2. O Tráfico Negreiro:
• O tráfico negreiro durante mais de três
séculos resultou em grandes lucros para o
território brasileiro, além de ter trazido ao
Brasil aproximadamente três milhões de
escravos. Os africanos derrotados em guerras
tribais eram vendidos como escravos. Por
exemplo: trocava-se um ser humano por
aguardente de cana, armas, rolos de fumo,
pólvora,etc.
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7. • Depois de comprado, o negro era marcado
com ferro em brasa, acorrentado e levado
para os presídios da costa africana, onde
esperavam os navios negreiros. Esses negros
eram transportados de forma sub-humana,
amontoados nos porões dos navios. As
péssimas condições causavam muitas mortes
entre os negros durante a viagem.
15. • Quando chegavam Brasil, eram vendidos nos
mercados da Bahia, do Rio de Janeiro, do
Maranhão e do Pernambuco, para trabalhar na
lavoura, mineração, pecuária ou em trabalhos
domésticos. Toda a economia da colônia e do
Império dependia quase que somente do
trabalho realizado pelos escravos africanos.
Sendo graças ao trabalho deles que se deu o
desenvolvimento da monocultura canavieira,
monocultura cafeeira e da mineração.
25. Resistência contra a escravidão:
• Durante todo o período de escravidão houve
muitos casos de resistência dos escravos. Eles
tentavam conseguir a sua liberdade de uma
forma ou de outra. Certos negros quando
fugiam, voltavam para a fazenda onde tinha
sido submetido ao trabalho escravo, e
matavam os senhores, os familiares do
mesmo e os capitães do mato.
30. • A violência era legalizada e o escravo era
considerado um objeto e não uma pessoa. Por
isso, os castigos eram muito cruéis e utilizados
pelos senhores para submeter os escravos.
35. • Os castigos provocavam medo, mas também
traziam muita e houve muitas formas
diferentes de reação por parte dos escravos.
• Alguns escravos se suicidavam, pois achavam
que essa era a única maneira de obter sua
liberdade.
36. • Muitas mulheres escravas abortavam seus
filhos para que não sofressem com a mesma
situação degradante delas e também como
meio de prejudicar o senhor, sempre
interessado no aumento do número de crias.
37. • Mas, a maioria dos escravos tentavam fugir. E
quando conseguiam, formavam quilombos
(aldeias constituídas por escravos fugitivos, os
quais podiam viver ali conforme a sua cultura
e em liberdade).
39. • Formaram-se inúmeros quilombos por todo o
território brasileiro, o maior e mais resistente
foi o do interior de Alagoas, formado no
século XVII: o Quilombo de Palmares.
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44. • Chegou a ter aproximadamente 20.000
habitantes conseguindo resistir durante
sessenta anos ao cerco colonialista, no
entanto em 1695 foi massacrado pelas forças
de Domingos Jorge Velho.
50. Herança Cultural Negra e Racismo
• A contribuição cultural dos africanos é
enorme. Na religião, música, dança,
alimentação, língua, temos a influência negra.
Apesar de toda a repressão que sofreram as
suas manifestações culturais, boa parte da
cultura africana sobreviveu às proibições e
influenciou na formação cultural do Brasil.
51. • Nos primeiros séculos de sua existência no
Brasil, os africanos não tiveram liberdade para
praticar os seus cultos religiosos. No período
colonial, a religião negra era vista como arte
do Diabo; no Brasil império, como desordem
pública e atentado contra a civilização.
52. • Os senhores toleravam os batuques religiosos
dos escravos apenas para não revoltá-los,
para mantê-los sob controle e não por aceitar
essas diferenças culturais.
60. • No Nordeste a marca africana é profunda,
sobretudo na Bahia, em pratos como vatapá,
caruru, acarajé e bobó, usando muito azeite-
de-dendê, leite de coco e pimenta. São ainda
dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda,
o arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a
carne-seca com abóbora, sempre
acompanhados de muita farinha de mandioca.
A feijoada carioca, de origem negra, é o mais
tipicamente brasileiro dos pratos.
71. • A língua portuguesa falada no Brasil recebeu
fortes influências africanas, termos como
batuque, moleque, benze, macumba, catinga,
e muitos outros passaram a ser usados no
país.