Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Pacto caderno ciencias da natureza
1. Prof. Denys Sales
Coordenador Adjunto do Pacto do Ensino Médio (IFCE)
Ciências da Natureza:
Formação do estudante e abordagens
Pedagógico-curriculares no Ensino Médio
Etapa II - Caderno III
2. Reflexão 1
Vícios de fontes
Carrego meus primórdios num andor.
Minha voz tem um vício de fontes.
Eu queria avançar para o começo.
Chegar ao criançamento das palavras.
Lá onde elas ainda urinam na perna.
Antes mesmo que sejam modeladas
pelas mãos. [...]
Manoel de Barros
Fonte:
http://professordenyssales.blogspot.com.br/
4. Nosso Currículo
• Prioriza processos de ensino e aprendizagem conteudistas,
• Conceitos de Biologia, Física e Química não dialogam entre si.
• É fragmentado no interior do componente curricular;
• Há falta de interação entre os componentes da área;
• Não é desenvolvida a construção de uma visão mais completa e
integrada do pensar científico e da forma de conhecer
cientificamente a natureza.
Resumindo:
•“Professores de Química não se
“comunicam” com os de Física ou os de
Biologia e vice-versa, para abordarem de
maneira integrada conceitos comuns.” (p. 9)
http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/negacionismos.jpg
5. • a) Os sujeitos do Ensino Médio considerando suas
experiências e suas necessidades;
• b) A escolha de conhecimentos relevantes de modo a produzir
conteúdos contextualizados;
• c) A Integração nas áreas e entre áreas;
• d) A avaliação que permita ao estudante compreender suas
aprendizagens e ao docente identificá-las para novos
planejamentos.
Quatro dimensões fundamentais:
Integração Curricular
6. Conhecimento
• Tem por função auxiliar na resolução de problemas cotidianos;
• Tem também uma função estética, ou seja, a de contribuir para
ampliar nossa leitura de mundo e de enxergá-lo de uma maneira
diferente, vendo beleza na maneira como o ser humano cria
explicações sobre o mundo natural e como essas explicações se
modificam ao longo da história.
http://pueridomusararaquara.com.br/blog/w
p-content/uploads/2013/07/Descartes.jpg
“Sinto, logo existo!”
7. Conhecimento partilhado
• Compreender que as Ciências da Natureza são constituídas por
atividades sociais e culturais produzidas no diálogo com inúmeros
outros conhecimentos é um primeiro princípio.
•É preciso superar a visão,
ainda tão comum, de
cientistas solitários (em
geral, homens brancos)
que desenvolvem teorias
complexas sobre o mundo
natural a partir somente
de seu talento nato.
8. A aula expositiva
•Pode ser utilizada como modalidade didática ideal para o
professor introduzir e apresentar um tema ou para a realização de
necessárias sínteses do que foi estudado.
•“Porém, quando o professor baseia o seu curso
excessivamente nessa abordagem, focando em sua autoridade
ou na do texto didático, reforça-se a transmissão de conceitos
como verdades acabadas e descobertas definitivas sobre o
mundo natural e uma visão das Ciências da Natureza como
neutra e objetiva. “ (p.11)
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Aula expositiva tradicional
X
Aula expositiva dialogada
9. Ideias prévias
É muito difícil para os estudantes abandonarem suas concepções
prévias e as substituírem pelo conhecimento científico.
Segundo Juan Pozo (1998): “Ensinar ciências não consiste em
proporcionar conceitos aos alunos, mas em mudar os que eles já
possuem” (p. 240).
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Ensinar ciências
consiste em
construir modelos.
10. Concepção Social
•Devemos articular ambientes de aprendizagem que possibilitem:
•O trabalho em grupo;
• Interações em sala de aula que favoreçam a negociação de
significados ;
• A valorização das ideias prévias dos estudantes;
• O envolvimento dos estudantes em investigações autênticas;
• A condução do processo de aprendizagem para a construção
autônoma do conhecimento.
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11. Alfabetização Científica
•Deve-se superar a tradicional visão de que ensinar e aprender
Ciências é ensinar e aprender conceitos descontextualizados.
•Educar em ciências e sobre ciências são vistos como processos
conectados, caracterizando o que se conhece na área por
Alfabetização Científica.
“(...) ser alfabetizado cientificamente é saber
ler a linguagem em que está escrita a
natureza.” (CHASSOT, 2003)
12. Dimensões do conhecimento
e o currículo
É direito do estudante do Ensino Médio!
• Deve-se contemplar as diversas dimensões do conhecimento
científico quando da elaboração de propostas curriculares:
• a dimensão conceitual;
• a dimensão investigativa em diálogo com outras formas de
conhecimentos.
“Conhecer, que é sempre um processo, supõe
uma situação dialógica. Não há, estritamente
falando, um ‘eu penso’, mas um ‘nós pensamos’.”
(Paulo Freire)
13. Desafios
Juventude X Escolarização
•1) Como articular os conhecimentos aos interesses dos jovens que hoje chegam a
escola?
•2) Como superar as lógicas propedêuticas e pragmáticas por meio das quais o
Ensino Médio tem sido historicamente organizado?
•3) Quais conhecimentos da área de Ciências da Natureza podem contribuir na
formação humana integral dos sujeitos do Ensino Médio?
•4) Como abordar em nossas escolas esses conhecimentos, garantindo aos jovens o
direito de aprendê-los?
•5) Como construir currículos que possibilitem a formação humana integral de
nossos jovens e lhes proporcionem as possibilidades de uma educação científica,
que os ajudem a compreender e transformar a realidade em que vivem?
•6) Como a Biologia, a Física e a Química podem trabalhar juntas colaborando para
que o descompasso entre a escola e a realidade dos jovens seja superado?
15. Aprender CN
“Aprender Ciências da Natureza na escola não é o
mesmo que aprender a falar ciência, a se comportar como um
cientista ou fazer ciência, mas é compartilhar e negociar o mundo
conceitual e linguístico no qual os cientistas atuam, de modo a
poder dialogar com eles e a se posicionar perante eles.” (BRASIL,
2014, p.13)
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16. O quê é Ciência?
Ciência é uma produção humana,
contextualizada historicamente.
Ciência é um diálogo com o real, no
qual as perguntas feitas determinam
as respostas.
Ciência é uma produção cultural humana, em
diálogo com inúmeros conhecimentos que
circulam na sociedade
Fonte: BRASIL (2014, p.30)
17. Aprender CN
•Visão tradicional:
• Associa investigação com experimentação nas salas de aula,
em que experimentação no ensino de Ciências da Natureza, de
maneira geral, é aplicada para se demonstrar algum conceito
e, muitas vezes, tem somente como objetivo motivar mais o
aluno para o tema.
• Visão progressista:
• A investigação no ensino das Ciências da Natureza constitui-
se por princípio orientador da prática pedagógica, que não
necessariamente se concretizam por meio de atividades
experimentais, mas que valorizem o pensamento e a
argumentação.
Investigação X Experimentação
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18. O Currículo que
Almejamos deve ter:
•1) Uma visão de ciência em movimento, superando a ideia de um conhecimento
fragmentado e descontextualizado;
•2) A concepção de currículo baseada em uma perspectiva da formação humana
integral dos jovens;
•3) Interdisciplinaridade, constituída pela integração entre os componentes
curriculares da área;
•4) Uma perspectiva dialógica contínua entre os componentes curriculares da área,
a realidade e o contexto sócio-histórico;
•5) Circularidade entre os inúmeros conhecimentos presentes na escola;
•6) Fundamentação no direito que os jovens têm em aprender os conhecimentos
da área e com isso ampliarem sua leitura de mundo e suas possibilidades de
protagonizar processos de transformação na sociedade.
19. Aprender CN
A rota a seguir:
• 1) Para a construção de abordagens pedagógico-curriculares significativas para os
jovens estudantes, para os professores e para a escola, entende-se que um dos
caminhos é:
• o estímulo à curiosidade,
• à observação e,
• ao trabalho coletivo e em rede.
• 2) Assumir a ideia central presente nas DCNEM...
• A pesquisa como princípio pedagógico nos processos de ensino e de aprendizagem
na área de Ciências da Natureza, estimulando os jovens a olharem de forma diferente
para a realidade e para o mundo em que vivem.
20. Abordagem CTS
Partir de um problema ou questão
levantada na esfera da sociedade
introduzir alguns elementos da tecnologia, já que os
estudantes são afetados mais diretamente pelo mundo
tecnológico do que pelo mundo científico
introduzir conceitos científicos específicos à tecnologia
estudada, que ajudarão o estudante a compreender as
dimensões sociais e tecnológicas do problema
Por fim, retomar a
questão inicial no
domínio da sociedade.
Revisitar a tecnologia que os alunos já estudaram
anteriormente, pois poderão atribuir maior sentido à mesma
a partir da ciência que acabaram de aprender.http://pt.slideshare.net/clauelis/ot-qumica-24-de-abril-de-2012
22. Momentos Pedagógicos
• Investigação Temática
• Levantamento do tema – de forma individual ou coletiva - pelos professores
referenciados pela realidade cotidiana dos estudantes .
• Estudo da realidade
•Apresentação de aspectos/dados da realidade que embasem a problematização inicial.
• Problematização Inicial
•Elaboração, pelos estudantes, de questionamentos baseados no estudo da realidade.
•Organização do conhecimento
•Apresentação dos conhecimentos científicos escolares por meio de atividades pedagógicas
elaboradas pelos professores.
•Realização de leituras, levantamento e análise de dados (de forma individual ou coletiva),
construção de diferentes formas de interpretação, elaboração de argumentações, pelos
estudantes.
• Aplicação do conhecimento
•Argumentos e conhecimentos elaborados são organizados e publicizados. Releitura da
problematização inicial e ampliação da compreensão da temática. Elaboração de novos
questionamentos.
1º
2º
3º
23. A experimentação como
caminho pedagógico
•Experimentação é uma
técnica/metodologia para a
produção de conhecimento.
•Experimentação como vivências que
estimulem o estudante a refletir sobre a
realidade a partir da relação com
situações/fatos/ processos que produzam
dúvidas e questionamentos.
24. Função do Experimento
•Na ciência:
• os experimentos são conduzidos para, de uma
maneira geral, o desenvolvimento de teorias, a
aquisição de dados e fatos, a verificação de
hipóteses, a obtenção de novos materiais;
•No ensino de ciências:
• os experimentos têm funções pedagógicas de
ensinar ciências, ensinar sobre as ciências e
ensinar a fazer ciências.
25. Reflexão!
•Como utilizar a experimentação explorando sua
potencialidade pedagógica numa perspectiva de
pesquisa, como apontam as DCNEM?
http://escoladomfranciscodeassispires.blogspot.com.br/2009_11_01_
archive.html
26. Etapas da experimentação
• elaboração do problema;
• elaboração de hipóteses;
• elaboração de procedimentos;
• coleta de dados,
• análise dos dados;
• elaboração da conclusão.
27. Outras abordagens
“Aprendizagens Ativa”
• Project Based Learning (PBL) - Aprendizagem
baseada em Projetos;
•Teaching Case - Discussão e solução de casos;
• Team-based Learning (TBL) - Focado no aprendizado
em equipe;
• Game Based Learning (GBL) - Ensino e aprendizagem
por meio de jogos;
• Peer Instruction (PI) - Aprendizado por colegas;
• Gamificação da sala de aula;
• Flipped Classroom - Sala de aula invertida.
29. Referências
• Brasil. Formação de professores do ensino médio, Etapa II -
Caderno III: Ciências da Natureza / Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica; [autores : Daniela Lopes Scarpa... et
al.]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014. 48p.
• POZO, Juan Ignácio. Teorias cognitivas da aprendizagem. Trad. Juan
Acunã Llorens – 3. ed. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
• CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a
inclusão social. In: Revista Brasileira de Educação, 2003. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09
• Slides:
http://pt.slideshare.net/clauelis/ot-qumica-24-de-abril-de-2012
• Blogs:
http://alexandremedeirosfisicaastronomia.blogspot.com.br/search/label/
Cartoon%20Cient%C3%ADfico
http://professordenyssales.blogspot.com.br/
• Sites:
http://gepeqiqusp.wix.com/gepeq#!publicaes/cvp5