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Componentes: Igor Ribeiro Nº:17; Danilo
  Caldas Nº:07; Jefferson Lucas Nº:43;
Emilio Carlos; André Dias Nº: 48; Narciso
  Nunes Nº:27; Thiago Moreira Nº: 37
   Cultismo ou Gongorismo;
   Conceptismo;
   Teocentrismo x Antropocentrismo;
   Culto do contraste;
   Conflito entre o “eu” e o mundo;
   Pessimismo;
   Fusionismo;
   Feismo;
   Rebuscamento linguístico.
 fugacidade da vida e instabilidade das coisas;
 morte, expressão máxima da efemeridade das
coisas;
 concepção do tempo como agente da morte e da
dissolução das coisas;
 castigo, como decorrência do pecado;
 arrependimento;
 narração de cenas trágicas;
 erotismo;
 misticismo;
 apelo à religião.
 O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem
rebuscada, culta, extravagante, repleta de jogos de
palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo,
como a metáfora e a hipérbole.
Exemplo:
 O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de
Matos)
 O conceptismo é marcado pelo jogo de ideias, de
conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista,
que utiliza uma retórica aprimorada.
Exemplo:
 Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três
coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego,
não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e
olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz.
Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.
(Pe. Antônio Vieira)
  O rebuscamento da arte barroca é reflexo do
dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os
anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos:
espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e
inferno. Tudo isso gerava a preocupação com a
brevidade da vida (carpe diem).
 No culto de contraste, o poeta barroco se sente
dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo:
carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X
místico. Por isso, o emprego de antíteses.
 No conflito entre o “eu” e o mundo, o artista
encontra-se dividido entre a fé e a razão.
 Exemplo:
Buscando a Cristo

A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados
                                   (Gregório de Matos)
 Essa consciência da transitoriedade da vida conduz
frequentemente à ideia de morte, tida como a
expressão máxima da fugacidade da vida. A incerteza
da vida e o medo da morte fazem da arte barroca uma
arte pessimista, marcada por um desencantamento
com o próprio homem e com o mundo.
 No fusionismo, todos os artistas barrocos expõem
os contrários, querendo assim incluí-los no meio de
analogias sensoriais, de imagens, de metáforas, que
mostram a unidade, a identidade, se valendo do jogo
do jogo de oposições e contrastes.
 Dentro dessa característica, pode-se dizer que o
equilíbrio clássico foi rompido, e ao mesmo tempo se
opondo à simetria, harmonia, elegância dos clássicos.
O barroco tem preferência pelos aspectos
sangrentos, dolorosos e cruéis, ou seja, ocorre uma
atração pelo belo horrendo, ou seja, pelo espetáculo
clássico, acabando com as imagens por causa do
exagero.
 Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é
reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o
celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e
teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade
medieval e o paganismo renascentista, o material e o
espiritual, que tanto atormenta o homem do século
XVII.
O realismo sombrio de alguns
pintores do Barroco destaca a
decadência humana trazida pela
passagem do tempo. Nessa obra,
vemos São Paulo no fim de sua vida.
O crânio que ele contempla é uma
metáfora da mortalidade humana (O
eremita, de Jusepe Ribera)
Nesse quadro de Caravaggio
podemos observar o uso magistral
da técnica do chiaroscuro (mistura
de luz e sombras), que se tornou
uma das marcas da estética
barroca (Deposição de Cristo,
1602-1603).

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Características da arte barroca

  • 1. Componentes: Igor Ribeiro Nº:17; Danilo Caldas Nº:07; Jefferson Lucas Nº:43; Emilio Carlos; André Dias Nº: 48; Narciso Nunes Nº:27; Thiago Moreira Nº: 37
  • 2. Cultismo ou Gongorismo;  Conceptismo;  Teocentrismo x Antropocentrismo;  Culto do contraste;  Conflito entre o “eu” e o mundo;  Pessimismo;  Fusionismo;  Feismo;  Rebuscamento linguístico.
  • 3.  fugacidade da vida e instabilidade das coisas;  morte, expressão máxima da efemeridade das coisas;  concepção do tempo como agente da morte e da dissolução das coisas;  castigo, como decorrência do pecado;  arrependimento;  narração de cenas trágicas;  erotismo;  misticismo;  apelo à religião.
  • 4.  O cultismo caracteriza-se pelo uso de linguagem rebuscada, culta, extravagante, repleta de jogos de palavras e do emprego abusivo de figuras de estilo, como a metáfora e a hipérbole. Exemplo: O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. (Gregório de Matos)
  • 5.  O conceptismo é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. Exemplo: Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. (Pe. Antônio Vieira)
  • 6.  O rebuscamento da arte barroca é reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno. Tudo isso gerava a preocupação com a brevidade da vida (carpe diem).
  • 7.  No culto de contraste, o poeta barroco se sente dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo: carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X místico. Por isso, o emprego de antíteses.
  • 8.  No conflito entre o “eu” e o mundo, o artista encontra-se dividido entre a fé e a razão.  Exemplo: Buscando a Cristo A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados (Gregório de Matos)
  • 9.  Essa consciência da transitoriedade da vida conduz frequentemente à ideia de morte, tida como a expressão máxima da fugacidade da vida. A incerteza da vida e o medo da morte fazem da arte barroca uma arte pessimista, marcada por um desencantamento com o próprio homem e com o mundo.
  • 10.  No fusionismo, todos os artistas barrocos expõem os contrários, querendo assim incluí-los no meio de analogias sensoriais, de imagens, de metáforas, que mostram a unidade, a identidade, se valendo do jogo do jogo de oposições e contrastes.
  • 11.  Dentro dessa característica, pode-se dizer que o equilíbrio clássico foi rompido, e ao mesmo tempo se opondo à simetria, harmonia, elegância dos clássicos. O barroco tem preferência pelos aspectos sangrentos, dolorosos e cruéis, ou seja, ocorre uma atração pelo belo horrendo, ou seja, pelo espetáculo clássico, acabando com as imagens por causa do exagero.
  • 12.  Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII.
  • 13. O realismo sombrio de alguns pintores do Barroco destaca a decadência humana trazida pela passagem do tempo. Nessa obra, vemos São Paulo no fim de sua vida. O crânio que ele contempla é uma metáfora da mortalidade humana (O eremita, de Jusepe Ribera)
  • 14. Nesse quadro de Caravaggio podemos observar o uso magistral da técnica do chiaroscuro (mistura de luz e sombras), que se tornou uma das marcas da estética barroca (Deposição de Cristo, 1602-1603).