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A título de curiosidade

Tempo de vida de alguns animais
Animal

anos

Cabra

17

Ovelha

16

Porco

16

Vaca

17-25

Mula

30

Coelho

7-9

Cão

15-18

Burro

20-30

Cavalo

25-40
Curar e prevenir constituem duas missões fundamentais da
medicina
CURAR É OBJECTO DA MEDICINA TERAPÊUTICA, ACTUANDO SOBRE O HOMEM OU ANIMAL
DOENTE, VALENDO-SE DE MEDIDAS APLICADAS DIRECTAMENTE SOBRE O INDIVÍDUO, O QUAL RECEBE
PRIMORDIALMENTE OS BENEFÍCIOS, SE BEM QUE SECUNDARIAMENTE POSSA RESULTAR BENEFICIADA
A COLECTIVIDADE.

PREVENIR - É OBJECTO DA HIGIENE CUJA ACÇÃO NÃO É O INDIVÍDUO DOENTE MAS SIM O SÃO.
TODAVIA, SE ACTUA SOBRE O ENFERMO, É UNICAMENTE PARA EVITAR OU DIMINUIR O PERIGO QUE
O MESMO CONSTITUI PARA O COLECTIVO
Profilaxia - Provém do grego prophýlaxis (cautela), é a aplicação de meios
tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação.

Existem dois tipos de profilaxia :
Médica
Sanitária
Profilaxia médica – adopta medidas que visam a criação de resistências através
de meios médicos (soros, vacinas, antibióticos e outros agentes químicos )

Profilaxia Sanitária – baseie-se num conjunto de medidas
legais destinadas a evitar a progressão das doenças .

Declaração Obrigatória - uma pessoa conhecedora da
eclosão de certas doenças contagiosas tem que
comunicá-las às autoridades sanitárias
Isolamento – Acantonamento; Sequestro;
quarentena, cordões sanitários
Animal Saudável : Animal são, sem doenças – “tudo “ está a funcionar
normalmente
•É uma animal que cresce em tamanho e força
•A sua movimentação é desembaraça e fácil
•Perante o alimento que se lhe depara revela entusiasmo, comendo com
evidente apetite
•O revestimento do seu corpo , que é a sua pele e o seu pelo, são elásticos
e brilhante
Animal Doente: um animal fraco, triste, deprimido, ou seja existe algo que
perturba o normal funcionamento

• A sua magreza é acentuada
•Nos animais mais jovens o crescimento retarda-se e revela-se bastante
desproporcionado
•O pêlo é baço e frágil
•As penas mal acamadas
•Andamento lento
•Alimentação quase forçada
Factores importantes para o diagnóstico de uma doença :
1-

O animal (sinais clínicos)

2- A história do animal
3- O meio ambiente que o rodeia
Animal:
O produtor deve estar atento ao seu rebanho no geral, e a cada animal em particular. É
importante que ele detecte e interprete os sinais ou sintomas que o animal ou rebanho

apresentam, e saiba transmiti-los ao médico veterinário, quando necessário

história :
é fundamental que o produtor saiba relatar correctamente a história clínica do animal ( a
partir de quando, o que bebeu, se comeu, o quê, foi transportado, está gestante, etc.…)
Meio Ambiente:

É ainda importante que o produtor analise o meio ambiente que o rodeia , estando
atento a possíveis sinais de diarreia ou sangue , a abortos ou materiais de parto, ao
tipo de ervas presentes nas pastagens
Principais sinais ou sintomas de doença:
Para detectar sinais de doença, o produtor deve observar e examinar o animal

Observação do animal:
Observação o aspecto geral do animal :
1. Se o animal está alerta, vivaz ( responde normalmente a estímulos externos)
2. se o animal está magro ( pouco pêlo, pele seca, ossos visíveis )
Observar se o animal come e como o faz :

• se o animal come normalmente ,mas tem emagrecido
•Se o animal tem apetite, mas não consegue mastigar ou engolir o alimento
•Se o animal não tem apetite, nem sequer se aproxima do alimento
Observar as fezes do animal:

•Se são Normais (bolas consistentes)

•Se pura e simplesmente não tem defecado
•Se é diarreia
• ver a cor da fezes ou diarreia ( se é normal, esbranquiçada, muito escura)
•Ver se as fezes tem sangue e/ ou parasitas
Observar a postura do animal
•Se o animal tem o dorso arqueado
•Se tem as patas da frente mais afastadas para os lados ( sinais de dor e dificuldade em

respirar)
•Se tem a cabeça e pescoço esticado
•Se viram a cabeça para o flanco e olham fixamente

•Se esticam as pata para trás ( posição de rã) – pode ser um sintoma da falta de calcio ou
luxação da anca
Observar o andar/ Movimento

Observar a pele

•Se há queda de pêlo e lã ( por mudanças de pelo ou lã, sarna, tinha)
•Se há lesões anormais ( manchas, feridas, crostas, abcessos, etc)
•Se essas lesões ou zonas sem pêlo dão comichão ou prurido ao animal
Exame Físico do animal:
Temperatura:
A temperatura interna nos animais domésticos, matem-se constante entre limites muito
próximos :
Espécie/ Animal

Temperaturas

Equinos até 5 anos
Equinos com mais de 5 anos

37,5 0 c – 38,5 0 c
37,5 0 c – 38,5 0 c

Bovinos até 1 ano
Bovinos com mais de 1 ano

38,5 0 c – 40 0 c
37,5 0 c – 39,5 0 c

ovinos até 1 ano
ovinos com mais de 1 ano

39 0 c – 41 0 c
38,5 0 c – 39,8 0 c

Caprinos até 1 ano
Caprinos com mais de 1 ano

39 0 c – 41 0 c
38,5 0 c – 40,5 0 c
Leitões
Porcos

Coelho

39 0 c – 40,5 0 c
38 0 c – 40 0 c

38,5 0 c – 39,5 0 c

Galinha

40,5 0 c – 42 0 c

Pato e Pombo

41 0 c – 43 0 c
A temperatura do animal pode variar em função de :

1. Ingestão do alimento

2. Temperatura ambiente
3. Exercício
4. Cio
5. Hora do dia ( de manhã a temperatura é cerca de meio grau mais
baixo que ao final da tarde )
Nos animais a colheita da temperatura é feita no recto ( nas
aves pode fazer-se sob as asas)

Quando os valores da temperatura são superiores ao normal diz-se que o
animal tem hipertermia

Quando os valores da temperatura são inferiores ao normal diz-se que o
animal tem hipotermia – sendo um sinal preocupante
Pulso
A pulsação é o indicativo dos batimentos cardíacos, estando sujeita a variações mais
amplas que a temperatura interna

O n.º de pulsações pode variar com:
1. Idade

2. Corpulência
3. Exercício
4. Digestão
5. Excitação

6. hipertermia
Valores normais do pulso

Ovinos e caprinos

60-90

Cavalo Adulto

28-40

Potro

45-60

Bovinos adultos

40-70

Vitelos

100

Porcos adultos

60-80

Leitões

100-120

Coelhos

120-140
Onde explorar o pulso ?

Cavalo- Arteria maxilar externa

Bovinos - artéria maxilar externa ou coccigea ( base da cauda)

Ovinos e Caprinos - artéria maxilar externa ou na femural

Suínos – artéria femural
Sinais respiratórios :
•Respiração acelerada ou lenta (Normal 12-25 movimentos respiratórios por minuto)
• se tem tosse
•Sons de dificuldade respiratória
•Corrimentos nasais

Estado das Mucosas – coloração e integridade
Observação da Urina – quantidade, aspecto, coloração
Nas produtoras de leite , observar cuidadosamente o úbere

Observar Patas e unhas
Tipo de doenças que afectam os ovinos
Existem 2 grandes grupos de doenças :
1. Zoonoses
São doenças dos animais que podem ser transmitidas para o homem
O homem pode contrair estas doenças através :
•do contacto directo com animais infectados
•Ingestão de carne contaminada ( mal passada)
•Ingestão de produtos lácteos contaminados
•Contacto indirecto – Moscas, ratos e baratas
2. Não Zoonoses
São doenças que não são transmitidas para o homem
As doenças dos pequenos ruminantes podem dividir-se em :

1. Doenças Infecto –contagiosas
2. Doenças Parasitárias
3. Doenças metabólicas

4. Outras
1- Doenças infecto – contagiosa

Doença infecciosas – doenças desencadeadas por microrganismos patogénicos, cujo
ciclo biológico não necessita de um hospedeiro e a sua entrada no organismo é
esporádica
Ex: Tétano – cujo agente é um saprófita do solo e estrumes, só entra no organismo
quando existe uma lesão cutânea , que tenha em contacto com o solo ou estrumes
Doença contagiosa – Doença em que o ciclo biológico do agente necessita de um
hospedeiro e tem a faculdade de passar de um organismo para outro organismo
por contacto. Assim toda a doença contagiosa é infecciosa
1.1 Mamite, mastite ou “curto”

• Causado por bactérias ( Staphylococus aureus, S. agalactae, ect.)
• Podem ser provocadas por lesão do úbere, pelo uso de práticas
de ordenha inadequadas ou transferências do tratador de um
animal para outro animal durante a ordenha
• Mais frequentes em animais de altas produções e recém paridos
Sinais ou sintomas :
Úbere quente e mole ( inflamação), pode estar avermelhado, roxo ou mesmo
preto
Leite coagulado ( semelhante a um pacote de leite estragado)
Pode desencadear um estado febril no animal e mesmo maqueira do lado afectado
Tratamento e controlo
Ordenha total

Uso de antibióticos
Muita higiene

É uma Não zoonose
1.2 linfadenite caseosa ( Nascidos )
Causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis

Bactéria persiste muito tempo no meio ambiente; entra no organismo através
de feridas na pele ( tosquia, castração, corte de caudas ou outras)
está presente em todo o mundo e possui impacto económico alto em ovinos e
caprinos, desencadeando perda de peso e condenação da carcaça em casos de
abcessos internos.
Sinais ou sintomas
Abcessos / papos na cabeça, pescoço, peito e úbere que crescem até
rebentar e exsudar pús
Nas lesões mais antigas, o pús seca, ficando duro
Pode provocar Pneumonia, emagrecimento
Tratamento e controlo

Não existe ainda tratamento eficaz para a cura da linfadenite caseosa. Porém, a
profilaxia e o controle têm papel importante na disseminação da doença no rebanho
e, dessa forma, algumas medidas são necessárias e eficazes, como:
Isolar os animais doentes que apresentam lesão supurada e remover os abcessos;
Separar os animais positivos do rebanho, já que são fontes de infecção para o rebanho
Incinerar todo material caseoso, pois o contato desse material no ambiente pode
permanecer como fonte de infecção para o rebanho
Desinfectar as instalações
Impedir que fêmeas positivas amamentem os seus filhos, pois, existe o risco de
transmissão pelo leite
Prevenção :

• Higiene no Parto
• Higiene no corte de caudas
• Desinfectar feri das
• A vacinação pode ser uma solução

Pode ser Zoonose: infecção de feridas da
pele em tosquiadores
1.3 Enterotoxémia / Doença do Rim Polposo/ “ Bexigada”

É uma infecção aguda, não contagiosa, causada pelas toxinas do Clostridium
perfringens, a qual se caracteriza por distúrbios gastrointestinais, sintomas nervosos e
morte súbita, que afecta principalmente animais jovens.
A enterotoxemia está comummente associada a animais alimentados com altos
teores de concentrado e pouca quantidade de fibras. Pode afectar animais de
qualquer raça ou sexo e, embora ocorra em animais adultos, os animais jovens são os
mais comummente afectados.

É uma Não Zoonose
Os sintomas são geralmente de ordem nervosa e variam em sua forma de
apresentação de animal para animal. Nos casos super agudos, os animais são
encontrados mortos sem nenhuma evidência prévia da enfermidade. Nos casos

agudos, mais comuns, os animais apresentam descoordenação e prostração, assim
como manifestações súbitas de mugidos, manias e convulsões generalizadas, que
persistem até que a morte ocorra, algumas horas mais tarde. Nos casos sub agudos, os
animais manifestam apatia e desinteresse em se alimentar ou beber água. Alguns

podem aparentar cegueira, embora os reflexos oculares estejam presentes. Cólicas e
diarreias podem ser manifestações comuns nestes casos.
Tratamento
Geralmente não é realizado em função do rápido curso da doença. A antitoxina, quando
disponível, pode ter algum sucesso quando administrada nos períodos iniciais ou nos
casos crónicos da enfermidade, combinada com a aplicação de antibióticos (penicilinas
ou sulfas).
1.4 Brucelose / “Febre de Malta”
• Causada por bactérias Brucella Ovis, Brucella Melitensis
• Muito frequente em Trás-os-Montes
• A vacinação contra a Brucelose é obrigatória
• É também obrigatória a colheita de sangue a todos os ovinos e
caprinos, para analise em laboratório com vista ao diagnóstico da doença
• Todos os animais positivos tem de ser abatidos
Sinais ou sintomas
• Abortos ao 4 º mês de gestação

• As crias morrem logo após o nascimento
• Aumento de volume e dor no escroto dos machos

Orquite, epididimite
Tratamento e controlo
• Não há cura completa – não se trata
• Vacinação de animais entre os 3 e 6 meses de idade
• Abate dos animais doentes/ infectados

É uma Zoonose
• Não beber leite cru bem como derivados
•Lavar de imediato mãos, braços, roupas sempre que houver contacto com
animais doentes
• Limpar, lavar e desinfectar os locais onde ocorreram abortos ou partos
1.5 Peeira/ “Pezunho”/ “Manqueira”
A peeira é uma doença infecciosa, polibacteriana, geralmente crónica que afecta os
pequenos ruminantes (ovinos e caprinos). Esta doença é uma das mais graves devido
ao seu contágio, a peeira propaga-se com grande facilidade tanto no ovil como nas
pastagens, sendo favorecida a transmissão com humidades elevadas.

Os agentes causadores desta doença podem ser: Fusobacterium
necrofhorum, Fusiformis nodosus actualmente denominada por Dichelobacter
nodosus, no entanto podem intervir ocasionalmente outros agentes etiológicos
diferentes que ocasionam manqueiras (normalmente de uma pata) por inflamação
exsudativa e abcessos nas patas
A peeira começa com um avermelhamento da pele entre os dedos do casco, inicialmente o
odor provocado pela destruição dos tecidos está ausente ou é fraco. À medida que a
doença progride a infecção inicia-se nos tecidos córneos, macios, entre os dedos ou no

calcanhar espalhando-se para a parede interior do casco. Neste momento, a infecção já
desenvolveu um odor bastante forte e desagradável. Com o progressivo avanço da
doença, a superfície do tecido localizado entre a parte de baixo do casco adquire um
aspecto de lama. O tecido córneo dos dedos destaca-se parcialmente e a separação entre a

parede do casco e o tecido inferior faz com a unha fique deformada.
Em infecções mais agudas, o animal sofre de uma manqueira intensa ou deixa de se apoiar
no membro. Estes animais têm dificuldade em se deslocar tanto no ovil como nas
pastagens, sofrendo de um emagrecimento progressivo e podem eventualmente sucumbir.
Em infecções mais agudas é mais prático matar os animais mais seriamente afectados e
concentrar as atenções em casos mais suaves
Tratamento e Controle
A prevenção começa no trânsito de animais, nunca adquirir um animal sem ter a

certeza de possui as patas sãs. Vigiar periodicamente as patas, submeter os animais a
banhos periódicos preventivos (sulfato de zinco, sulfato de cobre, sulfato de ferro).
Quando se submete os animais aos banhos de patas deve-se seguir a seguinte ordem:
primeiro os animais sãos e de seguida os animais doentes para evitar possíveis

contaminações.
Evitar causas que predispõem, como camas húmidas, pastagens contaminadas (onde
pastaram animais contaminados à menos de 15 dias).
numa periodicidade de 5 a 10 dias.
É uma Não zoonose
Os doentes devem ser tratados individualmente. È indispensável arrancar todas as partes
descoladas. Com uma faca remove-se toda a parede da unha descolada pelo pus, tendo o

cuidado de nada esquecer. Uma peeira bem tratada cura-se; se uma ínfima parte
descolada não for removida, a supuração volta e a doença continua. Portanto é
necessário fazer sem hesitar todas as destruições indispensáveis (Degois, 1985).
A faca deve ser desinfectada após cada desbaste dos cascos e as aparas do desbaste
devem ser queimadas.
Depois do desbaste dar um banho de patas (ter o cuidado de dar de beber aos animais
antes do banho, para que eles não ingiram a solução do banho) de seguida devolve-los a
um local limpo e seco, tratando-os
1.6 Agalaxia contagiosa
Causada pela bacteria Mycoplasma agalactiae
Sinais Ou Sintomas
• Mamites
• Artrites
• Problemas oculares
• Abortos
Tratamento: Antibiótico Sistémico; Vacinação

É uma Não zoonose
1.7 Lingua Azul
• Causada por um Vírus ( Orbivírus) – Muito resistente
•A infecção ocorre em um grande número de animais, mas a doença significativa se dá
somente nos ovinos
•Os bovinos são os principais hospedeiros reservatórios para os ovinos
•Sob condições naturais, a infecção ocorre nos ovinos e bovinos
•A infecção natural raramente ocorre nos caprinos
• Transmitido por um mosquito (espécie Culicoides)
• Pode disseminar a doença em grandes distancias
O clima é o principal factor de risco, já que os Culicoides requerem calor e
humidade, para se reproduzirem,
bem como clima húmido quente e calmo, para se alimentarem

Sinais ou Sintomas
Após um período de incubação menor que uma semana
•reacção febril acentuada com temperatura máxima de 40,5 - 41°C é
comum, embora a ausência de febre também possa ocorrer
•A febre mantém-se por cinco ou seis dias
•corrimento nasal e salivação, com avermelhamento das mucosas bucal e
nasal, são evidentes
•O corrimento nasal é muco purulento e frequentemente corado com sangue, e a
saliva mostra-se espumosa

•Aumento de volume e edema dos lábios, gengivas e língua ocorrem
•Lesões podais, como laminite e coronite podem surgir
• Respiração difícil

•Necroses das mucosas da Boca
Prevenção e Controlo:
• Não tem tratamento
•Cuidados na compra de animais
• Controlar os insectos da exploração ( redes mosquiteiras, produtos para nebulização)

• Vacinação ( obrigatória)

É uma Não zoonose
1.8 Estima contagiosa ou “ Boqueira dos Cordeiros”
• Causada por um vírus ( Parapoxvirus)
Mais frequentes em :
• Cordeiros de poucos dias de Idade
• Cordeiros de 3 a 6 Meses
• Ovinos Adultos
• Doença muito contagiosa ( Contacto com animais infectados ou objectos, Postos
ou Camas)
• Ocorre mais no verão
Sinais e Sintomas
Crostas secas e espessas
Lesões nas comissuras bucais, focinho, lábios, narinas, boca, úbere, tetos

Cordeiros com dificuldade em mamar ou pastar
Perdem Peso

Recuperam-no geralmente em 2, 3 semanas
Tratamento e Controle
Desinfecção das feridas
Alimento moles, nos casos Graves
Vacina

É uma Não zoonose
Doenças Parasitárias
São doenças provocadas por Parasitas
Parasitas: Pequenos Animais que vivem à custa dos outros, causando-lhes doença

•Externos: Vivem no exterior do animal
Os Parasitas podem ser:

Ex: Piolhos, Pulgas, Carraças, ácaros ( Sarnas)
• Internos: Vivem no interior do animal
Ex: Coccideas, Fasciola hepática, ténias
Para o tratamento de doenças parasitárias ou para a sua prevenção utilizam-se
medicamentos antiparasitários
Muitos parasitas podem adquirir resistência a alguns antiparasitarios
Convém efectuar a rotação periódica do produto a utilizar nas desparasitações
Há períodos da vida do animal, em que se deve proceder à desparasitação:

 1 Mês antes do parto
 Sempre que muda o rebanho para uma nova pastagem
Aquisição de novos animais
Borregos e cabritos, após desmame, ao fim de uma semana em pastoreio
As doenças parasitárias são dos problemas mais comuns nos pequenos ruminantes, e
acarretam graves prejuízos
O problema é de fácil controlo e maneio

Sinais e sintomas
 Emagrecimento
 Pelo Menos Brilhante
 “ Papeira “

 Fezes Pastosas
 Pontos Brancos nas fezes (parasitas)
Sarna ou “Ronha”
Causada por ácaros muito pequenos
Doença muito contagiosa, transmitida por contacto directo

Sinais e sintomas
É para vocês me dizerem !
Pele Escamosa
Peladas

Crostas

Caspas

Pele espessa, dura e rugosa

É UMA
Irritações
ZOONOSE
Perda de Peso
CICLO DE VIDA
TRATAMENTO E CONTROLO

ISOLAMENTO DOS ANIMAIS INFESTADOS
BANHOS COM ANTIPARITÁRIO DE TODOS OS ANIMAIS – REPETIÇÃO 10-12 DIAS MAIS TARDE

Antaparasitários injectáveis (ivermectina)
Fasciolose
Causada pelo parasita interno Fasciola hepática
Afecta os canais biliares e fígado

Sinais e sintomas
 Perda de peso
 Anemia
Lã de Fraca qualidade
Morte nos casos mais graves
TRATAMENTO E CONTROLO

1.
2.
3.
4.
5.

Antiparitários
Drenagem de terrenos húmidos
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Tempo de vida de animais

  • 1. A título de curiosidade Tempo de vida de alguns animais Animal anos Cabra 17 Ovelha 16 Porco 16 Vaca 17-25 Mula 30 Coelho 7-9 Cão 15-18 Burro 20-30 Cavalo 25-40
  • 2. Curar e prevenir constituem duas missões fundamentais da medicina CURAR É OBJECTO DA MEDICINA TERAPÊUTICA, ACTUANDO SOBRE O HOMEM OU ANIMAL DOENTE, VALENDO-SE DE MEDIDAS APLICADAS DIRECTAMENTE SOBRE O INDIVÍDUO, O QUAL RECEBE PRIMORDIALMENTE OS BENEFÍCIOS, SE BEM QUE SECUNDARIAMENTE POSSA RESULTAR BENEFICIADA A COLECTIVIDADE. PREVENIR - É OBJECTO DA HIGIENE CUJA ACÇÃO NÃO É O INDIVÍDUO DOENTE MAS SIM O SÃO. TODAVIA, SE ACTUA SOBRE O ENFERMO, É UNICAMENTE PARA EVITAR OU DIMINUIR O PERIGO QUE O MESMO CONSTITUI PARA O COLECTIVO
  • 3. Profilaxia - Provém do grego prophýlaxis (cautela), é a aplicação de meios tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação. Existem dois tipos de profilaxia : Médica Sanitária
  • 4. Profilaxia médica – adopta medidas que visam a criação de resistências através de meios médicos (soros, vacinas, antibióticos e outros agentes químicos ) Profilaxia Sanitária – baseie-se num conjunto de medidas legais destinadas a evitar a progressão das doenças . Declaração Obrigatória - uma pessoa conhecedora da eclosão de certas doenças contagiosas tem que comunicá-las às autoridades sanitárias Isolamento – Acantonamento; Sequestro; quarentena, cordões sanitários
  • 5. Animal Saudável : Animal são, sem doenças – “tudo “ está a funcionar normalmente •É uma animal que cresce em tamanho e força •A sua movimentação é desembaraça e fácil •Perante o alimento que se lhe depara revela entusiasmo, comendo com evidente apetite •O revestimento do seu corpo , que é a sua pele e o seu pelo, são elásticos e brilhante
  • 6. Animal Doente: um animal fraco, triste, deprimido, ou seja existe algo que perturba o normal funcionamento • A sua magreza é acentuada •Nos animais mais jovens o crescimento retarda-se e revela-se bastante desproporcionado •O pêlo é baço e frágil •As penas mal acamadas •Andamento lento •Alimentação quase forçada
  • 7. Factores importantes para o diagnóstico de uma doença : 1- O animal (sinais clínicos) 2- A história do animal 3- O meio ambiente que o rodeia
  • 8. Animal: O produtor deve estar atento ao seu rebanho no geral, e a cada animal em particular. É importante que ele detecte e interprete os sinais ou sintomas que o animal ou rebanho apresentam, e saiba transmiti-los ao médico veterinário, quando necessário história : é fundamental que o produtor saiba relatar correctamente a história clínica do animal ( a partir de quando, o que bebeu, se comeu, o quê, foi transportado, está gestante, etc.…)
  • 9. Meio Ambiente: É ainda importante que o produtor analise o meio ambiente que o rodeia , estando atento a possíveis sinais de diarreia ou sangue , a abortos ou materiais de parto, ao tipo de ervas presentes nas pastagens
  • 10. Principais sinais ou sintomas de doença: Para detectar sinais de doença, o produtor deve observar e examinar o animal Observação do animal: Observação o aspecto geral do animal : 1. Se o animal está alerta, vivaz ( responde normalmente a estímulos externos) 2. se o animal está magro ( pouco pêlo, pele seca, ossos visíveis ) Observar se o animal come e como o faz : • se o animal come normalmente ,mas tem emagrecido •Se o animal tem apetite, mas não consegue mastigar ou engolir o alimento •Se o animal não tem apetite, nem sequer se aproxima do alimento
  • 11. Observar as fezes do animal: •Se são Normais (bolas consistentes) •Se pura e simplesmente não tem defecado •Se é diarreia • ver a cor da fezes ou diarreia ( se é normal, esbranquiçada, muito escura) •Ver se as fezes tem sangue e/ ou parasitas
  • 12. Observar a postura do animal •Se o animal tem o dorso arqueado •Se tem as patas da frente mais afastadas para os lados ( sinais de dor e dificuldade em respirar) •Se tem a cabeça e pescoço esticado •Se viram a cabeça para o flanco e olham fixamente •Se esticam as pata para trás ( posição de rã) – pode ser um sintoma da falta de calcio ou luxação da anca
  • 13. Observar o andar/ Movimento Observar a pele •Se há queda de pêlo e lã ( por mudanças de pelo ou lã, sarna, tinha) •Se há lesões anormais ( manchas, feridas, crostas, abcessos, etc) •Se essas lesões ou zonas sem pêlo dão comichão ou prurido ao animal
  • 14. Exame Físico do animal: Temperatura: A temperatura interna nos animais domésticos, matem-se constante entre limites muito próximos : Espécie/ Animal Temperaturas Equinos até 5 anos Equinos com mais de 5 anos 37,5 0 c – 38,5 0 c 37,5 0 c – 38,5 0 c Bovinos até 1 ano Bovinos com mais de 1 ano 38,5 0 c – 40 0 c 37,5 0 c – 39,5 0 c ovinos até 1 ano ovinos com mais de 1 ano 39 0 c – 41 0 c 38,5 0 c – 39,8 0 c Caprinos até 1 ano Caprinos com mais de 1 ano 39 0 c – 41 0 c 38,5 0 c – 40,5 0 c
  • 15. Leitões Porcos Coelho 39 0 c – 40,5 0 c 38 0 c – 40 0 c 38,5 0 c – 39,5 0 c Galinha 40,5 0 c – 42 0 c Pato e Pombo 41 0 c – 43 0 c
  • 16. A temperatura do animal pode variar em função de : 1. Ingestão do alimento 2. Temperatura ambiente 3. Exercício 4. Cio 5. Hora do dia ( de manhã a temperatura é cerca de meio grau mais baixo que ao final da tarde )
  • 17. Nos animais a colheita da temperatura é feita no recto ( nas aves pode fazer-se sob as asas) Quando os valores da temperatura são superiores ao normal diz-se que o animal tem hipertermia Quando os valores da temperatura são inferiores ao normal diz-se que o animal tem hipotermia – sendo um sinal preocupante
  • 18. Pulso A pulsação é o indicativo dos batimentos cardíacos, estando sujeita a variações mais amplas que a temperatura interna O n.º de pulsações pode variar com: 1. Idade 2. Corpulência 3. Exercício 4. Digestão 5. Excitação 6. hipertermia
  • 19. Valores normais do pulso Ovinos e caprinos 60-90 Cavalo Adulto 28-40 Potro 45-60 Bovinos adultos 40-70 Vitelos 100 Porcos adultos 60-80 Leitões 100-120 Coelhos 120-140
  • 20. Onde explorar o pulso ? Cavalo- Arteria maxilar externa Bovinos - artéria maxilar externa ou coccigea ( base da cauda) Ovinos e Caprinos - artéria maxilar externa ou na femural Suínos – artéria femural
  • 21. Sinais respiratórios : •Respiração acelerada ou lenta (Normal 12-25 movimentos respiratórios por minuto) • se tem tosse •Sons de dificuldade respiratória •Corrimentos nasais Estado das Mucosas – coloração e integridade Observação da Urina – quantidade, aspecto, coloração Nas produtoras de leite , observar cuidadosamente o úbere Observar Patas e unhas
  • 22. Tipo de doenças que afectam os ovinos Existem 2 grandes grupos de doenças : 1. Zoonoses São doenças dos animais que podem ser transmitidas para o homem O homem pode contrair estas doenças através : •do contacto directo com animais infectados •Ingestão de carne contaminada ( mal passada) •Ingestão de produtos lácteos contaminados •Contacto indirecto – Moscas, ratos e baratas 2. Não Zoonoses São doenças que não são transmitidas para o homem
  • 23. As doenças dos pequenos ruminantes podem dividir-se em : 1. Doenças Infecto –contagiosas 2. Doenças Parasitárias 3. Doenças metabólicas 4. Outras
  • 24. 1- Doenças infecto – contagiosa Doença infecciosas – doenças desencadeadas por microrganismos patogénicos, cujo ciclo biológico não necessita de um hospedeiro e a sua entrada no organismo é esporádica Ex: Tétano – cujo agente é um saprófita do solo e estrumes, só entra no organismo quando existe uma lesão cutânea , que tenha em contacto com o solo ou estrumes Doença contagiosa – Doença em que o ciclo biológico do agente necessita de um hospedeiro e tem a faculdade de passar de um organismo para outro organismo por contacto. Assim toda a doença contagiosa é infecciosa
  • 25. 1.1 Mamite, mastite ou “curto” • Causado por bactérias ( Staphylococus aureus, S. agalactae, ect.) • Podem ser provocadas por lesão do úbere, pelo uso de práticas de ordenha inadequadas ou transferências do tratador de um animal para outro animal durante a ordenha • Mais frequentes em animais de altas produções e recém paridos Sinais ou sintomas : Úbere quente e mole ( inflamação), pode estar avermelhado, roxo ou mesmo preto Leite coagulado ( semelhante a um pacote de leite estragado) Pode desencadear um estado febril no animal e mesmo maqueira do lado afectado
  • 26. Tratamento e controlo Ordenha total Uso de antibióticos Muita higiene É uma Não zoonose
  • 27. 1.2 linfadenite caseosa ( Nascidos )
  • 28. Causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis Bactéria persiste muito tempo no meio ambiente; entra no organismo através de feridas na pele ( tosquia, castração, corte de caudas ou outras) está presente em todo o mundo e possui impacto económico alto em ovinos e caprinos, desencadeando perda de peso e condenação da carcaça em casos de abcessos internos. Sinais ou sintomas Abcessos / papos na cabeça, pescoço, peito e úbere que crescem até rebentar e exsudar pús Nas lesões mais antigas, o pús seca, ficando duro Pode provocar Pneumonia, emagrecimento
  • 29. Tratamento e controlo Não existe ainda tratamento eficaz para a cura da linfadenite caseosa. Porém, a profilaxia e o controle têm papel importante na disseminação da doença no rebanho e, dessa forma, algumas medidas são necessárias e eficazes, como: Isolar os animais doentes que apresentam lesão supurada e remover os abcessos; Separar os animais positivos do rebanho, já que são fontes de infecção para o rebanho Incinerar todo material caseoso, pois o contato desse material no ambiente pode permanecer como fonte de infecção para o rebanho Desinfectar as instalações Impedir que fêmeas positivas amamentem os seus filhos, pois, existe o risco de transmissão pelo leite
  • 30. Prevenção : • Higiene no Parto • Higiene no corte de caudas • Desinfectar feri das • A vacinação pode ser uma solução Pode ser Zoonose: infecção de feridas da pele em tosquiadores
  • 31. 1.3 Enterotoxémia / Doença do Rim Polposo/ “ Bexigada” É uma infecção aguda, não contagiosa, causada pelas toxinas do Clostridium perfringens, a qual se caracteriza por distúrbios gastrointestinais, sintomas nervosos e morte súbita, que afecta principalmente animais jovens. A enterotoxemia está comummente associada a animais alimentados com altos teores de concentrado e pouca quantidade de fibras. Pode afectar animais de qualquer raça ou sexo e, embora ocorra em animais adultos, os animais jovens são os mais comummente afectados. É uma Não Zoonose
  • 32. Os sintomas são geralmente de ordem nervosa e variam em sua forma de apresentação de animal para animal. Nos casos super agudos, os animais são encontrados mortos sem nenhuma evidência prévia da enfermidade. Nos casos agudos, mais comuns, os animais apresentam descoordenação e prostração, assim como manifestações súbitas de mugidos, manias e convulsões generalizadas, que persistem até que a morte ocorra, algumas horas mais tarde. Nos casos sub agudos, os animais manifestam apatia e desinteresse em se alimentar ou beber água. Alguns podem aparentar cegueira, embora os reflexos oculares estejam presentes. Cólicas e diarreias podem ser manifestações comuns nestes casos. Tratamento Geralmente não é realizado em função do rápido curso da doença. A antitoxina, quando disponível, pode ter algum sucesso quando administrada nos períodos iniciais ou nos casos crónicos da enfermidade, combinada com a aplicação de antibióticos (penicilinas ou sulfas).
  • 33. 1.4 Brucelose / “Febre de Malta” • Causada por bactérias Brucella Ovis, Brucella Melitensis • Muito frequente em Trás-os-Montes • A vacinação contra a Brucelose é obrigatória • É também obrigatória a colheita de sangue a todos os ovinos e caprinos, para analise em laboratório com vista ao diagnóstico da doença • Todos os animais positivos tem de ser abatidos
  • 34. Sinais ou sintomas • Abortos ao 4 º mês de gestação • As crias morrem logo após o nascimento • Aumento de volume e dor no escroto dos machos Orquite, epididimite
  • 35. Tratamento e controlo • Não há cura completa – não se trata • Vacinação de animais entre os 3 e 6 meses de idade • Abate dos animais doentes/ infectados É uma Zoonose • Não beber leite cru bem como derivados •Lavar de imediato mãos, braços, roupas sempre que houver contacto com animais doentes • Limpar, lavar e desinfectar os locais onde ocorreram abortos ou partos
  • 36. 1.5 Peeira/ “Pezunho”/ “Manqueira” A peeira é uma doença infecciosa, polibacteriana, geralmente crónica que afecta os pequenos ruminantes (ovinos e caprinos). Esta doença é uma das mais graves devido ao seu contágio, a peeira propaga-se com grande facilidade tanto no ovil como nas pastagens, sendo favorecida a transmissão com humidades elevadas. Os agentes causadores desta doença podem ser: Fusobacterium necrofhorum, Fusiformis nodosus actualmente denominada por Dichelobacter nodosus, no entanto podem intervir ocasionalmente outros agentes etiológicos diferentes que ocasionam manqueiras (normalmente de uma pata) por inflamação exsudativa e abcessos nas patas
  • 37. A peeira começa com um avermelhamento da pele entre os dedos do casco, inicialmente o odor provocado pela destruição dos tecidos está ausente ou é fraco. À medida que a doença progride a infecção inicia-se nos tecidos córneos, macios, entre os dedos ou no calcanhar espalhando-se para a parede interior do casco. Neste momento, a infecção já desenvolveu um odor bastante forte e desagradável. Com o progressivo avanço da doença, a superfície do tecido localizado entre a parte de baixo do casco adquire um aspecto de lama. O tecido córneo dos dedos destaca-se parcialmente e a separação entre a parede do casco e o tecido inferior faz com a unha fique deformada. Em infecções mais agudas, o animal sofre de uma manqueira intensa ou deixa de se apoiar no membro. Estes animais têm dificuldade em se deslocar tanto no ovil como nas pastagens, sofrendo de um emagrecimento progressivo e podem eventualmente sucumbir. Em infecções mais agudas é mais prático matar os animais mais seriamente afectados e concentrar as atenções em casos mais suaves
  • 38. Tratamento e Controle A prevenção começa no trânsito de animais, nunca adquirir um animal sem ter a certeza de possui as patas sãs. Vigiar periodicamente as patas, submeter os animais a banhos periódicos preventivos (sulfato de zinco, sulfato de cobre, sulfato de ferro). Quando se submete os animais aos banhos de patas deve-se seguir a seguinte ordem: primeiro os animais sãos e de seguida os animais doentes para evitar possíveis contaminações. Evitar causas que predispõem, como camas húmidas, pastagens contaminadas (onde pastaram animais contaminados à menos de 15 dias). numa periodicidade de 5 a 10 dias. É uma Não zoonose
  • 39. Os doentes devem ser tratados individualmente. È indispensável arrancar todas as partes descoladas. Com uma faca remove-se toda a parede da unha descolada pelo pus, tendo o cuidado de nada esquecer. Uma peeira bem tratada cura-se; se uma ínfima parte descolada não for removida, a supuração volta e a doença continua. Portanto é necessário fazer sem hesitar todas as destruições indispensáveis (Degois, 1985). A faca deve ser desinfectada após cada desbaste dos cascos e as aparas do desbaste devem ser queimadas. Depois do desbaste dar um banho de patas (ter o cuidado de dar de beber aos animais antes do banho, para que eles não ingiram a solução do banho) de seguida devolve-los a um local limpo e seco, tratando-os
  • 40. 1.6 Agalaxia contagiosa Causada pela bacteria Mycoplasma agalactiae Sinais Ou Sintomas • Mamites • Artrites • Problemas oculares • Abortos Tratamento: Antibiótico Sistémico; Vacinação É uma Não zoonose
  • 41. 1.7 Lingua Azul • Causada por um Vírus ( Orbivírus) – Muito resistente •A infecção ocorre em um grande número de animais, mas a doença significativa se dá somente nos ovinos •Os bovinos são os principais hospedeiros reservatórios para os ovinos •Sob condições naturais, a infecção ocorre nos ovinos e bovinos •A infecção natural raramente ocorre nos caprinos • Transmitido por um mosquito (espécie Culicoides) • Pode disseminar a doença em grandes distancias
  • 42. O clima é o principal factor de risco, já que os Culicoides requerem calor e humidade, para se reproduzirem, bem como clima húmido quente e calmo, para se alimentarem Sinais ou Sintomas Após um período de incubação menor que uma semana •reacção febril acentuada com temperatura máxima de 40,5 - 41°C é comum, embora a ausência de febre também possa ocorrer •A febre mantém-se por cinco ou seis dias
  • 43. •corrimento nasal e salivação, com avermelhamento das mucosas bucal e nasal, são evidentes •O corrimento nasal é muco purulento e frequentemente corado com sangue, e a saliva mostra-se espumosa •Aumento de volume e edema dos lábios, gengivas e língua ocorrem
  • 44. •Lesões podais, como laminite e coronite podem surgir
  • 46. Prevenção e Controlo: • Não tem tratamento •Cuidados na compra de animais • Controlar os insectos da exploração ( redes mosquiteiras, produtos para nebulização) • Vacinação ( obrigatória) É uma Não zoonose
  • 47. 1.8 Estima contagiosa ou “ Boqueira dos Cordeiros” • Causada por um vírus ( Parapoxvirus) Mais frequentes em : • Cordeiros de poucos dias de Idade • Cordeiros de 3 a 6 Meses • Ovinos Adultos • Doença muito contagiosa ( Contacto com animais infectados ou objectos, Postos ou Camas) • Ocorre mais no verão
  • 48. Sinais e Sintomas Crostas secas e espessas Lesões nas comissuras bucais, focinho, lábios, narinas, boca, úbere, tetos Cordeiros com dificuldade em mamar ou pastar Perdem Peso Recuperam-no geralmente em 2, 3 semanas
  • 49. Tratamento e Controle Desinfecção das feridas Alimento moles, nos casos Graves Vacina É uma Não zoonose
  • 50. Doenças Parasitárias São doenças provocadas por Parasitas Parasitas: Pequenos Animais que vivem à custa dos outros, causando-lhes doença •Externos: Vivem no exterior do animal Os Parasitas podem ser: Ex: Piolhos, Pulgas, Carraças, ácaros ( Sarnas) • Internos: Vivem no interior do animal Ex: Coccideas, Fasciola hepática, ténias
  • 51. Para o tratamento de doenças parasitárias ou para a sua prevenção utilizam-se medicamentos antiparasitários Muitos parasitas podem adquirir resistência a alguns antiparasitarios Convém efectuar a rotação periódica do produto a utilizar nas desparasitações Há períodos da vida do animal, em que se deve proceder à desparasitação:  1 Mês antes do parto  Sempre que muda o rebanho para uma nova pastagem Aquisição de novos animais Borregos e cabritos, após desmame, ao fim de uma semana em pastoreio
  • 52. As doenças parasitárias são dos problemas mais comuns nos pequenos ruminantes, e acarretam graves prejuízos O problema é de fácil controlo e maneio Sinais e sintomas  Emagrecimento  Pelo Menos Brilhante  “ Papeira “  Fezes Pastosas  Pontos Brancos nas fezes (parasitas)
  • 53. Sarna ou “Ronha” Causada por ácaros muito pequenos Doença muito contagiosa, transmitida por contacto directo Sinais e sintomas É para vocês me dizerem ! Pele Escamosa Peladas Crostas Caspas Pele espessa, dura e rugosa É UMA Irritações ZOONOSE Perda de Peso
  • 55.
  • 56. TRATAMENTO E CONTROLO ISOLAMENTO DOS ANIMAIS INFESTADOS BANHOS COM ANTIPARITÁRIO DE TODOS OS ANIMAIS – REPETIÇÃO 10-12 DIAS MAIS TARDE Antaparasitários injectáveis (ivermectina)
  • 57. Fasciolose Causada pelo parasita interno Fasciola hepática Afecta os canais biliares e fígado Sinais e sintomas  Perda de peso  Anemia Lã de Fraca qualidade Morte nos casos mais graves
  • 58.
  • 59. TRATAMENTO E CONTROLO 1. 2. 3. 4. 5. Antiparitários Drenagem de terrenos húmidos Destruição dos caracois Bebedouros em cimento Vacinas contra as enterotoxémias É uma Não zoonose