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HILDALENE	
PINHEIRO	
LITERATURA 03 BARROCO	NO	
BRASIL
04/05/2020
2
BARROCO
ORIGENS
CARACTERÍSTICAS
OUTRAS	EXPRESSÕES	BARROCAS
NA	AULA	ANTERIOR
3
TEMPO	DE	AULA:	50	(MANHÃ	E	TARDE)	/45min	(NOITE)
DISCIPLINA:	LITERATURA
CONTEÚDO:	BARROCO	NO	BRASIL	
EXPLANAÇÃO	DO	CONTEÚDO:	AULA	EXPOSITIVA	E	SLIDES
ROTEIRO	DE	AULA
O Barroco no Brasil tem início no final do século
XVII, na Bahia e Minas Gerais.
No país, essa tendência artística teve grande
destaque na arquitetura, escultura, pintura e
literatura.
Na literatura, o marco inicial do barroco é a
publicação da obra “Prosopopeia” (1601) de
Bento Teixeira.
Na escultura e arquitetura, Aleijadinho foi sem
dúvida um dos maiores artistas barrocos
brasileiros.
BARROCO	NO	BRASIL	
A série de 12 profetas esculpidos em pedra-
sabão, na cidade de Congonhas, em Minas
Gerais, é uma das mais completas da tradição
cristã em todo mundo. De autoria do escultor e
arquiteto Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho, o conjunto fica instalado em frente
à igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, no
alto de um morro.
As principais características do barroco
brasileiro são:
Linguagem dramática;
Racionalismo;
Exagero e rebuscamento;
Uso de figuras de linguagem;
União do religioso e do profano;
Arte dualista;
Jogo de contrastes;
Valorização dos detalhes;
Cultismo (jogo de palavras);
Conceptismo (jogo de ideias).
CARACTERÍSTICAS	DO	BARROCO
Gregório de Matos foi um dos maiores poetas
brasileiros do período do Barroco. Além de
poeta, Gregório foi advogado durante o período
colonial.
É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo
famoso por seus sonetos satíricos, donde ataca,
muitas vezes, a sociedade baiana da época.
Dono de uma personalidade rebelde, Gregório
criticou diversos aspectos da sociedade, do
governo e da Igreja Católica. Por esse motivo, foi
perseguido pela Inquisição e condenado ao
degredo em Angola no ano de 1694.
A	POESIA	DE	GREGÓRIO	DE	MATOS
POESIA	LÍRICA	E	SATÍRICA	DE	GREGÓRIO	DE	MATOS
Na poesia lírica aparece sua face mais barroca, trabalhando as temáticas AMOROSA,
RELIGIOSA e FILOSÓFICA.
O CONFLITO está permanentemente presente no BARROCO através do (a):
1 – culto do contraste: claro x escuro; céu x terra; homem x Deus;
3 – Preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos, sangrentos e repugnantes;
4 – Pessimismo; crença do fim do mundo; medo da solidão, da morte e do inferno;
5 – Humanização do sobrenatural, anjos e demônios;
6 – Referências bíblicas, pagãs e filosóficas;
7 – Linguagem prolixa, descritiva, adjetivada e vazia;
8 – Raciocínio lógico labiríntico e confuso; sintaxes complexas;
9 – Preocupação com a passagem do tempo, efemeridade ou carpe diem.
10 – Uso excessivo de figuras de linguagem, metáfora, hipérbole, antítese, eufemismo,
metonímia e ironia...
A	JESUS	CRISTO	NOSSO	SENHOR
Pequei,	Senhor,	mas	não	porque	hei	pecado
Da	vossa	piedade	me	despido,
Porque	quanto	mais	tenho	delinquido,
Vos	tenho	a	perdoar	mais	empenhado.
Se	basta	a	vos	irar	tanto	um	pecado,
A	abrandar-vos	sobeja	um	só	gemido:
Que	a	mesma	culpa	que	vos	há	ofendido,
Vos	tem	para	o	perdão	lisonjeado.
Se	uma	ovelha	perdida	e	já	cobrada[3]
Glória	tal	e	prazer	tão	repentino
Vos	deu,	como	afirmais	na	Sacra	História:
Eu	sou,	Senhor,	ovelha	desgarrada;
Cobrai-me;	e	não	queirais,	Pastor	Divino,
Perder	na	vossa	ovelha	a	vossa	glória.
À	FORMOSURA	DE	D.	ÂNGELA
Não	vi	em	minha	vida	a	formosura,
Ouvia	falar	nela	cada	dia,	
E	ouvida	me	incitava,	e	me	movia	
A	querer	ver	tão	bela	arquitetura.
Ontem	a	vi	por	minha	desventura
Na	cara,	no	bom	ar,	na	galhardia
De	uma	Mulher	que	em	Anjo	se	mentia,
De	um	Sol,	que	se	trajava	criatura.
Me	matem	(disse	então	vendo	abrasar-me)
Se	esta	a	cousa	não	é,	que	encarecer-me.
Sabia	o	mundo,	e	tanto	exagerar-me.
Olhos	meus	(disse	então	por	defender-me)
Se	a	beleza	hei	de	ver	matar-me,
Antes,	olhos,	cegueis,	do	que	eu	perder-me.
Desenganos	da	vida	humana	metaforicamente
É	a	vaidade,	Fábio,	nesta	vida,
Rosa,	que	da	manhã	lisonjeada,
Púrpuras	mil,	com	ambição	dourada,
Airosa	rompe,	arrasta	presumida.
É	planta,	que	de	abril	favorecida,
Por	mares	de	soberba	desatada,
Florida	galeota	empavesada,
Sulca,	ufana,	navega	destemida.
É	nau	enfim,	que	em	breve	ligeireza,
Com	presunção	de	Fênix	generosa,
Galhardias	apresta,	alentos	preza.
Mas	ser	planta,	ser	rosa,	nau	vistosa
De	que	importa,	se	aguarda	sem	defesa
Penha	a	nau,	ferro	a	planta,	tarde	a	rosa?
O poeta descreva a cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
EXERCÍCIOS
1. (UEL) Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto
inicial. Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a
vaidade dos fidalgos e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos
fidalgos". O fato é que seus poemas satíricos constituem um vasto painel
_____________, que _____________ compôs com rancor e engenho ainda hoje
admirados pela expressividade.
A) do Brasil do século XIX - Gregório de Matos
B) da sociedade mineira do século XVIII - Cláudio Manuel da Costa
C) da Bahia do século XVII - Gregório de Matos
D) do ciclo da cana-de-açúcar - Antônio Vieira
E) da exploração do ouro em Minas - Cláudio Manuel da Costa.
EXERCÍCIOS
1. (UEL) Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto
inicial. Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a
vaidade dos fidalgos e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos
fidalgos". O fato é que seus poemas satíricos constituem um vasto painel
_____________, que _____________ compôs com rancor e engenho ainda hoje
admirados pela expressividade.
A) do Brasil do século XIX - Gregório de Matos
B) da sociedade mineira do século XVIII - Cláudio Manuel da Costa
C) da Bahia do século XVII - Gregório de Matos
D) do ciclo da cana-de-açúcar - Antônio Vieira
E) da exploração do ouro em Minas - Cláudio Manuel da Costa.
2. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:
A) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que
encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.
B) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios
verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-
românticas.
C) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais
claramente manifestou as ideias da ilustração francesa.
D) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos
do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da
época.
E) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é
prova de que seus talentos não se restringiam ao lirismo amoroso.
2. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:
A) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que
encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.
B) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios
verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-
românticas.
C) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais
claramente manifestou as ideias da ilustração francesa.
D) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os
desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que
caracteriza o estilo da época.
E) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é
prova de que seus talentos não se restringiam ao lirismo amoroso.
Ø Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em
Lisboa, considerado o MAIOR ORADOR SACRO
DE BRASIL E PORTUGAL.
Ø Na Bahia, recebeu ordenação sacerdotal e
começou a atuar na Companhia de Jesus.
Ø Vieira se destacou por sua pregação,
principalmente, pelos sermões, impregnados de
filosofia meio a citações bíblicas.
Ø Foi processado pela Inquisição, acusado de
traição por defender índios, novos cristãos e
judeus e criticar a igreja.
Ø Sofreu uma condenação ‘branda’: ficou preso
por dois anos (1665-1667) e foi impedido de
palestrar até o fim de sua vida, em 1681.
Ø Vieira usava o CONCEPTISMO em seus sermões,
raciocínio lógico e linguagem bem elaborada.
Proferido na Capela Real
de Lisboa em 1655, o
“Sermão da Sexagésima” é
um dos mais importantes
sermões de Pe. Antônio
Vieira.
Grande orador, ele
mesclava sua formação
jesuítica com a estética
barroca, fazendo de seus
sermões a expressão
máxima do Barroco em
prosa sacra e um dos
principais meios de difusão
da ideologia e da literatura
da Contrarreforma.
Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de
três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da
parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há de
haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina,
persuadindo; há de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo;
Há de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem se ver a si
mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e
é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de
noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister
espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão
entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são
necessários olhos, e necessária luz e é necessário espelho. O pregador
concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é
a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora
suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes
três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos
entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por
parte de Deus?
EXERCÍCIOS
Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira
(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos
pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in
mundum universum, praedicate omni creaturae:
«Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim,
Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores
não são criaturas?! As pedras não são criaturas?!
Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de
pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?!
Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho.
Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as
nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas,
haviam de achar os homens degenerados em todas
as espécies de criaturas: haviam de achar homens
homens, haviam de achar homens brutos, haviam
de achar homens troncos, haviam de achar
homens pedras. (...)
01. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se
afirmar:
A) Embora vivesse no Brasil, por sua formação
lusitana não se ocupou de problemas locais.
B) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades
de que tratava.
C) Dada sua espiritualidade, demonstrava
desinteresse por assuntos mundanos.
D) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o
para justificar todos os acontecimentos políticos e
sociais.
E) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos
poderosos.
02. Qual a figura de linguagem presente no trecho
destacado?
A) Metonímia D) Eufemismo
B) Paradoxo E) Sinestesia
C) Metáfora
EXERCÍCIOS
Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira
(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos
pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in
mundum universum, praedicate omni creaturae:
«Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim,
Senhor?! Os animais não são criaturas?! As
árvores não são criaturas?! As pedras não são
criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às
pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de
pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois
de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos
iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas
delas bárbaras e incultas, haviam de achar os
homens degenerados em todas as espécies de
criaturas: haviam de achar homens homens,
haviam de achar homens brutos, haviam de
achar homens troncos, haviam de achar homens
pedras. (...)
01. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se
afirmar:
A) Embora vivesse no Brasil, por sua formação
lusitana não se ocupou de problemas locais.
B) Procurava adequar os textos bíblicos às
realidades de que tratava.
C) Dada sua espiritualidade, demonstrava
desinteresse por assuntos mundanos.
D) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o
para justificar todos os acontecimentos políticos e
sociais.
E) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos
poderosos.
02. Qual a figura de linguagem presente no trecho
destacado?
A) Metonímia D) Eufemismo
B) Paradoxo E) Sinestesia
C) Metáfora
18
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Eja etapa VII - Literatura_Barroco no Brasil

  • 4. O Barroco no Brasil tem início no final do século XVII, na Bahia e Minas Gerais. No país, essa tendência artística teve grande destaque na arquitetura, escultura, pintura e literatura. Na literatura, o marco inicial do barroco é a publicação da obra “Prosopopeia” (1601) de Bento Teixeira. Na escultura e arquitetura, Aleijadinho foi sem dúvida um dos maiores artistas barrocos brasileiros. BARROCO NO BRASIL A série de 12 profetas esculpidos em pedra- sabão, na cidade de Congonhas, em Minas Gerais, é uma das mais completas da tradição cristã em todo mundo. De autoria do escultor e arquiteto Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o conjunto fica instalado em frente à igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, no alto de um morro.
  • 5. As principais características do barroco brasileiro são: Linguagem dramática; Racionalismo; Exagero e rebuscamento; Uso de figuras de linguagem; União do religioso e do profano; Arte dualista; Jogo de contrastes; Valorização dos detalhes; Cultismo (jogo de palavras); Conceptismo (jogo de ideias). CARACTERÍSTICAS DO BARROCO
  • 6. Gregório de Matos foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Além de poeta, Gregório foi advogado durante o período colonial. É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo famoso por seus sonetos satíricos, donde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época. Dono de uma personalidade rebelde, Gregório criticou diversos aspectos da sociedade, do governo e da Igreja Católica. Por esse motivo, foi perseguido pela Inquisição e condenado ao degredo em Angola no ano de 1694. A POESIA DE GREGÓRIO DE MATOS
  • 7. POESIA LÍRICA E SATÍRICA DE GREGÓRIO DE MATOS Na poesia lírica aparece sua face mais barroca, trabalhando as temáticas AMOROSA, RELIGIOSA e FILOSÓFICA. O CONFLITO está permanentemente presente no BARROCO através do (a): 1 – culto do contraste: claro x escuro; céu x terra; homem x Deus; 3 – Preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos, sangrentos e repugnantes; 4 – Pessimismo; crença do fim do mundo; medo da solidão, da morte e do inferno; 5 – Humanização do sobrenatural, anjos e demônios; 6 – Referências bíblicas, pagãs e filosóficas; 7 – Linguagem prolixa, descritiva, adjetivada e vazia; 8 – Raciocínio lógico labiríntico e confuso; sintaxes complexas; 9 – Preocupação com a passagem do tempo, efemeridade ou carpe diem. 10 – Uso excessivo de figuras de linguagem, metáfora, hipérbole, antítese, eufemismo, metonímia e ironia...
  • 8. A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado Da vossa piedade me despido, Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada[3] Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, ovelha desgarrada; Cobrai-me; e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. À FORMOSURA DE D. ÂNGELA Não vi em minha vida a formosura, Ouvia falar nela cada dia, E ouvida me incitava, e me movia A querer ver tão bela arquitetura. Ontem a vi por minha desventura Na cara, no bom ar, na galhardia De uma Mulher que em Anjo se mentia, De um Sol, que se trajava criatura. Me matem (disse então vendo abrasar-me) Se esta a cousa não é, que encarecer-me. Sabia o mundo, e tanto exagerar-me. Olhos meus (disse então por defender-me) Se a beleza hei de ver matar-me, Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me.
  • 9. Desenganos da vida humana metaforicamente É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. É planta, que de abril favorecida, Por mares de soberba desatada, Florida galeota empavesada, Sulca, ufana, navega destemida. É nau enfim, que em breve ligeireza, Com presunção de Fênix generosa, Galhardias apresta, alentos preza. Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa De que importa, se aguarda sem defesa Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa? O poeta descreva a cidade da Bahia A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para o levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos sob os pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia.
  • 10. EXERCÍCIOS 1. (UEL) Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto inicial. Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a vaidade dos fidalgos e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos fidalgos". O fato é que seus poemas satíricos constituem um vasto painel _____________, que _____________ compôs com rancor e engenho ainda hoje admirados pela expressividade. A) do Brasil do século XIX - Gregório de Matos B) da sociedade mineira do século XVIII - Cláudio Manuel da Costa C) da Bahia do século XVII - Gregório de Matos D) do ciclo da cana-de-açúcar - Antônio Vieira E) da exploração do ouro em Minas - Cláudio Manuel da Costa.
  • 11. EXERCÍCIOS 1. (UEL) Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto inicial. Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a vaidade dos fidalgos e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos fidalgos". O fato é que seus poemas satíricos constituem um vasto painel _____________, que _____________ compôs com rancor e engenho ainda hoje admirados pela expressividade. A) do Brasil do século XIX - Gregório de Matos B) da sociedade mineira do século XVIII - Cláudio Manuel da Costa C) da Bahia do século XVII - Gregório de Matos D) do ciclo da cana-de-açúcar - Antônio Vieira E) da exploração do ouro em Minas - Cláudio Manuel da Costa.
  • 12. 2. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos: A) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX. B) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré- românticas. C) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as ideias da ilustração francesa. D) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época. E) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talentos não se restringiam ao lirismo amoroso.
  • 13. 2. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos: A) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX. B) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré- românticas. C) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as ideias da ilustração francesa. D) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época. E) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talentos não se restringiam ao lirismo amoroso.
  • 14. Ø Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, considerado o MAIOR ORADOR SACRO DE BRASIL E PORTUGAL. Ø Na Bahia, recebeu ordenação sacerdotal e começou a atuar na Companhia de Jesus. Ø Vieira se destacou por sua pregação, principalmente, pelos sermões, impregnados de filosofia meio a citações bíblicas. Ø Foi processado pela Inquisição, acusado de traição por defender índios, novos cristãos e judeus e criticar a igreja. Ø Sofreu uma condenação ‘branda’: ficou preso por dois anos (1665-1667) e foi impedido de palestrar até o fim de sua vida, em 1681. Ø Vieira usava o CONCEPTISMO em seus sermões, raciocínio lógico e linguagem bem elaborada.
  • 15. Proferido na Capela Real de Lisboa em 1655, o “Sermão da Sexagésima” é um dos mais importantes sermões de Pe. Antônio Vieira. Grande orador, ele mesclava sua formação jesuítica com a estética barroca, fazendo de seus sermões a expressão máxima do Barroco em prosa sacra e um dos principais meios de difusão da ideologia e da literatura da Contrarreforma. Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há de haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; Há de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, e necessária luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?
  • 16. EXERCÍCIOS Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira (...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras. (...) 01. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se afirmar: A) Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana não se ocupou de problemas locais. B) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. C) Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. D) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o para justificar todos os acontecimentos políticos e sociais. E) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos. 02. Qual a figura de linguagem presente no trecho destacado? A) Metonímia D) Eufemismo B) Paradoxo E) Sinestesia C) Metáfora
  • 17. EXERCÍCIOS Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira (...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: «Ide, e pregai a toda a criatura». Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras. (...) 01. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se afirmar: A) Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana não se ocupou de problemas locais. B) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. C) Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. D) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o para justificar todos os acontecimentos políticos e sociais. E) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos. 02. Qual a figura de linguagem presente no trecho destacado? A) Metonímia D) Eufemismo B) Paradoxo E) Sinestesia C) Metáfora