O documento discute as características do estilo barroco na literatura, como o uso de contrastes, pessimismo e impressões sensoriais. Também apresenta dois conceitos-chave do barroco: o cultismo, focado na linguagem erudita, e o conceptismo, preocupado com associações de ideias. Finalmente, destaca dois expoentes do barroco no Brasil: Gregório de Matos e seu uso da sátira, e Padre Antônio Vieira, conhecido por seus sermões.
6. Preocupação com a transitoriedade da vida: por ser curta,
a vida não permite que o homem a viva intensamente,
como seria seu desejo.
Intensidade: desejo de expressar as emoções fortes do
amor, do desejo e da dor em profundidade, na tentativa
de encontrar o sentido da existência humana.
7. Grandes latifundiários no poder;
Atividade agrícola = cana-de-açúcar (não se podia fabricar nada);
Portugueses mantinham monopólio do comércio;
Jesuítas o monopólio da cultura e submissão.
8. Atormentado por este conflito, o homem produz textos
literários com características bastante nítidas. São elas:
a) uso de contrastes: as idéias opostas seduzem o barroco; os
textos mostram choques entre amor e dor, vida e morte,
religiosidade e erotismo, juventude e velhice, etc.
b) pessimismo: conflito entre o eu e o mundo. A vida terrena é
vista como triste, cheia de sofrimento, enquanto que a vida
celestial é luminosa e tranquila.
c) presença de impressões sensoriais: usando seus sentidos, o
homem busca captar todo o sentido da miséria humana,
ressaltando seus aspectos dolorosos e cruéis.
9. CULTISMO ou GONGORISMO – É o jogo de palavras; é o
rebuscamento da forma, é a obsessão pela linguagem
culta, erudita, por meio de inversão da frase (hipérbato),
do uso de palavras difíceis.
É o abuso no emprego de figuras de linguagem,
especialmente a metáfora, a antítese e o hipérbato.
O principal cultista do barroco mundial foi o espanhol Luiz
de Gôngora. No Brasil, Gregório de Matos Guerra, vulgo
“Boca do Inferno”.
10. CONCEPTISMO – É o aspecto construtivo do Barroco,
voltado para o jogo das idéias e dos conceitos.
É a preocupação com as associações inesperadas,
seguindo um raciocínio lógico, racionalista.
O principal conceptista do barroco mundial foi o
espanhol Francisco de Quevedo. No Brasil, Padre
Antônio Vieira.
11. • Produziu sátiras irreverentes, as quais justificam o apelido
“Boca do Inferno”.
• Envolveu-se em inúmeras aventuras, foi degredado para
Angola, voltou para o Brasil e foi para Recife.
• Gregório de Matos e Guerra nasceu na Bahia,
estudou em Coimbra, onde se formou em
Direito.
• Escreveu poemas líricos, religiosos, satíricos e
eróticos.
12. Poesia Lírica:
• figura feminina encantadora
• fugacidade da beleza
• brevidade da vida
Ontem quando te vi, meu doce emprego,
tão perdido fiquei por ti, meu bem,
que parece este amor nasce, de quem
por amar-te já vive sem sossego.
13. Poesia Religiosa:
• conflito vida x morte
• súplicas pelo perdão
• consciência do pecado
Estou, Senhor, da vossa mão tocado,
e este toque em flagelo desmentido
era à vossa justiça tão devido,
quão merecido foi o meu pecado.
14. Ilustre, e reverendo Frei Lourenço,
quem vos disse que um burro tão imenso,
siso em agraz, miolos de pateta
Poesia Satírica:
• crítica à sociedade colonial
• rancor ao clero, aos mestiços e aos corruptos
15. • Nasceu em Lisboa, em 1608, aos seis
anos veio com a família para a Bahia,
estudou no Colégio dos jesuítas.
• Consagrou-se orador junto à Corte,
teve enorme influência política, foi
processado por opiniões heréticas
condenado, exilou-se em Roma.
• Reabilitou-se e regressou ao Brasil
onde morre em Salvador em 18 de
julho de 1697.
16.
17. PARÓDIA BARROCO (Ritmo ‘Noite e dia’, Jorge & Matheus)
Na idade média o mundo era centrado em Deus
Renascimento, viva o homem, agora é tudo seu
Essa dualidade o Barroco vai mostrar
Dilema, dor, dúvida, vai apresentar
Tudo é tema pro Gregório vir a escrever
Religião, sociedade, mulher, é o que se vê
Com língua afiada, o poema faz
Virou ‘Boca do Inferno’, crítico voraz
Iê Iê
Mas também o Vieira que por outro lado
Traz a prosa no sermão bem elaborado
Trabalhar com os contrários a Escola queria
Porque o Barroco, ele é noite e dia
18. Barroco grande, Josi pequena, eis o exemplo seu
De uma antítise das tantas que a Escola escreveu
Pequena grande prof. quer mesmo é mostrar
Agora um paradoxo pra recordar
Jogo de ideias, de conceitos é o que se vê
É isso que o conceptismo traz para você
Figuras de linguagem o cultismo traz
Com jogo de palavras é que ele se faz
Iê Iê
Tem poesia de Gregório e por outro lado
Tem sermão de Vieira, bem elaborado
Trabalhar com os contrários a Escola queria
Por que o Barroco, ele é noite e dia
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