O documento discute vários tópicos relacionados à nutrição esportiva, incluindo vitamina D, anemia esportiva, periodização nutricional e suplementação. Ele fornece detalhes sobre os níveis adequados de vitamina D, causas de anemia esportiva, riscos do uso inadequado de suplementos e benefícios da quercetina para o desempenho esportivo. O documento conclui que, embora suplementos possam ser benéficos, o mais importante é adotar bons hábitos alimentares.
8. VITAMINA D
“Exposição solar de 5-30 minutos de 3 -5x semana
sem filtro solar próximo ao sol de meio dia”
Evitar tomar banho imediatamente após o sol
Ingerir alimentos fortificados e suplementos
1000-5000UI – dose x nutrição
PINES – PROFESSIONAL
IN NUTRITION FOR EXERCSE
AND SPORTS, V.1 N.1, 2009.
9. VITAMINA D
Obtida pela ingestão dietética ou produção
cutânea
Níveis desse nutriente no organismo
mensuração sérica de 25-hidroxivitamina D
(25(OH)D)
Estudos vêm demonstrando que os valores
mínimos de (25(OH)D) são muito maiores do que
os valores considerados nos últimos anos
Evidências recentes indicam que os níveis
devem ser superiores a 50 ng/mL
(BINKLEY et al, 2010; CANNEL et al, 2009)
10. VITAMINA D
Amostra: 48 pacientes fisicamente ativos
que iniciaram o acompanhamento nutricional
no período entre abril de 2010 e abril de
2011
RESULTADOS:
Média de 40,2±12,5 ng/mL de 25(OH)D no sangue
dos pacientes, com valores entre 18,2 e 72 ng/mL
Segundo os valores referenciados pelos laboratórios
12 (25%) pessoas estavam com níveis séricos de
25(OH)D reduzidos
Utilizando como parâmetro referencial o valor
sugerido pela literatura atual, 38 (79,17%) indivíduos
apresentavam níveis reduzidos do nutriente
11. VITAMINA D
CONCLUSÃO:
Pacientes em início de acompanhamento nutricional
apresentavam nível sérico de 25(OH)D aproximadamente
igual a 40 ng/mL.
Um percentual alto de indivíduos fisicamente ativos (79%)
possui reduzidos valores séricos da vitamina.
A avaliação dos níveis de vitamina D por meio dos valores
referenciados pelos laboratórios pode subestimar a
deficiência dessa vitamina.
12. ANEMIA ESPORTIVA
“Adaptações fisiológicas ao exercício,
as quais promovem aumento do volume
sanguíneo em resposta à ação de
hormônios” – similar ao estado
patológico, mas sem efeitos prejudiciais.
Para diagnóstico preciso: outros
parâmetros bioquímicos, o mais
indicado:
Ferritina – 20 -30mcg/L
14. ANEMIA ESPORTIVA
CAUSAS DA BAIXA FERRITINA:
Ingestão de alimentos de baixo valor
nutricional:
○ Refrigerantes
○ Pizzas
○ Doces
15. ANEMIA ESPORTIVA
CAUSAS DA BAIXA FERRITINA:
Hemorragia gastrintestinal (sangue oculto
nas fezes)
Colite isquêmica – desidratação grave
Hemólise por impacto – haptoglobina
(reciclagem do ferro perdido), insuficiente
nos casos em que o grau de hemólise é
muito alto
16. ANEMIA ESPORTIVA
CAUSAS DA BAIXA FERRITINA:
Hemólise por radicais livres:
○ Acidose metabólica → libera Fe da Hb →
formação de radicais oxidantes (reação de
Fenton) → reagem com a mbn dos eritrócitos
→ peroxidação lipídica → Hemólise
Perda de ferro através da transpiração
○ Aparecem discretamente na literatura
17. ANEMIA ESPORTIVA
FERRO:
Deficiência no desempenho físico e mental
↑ FC
USO INADEQUADO DE SUPLEMENTOS:
Arritimia cardíaca
Aterosclerose
Infarto do miocárdio
Câncer no fígado
Cólon retal
ARAÚJO et al, Aspectos gerais da deficiência de ferro no esporte,
Suas implicações no desempenho e importância do diagnóstico
Precoce. REVISTA DE NUTRIÇÃO, v. 24, n.23, 2011.
19. SUPLEMENTAÇÃO
Benefícios dependem:
Da modalidade esportiva
Do atleta
Da situação
Na verdade:
Não compensam maus hábitos
alimentares
Excesso pode ser prejudicial
20. RISCOS DOS
SUPLEMENTOS
Ausência de cuidados na
fabricação
Doses erradas dos ingredientes
descritos nos rótulos
Geyer et al, 2004 15% de
suplementos não hormonais
continham esteróides não
declarados
21. Cuidado com os termogênicos
Dimethylamylamine
Patenteado em 1950 como
descongestionante nasal,
pouco se conhece sobre a sua
farmacologia via oral.
Estudo neo zelandes descreveu
um caso de um jovem de 21
anos que sofreu hemorragia
cerebral logo após ter ingerido
a substância.
N Z Med J. 2010 Dec 17;123(1327):124-7.
Another bitter pill: a case of toxicity from DMAA party pills.
Gee P, Jackson S, Easton J.
22. QUERCITINA
Fitoquímico naturalmente encontrado em
muitos alimentos:
Vinho tinto,
Chá verde,
Cebolas,
Maçãs,
Vegetais folhosos.
23. QUERCITINA
Ações:
Antioxidante (5x> vit. C),
Anti-inflamatória,
Antihistamínica,
Anti tumoral (especialmente de pulmão),
Parece contribuir para a biogênese
mitrocondrial →↑ metabolismo oxidativo,
SNC – efeito similar ao da cafeína sem os UNCARIA – 14% QUERCETINA
efeitos colaterais,
24. QUERCITINA
EM ANIMAIS:
HOOD et al, 2006.
12,5mg/kg/d durante 7 dias:
Aumento na massa e capacidade mitocondrial do
músculo esquelético e do cérebro mesmo em ratos
sedentários:
↑ mRNA citrato sintase,
↑ citocromo C.
Efeitos perdidos após 7 dias de suspensão do uso.
DAVIS, 2008.
TALBOT, HUGHES, 2007.
NIEMAN, 2008.
25. QUERCITINA
EM HUMANOS:
7 dias de Q (1000mg):
Retardo na fadiga,
↑ 3,9% VO2 máx,
↑ 13% de endurance no ciclismo (cross over design),
Aumento de 4% na velocidade.
UTILIZAÇÃO – 2 doses 7am e 2 pm.
DAVIS, 2008.
MACRAE, MEFFERD, 2006.
↓ PCR TALBOT, HUGHES, 2007.
NIEMAN, 2008.
NIEMAN et al, 2007.
NIEMAN, BISHOP, 2006.
26. QUERCITINA
Recomendação:
500-1000mg/dia
Contra- indicação:
Risco de sangramento por suas
propriedades vasodilatadoras e de
diminuição da viscosidade sanguínea.
DAVIS, 2008.
TALBOT, HUGHES, 2007.
NIEMAN, 2008.