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POLIOENCEFALOMACIA
   PEDRO AUGUSTO CORDEIRO BORGES
  ACADÊMICO DE MEDICINA VETERINÁRIA
INTRODUÇÃO


               Polioencefalomálacia




 Malacia =                            Polio= substância
amolecimento                               cinzenta


                                                          2
INTRODUÇÃO

       • A polioencefalomalacia é descrita como uma doença nervosa e não-
         infecciosa que afeta:




(Barros et al. 2006, Radostitset al. 2007)                    (Colodel et al. 1998, Lima et al. 2005, Radostitset al. 2007)




                                    (Lima et al. 2005, Radostits et al. 2007)
                                                                                                   (Guimarães et al. 2008)    3
INTRODUÇÃO

Quadro 1. Causas de polioencefalomalacia em ruminantes




                                                         4
Deficiência
de tiamina

              5
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE

  • Deficiência de tiamina ( Vitamina B1)




                           Carência
• Transcetolase                                 • Alteração
                                                  morfológica
                       • ↓ Na - K
• Velocidade da
  pentose fosfato      • Retenção de Na         • Amolecimento
                       • Retenção de
                         Água

     Tiamina                                         Malácia

                                      (BARROS, 2009; SMITH, 2003)   6
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
     • Deficiência de tiamina


              Dietas ricas      •Facilmente fermentáveis  acidose
                                •> Sintese de tiaminases
                  em            •Clostridium sporogenes e Bacillus
             carboidratos        thiaminollyticus


                                •Malva parviflora
              Tiaminases        •Pteridium aquilinum
              em plantas        •Equisetum arvense




                 Criação        •Dietas energéticas
                intensiva       •Antibióticos orais



                                                                     7
(Barros, 2009; Riet-Correa, 2000; Ramos, 2005)
Intoxicação
 por enxofre

               8
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
    • Intoxicação por enxofre
                               Vias
                            Metabólicas



           Assimilatória                  Desassimilatória



             Sulfato                     Aceptor de e
                                            Sulfeto
              Sulfeto


                                            Oxidação
             Cisteína        Proteína
            Metionina
                                           Excreção do
                            microbiana       excesso


(Smith, 1992)                                                9
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
  • Intoxicação por enxofre




         Sulfeto


                                  sulfato




(Smith, 1992)                               10
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE


                       Dietas ricas em
                           enxofre




                                         Ondas ruminais
                                          de sulfetos




                                                             Inibição da
                                                             citocromo-
                                                          oxidase  baixa
                                                          produção de ATP


(Smith, 1992; Radostitis, 2007)                                             11
EPIDEMIOLOGIA

    • Ocorrência mundial com variabilidade de fatores epidemiológicos

                 •Regime de                               •Sazonalidade
                   criação



                                             - Mato
                               Brasil x      Grosso
                               Mundo         - EUA
                                            - Turquia


                              - 0,4 – 14%
                              -Variável     - 43 – 100%
                               com a
                              etiologia

                •Morbidade                                •Mortalidade




                                                                          12
(Smith, 1992)
SINAIS CLÍNICOS




   Afasta-se do rebanho
                           Morte em 2-3 dias          Intoxicação por enxofre
   Decúbito                                          3-8 semanas
   Excitação inicial                                 Odor de enxofre
                           Casos Crônicos
   Anorexia                                          Forma aguda
                            - 22 dias em ovinos
   Cegueira                                          Forma subaguda
                            - 25 dias em bovinos
   Estrabismo
   Opistótono
                                           (Smith, 1992; Riet-Correa, 2000)   13
SINAIS CLÍNICOS




     Figura 1. Opistótono em caprino   Figura 2. Dilatação da pupila




Fonte: Sucúpira Júnior, 2007                                           14
SINAIS CLÍNICOS
Fonte: Barros, 2006




   Figura 3. Bovino apresentando
       posição de base larga



                                   Figura 4. Bovino comprimindo a cabeça
                                               contra a parede
                                                                    15
SINAIS CLÍNICOS
Fonte: Barros, 2006




    Figura 5. Bovino apresentando quedas e crises convulsivas
                                                                16
DIAGNÓSTICO



 Sinais                Resposta a
clínicos                tiamina



                                      Análise
           Necropsia
                                    Laboratorial




                                                   17
ACHADOS DA NECROPSIA

     • Tumefação, amolecimento e aplainamento corticais e
       descoloração amarelada dos giros

     • Resposta a fluorescência

     • Necrose laminar difusa




(Riet-Correa, 2000; Radostitis, 1991)                       18
ACHADOS DA NECROPSIA
Fonte: Barros, 2009




                                                                                      Fonte: Barros, 2009
                Figura 6. Encéfalo bovino afetado   Figura 7. Herniação de cerebelo
                    por Polioencefalomalácia              pelo forame magno




                                                                                 19
ACHADOS DA NECROPSIA




                                      Fonte: Blue Neurology.com
   Figura 8. Cérebro bovino afetado
       por Polioencefalomalacia


                                                                  20
ACHADOS DA NECROPSIA




                                      21
(Radostitis, 1991)
ACHADOS DA NECROPSIA
• Microscopia
    Fonte: Barros, 2009




                          Figura 9. Aspecto histológico do córtex telencefálico
                                  mostrando necrose neuronal laminar              22
Fonte: Barros, 2009     ACHADOS DA NECROPSIA




                      Figura 10. Aspecto histológico do edema do córtex telencefálico
                                                                                        23
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL


                                      Outras
                                   intoxicações

                                                    Raiva,
             Encefalite
                                                  Botulismo e
             por BHV-5
                                                    Tétano



                                    Diagnóstico
                                    Diferencial



(Barros,2009; Riet-Correa, 2000)                                24
TRATAMENTO

    • Cloridrato de tiamina 10-20 mg/kg – IM, SC ou IV

    • Recuperação  24h – 7 dias

    • Dexametasona  1-2 mg/kg

    • Diurético e DMSO

    • Antimicrobiano

    • Fenobarbital, Diazepam


(Smith, 1992)                                            25
TRATAMENTO
• Intoxicação por enxofre

- Retirada da exposição




                             26
PREVENÇÃO E CONTROLE



      Manejo         Adaptação a
    adequado da     dietas ricas em
       dieta         concentrado




    Estimativa de
    concentração    Suplementação
     de enxofre




                                      27
POLIOENCEFALOMACIA
   PEDRO AUGUSTO CORDEIRO BORGES
  ACADÊMICO DE MEDICINA VETERINÁRIA
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE




- Limite máximo     - Gipsita   - Alfafa
      de 3%
                    - Kochia    - Melaço
- Toleravél de 4%
                    scoparia
     corrigir




                                           29
• Substância cinzenta:

- Composta dos corpos celulares dos nêuronios
- Função de controle muscular e percepção sensorial
- A substância branca contém os tratos axônios
  mielínicos  por isso é branca, por causa da mielina




                                                         30

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Polioencefalomalacia clinica de ruminantes

  • 1. POLIOENCEFALOMACIA PEDRO AUGUSTO CORDEIRO BORGES ACADÊMICO DE MEDICINA VETERINÁRIA
  • 2. INTRODUÇÃO Polioencefalomálacia Malacia = Polio= substância amolecimento cinzenta 2
  • 3. INTRODUÇÃO • A polioencefalomalacia é descrita como uma doença nervosa e não- infecciosa que afeta: (Barros et al. 2006, Radostitset al. 2007) (Colodel et al. 1998, Lima et al. 2005, Radostitset al. 2007) (Lima et al. 2005, Radostits et al. 2007) (Guimarães et al. 2008) 3
  • 4. INTRODUÇÃO Quadro 1. Causas de polioencefalomalacia em ruminantes 4
  • 6. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Deficiência de tiamina ( Vitamina B1) Carência • Transcetolase • Alteração morfológica • ↓ Na - K • Velocidade da pentose fosfato • Retenção de Na • Amolecimento • Retenção de Água Tiamina Malácia (BARROS, 2009; SMITH, 2003) 6
  • 7. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Deficiência de tiamina Dietas ricas •Facilmente fermentáveis  acidose •> Sintese de tiaminases em •Clostridium sporogenes e Bacillus carboidratos thiaminollyticus •Malva parviflora Tiaminases •Pteridium aquilinum em plantas •Equisetum arvense Criação •Dietas energéticas intensiva •Antibióticos orais 7 (Barros, 2009; Riet-Correa, 2000; Ramos, 2005)
  • 9. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Intoxicação por enxofre Vias Metabólicas Assimilatória Desassimilatória Sulfato  Aceptor de e Sulfeto Sulfeto Oxidação Cisteína Proteína Metionina Excreção do microbiana excesso (Smith, 1992) 9
  • 10. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE • Intoxicação por enxofre Sulfeto sulfato (Smith, 1992) 10
  • 11. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE Dietas ricas em enxofre Ondas ruminais de sulfetos Inibição da citocromo- oxidase  baixa produção de ATP (Smith, 1992; Radostitis, 2007) 11
  • 12. EPIDEMIOLOGIA • Ocorrência mundial com variabilidade de fatores epidemiológicos •Regime de •Sazonalidade criação - Mato Brasil x Grosso Mundo - EUA - Turquia - 0,4 – 14% -Variável - 43 – 100% com a etiologia •Morbidade •Mortalidade 12 (Smith, 1992)
  • 13. SINAIS CLÍNICOS  Afasta-se do rebanho Morte em 2-3 dias  Intoxicação por enxofre  Decúbito  3-8 semanas  Excitação inicial  Odor de enxofre Casos Crônicos  Anorexia  Forma aguda - 22 dias em ovinos  Cegueira  Forma subaguda - 25 dias em bovinos  Estrabismo  Opistótono (Smith, 1992; Riet-Correa, 2000) 13
  • 14. SINAIS CLÍNICOS Figura 1. Opistótono em caprino Figura 2. Dilatação da pupila Fonte: Sucúpira Júnior, 2007 14
  • 15. SINAIS CLÍNICOS Fonte: Barros, 2006 Figura 3. Bovino apresentando posição de base larga Figura 4. Bovino comprimindo a cabeça contra a parede 15
  • 16. SINAIS CLÍNICOS Fonte: Barros, 2006 Figura 5. Bovino apresentando quedas e crises convulsivas 16
  • 17. DIAGNÓSTICO Sinais Resposta a clínicos tiamina Análise Necropsia Laboratorial 17
  • 18. ACHADOS DA NECROPSIA • Tumefação, amolecimento e aplainamento corticais e descoloração amarelada dos giros • Resposta a fluorescência • Necrose laminar difusa (Riet-Correa, 2000; Radostitis, 1991) 18
  • 19. ACHADOS DA NECROPSIA Fonte: Barros, 2009 Fonte: Barros, 2009 Figura 6. Encéfalo bovino afetado Figura 7. Herniação de cerebelo por Polioencefalomalácia pelo forame magno 19
  • 20. ACHADOS DA NECROPSIA Fonte: Blue Neurology.com Figura 8. Cérebro bovino afetado por Polioencefalomalacia 20
  • 21. ACHADOS DA NECROPSIA 21 (Radostitis, 1991)
  • 22. ACHADOS DA NECROPSIA • Microscopia Fonte: Barros, 2009 Figura 9. Aspecto histológico do córtex telencefálico mostrando necrose neuronal laminar 22
  • 23. Fonte: Barros, 2009 ACHADOS DA NECROPSIA Figura 10. Aspecto histológico do edema do córtex telencefálico 23
  • 24. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Outras intoxicações Raiva, Encefalite Botulismo e por BHV-5 Tétano Diagnóstico Diferencial (Barros,2009; Riet-Correa, 2000) 24
  • 25. TRATAMENTO • Cloridrato de tiamina 10-20 mg/kg – IM, SC ou IV • Recuperação  24h – 7 dias • Dexametasona  1-2 mg/kg • Diurético e DMSO • Antimicrobiano • Fenobarbital, Diazepam (Smith, 1992) 25
  • 26. TRATAMENTO • Intoxicação por enxofre - Retirada da exposição 26
  • 27. PREVENÇÃO E CONTROLE Manejo Adaptação a adequado da dietas ricas em dieta concentrado Estimativa de concentração Suplementação de enxofre 27
  • 28. POLIOENCEFALOMACIA PEDRO AUGUSTO CORDEIRO BORGES ACADÊMICO DE MEDICINA VETERINÁRIA
  • 29. ETIOLOGIA E PATOGÊNESE - Limite máximo - Gipsita - Alfafa de 3% - Kochia - Melaço - Toleravél de 4% scoparia corrigir 29
  • 30. • Substância cinzenta: - Composta dos corpos celulares dos nêuronios - Função de controle muscular e percepção sensorial - A substância branca contém os tratos axônios mielínicos  por isso é branca, por causa da mielina 30