SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Baixar para ler offline
FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7
    CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO




PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO:
UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ



      ANA CAROLINA DE ARAÚJO FERREIRA




              FORTALEZA – 2010
1



   ANA CAROLINA DE ARAÚJO FERREIRA




PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO:
UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ




                    Artigo Científico apresentado à Faculdade 7 de
                    Setembro como requisito parcial para a obtenção
                    do título de Bacharel em Administração.


                        Orientador: Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms.




            FORTALEZA - 2010
2



 PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS
                        DE FORRÓ DO CEARÁ




Artigo Científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Administração.




                                  Ana Carolina de Araújo Ferreira




Artigo aprovado em:                /        /



                                  Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. (FA7)




1º Examinador:
                 Profa. Mariana Aguiar Alcântara de Brito, Ms. (FA7)


2º Examinador:
                 Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. (FA7)




                         Prof. Francisco Hercílio de Brito Filho, Ms. (FA7)
                                      Coordenador do Curso
3



    PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS
                           DE FORRÓ DO CEARÁ

                                                                    Ana Carolina de Araújo Ferreira 1
                                                                 Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. 2


RESUMO


           O objetivo deste estudo é analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró
do estado do Ceará. De forma a alcançar tal objetivo, foram utilizados como referencial teórico os
conceitos de marketing, marketing de entretenimento e feita uma retrospectiva sobre a evolução
histórica do forró. Como metodologia foi realizada pesquisa bibliográfica e um estudo multicasos
com aplicação de 21 questionários. Foram identificadas as principais práticas de marketing de
entretenimento, bem como os principais canais de comunicação/mix de marketing utilizados e o
total de investimentos aplicados em marketing pelas bandas. A análise dos resultados e as
considerações finais encerram este artigo.
PALAVRAS-CHAVE: Forró. Marketing. Marketing de Entretenimento.


ABSTRACT


           The main objective of this study is to examine the marketing practices applicated by forró
bands in the state of Ceará. To achieve this goal, entertainment marketing and a retrospective on the
historical evolution of forró were used as theoretical concepts of marketing. The methodology was a
multicases study and a research with 21 questionnaires. We identified the main practices of
entertainment marketing, such as the main channels of communication / marketing mix used and the
total investments made in marketing bands. The critical annalysis and final remarks conclude this
article.
KEYWORDS: Forró. Marketing. Entertainment Marketing.




1
  Graduanda em Administração de Empresas. Estudante da Faculdade 7 de Setembro. email: carolina-
  post@hotmail.com
2
  Mestre em Administração de Empresas. Professor e orientador da disciplina Empreendedorismo da Faculdade
  7 de Setembro. maiso@fa7.edu.br
4



1 INTRODUÇÃO


         O forró é um “gênero” típico da música brasileira popular, oriundo e predominante
principalmente na região Nordeste; movimenta, anualmente, somente em Fortaleza, capital do
estado do Ceará, uma receita estimada de R$ 16,5 milhões - segundo dados da pesquisa “Arranjo
Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará”, coordenada pelo professor Jair do Amaral Filho do projeto
REDESIST da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o SEBRAE. Esta pesquisa
foi utilizada como maior e mais completa fonte de dados sobre a indústria “forrozeira” para este
trabalho, devido à dificuldade encontrada em localizar material e informações sobre este assunto.
         Independente do estilo (tradicional, universitário ou eletrônico), a “indústria forrozeira”
tem conquistado mercados de forma crescente e constante – sobretudo nos últimos anos. Símbolo
do povo e da cultura nordestina, o forró se desloca com essa população aonde quer que vá,
tornando-se assim um elo social de agregação e de encontro destes. Segundo Amaral Filho, o forró
“deixou de ser um simples símbolo cultural para ser uma mercadoria, *...+, passou de uma
manifestação cultural restrita para a condição de indústria musical, mobilizando milhares de
empregos e milhões de reais anuais, só no Ceará” (AMARAL FILHO, 2008, p. 1).
         Inicialmente fruto de festas populares, o forró tradicional teve seu ápice na década de 40
com Luiz Gonzaga, e nessa época era conhecido popularmente como baião. Após essa fase, o forró
entrou em decadência e voltou ao seu auge somente no ínicio dos anos 90 por iniciativa do
empresário Emanuel Gurgel, que modificou a estrutura do mercado existente e criou uma nova
vertente do forró, conhecida hoje como forró eletrônico, devido à introdução de equipamentos
eletrônicos, conferindo uma “nova roupagem” ao gênero musical. Atualmente, de acordo com
Amaral Filho (2008, p. 2), “o forró tem larga difusão no Brasil, como gênero musical, meio de
entretenimento e relação social, estes apoiados nos bailes e nas danças”.
         Parte integrante do mercado cultural regional brasileiro, o forró é hoje um importante
componente do entretenimento e da economia local. Na visão de estudo deste trabalho, a do
marketing de entretenimento, as bandas de forró são empresas que têm como produto principal de
venda, os seus espetáculos (shows) de forró. Seus principais parceiros são as rádios, as casas de
shows, os patrocinadores e os clientes que interagem de forma direta com as bandas no momento
da entrega do produto ou prestação de serviço, no caso, os shows ao vivo.
         Para a professora Elizara Carolina Marin, doutora em Ciências da Comunicação, “o
entretenimento tornou-se uma mercadoria com valor em alta, pois responde a uma necessidade
humana, [...], a de diversão; no entanto responde também aos interesses das instituições e do
próprio sistema capitalista” (MARIN, 2009, p. 228).
5



         Apesar do crescimento, do sucesso das bandas e dos números elevados do faturamento, a
“indústria do forró”, em sua maioria, continua na informalidade, foi poucas vezes objeto de estudos
acadêmicos ou seus números e estratégias de mercado analisados com algum critério científico.
Amaral Filho (2008, p. 21) diz que a indústria forrozeira é caracterizada pela “*...+ ausência de marcos
regulatórios e agências reguladoras, a [falta de] participação de organizações de ensino, pesquisa ou
treinamento e a ausência do Estado e do poder público no que se refere ao processo de construção e
produção da indústria do forró”.
         Nesse sentido, este trabalho pretende realizar um estudo mais aprofundado sobre as ações
mercadológicas desse fenômeno do entretenimento musical brasileiro e analisar as estratégias de
marketing desenvolvidas pelas bandas de forró cearenses. Para entender como as bandas de forró
estruturam suas ações marketing, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais as práticas de
marketing utilizadas pelas principais bandas de forró do Ceará?
         Para responder a questão de pesquisa, definiu-se o seguinte objetivo geral: Analisar as
práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró no Ceará.
         Assim, os objetivos específicos foram definidos da seguinte maneira:
            Identificar os canais de comunicação utilizados pelas bandas de forró;
            Identificar o percentual de investimento em marketing das bandas;
            Analisar as práticas de marketing de entretenimento utilizadas pelas bandas de forró.


         A metodologia baseou-se nas seguintes etapas: pesquisa bibliográfica com revisão da
literatura em livros, artigos e periódicos produzidos sobre forró (história e evolução), marketing e
marketing de entretenimento; e estudo de multicasos com a aplicação de 21 questionários às bandas
de forró mais fortemente atuantes de cenário musical cearense.
6



2 REFERENCIAL TEÓRICO


2.1 MARKETING


           “Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a
criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do
relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado”
(American Marketing Association, 2007). Ainda segundo a AMA, marketing está relacionado com “o
processo de planejamento e execução da concepção, da definição de preço, promoção e da
distribuição de idéias, produtos, serviços, organizações e eventos para criar trocas que irão satisfazer
os objetivos das pessoas e das empresas”.
           Reis (2003, p. 4) afirma que “marketing é a defesa de um melhor relacionamento entre
quem oferece uma proposta e quem a recebe, através do profundo entendimento das necessidades,
aspirações e valores de um consumidor e do que a empresa, em seu mercado, com suas
potencialidades e limitações, pode fazer para suprir essas necessidades e aspirações”.
           O professor da University of Wisconsin-Madison, Peter R. Dickson (2001), afirma que o
conceito de marketing está ligado a três princípios fundamentais: a organização existe para
identificar e satisfazer as necessidades de seus clientes; a saciação das necessidades dos clientes é
alcançada através de um esforço integrado de toda a organização e o enfoque organizacional deveria
ser tanto sobre o sucesso a longo prazo como a curto prazo.
           De maneira prática e simples, podemos dizer que marketing é aquilo que supre as
necessidades de forma lucrativa, satisfazendo as necessidades humanas e sociais (KOTLER; KELLER,
2006). Segundo Dantas (2005), o marketing está intimamente ligado ao conceito de prazer: prazer
em satisfazer uma necessidade, em perceber que o que se está adquirindo tem um valor para quem
adquire.
           Marketing então pode ser entendido como toda e qualquer ação voltada para a entrega de
valor, buscando retorno financeiro satisfatório e que se traduz em exultação dos aspectos sociais e
psicológicos humanos. Em resumo podemos dizer que marketing trata-se da venda de uma idéia ou
ideal. No entanto, não se resume a isso, a venda é apenas a parte “visível” do marketing. Peter
Drucker (1973 apud KOTLER; KELLER, 2004, p. 30) afirma:


                         Pode-se presumir que sempre haverá a necessidade de algum esforço de vendas,
                         mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e
                         compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se
                         venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A
                         partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível.
7



         Quanto aos tipos/aplicações de marketing, ouvimos constantemente menções ao
marketing de serviços, marketing esportivo, marketing cultural, marketing de entretenimento, e-
marketing, marketing de varejo ou atacado e assim por diante. Na verdade, o correto seria dizer
marketing voltado para: serviços, esportes, cultura, entretenimento, e-commerce, varejo ou atacado,
etc., quando o objetivo for analisar as estratégias e as ferramentas do marketing que a empresas
utilizam para alcançar seu público-alvo. Sendo assim, não existem “tipos de marketing”, e sim
aplicações do marketing.


2.1.1 Canais de comunicação/Mix de marketing


         Canais de comunicação de marketing são os meios que a empresa utiliza para falar com
seus clientes. Representam a “voz” da empresa e o meio pelo qual ela constrói relacionamento com
os consumidores (KOTLER; KELLER, 2006).


                           A comunicação de marketing permite às empresas conectar suas marcas a outras
                           pessoas, lugares, eventos, marcas, experiências, sensações e objetos. Posicionando
                           a marca na memória e criando uma imagem de marca, a comunicação pode
                           contribuir para a formação do brand equity (KOTLER; KELLER, 2006, p.532-533).


         Segundo Kotler e Keller (2006), os canais de marketing ou mix de marketing são compostos
por:


            Propaganda: forma paga de apresentação e promoção de idéias;
            Promoção de vendas: incentivos de curto prazo para estimular a experimentação ou
             compra de um produto;
            Eventos e experiências: atividades e programas patrocinados pela empresa, projetados
             para criar interações relacionadas à marca;
            Relações públicas e assessoria de imprensa: programas elaborados para proteger a
             imagem de uma empresa e de seus produtos;
            Marketing direto: utilização de telefone, e-mail ou internet para comunicação direta
             com clientes específicos e potenciais;
            Vendas pessoais: interação pessoal (cara a cara) com compradores potenciais com vista
             a apresentar produtos ou serviços.


         O desenvolvimento de uma comunicação eficaz deve se basear nas oito etapas descritas no
Quadro 1 (KOTLER, KELLER, 2006, p. 539):
8



                     Quadro 1: Etapas no desenvolvimento de uma comunicação eficaz
                                         Identificação do público-alvo
                                         Determinação dos objetivos
                                         Elaboração da comunicação
                                     Seleção dos canais de comunicação
                                       Estabelecimento do orçamento
                                    Decisão sobre o mix de comunicação
                                Mensuração dos resultados da comunicação
                          Gerenciamento da comunicação integrada de marketing
                      Fonte: KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Marketing, 2006, p. 539.



         As decisões relativas ao montante de investimento em ações de marketing devem estar de
acordo com os objetivos estabelecidos no plano de comunicação adotado pela empresa. A empresa
deve investir, proporcionalmente, aquilo que deseja receber em retorno dos seus clientes.
         Segundo relatório do International Event Group (IEG), órgão americano responsável pela
análise do mercado de patrocínios e correlatos, o patrocínio de espetáculos/shows ocupa lugar de
destaque entre todas as atividades de comunicação (ALMEIDA, 2008 apud COBRA, 2008). Ainda de
acordo com Almeida (2008, apud COBRA, 2008, p. 145) “de todos os investimentos realizados no
mercado norte-americano, [...] o segmento relacionado diretamente à música (turnês, shows,
musicais, etc) ocupa a segunda colocação, perdendo somente para as atividades relacionadas ao
marketing esportivo *...+”.


2.2 MARKETING DE ENTRETENIMENTO


         Para fins de esclarecimento, inicialmente será definido o significado de entretenimento.
Entretenimento vem do inglês entertainment, que significa ação de fornecer diversão ou lazer; é um
evento, performance ou atividade designada para entreter outros (OXFORD, 2010). A tradução
latina, segundo Marin (2009, p. 228), explica: “a etimologia latina da palavra, [...], vem de inter
(entre) e tenere (ter), ou seja, ter entre”. Pode-se entender então que se entreter significa desfrutar
do tempo livre entre os momentos de trabalho e repouso.


                          O tempo livre é definido pelo sociólogo francês Joffre Dumazedier como o período
                          em que “o indivíduo tem autonomia para escolher como ocupá-lo, ou seja, decidir
                          o que fazer ou não fazer durante as horas que não tem obrigações a cumprir”. *...+
                          Em geral, as pessoas ocupam seu tempo livre com atividades voltadas ao prazer
                          físico e sensorial (ouvir música, saborear um vinho, comer em restaurantes), ao
                          desenvolvimento pessoal (estudar, ler), ao descanso (dormir, assistir à tevê), ao
9



                        esporte (nadar, jogar tênis, jogar futebol), à socialização (visitar amigos), à religião
                        ou espiritualidade (ir à missa ou culto religioso; fazer meditação ou retiro
                        espiritual) ou, ainda, à diversão (dançar, brincar, jogar cartas), entre outras
                        ocupações. Mas também é possível que as pessoas prefiram o ócio, ou seja, não
                        fazer nada (LIMEIRA, 2008, p. 31).


         De acordo com presidente da Blue Tree Hotels e membro da Academia Brasileira de
Marketing, Chieko Aoki (2008, p. 9), “o entretenimento é um conjunto de atividades capazes de
transformar a sociedade, à medida que se democratizam e atingem mais e mais segmentos da
população”. O entretenimento está associado ao perfeito equilíbrio entre razão, emoção e
sensibilidade. Não é algo “palpável”, e sim algo que transforma situações comuns e/ou cotidianas em
momentos marcantes e positivos. “Entretenimento é agente transformador, capaz de despertar os
sentidos e tocar o ser humano nos sentimentos. Entreter pode ser percebido [...] como alternativa
que provoca sensações, estimula descobertas, faz bem para a alma e para o coração” (AOKI, 2008, p.
9).


                        Sempre houve, ao longo da história, atividades divertidas e programadas como
                        brincadeiras de rua, jogos, festas, circos, teatros, shows, feiras, campeonatos,
                        romarias, procissões e quermesses. No século passado, surgiu o cinema, o rádio e a
                        televisão (hoje com DVDs, cabo e videogames) e finalmente os computadores,
                        grandes responsáveis pela transformação do entretenimento em tecnologia de
                        ponta e destinado à massa. Havia também, acadêmica e empresarialmente, os
                        conceitos de lazer, ócio, de descanso, férias etc., porém o conceito de
                        entretenimento surgiu de forma mais específica ao longo dos séculos XIX e XX,
                        fruto da estruturação do capitalismo em sua fase pós-industrial. [...] Nos Estados
                        Unidos, o setor de entretenimento cresceu mais que a indústria automobilística,
                        siderúrgica ou o setor financeiro. Os Estados Unidos possuem o mais desenvolvido
                        setor de mídia e de entretenimento do mundo, gerando boa parte dos US$ 500
                        bilhões anuais de receitas. (TRIGO, 2003, p. 25).


         O entretenimento envolve cinema, teatro, música e outras expressões artísticas, porém se
distancia da arte por ser uma atividade passiva e descomprometida, pelo simples prazer do consumo,
não requerendo racionalização ou intelectualização no momento de consumo.
         Vivemos um momento de demanda crescente por entretenimento. O estudo Global
Entertainment and Media Outlook 2006-2010, realizado pela Price Waterhouse Coopers, prevê que o
setor cultural deve crescer mais do que a economia mundial, passando de US$ 1,3 tri em 2005 para
US$ 1,8 em 2010, crescendo 6,6% ao ano, bem acima da média da economia mundial (5%). Na
América Latina, espera-se crescimento anual médio de 8,5%, com o mercado passando de US$ 40 bi
em 2005 para US$ 60 bi em 2010. (LEITÃO, 2007 apud CULTURAEMERCADO, 2007).
         Diante dessa demanda, o marketing passa a ser essencial para os atores do
entretenimento. É utilizando as ferramentas de comunicação: pesquisa de mercado, assessoria de
10



imprensa, publicidade, promoção de vendas, distribuição etc., que se aproximam mais do público-
alvo e despertam o sentimento de “pertencer”, de “fazer parte”, reforçando assim, a cultura e a
identificação.
         Segundo Bernbach (2003, apud MURAKAMI, 2008), o marketing de entretenimento deve se
basear nos fundamentos seguintes:


                Público-alvo identificável: análise do mercado consumidor e do comportamento de
                 consumo;
                Posicionamento preciso: sensações e sentimentos que se deseja despertar no
                 consumidor;
                Bons canais de distribuição;
                Estratégia de lançamento dinâmica: estruturar todas as formas de comunicação para
                 atingir o maior número de pessoas possível;
                Domínio da categoria e forte penetração de mercado: desenvolvimento de
                 competências para criar diferenciação no produto que garanta forte penetração de
                 mercado;
                Poder de sustentação: garantir a curiosidade pelo produto, motivando o consumidor a
                 buscá-lo, desejá-lo;
                Entrega de uma promessa: equilibrar expectativas e experiência fazendo que a
                 comunicação não crie expectativas erradas.


         Al Lieberman (2002, apud MURAKAMI, 2008) define que a indústria do entretenimento é
formada por quatro “Cs”:


                Conteúdo: o real produto, desde a idéia inicial até o consumidor final;
                Conduto: meio pelo qual o consumidor tem acesso ao produto;
                Consumo: a forma como o consumidor usa o produto
                Convergência: como as várias mídias e tecnologias vão se compor para comunicar.


         Ainda segundo Lieberman (2002, apud MURAKAMI, 2008, p. 28), para obter sucesso, o
entretenimento depende de patrocinadores e consumidores (ver Figura 1). “Ao desenvolver o
produto e desenhar o perfil da audiência, o produtor de entretenimento deve ter em vista a
viabilização dos recursos necessários”.
11



         Figura 1: Fluxo do entretenimento




             Fonte: MURAKAMI, Luiz C. Conceitos básicos de marketing de entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.).
             Marketing do entretenimento, 2008, p. 28.



2.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO FORRÓ


         De acordo com o historiador Luís Câmara Cascudo, autor do Dicionário do Folclore
Brasileiro (1972), a palavra forró significa o mesmo que arrasta-pé e era utilizada por aqueles que
queriam se referir a uma festa tipicamente popular de alguns estados do Nordeste no início do
século XX.
         Quanto à origem como festa, Lima (2005), citando o pesquisador Leandro Expedito da Silva,
autor do livro “Forró no Asfalto” (2003), afirma que existem duas hipóteses: a primeira, explica que
forró vem da expressão inglesa for all (tradução: para todos) e que se refere às festas promovidas
pelos ingleses para os operários que trabalhavam na construção das estradas de ferro nordestinas, às
quais todos podiam participar; a segunda, esclarece que forró seria apenas a redução da palavra
forrobodó, festa caipira, sem etiqueta, e que com o tempo, a palavra foi sendo abreviada, para ser
mais fácil de pronunciar.
         O forró só se popularizou nacionalmente na década de 40 com Luiz Gonzaga e o seu baião.
Nascido em Pernambuco e filho de pai sanfoneiro, Luiz Gonzaga cresceu em meio aos bailes de forró.
Mais tarde, influenciado pelo contexto político e pela áurea de valorização da cultura regional,
Gonzaga decidiu explorar em suas canções o sofrimento e a causa nordestina, junto com seu grande
parceiro, Humberto Teixeira. O pesquisador José Farias dos Santos, em seu livro “Luiz Gonzaga, a
música como expressão do Nordeste” (2004, p. 43), afirma que “perceber a formação dessa cadeia
cultural foi a grande virtude de Luiz Gonzaga. Essa aguçada percepção do contexto sociocultural [...]
o impulsionou a procurar um parceiro que tivesse uma sensibilidade nordestina e que fosse capaz de
manifestar, ao migrante, toda beleza cultural de sua região”. Essa tática de Gonzaga, em cantar o
sertão para os migrantes nordestinos alocados no Sudeste, colocou o forró dentro de uma posição
estratégica no mercado da música brasileira nos anos 40.


                              O processo de lançamento do baião no mercado fonográfico obedeceu uma
                              estratégia até então jamais planejada por nenhum outro gênero musical no Brasil.
12



                         Essa estratégia contemplava uma análise perspicaz do contexto sociopolítico e
                         musical brasileiro, com a identificação do baião com a região Nordeste, utilizando-
                         se, inclusive, de indumentária que associava Luiz Gonzaga ao vaqueiro e ao
                         movimento do cangaço (SANTOS, 2004, p. 41).



         O forró-baião de Luiz Gonzaga teve sua época áurea do final dos anos 40 até meados dos
anos 50, onde, de acordo com Lima (2005), teve seu declínio provocado pelo rádio, que retirou seu
apoio ao ritmo. Ressurgiu nos 60, ainda ligado à imagem e música de Luiz Gonzaga, mas já não era
tão forte como antes. Após a morte de Luiz Gonzaga e de outros ícones do forró como Jackson do
Pandeiro e Lindu, o forró foi então retirado da cena musical e voltou a ser um símbolo distante das
festas e da cultura nordestina.
         Segundo o professor Jair do Amaral Filho, coordenador da pesquisa “Arranjo Produtivo do
Forró em Fortaleza, Ceará” (2008, p. 4), no início dos anos 90 o forró era “um gênero de música que
se restringia às classes populares urbanas, ao interior do Nordeste, a determinadas casas de danças
das periferias dos grandes centros urbanos e à época das festas juninas”. Conforme consta na
pesquisa de Amaral Filho, o cenário começou a mudar quando o empresário e dono de banda
Emanuel Gurgel, ao freqüentar as casas de dança da cidade de Fortaleza, percebeu que quando a sua
banda “Black Banda” tocava forró, havia uma reação imediata e positiva do público, que enchia a
pista de dança. Essa percepção fez Gurgel intuir que havia um potencial comercial no forró. Emanuel
Gurgel começou então a insistir para que os músicos de sua banda tocassem mais forró, porém eles
se recusavam pois achavam que a música era brega e que poderia marcar negativamente a imagem
da banda. Gurgel então montou a segunda banda “Aquarius”, mas o músicos continuavam com a
mesma resistência. A saída para Emanuel Gurgel foi a criação de uma terceira banda, a “Mastruz com
Leite”, banda composta por músicos desconhecidos e “humildes” que não tinham vergonha de tocar
forró.
         A banda “estourou”, como se diz no jargão musical, e deu a Gurgel um retorno bem maior
do que ele esperava. Amaral Filho relata que a “Mastruz com Leite” foi o pontapé inicial de uma rede
imensa de negócios chamada “SomZoom”, de Emanuel Gurgel, composta, no período áureo, por:
onze bandas de forró, estúdio próprio de gravação, vários ônibus, vinte casas de shows, editora,
várias rádios no Nordeste e setenta e um espaços em rádios de outros estados, entre outros. Essa
mesma banda foi introdutora do estilo chamado hoje ‘forró elétrico’, conforme Amaral Filho relata:


                         *A+ “Mastruz com Leite” foi o início de um processo que deu origem ao complexo
                         “SomZoom” e que resultou na indústria musical e nos seu arranjo produtivo
                         existentes hoje em Fortaleza e Ceará, e que se propagou para o Nordeste e outros
13



                         estados da federação, por meio da multiplicação das bandas de forró. [...]
                         Insatisfeito com as restrições das condições locais para gravação, principalmente
                         por conta do seu estilo comercial, [...] Emanuel decidiu montar seu próprio estúdio,
                         onde investiu US$ 150 mil. [...] Junto com a montagem do estúdio vieram
                         equipamentos de iluminação e som e um ônibus que transportaria a banda
                         “Mastruz com Leite”, resultando em pequenas bifurcações que começavam a dar
                         forma a um complexo industrial que se estruturaria mais tarde. No centro dessas
                         bifurcações estava a banda “Mastruz com Leite”, que evoluiu inovando. Dentre as
                         inovações iniciais estiveram a abolição dos intervalos durante as apresentações e a
                         introdução de novos instrumentos musicais, considerados até então como heresias
                         entre os forrozeiros pé de serra. Guitarra, contrabaixo e saxofone fizeram parte
                         dessas inovações, que já vinham sendo ensaiadas por bandas “das antigas” como a
                         do Paulo Ney. (AMARAL FILHO, 2008, p. 5).



         A primeira banda concorrente do complexo musical formado por Emanuel Gurgel foi a
“Forró Maior”, do empresário Porsidônio. Outras foram surgindo no mercado, conforme este crescia,
de origens cearense e de outros estados. Em 2008, segundo Amaral Filho, foram identificadas 45
bandas (de todo o Brasil) consideradas profissionais, ou seja, que possuíam CDs e/ou DVDs gravados,
ocupavam espaços na mídia e outdoors, possuíam sites informando sua história, componentes,
agendas de shows e contatos telefônicos e que eram representadas por empresários. Segue quadro
das bandas abaixo:


              Quadro 2: Principais Bandas de Forró que se aoresentam em Fortaleza (2008)
       BANDAS                   LOCAL        PROPRIETÁRIOS            CACHÊ       MERCADO   CD DVDS
       Aviões do Forró         Fortaleza          A3            R$    80.000,00     BR       5  1
       Caviar com Rapadura     Fortaleza          A3            R$     3.000,00     NE      12  1
       Forró do Muído          Fortaleza          A3            R$    12.000,00    N/NE      2   -
       Forró dos Plays         Fortaleza          A3            R$     4.000,00    N/NE      1   -
       Solteirões do Forró     Fortaleza          A3            R$     6.000,00    N/NE      3   -
       Mastruz com Leite       Fortaleza     Emanuel Gurgel     R$    10.000,00     BR      43  2
       Cavalo de Pau           Fortaleza     Emanuel Gurgel     R$     3.000,00     NE      15  2
       Catuaba com
                               Fortaleza     Emanuel Gurgel      R$ 4.000,00        NE      12   -
       Amendoim
       Mel com Terra           Fortaleza     Emanuel Gurgel      R$    3.000,00     NE      12   -
       Forró Real              Fortaleza       Chico Bill        R$    6.000,00     NE      10   2
       Pau de Balançar         Fortaleza       Chico Bill        R$    3.000,00     CE      2    -
       Amor Cearense           Fortaleza       Chico Bill        R$    3.000,00     CE       -   -
       Mala 100 Alça          Araripina/PE        Neto           R$    4.000,00   N/NE/SE   3    2
       Moleca 100 Vergonha    Araripina/PE        Neto           R$    6.000,00   N/NE/SE   8    2
       Forró Saborear          São Paulo         Ronald          R$    5.000,00     BR      6    -
       Forró Balancear         São Paulo         Ronald          R$    6.000,00     BR      3    1
       Canários do Reino       Fortaleza        Karlúcio         R$    4.000,00     NE      11   -
       Forró Divera            Fortaleza        Karlúcio         R$    1.000,00     CE       -   -
14



       BANDAS                       LOCAL        PROPRIETÁRIOS           CACHÊ         MERCADO     CD DVDS
       Swing do Forró             Fortaleza            Marcos         R$ 5.000,00          NE       2  1
       Xote de Elite              Fortaleza            Marcos         R$     500,00        CE       -   -
       Banda Líbanos              Iguatu/CE      Marineide/Márcio     R$ 7.000,00          NE      13  2
       Forró Tropicália           Iguatu/CE      Marineide/Márcio     R$ 3.000,00          NE      11  2
       Forró na Veia              Fortaleza           Rodrigo         R$ 2.000,00          NE       2  2
       Forró Diferenciar          Fortaleza           Rodrigo         R$ 1.500,00          NE       1   -
       Felipão                    Fortaleza             Felipe        R$ 20.000,00         BR       3  2
       Forró Moral                Fortaleza       Marcelo/Carlos      R$ 5.000,00        N/NE       2  1
       Garota Safada              Fortaleza           Dona Biu        R$ 6.000,00 N/NE/SE           5   -
       Forró Sacode               Fortaleza         Tony Guerra       R$ 10.000,00         BR       3  1
       Desejo de Menina          Pernambuco         Antônio/Ivan      R$ 7.000,00         N/NE      4  2
       Waldonys                   Fortaleza          Waldonys         R$ 4.000,00          BR       9  1
                                                 Jonathan/Thiago
       Kbra da Peste              Fortaleza                           R$ 1.500,00        N/NE      1    1
                                                Matheus/Roberto
       Chico Pessoa               Fortaleza         Chico Pessoa      R$ 5.000,00          BR      6    -
       Dorgival Dantas             Natal/RN       Dorgival Dantas     R$ 4.000,00          BR      3    1
       Dedim Gouveia              Fortaleza       Dedim Gouveia       R$ 3.000,00          BR      9    -
       Furacão do Forró           Fortaleza              Tuta         R$ 6.000,00        N/NE      2    1
       Forró Poesia               Fortaleza        Rita de Cássia     R$ 5.000,00          NE       -   -
       Gatinha Manhosa          Pernambuco           Edson Lima       R$ 5.000,00         N/NE     5    -
       Lagosta Bronzeada          Fortaleza              Lano         R$ 2.500,00        N/NE      3    -
       Limão com Mel            Salgueiro/PE            Ailton        R$ 10.000,00         BR      22   4
       Magníficos               Monteiro/PA            Jotinha        R$ 10.000,00         BR      15   1
       Cavaleiros do Forró         Natal/RN              Alex         R$ 15.000,00         BR      6    4
       Banda Skema                Iguatu/CE        Roberto/Zenir      R$ 3.000,00          NE      3    1
       Barbaridade                Fortaleza            Jocélio        R$     700,00        NE       -   -
       Calcinha Preta            Aracaju/SE       Gilton Andrade      R$ 15.000,00         BR      17   2
       Saia Rodada              Caraúbas/RN           Eugênio         R$ 18.000,00         BR      6    3
         Fonte: AMARAL FILHO, Jair. Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará. 2008, p. 11.



         De acordo com o doutor em Comunicação Felipe Trotta (2009), enquanto as grandes
gravadoras tem como objetivo a venda de discos (principal produto), as bandas de forró tem como
produto básico as vendas de shows. A divulgação comercial está voltada para a experiencial musical
ao vivo, como principal objeto de comercialização.
         Amaral Filho afirma que, quanto à mobilização de ativos, as 45 bandas mobilizam cerca de
R$ 1.575.000,00. Do ponto de vista da renda, os cachês variam entre R$ 500,00 e o máximo de R$
80.000,00. Devido aos riscos inerentes aos espetáculos ao vivo, a modalidade que domina o mercado
é a da “festa bancada” onde os donos de bandas dividem com os donos das casas de shows as
receitas dos eventos, em percentuais acertados antecipadamente. Em um cálculo conservador,
Amaral Filho analisou que, caso cada uma das 45 bandas realizassem quatro apresentações mensais,
o mobilizado seria R$ 1.350.800,00, uma cifra bem abaixo do real. Quanto à cadeia produtiva, as
bandas de forró são o coração da cadeia e seu principal elo são as casas de forró, não só como fonte
de renda, mas por serem locais da realização do encontro das bandas com seus consumidores, locais
onde as “experiências” acontecem por meio dos espetáculos ao vivo.
15



                           Os produtores envolvidos com este mercado investem no que vem sendo chamado
                           de “economia de experiência”, ou seja, um sistema comercial no qual o consumidor
                           paga não para adquirir um produto ou serviço, mas “para passar algum tempo
                           participando de uma série de eventos memoráveis” (PINE e GILMORE, 1999 apud
                           TROTTA, 2009, p. 104).



          Os shows de forró deixaram de ser eventos sazonais ou eventuais para serem eventos
regulares. Os mercados atingidos pelas bandas cearenses ultrapassam os limites das fronteiras
estaduais. A “Aviões do Forró” – maior sucesso do gênero – já atua no mercado norte-americano. As
bandas “Calcinha Preta”(SE), “Desejo de Menina”(PE), “Forró do Muído”(CE), “Saia Rodada”(RN),
“Cavaleiros do Forró”(RN), “Limão com Mel”(PE), “Magníficos”(RN), “Banda Líbanos”(CE) e “Forró
Balancear”(SP), estão entre as maiores bandas nacionais.



3    METODOLOGIA


          A metodologia utilizada neste trabalho foi: quanto ao tipo, pesquisa bibliográfica com
revisão da literatura em livros, artigos e periódicos produzidos sobre forró (história e evolução),
marketing e marketing de entretenimento; quanto ao método, um estudo de multicasos; e quanto à
técnica, aplicação de 21 questionários estruturados. O objeto de estudo deste artigo foram as bandas
de forró mais fortemente atuantes de cenário musical cearense.
          Segundo Gil (2002, p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Sendo assim, a primeira etapa,
a revisão da literatura, foi bastante exaustiva devido a grande dificuldade de encontrar livros que
tratassem especificamente do tema “forró” e do assunto “marketing de entretenimento”. Dois
autores foram fundamentais nesta etapa, Marcos Cobra (organizador da coletânea “Marketing do
Entretenimento”) e Leandro Expedito Silva (autor do livro “Forró no asfalto: mercado e identidade
sociocultural”). Quanto às demais fontes, a solução encontrada foi buscar artigos e periódicos em
bibliotecas universitárias e virtuais.
          A busca por artigos e periódicos foi facilitada graças à internet. José Carlos Köche em seu
livro Fundamentos da Metodologia Científica (2003, p. 128), afirma que “a consulta às principais
bibliotecas e institutos de pesquisa nacionais e internacionais se torna facilitado hoje pela existência
das redes mundiais de informatização. O uso da internet [...] coloca rapidamente o pesquisador junto
às fontes que deseja”.
          O estudo de caso, segundo Gil (2002, p. 54) “é o delineamento mais adequado para a
investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o
16



fenômeno e o contexto não são claramente percebidos”. Dessa forma, para responder à questão
desta pesquisa, elaborou-se um estudo multicasos, para analisar as práticas de marketing utilizadas
pelas bandas de forró.
         Quanto às unidades-casos ou população-alvo (objeto de estudo), estas foram escolhidas
com base no Quadro 1, retirado do trabalho do professor Jair do Amaral Filho (autor da pesquisa
Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará), mencionado anteriormente. Nesse quadro, são
listadas as 45 bandas com maior destaque e as mais estruturadas profissionalmente no cenário
musical brasileiro. Como o universo da pesquisa se restringe ao Ceará, apenas 33 bandas estariam
aptas como unidades-casos. Porém, como a pesquisa de Jair foi realizada em 2008 e o mercado de
forró é muito dinâmico, com bandas saindo e entrando no mercado frequentemente, esta lista
acabou por estar desatualizada. Ao entrar em contato com os responsáveis pelas bandas,
atualizamos a lista das bandas que estariam aptas a participar do processo. Destas, apenas 21
aceitaram participar da pesquisa e estão em destaque no Quadro 2. Como as bandas estão em
constantes viagens, devido aos shows, os questionários foram aplicados por email e por telefone,
tornando assim, a pesquisa viável de ser aplicada em tempo hábil para a execução deste trabalho.


                              Quadro 2: Bandas de Forró do Ceará em 2010
                                 BANDAS           LOCAL       PROPRIETÁRIO
                         Aviões do Forró         Fortaleza         A3
                         Forró do Bom            Fortaleza         A3
                         Forró do Muído          Fortaleza         A3
                         Forró dos Plays         Fortaleza         A3
                         Solteirões do Forró     Fortaleza         A3
                         Forró Balancear         Fortaleza       Roberto
                         Forró Stilo             Fortaleza       Roberto
                         Mastruz com Leite       Fortaleza    Emanuel Gurgel
                         Cavalo de Pau           Fortaleza    Emanuel Gurgel
                         Kalango Aceso           Fortaleza    Emanuel Gurgel
                         Catuaba com
                                                 Fortaleza    Emanuel Gurgel
                         Amendoim
                         Mel com Terra           Fortaleza    Emanuel Gurgel
                         Forró Real              Fortaleza       Chico Bill
                         Pau de Balançar         Fortaleza       Chico Bill
                         Amor Cearense           Fortaleza       Chico Bill
                         Canários do Reino       Fortaleza   Augusto/Sid Brasil
                         Swing do Forró          Fortaleza       Jeferson
                         Banda Líbanos          Iguatu/CE    Marineide/Márcio
                         Forró Tropicália       Iguatu/CE    Marineide/Márcio
                         Forró na Veia           Fortaleza       Karlúcio
                         Moleca 100 vergonha     Fortaleza       Karlúcio
                         Lairton dos teclados    Fortaleza       Karlúcio
                         Mala 100 Alça           Fortaleza       Karlúcio
                         Garota Safada           Fortaleza       Dona Biu
                         Forró Sacode            Fortaleza     Tony Guerra
                         Waldonys                Fortaleza      Waldonys
17



                                     BANDAS              LOCAL        PROPRIETÁRIO
                                                                     Jonathan/Thiago
                            Kbra da Peste               Fortaleza
                                                                     Matheus/Roberto
                            Chico Pessoa                 Fortaleza     Chico Pessoa
                            Dedim Gouveia                Fortaleza    Dedim Gouveia
                            Furacão do Forró             Fortaleza         Tuta
                            Lagosta Bronzeada            Fortaleza         Lano
                            Banda Skema                 Iguatu/CE     Roberto/Zenir
                            Barbaridade                  Fortaleza        Jocélio
                              Fonte: Elaborado pela autora, 2010.



4    ANÁLISE DOS RESULTADOS


         Conforme mencionado na metodologia, foram aplicados 21 questionários, dos 34
propostos pela pesquisadora, junto às principais bandas atuantes no cenário musical cearense, no
período de 01/01/2010 a 30/10/2010, para efeito de atender aos objetivos deste artigo.


4.1 IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO-ALVO
         Segundo a pesquisa, as bandas de forró demonstram ter conhecimento relativo do perfil de
seu público consumidor. Para a maioria delas (48%), o público é constituído por adultos abaixo dos
35 anos e por jovens, sendo pertencentes em maior parte à classe B, seguido pelas classes A e C,
igualmente. Pôde-se observar que este não parece ser um conhecimento oriundo de pesquisas, mas
sim de observação cotidiana, visto que, conforme o Gráfico 1, das 21 bandas, oito (38%) afirmam que
atingem todas as faixas etárias de público. Tal informação demonstra que, ou as bandas não
possuem um direcionamento específico no momento de definir o seu posicionamento, ou que não
fazem idéia de quem é o consumidor que ela está atingindo. Para confirmar essa hipótese, pode-se
observar o Gráfico 2, onde cinco bandas (24%) não possuem conhecimento de qual faixa social, o seu
público pertence.


          10                                                                               Adultos acima de
                                                                                8          35 anos
            8                                                                              Adultos abaixo de
                                              6                                            35 anos
            6                                                                              Jovens
                                 4
            4                                                                              Adolescentes
                    2                                                                  2   Crianças
            2                                             1          1
                                                                                           Todos
            0
                                                                                           Não temos



     Gráfico 1: Conhecimento sobre o público-alvo definido
     Fonte: Elaborado pela autora, 2010.
18




               Classe A                                               8

               Classe B                                                                     13

               Classe C                                               8

               Classe D                    3

               Classe E   0

        Não temos idéia                              5



     Gráfico 2: Perfil do público que frequenta as apresentações da banda
     Fonte: Elaborado pela autora, 2010.



4.2 OBJETIVOS
         Quanto ao posicionamento, quando questionadas como gostariam de ser conhecidas pelo
público, 57% afirma que gostariam de ser conhecidas como a melhor banda do Brasil, 38% como
melhor banda do Nordeste e apenas uma banda desejaria ser vista como a melhor banda do Ceará.
Para atingir esse objetivo de posicionamento, os meios mais utilizados são: shows ao vivo (81%),
gravação de CDs ou jingles próprios (71%), participação de programas de TV/rádio de alcance
nacional (52%) e internet (48%).


4.3 ELABORAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
         Relativo ao estilo musical, as bandas se definem por: forró universitário (52%), forró
elétrico (24%) e forró pé-de-serra (24%). Complementando o estilo e reforçando a identidade da
banda perante o público, 57% das bandas afirma que determinam a escolha do figurino de seus
integrantes de acordo com estilo próprio. Por outro lado, 38% possui seus figurinos patrocinados por
empresas terceiras.
         Como estratégias de diferenciação afirmam:
             71% possui o cantor/cantora mais carismático;
             67% possui os melhores preços;
             48% participa dos principais eventos de forró;
             43% detêm as melhores músicas de composições;
             43% são as bandas mais conhecidas;
             38% possui parcerias com as melhores casas de shows.
19



            Esses dados mostram que, ao invés de uma estratégia de diferenciação, as bandas praticam
ações comuns que não as diferenciam perante o público, visto que a maioria realiza as mesmas
práticas.


4.4 SELEÇÃO DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO
            Os canais de comunicação mais utilizados são, em ordem: CD, rádio, shows ao vivo, TV, site
próprio, pôster, YouTube, DVD, Orkut, revistas de forró, jornal, outdoor, blog, Twitter, faixas de rua,
sites de terceiros, Facebook e MySpace.
            Nota-se a predominância das mídias tradicionais, como CD, DVD, TV e rádio; porém
podemos ver que as redes de relacionamento virtuais (YouTube, Orkut, blogs, Twitter, Facebook e
MySpace) são bastante importantes na comunicação e no relacionamento outshow das bandas com
o público-alvo.



               25                                                                                                                                                                                           CD

                                                                                                                                                                                                            DVD

                                                                                                                                                                                                            Shows
               20     21                 21
                                                                                                                                                                                                            Rádio

                                 17                                                                                                                                                                         Revistas

               15                                                    14                14                       14                                                                                 14       Jornal
                           13                                                                                                                                                                               TV
                                                                                                                                                                     12
                                                  10                                                                                                                                                        Outdoors
               10                                              8                                                                                                                                            Pôsteres
                                                                            8                                                                        8
                                                                                                                                                              7
                                                                                                     6                                                                                                      Faixas de rua
                                                                                                                                      4                                                                     Site próprio
                5
                                                                                                                                                                                2                           Site de terceiros
                                                                                                                                                                                          1
                                                                                                                                                                                                            Blogs
                0                                                                                                                                                                                           Twitter
                                                                          Outdoors
                                         Rádio




                                                                                                                                                                     Orkut
                                                            Jornal




                                                                                     Pôsteres




                                                                                                                                                   Blogs
                                                                                                                Site próprio
                     CD
                           DVD
                                 Shows


                                                 Revistas


                                                                     TV




                                                                                                                                                           Twitter




                                                                                                                                                                                        MySpace
                                                                                                                                                                             Facebook


                                                                                                                                                                                                  YouTube
                                                                                                Faixas de rua


                                                                                                                               Site de terceiros




                                                                                                                                                                                                            Orkut

                                                                                                                                                                                                            Facebook

                                                                                                                                                                                                            MySpace

                                                                                                                                                                                                            YouTube




            Gráfico 3: Meios de comunicação com o público-alvo
            Fonte: Elaborado pela autora, 2010.



4.5 ORÇAMENTO
            Dentre as bandas que aceitaram informar dados do faturamento, duas contabilizam acima
de R$ 100 mil/mês, seis arrecadam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil mensais e uma arrecada entre R$ 10
mil e R$ 30 mil/mês. Doze bandas se recusaram a prestar informações sobre o faturamento, todas
20



elas consideradas “gigantes” do mercado local, figurando entre as bandas de maior sucesso e com
maior número de público, e consequentemente, com maior faturamento. Fazendo uma projeção
dentro do universo das 21 bandas pesquisadas, e considerando uma média de R$ 80 mil mensais,
significa que todas as bandas faturam, em média, R$ 1,68 milhão/mês e que, por ano, essa soma
seria de R$ 20,16 milhões, estimativa um pouco superior à do professor Amaral Filho (16,21
milhões/ano). Vale ressaltar que, no momento da aplicação da pesquisa, muitas bandas informaram
que estão enfrentando um momento de estagnação do mercado, e por isso, não conseguem atingir
os patamares monetários que atingiam há dois ou três anos.
         Além de ser um importante movimentador da economia local e regional, os números do
forró não são significantes apenas no faturamento. Quando questionadas quanto ao investimento
em ações de marketing, 38% relata que gastam, mensalmente, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil reais e 24%
gasta acima de R$ 10 mil/mês. Novamente, fazendo uma projeção hipotética, isso significa dizer que
adotando uma média de R$ 8 mil, as 21 bandas gastam em torno de R$ 168 mil/mês. Isso significa
que são no mínimo R$ 2,016 milhões por ano de investimento em marketing. Se esse investimento é
bem direcionado, não se pode afirmar neste trabalho, porém os números são importantes para
avaliar o potencial do forró como mercado.


4.6 MIX DE COMUNICAÇÃO
         As principais ferramentas de promoção utilizadas pelas bandas são:


            Entrega de CDs promocionais gratuitos: 76%
            Divulgação de músicas no YouTube: 67%
            Parcerias com radialistas e apresentadores de programas de forró (TV e rádio): 62%
            Apresentação em programas de TV: 52%
            Execução de músicas em programas de rádio: 24%
            Gravação de clipes/vídeos de música: 10%


         Novamente, percebe-se a importância das mídias tradicionais na “indústria do forró” e o
avanços das novas mídias como o YouTube. Para a esclarecer a diferença entre uma música divulgada
no YouTube e a gravação de clipe, o último é uma gravação profissional, com contratação de equipe
especializada para produção e elenco que geralmente difere dos integrantes normais das bandas.
         Quanto à freqüência de novos lançamentos, 62% afirma que lançam novidades a cada 3
meses, 10% a cada 6 meses, 24% a cada um ano e 5% a cada dois anos. A maioria das bandas (62%)
21



divulga seus lançamentos antecipadamente, 43% o fazem esporadicamente e 24% não divulgam
nenhum lançamento antecipadamente.


4.7 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS
          De acordo com todas as bandas de forró pesquisadas (100%), suas músicas são bastante
conhecidas e amplamente divulgadas. Dentre as pesquisadas, 71% considera que possuem estrutura
melhor do que a que tinham no ano anterior; 62% afirma o número de shows e de fãs aumenta a
cada ano; 57% está sempre renovando os instrumentos; 52% acredita que o padrão de vida de seus
músicos está bem melhor; 33% cobra cachês mais altos que o ano anterior e possuem várias
empresas querendo patrocinar os shows; 43% recebe royalties pelas gravações de suas músicas por
outros artistas e 5% aumenta constantemente o número de integrantes da banda.


4.8 GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO DE MARKETING
          Quase todas as bandas (90%), tem como responsável pelo marketing, o dono ou
empresário da banda. Apenas uma banda (5%), possui um diretor de marketing e outra (5%) possui
contrato com uma agência de publicidade.
          Quando questionadas se já haviam feito algum planejamento de marketing, 62% das
bandas assevera que possuem uma agência ou profissional de marketing à frente de suas estratégias
de mercado. Em contrapartida, 28% afirma que desenvolvem as atividades por conta própria e 10%
aplica o que foram aprendendo com a prática.
          De acordo as informações obtidas com a pesquisa, pode-se entender que no contexto das
bandas de forró cearenses, embora o responsável direto pelo marketing seja o dono ou empresário -
pessoa que teoricamente não possui o conhecimento/habilidades necessário para desenvolver um
planejamento de comunicação estratégico -, em algum momento elas buscaram apoio especializado
com agências de publicidade ou profissionais autônomos do mercado. Percebe-se então que, talvez
essa ausência de profissionais especializados em marketing cuidando da orientação mercadológica
das bandas de forró, apesar dos significantes valores que esse mercado movimenta, seja um
indicativo que esse potencial segmento de mercado é desconhecido ou desprezado pelo mercado
publicitário local e/ou regional.



5    CONSIDERAÇÕES FINAIS


          Como pôde-se observar, a “indústria do forró” ainda é um segmento bastante imaturo da
música cultural brasileira. Embora esteja na cena musical há algumas décadas e movimente valores
22



consideráveis, sua estrutura ainda é precária e baseada nas experiências cotidianas e na visão de
mercado de seus donos e empresários. O forró é visto ainda como festa popular, e não como um
mercado potencial, como importante agente agregador da economia.
         Seja levados pela “nova onda” das redes de relacionamento, seja pelas mídias tradicionais,
percebe-se que não há um planejamento específico quanto às ações de marketing. A visão que
prevalece é a que “quanto mais estiver em evidência, melhor”. Dessa forma, apreende-se que as
bandas agem não de acordo com um plano estratégico de comunicação estruturado, e sim com a
meta de divulgar aonde for possível, com objetivo de alcançar maior público.
         Quanto ao objetivo de analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró do
Ceará, pode-se dizer que as respostas obtidas foram satisfatórias. Não há um planejamento nem
ações estruturadas nesse aspecto, porém, por conta própria e baseados nas experiências já vividas,
as ações de marketing acontecem, e, embora não se possa mensurar o resultado de cada ação
específica, elas ocorrem e movimentam uma grande soma de valores para o mercado.
         Não existe uma preocupação com estilo ou frequência de exposição. Sendo assim, os canais
de comunicação são quase todos utilizados de forma maciça, tendo prioridade os que possuem
maior audiência, como entrega de CDs promocionais, divulgação em rádio, shows ao vivo, sites
próprios, YouTube, Orkut, entre outros.
         Para garantir espaços nesses veículos, o investimento das bandas gira em torno de 5 a 10%
de seu faturamento bruto, ou seja, por volta de R$ 120 mil/ano, sendo R$ 2,52 milhões/ano no total
das 21 bandas pesquisadas.
         Quanto às práticas de marketing de entretenimento, pode-se afirmar que as melhores
aplicações se referem a: seleção dos canais de distribuição/comunicação utilizados de acordo com a
proposta de marketing de cada banda; um forte domínio da categoria e excelente penetração de
mercado; bem como elaboração de estratégias de lançamento dinâmicas, posto que as novidades
surgem, em média, a cada 3 meses e são amplamente divulgadas.
         As limitações desse trabalho se devem principalmente à ausência de referencial teórico
sobre o assunto estudado, bem como à falta de disponibilidade e tempo das bandas em
responderem o questionário, sendo necessária a aplicação por email e telefone. Percebeu-se
também o receio dos responsáveis em prestar informações sobre os números de faturamento, sendo
assim, para deixá-los mais confortáveis, foram estabelecidas faixas de valores para que os
pesquisados pudessem se sentir mais à vontade em revelar tais dados.
         Esse artigo procura trazer contribuição inicial sobre as práticas de marketing utilizadas
pelas bandas de forró do Ceará. Estudos futuros e análise detalhada sobre as práticas de marketing,
os investimentos e seus desdobramentos serão importantes para melhor compreensão deste
fenômeno musical brasileiro.
23



REFERÊNCIAS


ALMEIDA, Paulo Octavio Pereira de. O marketing de entretenimento ao vivo (shows e espetáculos).
In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008.

AMARAL FILHO, Jair do. Arranjos produtivos e inovativos locais em áreas intensivas em cultura e
mobilizadoras de desenvolvimento social. Rio de Janeiro: Redesist, 2008.

AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Disponível em: <www.ama.org>. Acesso em: 08 nov. 2010.

AOKI, Chieko. Prefácio. In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac,
2008.

CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1959.

COBRA, Marcos. Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008.

DANTAS, Edmundo Brandão. Marketing descomplicado. Brasília: Senac, 2005.

DICKSON, Peter R. Introdução ao Marketing. In: CZINKOTA, Michael R. [et al]. Marketing: as
melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001.

ENTREVISTA Sérgio Sá Leitão: Deve-se tratar a economia da cultura no Brasil pensando sobretudo no
seu potencial não realizado. CULTURA E MERCADO, maio 2007. Seção Notícias. Disponível em :
<http://www.culturaemercado.com.br/noticias/entrevista-sergio-sa-leitao-deve-se-tratar-a-
economia-da-cultura-no-brasil-pensando-sobretudo-no-seu-potencial-nao-realizado/>. Acesso em:
15 out. 2010.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e iniciação à
pesquisa. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 8ª ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2004.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.


LIMA, Maria Érica de Oliveira. For all, folkmídia e a indústria cultural regional. Trabalho publicado na
revista eletrônica Razón y Palabra, número 60. Disponível em:
<http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n60/oliveiralima.htm>. Acesso em: 1 out. 2010.

LIMEIRA, Tania M. Vidigal. Tempo livre, lazer e entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.).
Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008.

MARIN, Elizara Carolina. Entretenimento: uma mercadoria com valor em alta. Movimento, Porto
Alegre, v. 15, n. 2, p. 211-231, abr-jun. 2009.
24



MURAKAMI, Luiz C. Conceitos básicos de marketing de entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.).
Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008.

REIS, Ana Carla Fonseca. Marketing cultural e financiamento da cultura. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.

SANTOS, José Farias dos. Luiz Gonzaga, a música como expressão do Nordeste. São Paulo: Ibrasa,
2004.

SILVA, Leandro Expedito. Forró no asfalto: mercado e identidade sociocultural. São Paulo:
Annablume, 2003.

OXFORD Dictionaries. Entertainment. Disponível em:
<http://oxforddictionaries.com/view/entry/m_en_gb0267970#m_en_gb0267970>. Acesso em: 15
out. 2010.

TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Entretenimento: uma crítica aberta. São Paulo: Senac, 2003.

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de
comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 2002.

TROTTA, Felipe. O forró eletrônico no Nordeste: um estudo de caso. Intexto, Porto Alegre, v. 1, n.
20, p. 102-116, jan-jun 2009.
25



APÊNDICE
26

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

o samba
o sambao samba
o samba
 
Danca escola
Danca escolaDanca escola
Danca escola
 
Inclusão social
Inclusão socialInclusão social
Inclusão social
 
A origem da dança circular e de roda
A origem da dança circular e de rodaA origem da dança circular e de roda
A origem da dança circular e de roda
 
Planejamento - Arte - 8 ano.docx
Planejamento - Arte - 8 ano.docxPlanejamento - Arte - 8 ano.docx
Planejamento - Arte - 8 ano.docx
 
Danças afro
Danças afroDanças afro
Danças afro
 
Dança
DançaDança
Dança
 
O que é violência sexual
O que é violência sexualO que é violência sexual
O que é violência sexual
 
Trabalho de artes danças
Trabalho de artes dançasTrabalho de artes danças
Trabalho de artes danças
 
Dança
DançaDança
Dança
 
Conceito de dança Professor Rodrigo Costa
Conceito de dança Professor Rodrigo CostaConceito de dança Professor Rodrigo Costa
Conceito de dança Professor Rodrigo Costa
 
Dança
DançaDança
Dança
 
DANÇA ARTE E EDUCAÇÃO
DANÇA ARTE E EDUCAÇÃODANÇA ARTE E EDUCAÇÃO
DANÇA ARTE E EDUCAÇÃO
 
Danças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joanaDanças nacionais populares joana
Danças nacionais populares joana
 
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEADANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
DANÇA - CONCEITOS E DANÇA CONTEMPORÂNEA
 
Arte e música
Arte e músicaArte e música
Arte e música
 
História da dança
História da dançaHistória da dança
História da dança
 
Projeto historia da dança
Projeto historia da dançaProjeto historia da dança
Projeto historia da dança
 
As danças africanas
As danças africanas As danças africanas
As danças africanas
 
A diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileiraA diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileira
 

Destaque

Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...Pricilla Abrantes
 
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADE
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADEIMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADE
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADEMayara Atherino Macedo
 
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...Débora Bonfim
 
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - final
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - finalCarolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - final
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - finalCarolina Fehlberg Pagani
 
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...Fernando Turza
 
Conversao no E-commerce
Conversao no E-commerceConversao no E-commerce
Conversao no E-commerceComSchool
 
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...Rafaela Vieira
 
TCC - Voyeurismo Digital
TCC - Voyeurismo DigitalTCC - Voyeurismo Digital
TCC - Voyeurismo DigitalJonatas Fr
 
Tcc artigo-jose-galter-v3
Tcc artigo-jose-galter-v3Tcc artigo-jose-galter-v3
Tcc artigo-jose-galter-v3José Galter
 
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...Camila Carrano
 
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...Sérgio Oliveira
 
Artigo: O marketing digital na era da revolução digital
Artigo: O marketing digital na era da revolução digitalArtigo: O marketing digital na era da revolução digital
Artigo: O marketing digital na era da revolução digitalLuis Claudio S. Peixoto
 
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio Mineiro
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio MineiroTcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio Mineiro
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio MineiroJoão Campos
 
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...Rebeca Vieira
 
TCC - Marketing Político
TCC - Marketing PolíticoTCC - Marketing Político
TCC - Marketing PolíticoCíntia Luna
 

Destaque (20)

Fluxo do marketing v2
Fluxo do marketing v2Fluxo do marketing v2
Fluxo do marketing v2
 
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
 
Estilo
EstiloEstilo
Estilo
 
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADE
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADEIMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADE
IMPORTÂNCIA DO SIM PARA ÀS ORGANIZAÇÕES DA ATUALIDADE
 
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...
Brand Experience no Lollapalooza: analise das estratégias de comunicação das ...
 
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - final
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - finalCarolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - final
Carolina pagani espm mba_mkt digital_tcc - rotta ely - 09.12.13 - final
 
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...
Marketing de conteúdo: estudo do uso de conteúdo como forma de interação no f...
 
Conversao no E-commerce
Conversao no E-commerceConversao no E-commerce
Conversao no E-commerce
 
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...
Marketing digital colaborativo planejamento e estratégias através de redes so...
 
Aula 09 bsc
Aula 09 bscAula 09 bsc
Aula 09 bsc
 
TCC - Voyeurismo Digital
TCC - Voyeurismo DigitalTCC - Voyeurismo Digital
TCC - Voyeurismo Digital
 
Tcc artigo-jose-galter-v3
Tcc artigo-jose-galter-v3Tcc artigo-jose-galter-v3
Tcc artigo-jose-galter-v3
 
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...
GESTÃO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS: REDUZINDO IMPACTO E RISCOS POR MEIO DO CO...
 
Artefotografica2015 a
Artefotografica2015 aArtefotografica2015 a
Artefotografica2015 a
 
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...
MÍDIAS SOCIAIS – Ferramentas de estratégia de marketing de relacionamento par...
 
Artigo: O marketing digital na era da revolução digital
Artigo: O marketing digital na era da revolução digitalArtigo: O marketing digital na era da revolução digital
Artigo: O marketing digital na era da revolução digital
 
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio Mineiro
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio MineiroTcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio Mineiro
Tcc Final O Impacto Da MíDias Sociais No Mercado PublicitáRio Mineiro
 
Estratégia com o uso do BSC (guia do STJ)
Estratégia com o uso do BSC (guia do STJ)Estratégia com o uso do BSC (guia do STJ)
Estratégia com o uso do BSC (guia do STJ)
 
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...
VANTAGENS DO MARKETING DIGITAL PARA AS EMPRESAS B2B: Branding, Vendas e Relac...
 
TCC - Marketing Político
TCC - Marketing PolíticoTCC - Marketing Político
TCC - Marketing Político
 

Semelhante a PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ

Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...
Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...
Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...Vicente Venturieri
 
PP evento universo foa.completo
PP evento universo foa.completoPP evento universo foa.completo
PP evento universo foa.completoAna Paula Sds
 
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do Recife
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do RecifeArtigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do Recife
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do RecifeAndreza Salgueiro
 
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...Luiz Hamilton Ribas
 
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...Luiz Valeriano
 
marketing politico: historia e evolucao no brasil republicano
marketing politico:  historia e evolucao no brasil republicanomarketing politico:  historia e evolucao no brasil republicano
marketing politico: historia e evolucao no brasil republicanoDarlan Campos
 
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...Jeferson L. Feuser
 
Relações Públicas Internas da Empresa
Relações Públicas Internas da EmpresaRelações Públicas Internas da Empresa
Relações Públicas Internas da Empresalacerdadacosta
 
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus Carol Guimarães
 
PublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoPublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoEficacia
 
PublicitáRios Do Asfalto1
PublicitáRios Do Asfalto1PublicitáRios Do Asfalto1
PublicitáRios Do Asfalto1Eficacia
 
PublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoPublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoEficacia
 
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...Amarildo Ferreira
 
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Atitude Digital
 
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...Governo do Estado do Rio de Janeiro
 
Trabalho mercadologia Grupo 2
Trabalho mercadologia Grupo 2Trabalho mercadologia Grupo 2
Trabalho mercadologia Grupo 2UERJ
 
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding Carol Guimarães
 

Semelhante a PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ (20)

AçõEs+Emp..
AçõEs+Emp..AçõEs+Emp..
AçõEs+Emp..
 
Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...
Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...
Vicente Tavares Venturieri - Estratégias e desafios da prospecção de associad...
 
PP evento universo foa.completo
PP evento universo foa.completoPP evento universo foa.completo
PP evento universo foa.completo
 
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do Recife
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do RecifeArtigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do Recife
Artigo - Pesquisa de mercado para o Sport Club do Recife
 
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...
O impacto gerado pelas estratégias de marketing nas instituições para pessoas...
 
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...
TESE DA UFLA - A Construção do Mercado de Cafés Certificados e Sustentáveis d...
 
marketing politico: historia e evolucao no brasil republicano
marketing politico:  historia e evolucao no brasil republicanomarketing politico:  historia e evolucao no brasil republicano
marketing politico: historia e evolucao no brasil republicano
 
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...
Novas mídias: um estudo sobre as novas formas de comunicação e sua utilização...
 
Relações Públicas Internas da Empresa
Relações Públicas Internas da EmpresaRelações Públicas Internas da Empresa
Relações Públicas Internas da Empresa
 
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus
O regionalismo como estratégia de Branding do Guaraná Jesus
 
PublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoPublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do Asfalto
 
PublicitáRios Do Asfalto1
PublicitáRios Do Asfalto1PublicitáRios Do Asfalto1
PublicitáRios Do Asfalto1
 
PublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do AsfaltoPublicitáRios Do Asfalto
PublicitáRios Do Asfalto
 
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...
Papers do NAEA n.º 334 - Notas introdutórias para o estudo da vida associativ...
 
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
Resumos TCC - Curso Publicidade e Propaganda 2010-2
 
Pesquisa de opinião pública e de mercado
Pesquisa de opinião pública e de mercadoPesquisa de opinião pública e de mercado
Pesquisa de opinião pública e de mercado
 
Paper_EmANPAD_MDal Mas
Paper_EmANPAD_MDal MasPaper_EmANPAD_MDal Mas
Paper_EmANPAD_MDal Mas
 
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...
DESMISTIFICANDO O NEUROMARKETING: CONCEITOS, FATORES, PRÁTICA, EQUIPAMENTOS, ...
 
Trabalho mercadologia Grupo 2
Trabalho mercadologia Grupo 2Trabalho mercadologia Grupo 2
Trabalho mercadologia Grupo 2
 
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding
GUARANÁ JESUS - O regionalismo como estratégia de Branding
 

Mais de MaisoDias

Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...
Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...
Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...MaisoDias
 
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...MaisoDias
 
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...MaisoDias
 
Apresentação - empreender consciente
Apresentação - empreender conscienteApresentação - empreender consciente
Apresentação - empreender conscienteMaisoDias
 
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...MaisoDias
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...MaisoDias
 
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...MaisoDias
 
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVIL
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVILPOLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVIL
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVILMaisoDias
 
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...MaisoDias
 
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...MaisoDias
 
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...MaisoDias
 
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...MaisoDias
 
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESASO PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESASMaisoDias
 
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...MaisoDias
 
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAY
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAYO MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAY
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAYMaisoDias
 

Mais de MaisoDias (16)

Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...
Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...
Terceirização na Administração Pública: Um estudo do Comportamento Organizaci...
 
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...
Iara veras - Voluntariado Corporativo: A Importância do Voluntariado para o D...
 
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...
Henryqueta - Empreendedor Individual: Análise de e do Processo de Concessão d...
 
Caio
CaioCaio
Caio
 
Apresentação - empreender consciente
Apresentação - empreender conscienteApresentação - empreender consciente
Apresentação - empreender consciente
 
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...
 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE ABASTECIMENTO DO ESTADO...
 
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO ...
 
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVIL
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVILPOLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVIL
POLÍTICAS ECOAMBIENTAIS APLICADAS NAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÀO CIVIL
 
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...
O PAPEL DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL COMO INFLUENCIADOR NA GESTÃO ORGANIZACION...
 
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...
O PERFIL EMPREENDEDOR DA GERAÇÃO Y: UM ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO DE JOVENS...
 
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...
PROFISSIONALIZAÇÃO NO TERCEIRO SETOR: ESTUDO COMPARATIVO SOB A PERSPECTIVA DO...
 
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UM ESTUDO DAS MULHERES EMPREENDEDORAS COM MODELO P...
 
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESASO PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
 
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...
CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO MULTICASO DAS ENTIDADES FIL...
 
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAY
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAYO MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAY
O MERCADO GLS NA CIDADE DE FORTALEZA: O PERFIL DO CONSUMIDOR DE UMA SAUNA GAY
 

PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ

  • 1. FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7 CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ ANA CAROLINA DE ARAÚJO FERREIRA FORTALEZA – 2010
  • 2. 1 ANA CAROLINA DE ARAÚJO FERREIRA PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ Artigo Científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. FORTALEZA - 2010
  • 3. 2 PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ Artigo Científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Ana Carolina de Araújo Ferreira Artigo aprovado em: / / Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. (FA7) 1º Examinador: Profa. Mariana Aguiar Alcântara de Brito, Ms. (FA7) 2º Examinador: Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. (FA7) Prof. Francisco Hercílio de Brito Filho, Ms. (FA7) Coordenador do Curso
  • 4. 3 PRÁTICAS DE MARKETING DE ENTRETENIMENTO: UM ESTUDO DAS BANDAS DE FORRÓ DO CEARÁ Ana Carolina de Araújo Ferreira 1 Prof. Maíso Dias Alves Júnior, Ms. 2 RESUMO O objetivo deste estudo é analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró do estado do Ceará. De forma a alcançar tal objetivo, foram utilizados como referencial teórico os conceitos de marketing, marketing de entretenimento e feita uma retrospectiva sobre a evolução histórica do forró. Como metodologia foi realizada pesquisa bibliográfica e um estudo multicasos com aplicação de 21 questionários. Foram identificadas as principais práticas de marketing de entretenimento, bem como os principais canais de comunicação/mix de marketing utilizados e o total de investimentos aplicados em marketing pelas bandas. A análise dos resultados e as considerações finais encerram este artigo. PALAVRAS-CHAVE: Forró. Marketing. Marketing de Entretenimento. ABSTRACT The main objective of this study is to examine the marketing practices applicated by forró bands in the state of Ceará. To achieve this goal, entertainment marketing and a retrospective on the historical evolution of forró were used as theoretical concepts of marketing. The methodology was a multicases study and a research with 21 questionnaires. We identified the main practices of entertainment marketing, such as the main channels of communication / marketing mix used and the total investments made in marketing bands. The critical annalysis and final remarks conclude this article. KEYWORDS: Forró. Marketing. Entertainment Marketing. 1 Graduanda em Administração de Empresas. Estudante da Faculdade 7 de Setembro. email: carolina- post@hotmail.com 2 Mestre em Administração de Empresas. Professor e orientador da disciplina Empreendedorismo da Faculdade 7 de Setembro. maiso@fa7.edu.br
  • 5. 4 1 INTRODUÇÃO O forró é um “gênero” típico da música brasileira popular, oriundo e predominante principalmente na região Nordeste; movimenta, anualmente, somente em Fortaleza, capital do estado do Ceará, uma receita estimada de R$ 16,5 milhões - segundo dados da pesquisa “Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará”, coordenada pelo professor Jair do Amaral Filho do projeto REDESIST da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o SEBRAE. Esta pesquisa foi utilizada como maior e mais completa fonte de dados sobre a indústria “forrozeira” para este trabalho, devido à dificuldade encontrada em localizar material e informações sobre este assunto. Independente do estilo (tradicional, universitário ou eletrônico), a “indústria forrozeira” tem conquistado mercados de forma crescente e constante – sobretudo nos últimos anos. Símbolo do povo e da cultura nordestina, o forró se desloca com essa população aonde quer que vá, tornando-se assim um elo social de agregação e de encontro destes. Segundo Amaral Filho, o forró “deixou de ser um simples símbolo cultural para ser uma mercadoria, *...+, passou de uma manifestação cultural restrita para a condição de indústria musical, mobilizando milhares de empregos e milhões de reais anuais, só no Ceará” (AMARAL FILHO, 2008, p. 1). Inicialmente fruto de festas populares, o forró tradicional teve seu ápice na década de 40 com Luiz Gonzaga, e nessa época era conhecido popularmente como baião. Após essa fase, o forró entrou em decadência e voltou ao seu auge somente no ínicio dos anos 90 por iniciativa do empresário Emanuel Gurgel, que modificou a estrutura do mercado existente e criou uma nova vertente do forró, conhecida hoje como forró eletrônico, devido à introdução de equipamentos eletrônicos, conferindo uma “nova roupagem” ao gênero musical. Atualmente, de acordo com Amaral Filho (2008, p. 2), “o forró tem larga difusão no Brasil, como gênero musical, meio de entretenimento e relação social, estes apoiados nos bailes e nas danças”. Parte integrante do mercado cultural regional brasileiro, o forró é hoje um importante componente do entretenimento e da economia local. Na visão de estudo deste trabalho, a do marketing de entretenimento, as bandas de forró são empresas que têm como produto principal de venda, os seus espetáculos (shows) de forró. Seus principais parceiros são as rádios, as casas de shows, os patrocinadores e os clientes que interagem de forma direta com as bandas no momento da entrega do produto ou prestação de serviço, no caso, os shows ao vivo. Para a professora Elizara Carolina Marin, doutora em Ciências da Comunicação, “o entretenimento tornou-se uma mercadoria com valor em alta, pois responde a uma necessidade humana, [...], a de diversão; no entanto responde também aos interesses das instituições e do próprio sistema capitalista” (MARIN, 2009, p. 228).
  • 6. 5 Apesar do crescimento, do sucesso das bandas e dos números elevados do faturamento, a “indústria do forró”, em sua maioria, continua na informalidade, foi poucas vezes objeto de estudos acadêmicos ou seus números e estratégias de mercado analisados com algum critério científico. Amaral Filho (2008, p. 21) diz que a indústria forrozeira é caracterizada pela “*...+ ausência de marcos regulatórios e agências reguladoras, a [falta de] participação de organizações de ensino, pesquisa ou treinamento e a ausência do Estado e do poder público no que se refere ao processo de construção e produção da indústria do forró”. Nesse sentido, este trabalho pretende realizar um estudo mais aprofundado sobre as ações mercadológicas desse fenômeno do entretenimento musical brasileiro e analisar as estratégias de marketing desenvolvidas pelas bandas de forró cearenses. Para entender como as bandas de forró estruturam suas ações marketing, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais as práticas de marketing utilizadas pelas principais bandas de forró do Ceará? Para responder a questão de pesquisa, definiu-se o seguinte objetivo geral: Analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró no Ceará. Assim, os objetivos específicos foram definidos da seguinte maneira:  Identificar os canais de comunicação utilizados pelas bandas de forró;  Identificar o percentual de investimento em marketing das bandas;  Analisar as práticas de marketing de entretenimento utilizadas pelas bandas de forró. A metodologia baseou-se nas seguintes etapas: pesquisa bibliográfica com revisão da literatura em livros, artigos e periódicos produzidos sobre forró (história e evolução), marketing e marketing de entretenimento; e estudo de multicasos com a aplicação de 21 questionários às bandas de forró mais fortemente atuantes de cenário musical cearense.
  • 7. 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MARKETING “Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado” (American Marketing Association, 2007). Ainda segundo a AMA, marketing está relacionado com “o processo de planejamento e execução da concepção, da definição de preço, promoção e da distribuição de idéias, produtos, serviços, organizações e eventos para criar trocas que irão satisfazer os objetivos das pessoas e das empresas”. Reis (2003, p. 4) afirma que “marketing é a defesa de um melhor relacionamento entre quem oferece uma proposta e quem a recebe, através do profundo entendimento das necessidades, aspirações e valores de um consumidor e do que a empresa, em seu mercado, com suas potencialidades e limitações, pode fazer para suprir essas necessidades e aspirações”. O professor da University of Wisconsin-Madison, Peter R. Dickson (2001), afirma que o conceito de marketing está ligado a três princípios fundamentais: a organização existe para identificar e satisfazer as necessidades de seus clientes; a saciação das necessidades dos clientes é alcançada através de um esforço integrado de toda a organização e o enfoque organizacional deveria ser tanto sobre o sucesso a longo prazo como a curto prazo. De maneira prática e simples, podemos dizer que marketing é aquilo que supre as necessidades de forma lucrativa, satisfazendo as necessidades humanas e sociais (KOTLER; KELLER, 2006). Segundo Dantas (2005), o marketing está intimamente ligado ao conceito de prazer: prazer em satisfazer uma necessidade, em perceber que o que se está adquirindo tem um valor para quem adquire. Marketing então pode ser entendido como toda e qualquer ação voltada para a entrega de valor, buscando retorno financeiro satisfatório e que se traduz em exultação dos aspectos sociais e psicológicos humanos. Em resumo podemos dizer que marketing trata-se da venda de uma idéia ou ideal. No entanto, não se resume a isso, a venda é apenas a parte “visível” do marketing. Peter Drucker (1973 apud KOTLER; KELLER, 2004, p. 30) afirma: Pode-se presumir que sempre haverá a necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível.
  • 8. 7 Quanto aos tipos/aplicações de marketing, ouvimos constantemente menções ao marketing de serviços, marketing esportivo, marketing cultural, marketing de entretenimento, e- marketing, marketing de varejo ou atacado e assim por diante. Na verdade, o correto seria dizer marketing voltado para: serviços, esportes, cultura, entretenimento, e-commerce, varejo ou atacado, etc., quando o objetivo for analisar as estratégias e as ferramentas do marketing que a empresas utilizam para alcançar seu público-alvo. Sendo assim, não existem “tipos de marketing”, e sim aplicações do marketing. 2.1.1 Canais de comunicação/Mix de marketing Canais de comunicação de marketing são os meios que a empresa utiliza para falar com seus clientes. Representam a “voz” da empresa e o meio pelo qual ela constrói relacionamento com os consumidores (KOTLER; KELLER, 2006). A comunicação de marketing permite às empresas conectar suas marcas a outras pessoas, lugares, eventos, marcas, experiências, sensações e objetos. Posicionando a marca na memória e criando uma imagem de marca, a comunicação pode contribuir para a formação do brand equity (KOTLER; KELLER, 2006, p.532-533). Segundo Kotler e Keller (2006), os canais de marketing ou mix de marketing são compostos por:  Propaganda: forma paga de apresentação e promoção de idéias;  Promoção de vendas: incentivos de curto prazo para estimular a experimentação ou compra de um produto;  Eventos e experiências: atividades e programas patrocinados pela empresa, projetados para criar interações relacionadas à marca;  Relações públicas e assessoria de imprensa: programas elaborados para proteger a imagem de uma empresa e de seus produtos;  Marketing direto: utilização de telefone, e-mail ou internet para comunicação direta com clientes específicos e potenciais;  Vendas pessoais: interação pessoal (cara a cara) com compradores potenciais com vista a apresentar produtos ou serviços. O desenvolvimento de uma comunicação eficaz deve se basear nas oito etapas descritas no Quadro 1 (KOTLER, KELLER, 2006, p. 539):
  • 9. 8 Quadro 1: Etapas no desenvolvimento de uma comunicação eficaz Identificação do público-alvo Determinação dos objetivos Elaboração da comunicação Seleção dos canais de comunicação Estabelecimento do orçamento Decisão sobre o mix de comunicação Mensuração dos resultados da comunicação Gerenciamento da comunicação integrada de marketing Fonte: KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Marketing, 2006, p. 539. As decisões relativas ao montante de investimento em ações de marketing devem estar de acordo com os objetivos estabelecidos no plano de comunicação adotado pela empresa. A empresa deve investir, proporcionalmente, aquilo que deseja receber em retorno dos seus clientes. Segundo relatório do International Event Group (IEG), órgão americano responsável pela análise do mercado de patrocínios e correlatos, o patrocínio de espetáculos/shows ocupa lugar de destaque entre todas as atividades de comunicação (ALMEIDA, 2008 apud COBRA, 2008). Ainda de acordo com Almeida (2008, apud COBRA, 2008, p. 145) “de todos os investimentos realizados no mercado norte-americano, [...] o segmento relacionado diretamente à música (turnês, shows, musicais, etc) ocupa a segunda colocação, perdendo somente para as atividades relacionadas ao marketing esportivo *...+”. 2.2 MARKETING DE ENTRETENIMENTO Para fins de esclarecimento, inicialmente será definido o significado de entretenimento. Entretenimento vem do inglês entertainment, que significa ação de fornecer diversão ou lazer; é um evento, performance ou atividade designada para entreter outros (OXFORD, 2010). A tradução latina, segundo Marin (2009, p. 228), explica: “a etimologia latina da palavra, [...], vem de inter (entre) e tenere (ter), ou seja, ter entre”. Pode-se entender então que se entreter significa desfrutar do tempo livre entre os momentos de trabalho e repouso. O tempo livre é definido pelo sociólogo francês Joffre Dumazedier como o período em que “o indivíduo tem autonomia para escolher como ocupá-lo, ou seja, decidir o que fazer ou não fazer durante as horas que não tem obrigações a cumprir”. *...+ Em geral, as pessoas ocupam seu tempo livre com atividades voltadas ao prazer físico e sensorial (ouvir música, saborear um vinho, comer em restaurantes), ao desenvolvimento pessoal (estudar, ler), ao descanso (dormir, assistir à tevê), ao
  • 10. 9 esporte (nadar, jogar tênis, jogar futebol), à socialização (visitar amigos), à religião ou espiritualidade (ir à missa ou culto religioso; fazer meditação ou retiro espiritual) ou, ainda, à diversão (dançar, brincar, jogar cartas), entre outras ocupações. Mas também é possível que as pessoas prefiram o ócio, ou seja, não fazer nada (LIMEIRA, 2008, p. 31). De acordo com presidente da Blue Tree Hotels e membro da Academia Brasileira de Marketing, Chieko Aoki (2008, p. 9), “o entretenimento é um conjunto de atividades capazes de transformar a sociedade, à medida que se democratizam e atingem mais e mais segmentos da população”. O entretenimento está associado ao perfeito equilíbrio entre razão, emoção e sensibilidade. Não é algo “palpável”, e sim algo que transforma situações comuns e/ou cotidianas em momentos marcantes e positivos. “Entretenimento é agente transformador, capaz de despertar os sentidos e tocar o ser humano nos sentimentos. Entreter pode ser percebido [...] como alternativa que provoca sensações, estimula descobertas, faz bem para a alma e para o coração” (AOKI, 2008, p. 9). Sempre houve, ao longo da história, atividades divertidas e programadas como brincadeiras de rua, jogos, festas, circos, teatros, shows, feiras, campeonatos, romarias, procissões e quermesses. No século passado, surgiu o cinema, o rádio e a televisão (hoje com DVDs, cabo e videogames) e finalmente os computadores, grandes responsáveis pela transformação do entretenimento em tecnologia de ponta e destinado à massa. Havia também, acadêmica e empresarialmente, os conceitos de lazer, ócio, de descanso, férias etc., porém o conceito de entretenimento surgiu de forma mais específica ao longo dos séculos XIX e XX, fruto da estruturação do capitalismo em sua fase pós-industrial. [...] Nos Estados Unidos, o setor de entretenimento cresceu mais que a indústria automobilística, siderúrgica ou o setor financeiro. Os Estados Unidos possuem o mais desenvolvido setor de mídia e de entretenimento do mundo, gerando boa parte dos US$ 500 bilhões anuais de receitas. (TRIGO, 2003, p. 25). O entretenimento envolve cinema, teatro, música e outras expressões artísticas, porém se distancia da arte por ser uma atividade passiva e descomprometida, pelo simples prazer do consumo, não requerendo racionalização ou intelectualização no momento de consumo. Vivemos um momento de demanda crescente por entretenimento. O estudo Global Entertainment and Media Outlook 2006-2010, realizado pela Price Waterhouse Coopers, prevê que o setor cultural deve crescer mais do que a economia mundial, passando de US$ 1,3 tri em 2005 para US$ 1,8 em 2010, crescendo 6,6% ao ano, bem acima da média da economia mundial (5%). Na América Latina, espera-se crescimento anual médio de 8,5%, com o mercado passando de US$ 40 bi em 2005 para US$ 60 bi em 2010. (LEITÃO, 2007 apud CULTURAEMERCADO, 2007). Diante dessa demanda, o marketing passa a ser essencial para os atores do entretenimento. É utilizando as ferramentas de comunicação: pesquisa de mercado, assessoria de
  • 11. 10 imprensa, publicidade, promoção de vendas, distribuição etc., que se aproximam mais do público- alvo e despertam o sentimento de “pertencer”, de “fazer parte”, reforçando assim, a cultura e a identificação. Segundo Bernbach (2003, apud MURAKAMI, 2008), o marketing de entretenimento deve se basear nos fundamentos seguintes:  Público-alvo identificável: análise do mercado consumidor e do comportamento de consumo;  Posicionamento preciso: sensações e sentimentos que se deseja despertar no consumidor;  Bons canais de distribuição;  Estratégia de lançamento dinâmica: estruturar todas as formas de comunicação para atingir o maior número de pessoas possível;  Domínio da categoria e forte penetração de mercado: desenvolvimento de competências para criar diferenciação no produto que garanta forte penetração de mercado;  Poder de sustentação: garantir a curiosidade pelo produto, motivando o consumidor a buscá-lo, desejá-lo;  Entrega de uma promessa: equilibrar expectativas e experiência fazendo que a comunicação não crie expectativas erradas. Al Lieberman (2002, apud MURAKAMI, 2008) define que a indústria do entretenimento é formada por quatro “Cs”:  Conteúdo: o real produto, desde a idéia inicial até o consumidor final;  Conduto: meio pelo qual o consumidor tem acesso ao produto;  Consumo: a forma como o consumidor usa o produto  Convergência: como as várias mídias e tecnologias vão se compor para comunicar. Ainda segundo Lieberman (2002, apud MURAKAMI, 2008, p. 28), para obter sucesso, o entretenimento depende de patrocinadores e consumidores (ver Figura 1). “Ao desenvolver o produto e desenhar o perfil da audiência, o produtor de entretenimento deve ter em vista a viabilização dos recursos necessários”.
  • 12. 11 Figura 1: Fluxo do entretenimento Fonte: MURAKAMI, Luiz C. Conceitos básicos de marketing de entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento, 2008, p. 28. 2.3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO FORRÓ De acordo com o historiador Luís Câmara Cascudo, autor do Dicionário do Folclore Brasileiro (1972), a palavra forró significa o mesmo que arrasta-pé e era utilizada por aqueles que queriam se referir a uma festa tipicamente popular de alguns estados do Nordeste no início do século XX. Quanto à origem como festa, Lima (2005), citando o pesquisador Leandro Expedito da Silva, autor do livro “Forró no Asfalto” (2003), afirma que existem duas hipóteses: a primeira, explica que forró vem da expressão inglesa for all (tradução: para todos) e que se refere às festas promovidas pelos ingleses para os operários que trabalhavam na construção das estradas de ferro nordestinas, às quais todos podiam participar; a segunda, esclarece que forró seria apenas a redução da palavra forrobodó, festa caipira, sem etiqueta, e que com o tempo, a palavra foi sendo abreviada, para ser mais fácil de pronunciar. O forró só se popularizou nacionalmente na década de 40 com Luiz Gonzaga e o seu baião. Nascido em Pernambuco e filho de pai sanfoneiro, Luiz Gonzaga cresceu em meio aos bailes de forró. Mais tarde, influenciado pelo contexto político e pela áurea de valorização da cultura regional, Gonzaga decidiu explorar em suas canções o sofrimento e a causa nordestina, junto com seu grande parceiro, Humberto Teixeira. O pesquisador José Farias dos Santos, em seu livro “Luiz Gonzaga, a música como expressão do Nordeste” (2004, p. 43), afirma que “perceber a formação dessa cadeia cultural foi a grande virtude de Luiz Gonzaga. Essa aguçada percepção do contexto sociocultural [...] o impulsionou a procurar um parceiro que tivesse uma sensibilidade nordestina e que fosse capaz de manifestar, ao migrante, toda beleza cultural de sua região”. Essa tática de Gonzaga, em cantar o sertão para os migrantes nordestinos alocados no Sudeste, colocou o forró dentro de uma posição estratégica no mercado da música brasileira nos anos 40. O processo de lançamento do baião no mercado fonográfico obedeceu uma estratégia até então jamais planejada por nenhum outro gênero musical no Brasil.
  • 13. 12 Essa estratégia contemplava uma análise perspicaz do contexto sociopolítico e musical brasileiro, com a identificação do baião com a região Nordeste, utilizando- se, inclusive, de indumentária que associava Luiz Gonzaga ao vaqueiro e ao movimento do cangaço (SANTOS, 2004, p. 41). O forró-baião de Luiz Gonzaga teve sua época áurea do final dos anos 40 até meados dos anos 50, onde, de acordo com Lima (2005), teve seu declínio provocado pelo rádio, que retirou seu apoio ao ritmo. Ressurgiu nos 60, ainda ligado à imagem e música de Luiz Gonzaga, mas já não era tão forte como antes. Após a morte de Luiz Gonzaga e de outros ícones do forró como Jackson do Pandeiro e Lindu, o forró foi então retirado da cena musical e voltou a ser um símbolo distante das festas e da cultura nordestina. Segundo o professor Jair do Amaral Filho, coordenador da pesquisa “Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará” (2008, p. 4), no início dos anos 90 o forró era “um gênero de música que se restringia às classes populares urbanas, ao interior do Nordeste, a determinadas casas de danças das periferias dos grandes centros urbanos e à época das festas juninas”. Conforme consta na pesquisa de Amaral Filho, o cenário começou a mudar quando o empresário e dono de banda Emanuel Gurgel, ao freqüentar as casas de dança da cidade de Fortaleza, percebeu que quando a sua banda “Black Banda” tocava forró, havia uma reação imediata e positiva do público, que enchia a pista de dança. Essa percepção fez Gurgel intuir que havia um potencial comercial no forró. Emanuel Gurgel começou então a insistir para que os músicos de sua banda tocassem mais forró, porém eles se recusavam pois achavam que a música era brega e que poderia marcar negativamente a imagem da banda. Gurgel então montou a segunda banda “Aquarius”, mas o músicos continuavam com a mesma resistência. A saída para Emanuel Gurgel foi a criação de uma terceira banda, a “Mastruz com Leite”, banda composta por músicos desconhecidos e “humildes” que não tinham vergonha de tocar forró. A banda “estourou”, como se diz no jargão musical, e deu a Gurgel um retorno bem maior do que ele esperava. Amaral Filho relata que a “Mastruz com Leite” foi o pontapé inicial de uma rede imensa de negócios chamada “SomZoom”, de Emanuel Gurgel, composta, no período áureo, por: onze bandas de forró, estúdio próprio de gravação, vários ônibus, vinte casas de shows, editora, várias rádios no Nordeste e setenta e um espaços em rádios de outros estados, entre outros. Essa mesma banda foi introdutora do estilo chamado hoje ‘forró elétrico’, conforme Amaral Filho relata: *A+ “Mastruz com Leite” foi o início de um processo que deu origem ao complexo “SomZoom” e que resultou na indústria musical e nos seu arranjo produtivo existentes hoje em Fortaleza e Ceará, e que se propagou para o Nordeste e outros
  • 14. 13 estados da federação, por meio da multiplicação das bandas de forró. [...] Insatisfeito com as restrições das condições locais para gravação, principalmente por conta do seu estilo comercial, [...] Emanuel decidiu montar seu próprio estúdio, onde investiu US$ 150 mil. [...] Junto com a montagem do estúdio vieram equipamentos de iluminação e som e um ônibus que transportaria a banda “Mastruz com Leite”, resultando em pequenas bifurcações que começavam a dar forma a um complexo industrial que se estruturaria mais tarde. No centro dessas bifurcações estava a banda “Mastruz com Leite”, que evoluiu inovando. Dentre as inovações iniciais estiveram a abolição dos intervalos durante as apresentações e a introdução de novos instrumentos musicais, considerados até então como heresias entre os forrozeiros pé de serra. Guitarra, contrabaixo e saxofone fizeram parte dessas inovações, que já vinham sendo ensaiadas por bandas “das antigas” como a do Paulo Ney. (AMARAL FILHO, 2008, p. 5). A primeira banda concorrente do complexo musical formado por Emanuel Gurgel foi a “Forró Maior”, do empresário Porsidônio. Outras foram surgindo no mercado, conforme este crescia, de origens cearense e de outros estados. Em 2008, segundo Amaral Filho, foram identificadas 45 bandas (de todo o Brasil) consideradas profissionais, ou seja, que possuíam CDs e/ou DVDs gravados, ocupavam espaços na mídia e outdoors, possuíam sites informando sua história, componentes, agendas de shows e contatos telefônicos e que eram representadas por empresários. Segue quadro das bandas abaixo: Quadro 2: Principais Bandas de Forró que se aoresentam em Fortaleza (2008) BANDAS LOCAL PROPRIETÁRIOS CACHÊ MERCADO CD DVDS Aviões do Forró Fortaleza A3 R$ 80.000,00 BR 5 1 Caviar com Rapadura Fortaleza A3 R$ 3.000,00 NE 12 1 Forró do Muído Fortaleza A3 R$ 12.000,00 N/NE 2 - Forró dos Plays Fortaleza A3 R$ 4.000,00 N/NE 1 - Solteirões do Forró Fortaleza A3 R$ 6.000,00 N/NE 3 - Mastruz com Leite Fortaleza Emanuel Gurgel R$ 10.000,00 BR 43 2 Cavalo de Pau Fortaleza Emanuel Gurgel R$ 3.000,00 NE 15 2 Catuaba com Fortaleza Emanuel Gurgel R$ 4.000,00 NE 12 - Amendoim Mel com Terra Fortaleza Emanuel Gurgel R$ 3.000,00 NE 12 - Forró Real Fortaleza Chico Bill R$ 6.000,00 NE 10 2 Pau de Balançar Fortaleza Chico Bill R$ 3.000,00 CE 2 - Amor Cearense Fortaleza Chico Bill R$ 3.000,00 CE - - Mala 100 Alça Araripina/PE Neto R$ 4.000,00 N/NE/SE 3 2 Moleca 100 Vergonha Araripina/PE Neto R$ 6.000,00 N/NE/SE 8 2 Forró Saborear São Paulo Ronald R$ 5.000,00 BR 6 - Forró Balancear São Paulo Ronald R$ 6.000,00 BR 3 1 Canários do Reino Fortaleza Karlúcio R$ 4.000,00 NE 11 - Forró Divera Fortaleza Karlúcio R$ 1.000,00 CE - -
  • 15. 14 BANDAS LOCAL PROPRIETÁRIOS CACHÊ MERCADO CD DVDS Swing do Forró Fortaleza Marcos R$ 5.000,00 NE 2 1 Xote de Elite Fortaleza Marcos R$ 500,00 CE - - Banda Líbanos Iguatu/CE Marineide/Márcio R$ 7.000,00 NE 13 2 Forró Tropicália Iguatu/CE Marineide/Márcio R$ 3.000,00 NE 11 2 Forró na Veia Fortaleza Rodrigo R$ 2.000,00 NE 2 2 Forró Diferenciar Fortaleza Rodrigo R$ 1.500,00 NE 1 - Felipão Fortaleza Felipe R$ 20.000,00 BR 3 2 Forró Moral Fortaleza Marcelo/Carlos R$ 5.000,00 N/NE 2 1 Garota Safada Fortaleza Dona Biu R$ 6.000,00 N/NE/SE 5 - Forró Sacode Fortaleza Tony Guerra R$ 10.000,00 BR 3 1 Desejo de Menina Pernambuco Antônio/Ivan R$ 7.000,00 N/NE 4 2 Waldonys Fortaleza Waldonys R$ 4.000,00 BR 9 1 Jonathan/Thiago Kbra da Peste Fortaleza R$ 1.500,00 N/NE 1 1 Matheus/Roberto Chico Pessoa Fortaleza Chico Pessoa R$ 5.000,00 BR 6 - Dorgival Dantas Natal/RN Dorgival Dantas R$ 4.000,00 BR 3 1 Dedim Gouveia Fortaleza Dedim Gouveia R$ 3.000,00 BR 9 - Furacão do Forró Fortaleza Tuta R$ 6.000,00 N/NE 2 1 Forró Poesia Fortaleza Rita de Cássia R$ 5.000,00 NE - - Gatinha Manhosa Pernambuco Edson Lima R$ 5.000,00 N/NE 5 - Lagosta Bronzeada Fortaleza Lano R$ 2.500,00 N/NE 3 - Limão com Mel Salgueiro/PE Ailton R$ 10.000,00 BR 22 4 Magníficos Monteiro/PA Jotinha R$ 10.000,00 BR 15 1 Cavaleiros do Forró Natal/RN Alex R$ 15.000,00 BR 6 4 Banda Skema Iguatu/CE Roberto/Zenir R$ 3.000,00 NE 3 1 Barbaridade Fortaleza Jocélio R$ 700,00 NE - - Calcinha Preta Aracaju/SE Gilton Andrade R$ 15.000,00 BR 17 2 Saia Rodada Caraúbas/RN Eugênio R$ 18.000,00 BR 6 3 Fonte: AMARAL FILHO, Jair. Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará. 2008, p. 11. De acordo com o doutor em Comunicação Felipe Trotta (2009), enquanto as grandes gravadoras tem como objetivo a venda de discos (principal produto), as bandas de forró tem como produto básico as vendas de shows. A divulgação comercial está voltada para a experiencial musical ao vivo, como principal objeto de comercialização. Amaral Filho afirma que, quanto à mobilização de ativos, as 45 bandas mobilizam cerca de R$ 1.575.000,00. Do ponto de vista da renda, os cachês variam entre R$ 500,00 e o máximo de R$ 80.000,00. Devido aos riscos inerentes aos espetáculos ao vivo, a modalidade que domina o mercado é a da “festa bancada” onde os donos de bandas dividem com os donos das casas de shows as receitas dos eventos, em percentuais acertados antecipadamente. Em um cálculo conservador, Amaral Filho analisou que, caso cada uma das 45 bandas realizassem quatro apresentações mensais, o mobilizado seria R$ 1.350.800,00, uma cifra bem abaixo do real. Quanto à cadeia produtiva, as bandas de forró são o coração da cadeia e seu principal elo são as casas de forró, não só como fonte de renda, mas por serem locais da realização do encontro das bandas com seus consumidores, locais onde as “experiências” acontecem por meio dos espetáculos ao vivo.
  • 16. 15 Os produtores envolvidos com este mercado investem no que vem sendo chamado de “economia de experiência”, ou seja, um sistema comercial no qual o consumidor paga não para adquirir um produto ou serviço, mas “para passar algum tempo participando de uma série de eventos memoráveis” (PINE e GILMORE, 1999 apud TROTTA, 2009, p. 104). Os shows de forró deixaram de ser eventos sazonais ou eventuais para serem eventos regulares. Os mercados atingidos pelas bandas cearenses ultrapassam os limites das fronteiras estaduais. A “Aviões do Forró” – maior sucesso do gênero – já atua no mercado norte-americano. As bandas “Calcinha Preta”(SE), “Desejo de Menina”(PE), “Forró do Muído”(CE), “Saia Rodada”(RN), “Cavaleiros do Forró”(RN), “Limão com Mel”(PE), “Magníficos”(RN), “Banda Líbanos”(CE) e “Forró Balancear”(SP), estão entre as maiores bandas nacionais. 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada neste trabalho foi: quanto ao tipo, pesquisa bibliográfica com revisão da literatura em livros, artigos e periódicos produzidos sobre forró (história e evolução), marketing e marketing de entretenimento; quanto ao método, um estudo de multicasos; e quanto à técnica, aplicação de 21 questionários estruturados. O objeto de estudo deste artigo foram as bandas de forró mais fortemente atuantes de cenário musical cearense. Segundo Gil (2002, p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Sendo assim, a primeira etapa, a revisão da literatura, foi bastante exaustiva devido a grande dificuldade de encontrar livros que tratassem especificamente do tema “forró” e do assunto “marketing de entretenimento”. Dois autores foram fundamentais nesta etapa, Marcos Cobra (organizador da coletânea “Marketing do Entretenimento”) e Leandro Expedito Silva (autor do livro “Forró no asfalto: mercado e identidade sociocultural”). Quanto às demais fontes, a solução encontrada foi buscar artigos e periódicos em bibliotecas universitárias e virtuais. A busca por artigos e periódicos foi facilitada graças à internet. José Carlos Köche em seu livro Fundamentos da Metodologia Científica (2003, p. 128), afirma que “a consulta às principais bibliotecas e institutos de pesquisa nacionais e internacionais se torna facilitado hoje pela existência das redes mundiais de informatização. O uso da internet [...] coloca rapidamente o pesquisador junto às fontes que deseja”. O estudo de caso, segundo Gil (2002, p. 54) “é o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto real, onde os limites entre o
  • 17. 16 fenômeno e o contexto não são claramente percebidos”. Dessa forma, para responder à questão desta pesquisa, elaborou-se um estudo multicasos, para analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró. Quanto às unidades-casos ou população-alvo (objeto de estudo), estas foram escolhidas com base no Quadro 1, retirado do trabalho do professor Jair do Amaral Filho (autor da pesquisa Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza, Ceará), mencionado anteriormente. Nesse quadro, são listadas as 45 bandas com maior destaque e as mais estruturadas profissionalmente no cenário musical brasileiro. Como o universo da pesquisa se restringe ao Ceará, apenas 33 bandas estariam aptas como unidades-casos. Porém, como a pesquisa de Jair foi realizada em 2008 e o mercado de forró é muito dinâmico, com bandas saindo e entrando no mercado frequentemente, esta lista acabou por estar desatualizada. Ao entrar em contato com os responsáveis pelas bandas, atualizamos a lista das bandas que estariam aptas a participar do processo. Destas, apenas 21 aceitaram participar da pesquisa e estão em destaque no Quadro 2. Como as bandas estão em constantes viagens, devido aos shows, os questionários foram aplicados por email e por telefone, tornando assim, a pesquisa viável de ser aplicada em tempo hábil para a execução deste trabalho. Quadro 2: Bandas de Forró do Ceará em 2010 BANDAS LOCAL PROPRIETÁRIO Aviões do Forró Fortaleza A3 Forró do Bom Fortaleza A3 Forró do Muído Fortaleza A3 Forró dos Plays Fortaleza A3 Solteirões do Forró Fortaleza A3 Forró Balancear Fortaleza Roberto Forró Stilo Fortaleza Roberto Mastruz com Leite Fortaleza Emanuel Gurgel Cavalo de Pau Fortaleza Emanuel Gurgel Kalango Aceso Fortaleza Emanuel Gurgel Catuaba com Fortaleza Emanuel Gurgel Amendoim Mel com Terra Fortaleza Emanuel Gurgel Forró Real Fortaleza Chico Bill Pau de Balançar Fortaleza Chico Bill Amor Cearense Fortaleza Chico Bill Canários do Reino Fortaleza Augusto/Sid Brasil Swing do Forró Fortaleza Jeferson Banda Líbanos Iguatu/CE Marineide/Márcio Forró Tropicália Iguatu/CE Marineide/Márcio Forró na Veia Fortaleza Karlúcio Moleca 100 vergonha Fortaleza Karlúcio Lairton dos teclados Fortaleza Karlúcio Mala 100 Alça Fortaleza Karlúcio Garota Safada Fortaleza Dona Biu Forró Sacode Fortaleza Tony Guerra Waldonys Fortaleza Waldonys
  • 18. 17 BANDAS LOCAL PROPRIETÁRIO Jonathan/Thiago Kbra da Peste Fortaleza Matheus/Roberto Chico Pessoa Fortaleza Chico Pessoa Dedim Gouveia Fortaleza Dedim Gouveia Furacão do Forró Fortaleza Tuta Lagosta Bronzeada Fortaleza Lano Banda Skema Iguatu/CE Roberto/Zenir Barbaridade Fortaleza Jocélio Fonte: Elaborado pela autora, 2010. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Conforme mencionado na metodologia, foram aplicados 21 questionários, dos 34 propostos pela pesquisadora, junto às principais bandas atuantes no cenário musical cearense, no período de 01/01/2010 a 30/10/2010, para efeito de atender aos objetivos deste artigo. 4.1 IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO-ALVO Segundo a pesquisa, as bandas de forró demonstram ter conhecimento relativo do perfil de seu público consumidor. Para a maioria delas (48%), o público é constituído por adultos abaixo dos 35 anos e por jovens, sendo pertencentes em maior parte à classe B, seguido pelas classes A e C, igualmente. Pôde-se observar que este não parece ser um conhecimento oriundo de pesquisas, mas sim de observação cotidiana, visto que, conforme o Gráfico 1, das 21 bandas, oito (38%) afirmam que atingem todas as faixas etárias de público. Tal informação demonstra que, ou as bandas não possuem um direcionamento específico no momento de definir o seu posicionamento, ou que não fazem idéia de quem é o consumidor que ela está atingindo. Para confirmar essa hipótese, pode-se observar o Gráfico 2, onde cinco bandas (24%) não possuem conhecimento de qual faixa social, o seu público pertence. 10 Adultos acima de 8 35 anos 8 Adultos abaixo de 6 35 anos 6 Jovens 4 4 Adolescentes 2 2 Crianças 2 1 1 Todos 0 Não temos Gráfico 1: Conhecimento sobre o público-alvo definido Fonte: Elaborado pela autora, 2010.
  • 19. 18 Classe A 8 Classe B 13 Classe C 8 Classe D 3 Classe E 0 Não temos idéia 5 Gráfico 2: Perfil do público que frequenta as apresentações da banda Fonte: Elaborado pela autora, 2010. 4.2 OBJETIVOS Quanto ao posicionamento, quando questionadas como gostariam de ser conhecidas pelo público, 57% afirma que gostariam de ser conhecidas como a melhor banda do Brasil, 38% como melhor banda do Nordeste e apenas uma banda desejaria ser vista como a melhor banda do Ceará. Para atingir esse objetivo de posicionamento, os meios mais utilizados são: shows ao vivo (81%), gravação de CDs ou jingles próprios (71%), participação de programas de TV/rádio de alcance nacional (52%) e internet (48%). 4.3 ELABORAÇÃO DA COMUNICAÇÃO Relativo ao estilo musical, as bandas se definem por: forró universitário (52%), forró elétrico (24%) e forró pé-de-serra (24%). Complementando o estilo e reforçando a identidade da banda perante o público, 57% das bandas afirma que determinam a escolha do figurino de seus integrantes de acordo com estilo próprio. Por outro lado, 38% possui seus figurinos patrocinados por empresas terceiras. Como estratégias de diferenciação afirmam:  71% possui o cantor/cantora mais carismático;  67% possui os melhores preços;  48% participa dos principais eventos de forró;  43% detêm as melhores músicas de composições;  43% são as bandas mais conhecidas;  38% possui parcerias com as melhores casas de shows.
  • 20. 19 Esses dados mostram que, ao invés de uma estratégia de diferenciação, as bandas praticam ações comuns que não as diferenciam perante o público, visto que a maioria realiza as mesmas práticas. 4.4 SELEÇÃO DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO Os canais de comunicação mais utilizados são, em ordem: CD, rádio, shows ao vivo, TV, site próprio, pôster, YouTube, DVD, Orkut, revistas de forró, jornal, outdoor, blog, Twitter, faixas de rua, sites de terceiros, Facebook e MySpace. Nota-se a predominância das mídias tradicionais, como CD, DVD, TV e rádio; porém podemos ver que as redes de relacionamento virtuais (YouTube, Orkut, blogs, Twitter, Facebook e MySpace) são bastante importantes na comunicação e no relacionamento outshow das bandas com o público-alvo. 25 CD DVD Shows 20 21 21 Rádio 17 Revistas 15 14 14 14 14 Jornal 13 TV 12 10 Outdoors 10 8 Pôsteres 8 8 7 6 Faixas de rua 4 Site próprio 5 2 Site de terceiros 1 Blogs 0 Twitter Outdoors Rádio Orkut Jornal Pôsteres Blogs Site próprio CD DVD Shows Revistas TV Twitter MySpace Facebook YouTube Faixas de rua Site de terceiros Orkut Facebook MySpace YouTube Gráfico 3: Meios de comunicação com o público-alvo Fonte: Elaborado pela autora, 2010. 4.5 ORÇAMENTO Dentre as bandas que aceitaram informar dados do faturamento, duas contabilizam acima de R$ 100 mil/mês, seis arrecadam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil mensais e uma arrecada entre R$ 10 mil e R$ 30 mil/mês. Doze bandas se recusaram a prestar informações sobre o faturamento, todas
  • 21. 20 elas consideradas “gigantes” do mercado local, figurando entre as bandas de maior sucesso e com maior número de público, e consequentemente, com maior faturamento. Fazendo uma projeção dentro do universo das 21 bandas pesquisadas, e considerando uma média de R$ 80 mil mensais, significa que todas as bandas faturam, em média, R$ 1,68 milhão/mês e que, por ano, essa soma seria de R$ 20,16 milhões, estimativa um pouco superior à do professor Amaral Filho (16,21 milhões/ano). Vale ressaltar que, no momento da aplicação da pesquisa, muitas bandas informaram que estão enfrentando um momento de estagnação do mercado, e por isso, não conseguem atingir os patamares monetários que atingiam há dois ou três anos. Além de ser um importante movimentador da economia local e regional, os números do forró não são significantes apenas no faturamento. Quando questionadas quanto ao investimento em ações de marketing, 38% relata que gastam, mensalmente, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil reais e 24% gasta acima de R$ 10 mil/mês. Novamente, fazendo uma projeção hipotética, isso significa dizer que adotando uma média de R$ 8 mil, as 21 bandas gastam em torno de R$ 168 mil/mês. Isso significa que são no mínimo R$ 2,016 milhões por ano de investimento em marketing. Se esse investimento é bem direcionado, não se pode afirmar neste trabalho, porém os números são importantes para avaliar o potencial do forró como mercado. 4.6 MIX DE COMUNICAÇÃO As principais ferramentas de promoção utilizadas pelas bandas são:  Entrega de CDs promocionais gratuitos: 76%  Divulgação de músicas no YouTube: 67%  Parcerias com radialistas e apresentadores de programas de forró (TV e rádio): 62%  Apresentação em programas de TV: 52%  Execução de músicas em programas de rádio: 24%  Gravação de clipes/vídeos de música: 10% Novamente, percebe-se a importância das mídias tradicionais na “indústria do forró” e o avanços das novas mídias como o YouTube. Para a esclarecer a diferença entre uma música divulgada no YouTube e a gravação de clipe, o último é uma gravação profissional, com contratação de equipe especializada para produção e elenco que geralmente difere dos integrantes normais das bandas. Quanto à freqüência de novos lançamentos, 62% afirma que lançam novidades a cada 3 meses, 10% a cada 6 meses, 24% a cada um ano e 5% a cada dois anos. A maioria das bandas (62%)
  • 22. 21 divulga seus lançamentos antecipadamente, 43% o fazem esporadicamente e 24% não divulgam nenhum lançamento antecipadamente. 4.7 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS De acordo com todas as bandas de forró pesquisadas (100%), suas músicas são bastante conhecidas e amplamente divulgadas. Dentre as pesquisadas, 71% considera que possuem estrutura melhor do que a que tinham no ano anterior; 62% afirma o número de shows e de fãs aumenta a cada ano; 57% está sempre renovando os instrumentos; 52% acredita que o padrão de vida de seus músicos está bem melhor; 33% cobra cachês mais altos que o ano anterior e possuem várias empresas querendo patrocinar os shows; 43% recebe royalties pelas gravações de suas músicas por outros artistas e 5% aumenta constantemente o número de integrantes da banda. 4.8 GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO DE MARKETING Quase todas as bandas (90%), tem como responsável pelo marketing, o dono ou empresário da banda. Apenas uma banda (5%), possui um diretor de marketing e outra (5%) possui contrato com uma agência de publicidade. Quando questionadas se já haviam feito algum planejamento de marketing, 62% das bandas assevera que possuem uma agência ou profissional de marketing à frente de suas estratégias de mercado. Em contrapartida, 28% afirma que desenvolvem as atividades por conta própria e 10% aplica o que foram aprendendo com a prática. De acordo as informações obtidas com a pesquisa, pode-se entender que no contexto das bandas de forró cearenses, embora o responsável direto pelo marketing seja o dono ou empresário - pessoa que teoricamente não possui o conhecimento/habilidades necessário para desenvolver um planejamento de comunicação estratégico -, em algum momento elas buscaram apoio especializado com agências de publicidade ou profissionais autônomos do mercado. Percebe-se então que, talvez essa ausência de profissionais especializados em marketing cuidando da orientação mercadológica das bandas de forró, apesar dos significantes valores que esse mercado movimenta, seja um indicativo que esse potencial segmento de mercado é desconhecido ou desprezado pelo mercado publicitário local e/ou regional. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pôde-se observar, a “indústria do forró” ainda é um segmento bastante imaturo da música cultural brasileira. Embora esteja na cena musical há algumas décadas e movimente valores
  • 23. 22 consideráveis, sua estrutura ainda é precária e baseada nas experiências cotidianas e na visão de mercado de seus donos e empresários. O forró é visto ainda como festa popular, e não como um mercado potencial, como importante agente agregador da economia. Seja levados pela “nova onda” das redes de relacionamento, seja pelas mídias tradicionais, percebe-se que não há um planejamento específico quanto às ações de marketing. A visão que prevalece é a que “quanto mais estiver em evidência, melhor”. Dessa forma, apreende-se que as bandas agem não de acordo com um plano estratégico de comunicação estruturado, e sim com a meta de divulgar aonde for possível, com objetivo de alcançar maior público. Quanto ao objetivo de analisar as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró do Ceará, pode-se dizer que as respostas obtidas foram satisfatórias. Não há um planejamento nem ações estruturadas nesse aspecto, porém, por conta própria e baseados nas experiências já vividas, as ações de marketing acontecem, e, embora não se possa mensurar o resultado de cada ação específica, elas ocorrem e movimentam uma grande soma de valores para o mercado. Não existe uma preocupação com estilo ou frequência de exposição. Sendo assim, os canais de comunicação são quase todos utilizados de forma maciça, tendo prioridade os que possuem maior audiência, como entrega de CDs promocionais, divulgação em rádio, shows ao vivo, sites próprios, YouTube, Orkut, entre outros. Para garantir espaços nesses veículos, o investimento das bandas gira em torno de 5 a 10% de seu faturamento bruto, ou seja, por volta de R$ 120 mil/ano, sendo R$ 2,52 milhões/ano no total das 21 bandas pesquisadas. Quanto às práticas de marketing de entretenimento, pode-se afirmar que as melhores aplicações se referem a: seleção dos canais de distribuição/comunicação utilizados de acordo com a proposta de marketing de cada banda; um forte domínio da categoria e excelente penetração de mercado; bem como elaboração de estratégias de lançamento dinâmicas, posto que as novidades surgem, em média, a cada 3 meses e são amplamente divulgadas. As limitações desse trabalho se devem principalmente à ausência de referencial teórico sobre o assunto estudado, bem como à falta de disponibilidade e tempo das bandas em responderem o questionário, sendo necessária a aplicação por email e telefone. Percebeu-se também o receio dos responsáveis em prestar informações sobre os números de faturamento, sendo assim, para deixá-los mais confortáveis, foram estabelecidas faixas de valores para que os pesquisados pudessem se sentir mais à vontade em revelar tais dados. Esse artigo procura trazer contribuição inicial sobre as práticas de marketing utilizadas pelas bandas de forró do Ceará. Estudos futuros e análise detalhada sobre as práticas de marketing, os investimentos e seus desdobramentos serão importantes para melhor compreensão deste fenômeno musical brasileiro.
  • 24. 23 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Paulo Octavio Pereira de. O marketing de entretenimento ao vivo (shows e espetáculos). In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008. AMARAL FILHO, Jair do. Arranjos produtivos e inovativos locais em áreas intensivas em cultura e mobilizadoras de desenvolvimento social. Rio de Janeiro: Redesist, 2008. AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Disponível em: <www.ama.org>. Acesso em: 08 nov. 2010. AOKI, Chieko. Prefácio. In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008. CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1959. COBRA, Marcos. Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008. DANTAS, Edmundo Brandão. Marketing descomplicado. Brasília: Senac, 2005. DICKSON, Peter R. Introdução ao Marketing. In: CZINKOTA, Michael R. [et al]. Marketing: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001. ENTREVISTA Sérgio Sá Leitão: Deve-se tratar a economia da cultura no Brasil pensando sobretudo no seu potencial não realizado. CULTURA E MERCADO, maio 2007. Seção Notícias. Disponível em : <http://www.culturaemercado.com.br/noticias/entrevista-sergio-sa-leitao-deve-se-tratar-a- economia-da-cultura-no-brasil-pensando-sobretudo-no-seu-potencial-nao-realizado/>. Acesso em: 15 out. 2010. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. Rio de Janeiro: Vozes, 1997. KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 8ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin. Administração de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. LIMA, Maria Érica de Oliveira. For all, folkmídia e a indústria cultural regional. Trabalho publicado na revista eletrônica Razón y Palabra, número 60. Disponível em: <http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n60/oliveiralima.htm>. Acesso em: 1 out. 2010. LIMEIRA, Tania M. Vidigal. Tempo livre, lazer e entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008. MARIN, Elizara Carolina. Entretenimento: uma mercadoria com valor em alta. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 211-231, abr-jun. 2009.
  • 25. 24 MURAKAMI, Luiz C. Conceitos básicos de marketing de entretenimento. In: COBRA, Marcos (org.). Marketing do entretenimento. São Paulo: Senac, 2008. REIS, Ana Carla Fonseca. Marketing cultural e financiamento da cultura. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. SANTOS, José Farias dos. Luiz Gonzaga, a música como expressão do Nordeste. São Paulo: Ibrasa, 2004. SILVA, Leandro Expedito. Forró no asfalto: mercado e identidade sociocultural. São Paulo: Annablume, 2003. OXFORD Dictionaries. Entertainment. Disponível em: <http://oxforddictionaries.com/view/entry/m_en_gb0267970#m_en_gb0267970>. Acesso em: 15 out. 2010. TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Entretenimento: uma crítica aberta. São Paulo: Senac, 2003. THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 2002. TROTTA, Felipe. O forró eletrônico no Nordeste: um estudo de caso. Intexto, Porto Alegre, v. 1, n. 20, p. 102-116, jan-jun 2009.
  • 27. 26