O documento descreve os componentes de uma rede de atenção à saúde da gestante e da criança, incluindo a população-alvo, estratificação de risco, estrutura operacional, e modelo de atenção. A rede é organizada de acordo com o nível de risco gestacional, indo da atenção primária à terciária conforme a complexidade do caso. O objetivo é fornecer os cuidados adequados a cada situação de saúde materno-infantil.
4. Definida para um território sanitário
Estimada para efeitos de programação
Conhecida por meio do cadastro da APS
Vinculada à equipe da APS e à rede de atenção
População alvo
GESTANTE PARTURIENTE PUÉRPERA
NEONATO CRIANÇA
6. Estratificação de risco - critérios
RISCO
HABITUAL
Características individuais e condições
sócio-demográficas favoráveis:
Idade entre 16 e 34 anos
Gravidez planejada ou desejada
História reprodutiva anterior:
Intervalo interpartal maior que 1 ano.
Ausência de resultados adversos (abortamento,
natimortalidade, prematuridade).
Ausência de intercorrências clínicas e ou
obstétricas na gravidez anterior e ou atual.
7. Estratificação de risco - critérios
MÉDIO
RISCO
Características individuais e condições
sócio-demográficas:
Idade menor que 16 e maior que 34 anos
Baixa escolaridade (< 4 anos)
Tabagista
Intercorrências clínicas / obstétricas na
gravidez atual:
Infecção urinária
8. Estratificação de risco - critérios
ALTO
RISCO
Doença obstétrica na gravidez atual
controlada:
Restrição do crescimento intrauterino
Pré-eclâmpsia e eclampsia
Diabetes gestacional
Intercorrências clínicas com doença
controlada:
Hipertensão arterial
Cardiopatias; Pneumopatias ; Nefropatias;
Endocrinopatias; Hemopatias; Epilepsia
Doenças infecciosas (sífilis, toxoplasmose,
rubéola, infecção pelo HIV)
9. Estratificação de risco - critérios
MUITO
ALTO
RISCO
Fatores de Risco Gestacional:
Doença obstétrica na gravidez atual - não
controlada
Intercorrências clínicas - patologias não
controladas
Fatores de risco fetais: malformações e
isoimunização materno fetal
Câncer em tratamento
10. Estratificação de risco -
parametrização
RISCO HABITUAL
85%
MÉDIO RISCO
ALTO RISCO 11,6%
MUITO ALTO RISCO 3,4%
12. UBS
MATERNIDADE
DE RISCO
HABITUAL
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
ATENÇÃO
SECUN-
DÁRIA
ATENÇÃO
TERCI-
ÁRIA
A
A
H
A
H
• Visita domiciliar
• Cadastro e acompanhamento do pré-natal
• Estratificação de risco
• Exames complementares
• Vinculação à maternidade
• Plano de cuidados
• Coordenar o cuidado na rede de atenção
• Acolhimento e classificação de risco da
gestante
• Monitoramento do trabalho de parto por meio
do partograma
• Assistência à parturiente e ao neonato com
complicações não previsíveis durante o parto e
nascimento
• Assistência em alojamento conjunto
• Estabilização e transferência da parturiente /
puérpera e neonato criticamente doentes para
unidades de maior complexidade
GESTANTE de RISCO HABITUAL
e MÉDIO RISCO
13. UBS
CENTRO
VIVA VIDA /
Referência
Pré-natal de
Alto Risco
MATERNIDADE
DE ALTO
RISCO
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
ATENÇÃO
SECUN-
DÁRIA
ATENÇÃO
TERCI-
ÁRIA
A
A
H
A
H
• Cadastro e acompanhamento da gestante
• Competências da Maternidade de Risco Habitual
• Assistência ao neonato criticamente doente em
leitos de Unidade Neonatal de Cuidados
Progressivos (UTI + UCI + Canguru)
• UTI adulto de referência para as puérperas com
complicações
• Casa da gestante
• Acompanhamento do pré-natal de alto risco com
equipe multidisciplinar
• Exames complementares de acordo com a
avaliação clínica
GESTANTE de ALTO RISCO
14. UBS
CENTRO
VIVA VIDA /
Referência
Pré-natal de
Alto Risco
Serviço de
Referência para
MEDICINA
FETAL
MATERNIDADE
DE MUITO
ALTO RISCO
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
ATENÇÃO
SECUN-
DÁRIA
ATENÇÃO
TERCI-
ÁRIA
A
A
A
H
• Cadastro e acompanhamento da gestante
• Competências da Maternidade de Alto Risco
Habitual
• Assistência ao neonato com:
⌐ prematuridade extrema
⌐ malformação congênita
em leitos de Unidade Neonatal de Cuidados
Progressivos Especializados
• Casa da gestante
• Acompanhamento do pré-natal de alto risco com
equipe multidisciplinar
• Exames complementares de acordo com a
avaliação clínica
• Interconsulta com equipe multiprofissional e de
especialistas em medicina fetal, cirurgiões
pediátricos, geneticistas
GESTANTE de MUITO ALTO RISCO
18. História natural da gestação ao
1º ano de vida
0 40 s 10 d 42 d
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE IMEDIATO TARDIO
GESTAÇÃO ou
PERÍODO PRÉ-NATAL
PUERPÉRIO
PERÍODO FETAL PRIMEIRO ANO DE VIDA
PRECOCE INTER TARDIO PERÍODO NEONATAL PERÍODO PÓS-NEONATAL
PRE-
COCE
TARDIO
0 22 s 28 s 40 s 7 d 28 d (...) 364 d
NASCIMENTO
IDADE GESTACIONAL - IG
(em semanas)
IDADE
(em dias)
19. História natural
0 40 s 10 d 42 d
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTRE IMEDIATO TARDIO
GESTAÇÃO ou
PERÍODO PRÉ-NATAL
PUERPÉRIO
PERÍODO FETAL PRIMEIRO ANO DE VIDA
PRECOCE INTER TARDIO PERÍODO NEONATAL PERÍODO PÓS-NEONATAL
PRE-
COCE
TARDIO
0 22 s 28 s 40 s 7 d 28 d (...) 364 d
NASCIMENTO
IDADE GESTACIONAL - IG
(em semanas)
IDADE
(em dias)
MORTE MATERNA
MORTE INFANTIL
20. Identificação e cadastro da gestante
Estratificação de risco
Acompanhamento do pré-natal
Gestão de caso para as gestantes com maior risco
Processos críticos
21. Vinculação à maternidade de referência, de acordo
com a estratificação de risco
Acesso à maternidade de referência
Assistência ao parto e ao nascimento
Processos críticos
22. Gestante, 38 anos
Natural de município com população ≈ 40 mil hab
Caso 1
Data: 25/12/2012 – 07:13
Internação: Hospital do próprio município
Procedimento: Parto cesariano em gestação de alto risco
Diagnóstico inicial: Eclampsia no trabalho de parto
História: Encaminhada em trabalho de parto
Episódio de crise convulsiva
Idade gestacional estimada: 36 semanas
Consultas de pré-natal: 0
Encaminhamento: Transferência para hospital macrorregional
Justificativa: Necessidade de tratamento especializado
Estamos sem sulfato de magnésio
Não possuímos anestesista
23. Caso 1
Data: 25/12/2012 – 16:54
Internação: Hospital no hospital macrorregional
Procedimento: Parto cesariano em gestação de alto risco
Diagnóstico inicial: Eclampsia no trabalho de parto
Evolução: Parto realizado
Ausência de informação sobre o neonato
Puérpera com insuficiência renal aguda
Encaminhamento: Nova transferência
Justificativa: Necessidade de diálise
24. Caso 1
Data: 28/12/2012 – 01:23
Internação: Hospital de referência
Procedimento: Tratamento de edema, proteinúria e
transtornos hipertensivos
Diagnóstico inicial: Eclampsia no puerpério
Evolução: Complicações progressivas e rápidas
Conclusão: Óbito
25. Caso 2
Avaliação de risco de óbito neonatal precoce (<7 dias) hospitalar
segundo número de nascidos vivos do estabelecimento (1 a 299 NV
ou 300 NV ou mais). Minas Gerais, 2011.
PARTOS / ANO NASCIDOS VIVOS ÓBITOS TAXA IC (95%)
1 a 299 35.232 13,9% 345 9,8 (8,8-10,9)
300 ou mais 218.590 86,1% 1.591 7,3 (6,9-7,6)
Total do Estado* 253.822 100,0% 1.936 7,6 (7,3-8,0)
*Óbitos e nascimentos ocorridos somente em hospitais
Fontes: SIM e SINASC/CGSIS/DASS/SVEAST/SubVPS/SESMG.
Notas: Dados de mortalidade para o ano 2011 preliminares, atualizados em 04/02/2013.
Dados de nascidos vivos para o ano 2011 preliminares, atualizados em 21/02/2013.
26. Caso 2
Avaliação de risco de óbito neonatal precoce (<7 dias) hospitalar
segundo número de nascidos vivos do estabelecimento.
Minas Gerais, 2011.
PARTOS / ANO NASCIDOS VIVOS ÓBITOS TAXA IC (95%)
1 a 299 35.232 13,9% 345 9,8 (8,8-10,9)
300 ou mais 218.590 86,1% 1.591 7,3 (6,9-7,6)
1 a 99 6.365 2,5% 165 28,2 (22,1-30,2)
Total do Estado* 253.822 100,0% 1.936 7,6 (7,3-8,0)
*Óbitos e nascimentos ocorridos somente em hospitais
Fontes: SIM e SINASC/CGSIS/DASS/SVEAST/SubVPS/SESMG.
Notas: Dados de mortalidade para o ano 2011 preliminares, atualizados em 04/02/2013.
Dados de nascidos vivos para o ano 2011 preliminares, atualizados em 21/02/2013.
27. Monitoramento do neonato e da puérpera no
período pós-alta imediato
Notificação e investigação do óbito materno e
infantil
Processos críticos