2. QUATRO PILARES DO
CONHECIMENTO
Aprender a
conhecer
Aprender a
fazer
Aprender a
viver com os
outros
Aprender a
ser
Educação do Século XXI
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o
Século XXI, publicado em forma de livro no Brasil, com o título Educação: Um
Tesouro a Descobrir (UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999).
3. Os quatro pilares em Situações de
aprendizagem
É importante frisar que existe uma ligação muito
estreita entre todos os pilares. Quando nos
deparamos em situações de aprendizagem,
devemos considerar que eles se complementam
e devem servir de referência para o
planejamento das ações pedagógicas.
4. Aprender a Conhecer:
Despertar o prazer de compreender, descobrir, construir e
reconstruir o conhecimento, curiosidade, autonomia,
atenção.
Isso supõe uma cultura geral, o que não prejudica o domínio de certos
assuntos especializados. Aprender a conhecer é mais do que aprender
a aprender. Aprender mais linguagens e metodologias do que
conteúdos, pois estes envelhecem rapidamente.
Envolve fazer com que o aluno, participe das atividades propostas, o
tempo todo, sabendo o porquê e pra que está realizando tal tarefa.
Assim ficará caracterizado o desenvolvimento de competências
cognitivas. Aprender a aprender é abrir os olhos do aluno para busca
conhecimento com satisfação e empenho, tarefas aguçando a
curiosidade, o espírito de pesquisa, dando sentido as ações realizadas.
5. Aprender a Fazer
Preparar o educando para interferir e fazer parte de seu
contexto como elemento protagonista produtivo.
O aluno deverá planejar atividades, participar de projetos, produzir
textos, peças teatrais, confecção de materiais, participação em jogos
esportivos,organizar eventos, para treinar sua interferência e
contribuição em realizar algo no seu ambiente.O sentido de
produtividade nas atividades criadas em sala de aula, deve ser marca
registrada para se desenvolver competências produtivas.
Vale lembrar que, com o desenvolvimento tecnológico e a evolução
constante das profissões, o mais importante na formação profissional
é saber trabalhar coletivamente, ter iniciativa, gostar do risco, ter
intuição, saber comunicar-se, saber resolver conflitos, ter estabilidade
emocional. Essas são, acima de tudo, qualidades humanas que se
manifestam nas relações interpessoais mantidas no trabalho.
6. Aprender a Conviver
Compreender o outro, desenvolver a percepção da
interdependência, da não-violência, administrar conflitos.
Habituar-se no convívio com o outro carece de atividades que
acrescentem competências relacionais, criando situações de uma
convivência proveitosa e benéfica com os membros da comunidade
escolar e local. No Brasil, como exemplo desta tendência, pode-se citar
a inclusão de temas/eixos transversais (ética, ecologia, cidadania,
saúde, diversidade cultural) nos Parâmetros Curriculares Nacionais,
que exigem equipes interdisciplinares e trabalho em projetos comuns,
de cooperação.
Deve-se realizar trabalhos em grupo, meio pelo qual o aluno estará em
contato com as diferenças do outro, tarefas que necessitem
comunicação e diálogo, como elo de relacionamento. Importante
neste pilar é produzir situações, nas quais o aluno necessite resolver
conflitos de forma pacífica, conhecendo seus direitos e deveres como
cidadão.
7. Aprender a Ser
Ampliar as competências individuais.
Considerar e constituir atividades que desenvolvam a identidade do
aluno, onde nelas sejam inseridas ações que exercitem a autonomia,
percepção de potencialidades, auto conhecimento, sentimento de
competência para realizar tarefas, perspectiva de realização de metas.
É aprender a olhar para si, se ver enquanto sujeito, capaz de projetar
sua história e intervir no mundo que vive.
Deve-se buscar o desenvolvimento integral do educando: inteligência,
sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal,
espiritualidade, pensamento autônomo e crítico, imaginação,
criatividade, iniciativa. Para isso não se deve negligenciar nenhuma
das potencialidades de cada indivíduo. A aprendizagem não pode ser
apenas lógico-matemática e linguística. Precisa ser integral.