O documento discute a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino de Geografia, colocando-a como parte integral das Ciências Humanas e enfatizando a importância da interdisciplinaridade. A BNCC organiza o Ensino Fundamental em cinco áreas do conhecimento, incluindo as Ciências Humanas, para promover a comunicação entre as disciplinas. O documento também aborda brevemente a história das políticas educacionais no Brasil.
1. Metodologia e Prática do Ensino de
História e Geografia
MPEHG
Profa. Ma. Míriam Navarro
Aula 12: Ciências Humanas, Geografia e BNCC
professoramiriamnavarro@gmail.com
2. TEXTO
PORTELA, O.B. Mugiany. A BNCC PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA: A
PROPOSTA DAS CIÊNCIAS HUMANAS E DA INTERDISCIPLINARIDADE
http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/okara/article/viewFile/3821
6/19359 acesso em 01 dez 2018.
PDF
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3. CIÊNCIAS HUMANAS
• São as áreas ou disciplinas que colocam
o homem e as relações sociais no
centro da pesquisa.
• Sociologia, Antropologia, Ciência
Política, História, Pedagogia, Literatura,
Geografia, Direito, Psicologia etc.
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4. GEOGRAFIA
• Ciência que tem no homem e sua
relação com o meio o seu objeto
de estudo.
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“a relação homem-meio é o eixo
epistemológico da Geografia. Entretanto, para
adquirir uma feição geográfica, a relação
homem-meio deve estruturar-se na forma
combinada da paisagem, do território e do
espaço” (Moreira, 2007, p. 116).
5. BNCC
• Na BNCC, o Ensino Fundamental está
organizado em cinco áreas do
conhecimento. Essas áreas, como bem
aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010
(Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos),
“favorecem a comunicação entre os
conhecimentos e saberes dos diferentes
componentes curriculares” (BRASIL,
2010). Elas se intersectam na formação
dos alunos, embora se preservem as
especificidades e os saberes próprios
construídos e sistematizados nos diversos
componentes. 5
6. CRÍTICA
• Deveria estar mais claro nos documentos
oficiais que regem a educação brasileira o que
se pretende com as Ciências Humanas, ou
melhor, como definem e o porquê da opção
por formar uma ‘área de conhecimento’, e
nessa área incluir as disciplinas escolares de
História, Geografia, Sociologia, Filosofia e
Ensino Religioso.
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7. INTERDISCIPLINARIDADE
• Processo de ligação entre as
disciplinas.
• Para Santos (2010) não há sentido
em separar as ciências.
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“ a excessiva disciplinarização do saber
científico faz do cientista um ignorante
especializado” (2010, p. 74).
8. TRANSVERSALIDADE
• Relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados
e as questões da vida real e de sua transformação (temas de
relevância social).
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9. HISTÓRICO
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As tendências para a educação brasileira sempre estiveram
relacionadas ao momento histórico/econômico/social do país e do
mundo.
Até a década de 30 não havia um sistema regular de ensino garantido
pelo poder público que abarcasse todo o território nacional. Surgem
movimentos em defesa de uma educação pública e gratuita para todos.
1961: LDB - implementou o Projeto da Educação brasileira centrado em
ensino primário, ensino secundário e ensino superior.
10. HISTÓRICO
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1988: Constituição Federal - prevê, em seu Artigo 210, a Base
Nacional Comum Curricular.
1996: LDB - Em seu Artigo 26, regulamenta uma base nacional
comum para a Educação Básica.
1997: PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais - referenciais de
qualidade para a educação brasileira.
2010 DCNs – Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica.
11. HISTÓRICO
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2011: Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental
de 9 anos.
2014: Plano Nacional de Educação (PNE).
2018: Homologação da BNCC.
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico
12. FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
• Os professores estão preparados para
lidar com a interdisciplinaridade e
transversalidade no ensino?
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13. SABERES NECESSÁRIOS AOS PROFESSORES
• Saber Geografia: domínio pleno da área de conhecimento;
• Saber ensinar: pensar o ato de ensinar como fenômeno social;
• Saber para quem vai ensinar: conhecer quem são os alunos, quais são as
suas motivações, história, contexto de vida e identidade individual e
coletiva;
• Saber quem ensina: entender a figura do próprio professor, dentre outras
coisas, saber sua profissionalização, seus motivos e as implicações do ato
docente;
• Saber para que ensinar: trata-se da discussão sobre o currículo e os
processos de constituição dos conteúdos escolares;
• Saber como ensinar Geografia para sujeitos e contextos determinados:
por compreender a escola como instituição social, seu papel na atualidade,
suas crises e suas dificuldades.
Cavalcanti (2012)13
14. CONCLUSÃO
O que importa é pensar em melhorias significativas para o ensino de
Geografia e, certamente, refletir com relação às possíveis mudanças.
Pensar em possibilidades que as tornem viáveis. Em última análise,
não se pode deixar de atentar para uma proposta curricular que
realmente construa e, não destrua, o resultado de muito trabalho e
luta por parte dos que defendem uma escola de qualidade que ensine
significativamente as crianças e jovens. Esse, sim, seria um projeto de
nação coerente. OKARA, 2018
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