O documento discute a assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), definindo ICC, descrevendo a fisiopatologia, sinais e sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento. O tratamento inclui modificações no estilo de vida, terapia farmacológica e suporte hemodinâmico.
2. OBJETIVOOBJETIVO
Demonstrar o emprego da Sistematização
da Assistência de Enfermagem (SAE) no
tratamento dos pacientes como ICC e sua
repercussão no processo da assistência
como parte da integralidade dos cuidados
prestados para esses pacientes.
3. DEFINIÇÃO
A Insuficiência Cardíaca Congestiva é
caracterizada quando
o miocárdio não é capaz de bombear
quantidades suficientes de sangue para
atender as
necessidades metabólicas do organismo
4. DEFINIÇÃO
Segundo BRUNNER e SUDDARTH (2005), a ICC é
a incapacidade do coração de bombear sangue
suficiente para satisfazer às necessidades de oxigênio e
nutrição dos tecidos.
5. FISIOPATOLOGIA
NETTINA (2003), aponta a
fisiopatologia da ICC como sendo
mecanismos
compensatórios cardíacos (aumento da
freqüência cardíaca, vasoconstrição e
aumento do
coração) ocorrem para ajudar o coração
insuficiente
7. Conforme BRUNNER e SUDDARTH (2005),
os sinais e sintomas de ICC são classificados como
gerais, cardiovasculares, cerebrovasculares,
Gastrointestinais, renais e respiratórios
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAMANIFESTAÇÃO CLÍNICA
8. - Edema agudo de pulmão: rápido aumento da
pressão capilar pulmonar,
levando à dispnéia intensa e repentina em repouso.
- Choque cardiogênico: PAS < 90mmHg ou 30%
abaixo dos níveis basais durante pelo menos 30
minutos, com sinais de hipoperfusão tecidual e
disfunção orgânica (taquicardia, palidez,
Extremidades frias, confusão mental, oligúria e
acidose metabólica).
MANIFESTAÇÃO CLÍNICAMANIFESTAÇÃO CLÍNICA
9. Os fatores de risco conforme NETTINA (2003),
incluem a hipertensão,
hiperlipidemia, diabetes, história familiar, tabagismo,
consumo de álcool e uso de
medicamentos cardiotóxicos.
FATORES DE RISCOFATORES DE RISCO
10. CAUSAS:
- Diminuição inapropriada da terapia
- Tromboembolismo pulmonar
- Arritmias
- Infecção sistêmica
- Retenção de sódio
- Excessos físicos, emocionais
- Desenvolvimento de comorbidades
- IAM
- Endocardite
- Miocardite aguda
DESCOMPENSAÇÃODESCOMPENSAÇÃO
11. O diagnóstico da ICC irá incluir a realização de uma
anamnese meticulosa, um exame físico minucioso
do sistema cardiorrespiratório, juntamente com
exames radiológicos como a radiografia de tórax e o
ecocardiograma (FIGUEIREDO, 2003).
EXAMES:
- eletrocardiografia
-monitoração da pressão arterial pulmonar.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
12. SINAIS
Na anamnese o paciente queixa-se de falta de ar,
dispnéia que piora a noite, insônia,
náuseas, sensação de plenitude abdominal. Além
disso, ele queixa de tosse produtiva com
escarro rosado e espumoso. EXAMES
- eletrocardiografia
-monitoração da pressão arterial pulmonar.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
13. SINAIS CLÍNICOS
- Falta de ar,
- Dispnéia que piora a noite,
- Insônia,
- Náuseas,
- Sensação de plenitude abdominal.
- Tosse produtiva com escarro rosado e espumoso.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
14. EXAME FÍSICO
No exame físico pode-ser detectar edema de membros
inferiores, cianose de lábios e de leitos unguenais,
palidez cutânea, sudorese, edema periférico pendente e
edema de sacro, além de distensão de veias jugulares.
Pode haver ascite. A pele parece fria e úmida. A
freqüência do pulso é rápida e pode haver pulsos
alternantes (BOUNDY, 2004).
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
15. EXAME FÍSICO
-Na percussão do tórax apresenta macicez nas bases
pulmonares devido a apresentarem cheios de liquido.
Na ausculta dos pulmões manifesta estertores bolhosos
nas duas bases pulmonares. Quando da presença de
edema pulmonar, os estertores difusos pelo pulmão,
seguidos de roncos e sibilos expiratórios (BOUNDY,
2004).
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
16. IMAGEOLOGIA
BOUNDY (2004), descreve que as radiografias de tórax
mostram acentuação das
tramas vasculares pulmonares, edema intersticial ou
derrame pleural e cardiomegalia.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
17. IMAGEOLOGIA
O ecocardiograma é o exame mais fiel na avaliação de
mecânica do coração, uma vez vai determinar o
Percentual do volume ejetado na sístole e ainda avaliar
a cinética das estruturas valvulares, tendinosas e
Câmaras cardíacas (FIGUEIREDO 2003),
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
18. IMAGEOLOGIA
NETTINA (2003), informa com os achados no
eletrocardiograma (em repouso e em exercício) pode
mostrar hipertrofia ventricular esquerda e isquemia
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
19. IMAGEOLOGIA
A monitoração da pressão arterial pulmonar geralmente
mostra elevação da pressão arterial pulmonar em cunha;
aumento da pressão telediastólica do ventrículo
esquerdo nos clientes com insuficiência cardíaca
esquerda; e elevação da pressão venosa central ou atrial
direita nos clientes com insuficiência cardíaca direita
(BOUNDY, 2004).
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
20. A congestão pulmonar pode causar edema pulmonar,
que é a complicação potencialmente fatal. A redução da
perfusão dos órgãos essenciais, principalmente
do cérebro e dos rins, pode levar à insuficiência desses
sistemas. O infarto do miocárdio pode ocorrer porque as
demandas impostas ao coração sobrecarregado
não podem ser suficientemente atendidas (BOUNDY
2004)
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
21. Causas de descompensação:
- Diminuição inapropriada da terapia
- Tromboembolismo pulmonar
- Arritmias
- Infecção sistêmica
- Retenção de sódio
- Excessos físicos, emocionais
- Desenvolvimento de comorbidades
- IAM
- Endocardite
- Miocardite aguda
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
22. O tratamento do paciente com ICC consiste
essencialmente em modificações terapêuticas no estilo
de vida, restrição hídrica, dieta hipossódica,
Oxigenioterapia e terapia farmacológica.
BRUNNER e SUDDARTH (2005), recomendam uma
dieta hipossódica e a restrição hídrica
TRATAMENTOTRATAMENTO
23. OBJETIVOS
- Oxigenação dos tecidos (sat O2 >95%)
- Estabilização hemodinâmica
- Alívio da congestão
TRATAMENTOTRATAMENTO
24. FARMACOLOGIA
BOUNDY (2004), ressalta que em geral a insuficiência
cardíaca pode ser controlada prontamente pelo
tratamento farmacológico que consiste em:
- diuréticos (como a furosemida, hidrocloratiazida,
espironolactona, ácido etacrínico, bumetanida ou
triamtereno) para reduzir o volume sangüíneo total e
a congestão circulatória
TRATAMENTOTRATAMENTO
25. TRATAMENTOTRATAMENTO
-Agentes inotrópicos como digoxina para
aumentar a contratilidade cardíaca;
- Simpaticomiméticos como a dopamina e o
dobutamina nas situações agudas;
- Amrinona para aumentar a contratilidade e
causar vasodilatação arterial
26. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Vasodilatadores para aumentar o débito
cardíaco ou inibidores da enzima
conversora de angiotensina (ECA) para
reduzir a pós-carga
- bloqueadores beta-adrenérgicos para
melhorar a resposta miocárdica.
27. TRATAMENTOTRATAMENTO
IECA:
- Não deve ser suspenso mesmo nos casos de
descompensação aguda
- Ajuste da dose de acordo com a pressão arterial,
função renal e níveis séricos de potássio
dose inicial: Captopril 6,25 a 12,5 mg a cada 8
horas
(dose alvo = 50mg 8/8h)
Enalapril 2,5mg a cada 12 horas
(dose alvo = 10 – 20mg 12/12h)
28. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Antagonistas da aldosterona:
* Espironolactona (Aldactone®) 25mg/dia
- Beta– bloqueadores:
* Carvedilol 3,125mg, devendo-se aumentar a dose a cada
15 dias até 25mg 2x/dia
- Digoxina:
* somente utilizados em pacientes com disfunção sistólica
* dose: 0,25mg se 60 anos
0,125mg se > 60 anos
29. TRATAMENTOTRATAMENTO
Diuréticos:
* se indícios de sobrecarga hídrica
* cuidado com agravamento da função renal e distúrbios
hidroeletrolíticos
* diminuir a dose assim que desaparecer sinais de hipervolemia
* dose: 20 – 40mg a cada 6 – 8 horas
* infusão contínua em casos de anasarca ou resistência à administração
intermitente:
SG 5% - 100 ml (IV) 10 a 20ml/h
Lasix - 12amp
1 ml = 2,4mg
30. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Vasodilatadores:
-- Nitroprussiato de sódio:
* dose inicial: 0,1μg/kg/min
* útil em pacientes com pós-carga elevada (PAS >
180mmHg) e em
pacientes com insuficiência mitral e hipertensão
pulmonar.
* evitar em portadores de síndrome coronariana
aguda e estenose
Aórtica.
31. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Vasopressores: indicado nos pacientes com hipotensão
sintomática com ou sem choque refratário à correção
volêmica.
- Norepinefrina:
* pode provocar vasoconstrição com diminuição da
perfusão tecidual periférica.
* deve ser administrada em cateter venoso central
* dose: 0,2 a 1μg/kg/min
* só deve ser usada no tratamento do choque
cardiogênico refratário.
32. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Dopamina:
* doses: 2 a 20μg/kg/min
* aumento da freqüência cardíaca, consumo
de oxigênio pelo miocárdio, isquemia
miocárdica e arritmias ventriculares.
33. TRATAMENTOTRATAMENTO
Dobutamina:
* utilizada na presença de sinais de baixo débito
* pacientes com insuficiência cardíaca descompensada
acompanhada de hipotensão ou em pacientes com choque
cardiogênico
* geralmente precisa sar associado a um agente vasoativa
(dopamina ou noradrenalina)
* dose: inicial - 5μg/kg/min , podendo ser aumentada até
20μg/kg/min
* efeitos colaterais: taquicardia, arritmias e isquemia
miocárdica
34. TRATAMENTOTRATAMENTO
Milrinona:
* útil em portadores de insuficiência cardíaca
descompensada com hipertensão pulmonar e
pacientes previamente tratados com Beta-
bloqueadores
* não deve ser usado em hipotensos
* dose: 12,5 - 25μg/kg/min
35. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Profilaxia de trombose venosa profunda
- Cateter de PAM: para pacientes instáveis, com
drogas vasoativas
- Cateter venoso central: em pacientes em uso de
drogas vasoativas, instáveis hemodinamicamente
ou com dificuldade de acesso periférico.
- Suporte ventilatório:
* manter Sat O2 > 95%
36. TRATAMENTOTRATAMENTO
- Na ausência de resposta à terapêutica intravenosa ou
naqueles pacientes com congestão pulmonar e sinais
de hipoperfusão tecidual, proceder monitorização
hemodinâmica invasiva (cateter de Swan-Ganz)
- Balão intra-aórtico: indicado em pacientes com
choque cardiogênico ou insuficiência cardíaca que
não responderam às manobras iniciais; que
apresentam complicações mecânicas do infarto;
coronariopatas graves.