se remover o corpo estranho com o dedo.
  • 41. Posição pós-reanimaçãoPosição pós-reanimação  Após a vítima recuperar a ventilação e circulação efetivas  Colocá-la deitada de lado, com o braço na frente do corpo
  • 42. Algoritmo de Suporte Básico de Vida Inconsciente Sem respiração ou respiração ineficaz Ativar Sistema Médico de Emergência Obter DEA/Desfibrilador ou enviar um segundo socorrista (se disponível) para realizar esta tarefa Checar pulso (por até 10 s) . Ventilar 1x cada 5s Reavaliar pulso com intervalos de 2 min 11 22 33 3A3A RCP de Alta Qualidade • Frequência de no mínimo 100/min • Compressão cardíaca de ao menos 5 cm • Permite a desinsuflação completa do tórax após cada compressão • Minimiza as interrupções na compressão do tórax • Evita ventilação excessiva RCP de Alta Qualidade • Frequência de no mínimo 100/min • Compressão cardíaca de ao menos 5 cm • Permite a desinsuflação completa do tórax após cada compressão • Minimiza as interrupções na compressão do tórax • Evita ventilação excessiva Com Pulso Sem Pulso Iniciar ciclos de 30 COMPRESSÕES e 2 VENTILAÇÕES 44 Chegada do desfibrilador 55 Checar ritmo Ritmo? FV/TV 66 Retomar RCP imediatamente por 2 min Checar o ritmo em intervalos de 2 min; continuar até ser substituído por socorristas do S A V, ou até a vítima começar a movimentar-se 88 NãoSim Administrar 1 choque Retomar RCP imediatamente por 2 min 77 Nota: As caixas delimitadas por linhas pontilhadas devem ser realizadas somente por reanimadores profissionais e não por socorristas leigos
  • 43. BibliografiaBibliografia  Consenso Nacional de Ressuscitação Cardiorespiratória, SBC, Comissão Nacional de Ressuscitação Cardiorespiratória Arq Bras Cardiol. Junho , 1996- Vol 66, N 06  2005 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science with Treatment Recommendations Circulation Vol 112, N 22 November 22 2005  American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010;122(suppl 3);S640-946 (Oct 2010)