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1
CURRÍCULO REFERÊNCIA
DE
LÍNGUA PORTUGUESA
Ensino Fundamental
6º ao 9º Ano
2
APRESENTAÇÃO
A atual realidade social, no que tange a industrialização e urbanização de uso
da escrita e dos meios de comunicação eletrônicos tem exigido dos estudantes cada
vez mais a necessidade de inserção neste crescente mundo do conhecimento. O eixo
dessa discussão centra-se principalmente no domínio da leitura e da escrita com foco
no desenvolvimento das diferentes linguagens.
Devido a isso, objetiva-se estimular os estudantes a utilizarem a linguagem nas
mais variadas situações de uso e manifestações, visto que o domínio da língua
materna nessa perspectiva é fundamental para que se possa adquirir o conhecimento
também nas demais áreas.
O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Pública Municipal de
Ensino – Açailândia - MA, destinado aos Anos Finais do Ensino Fundamental, ou seja,
do 6º ao 9º ano, foi elaborado com o objetivo de ser um instrumento pedagógico
facilitador nesse processo, em que se tem ainda a intenção de abandonar práticas
pautadas na mera transmissão de conhecimentos gramaticais, que se afastam da
realidade vivenciada por nossos alunos.
Almeja-se, que as proposições no ensino da Língua, aqui apresentadas
possam fortalecer o fazer didático na sala de aula, tornando prazeroso o ato de
aprender e que os estudantes sejam vistos como sujeitos capazes de mudar a sua
realidade, minimizando as desigualdades sociais e assim favorecendo a construção
de uma sociedade mais justa.
Assim sendo, deve-se enfatizar as contribuições significativas dessa proposta
para o aprendizado dos discentes, como também para o aperfeiçoamento das práticas
de ensino. Para tal ação, é que se apresenta esse suporte pedagógico voltado para o
aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem por meio de aulas
significativas associadas às práticas sociais dos educandos.
“A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos”.
( Louis Hjelmslev)
Maria de Fátima Ribeiro Barbosa
Técnica em Assuntos Educacionais - Língua Portuguesa
3
1 A TRAJETÓRIA, CARACTERIZAÇÃO, PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E
METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
1.1 A Língua Portuguesa no Ensino Fundamental - Anos Finais
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio
da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística,
são condições de possibilidade de plena participação social. Pela linguagem
os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação,
expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de
mundo, produzem cultura. (BRASIL, 1998, p.19).
O homem é um ser de linguagens, as quais são partes fundamentais da
cultura humana. Assim, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2ª
versão/2016, prevista na Constituição, para o Ensino Fundamental, cabe à área de
Linguagens uma importante tarefa da Educação Básica, que é transversal a todos os
componentes: garantir o domínio da escrita, envolvendo a alfabetização, entendida
como compreensão do sistema de escrita alfabético-ortográfico, e o domínio
progressivo das convenções da escrita, para ler e produzir textos em diferentes
situações de comunicação. A tarefa do letramento, que diz respeito à condição de
participar das mais diversas práticas sociais permeadas pela escrita, abrange a
construção de saberes múltiplos que permitam aos estudantes atuarem nas modernas
sociedades tecnológicas, cada vez mais complexas também em relação às suas
formas de comunicação. Essa atuação requer a autonomia de leitura nos diversos
campos e suportes, como também preparo para produzir textos em diferentes
modalidades, adequados aos propósitos e às situações de comunicação em que os
sujeitos se engajam.
Nesse contexto, dentro da área de linguagens temos o ensino de Língua
Portuguesa, que se propõe a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas
diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética, pois o domínio da
língua materna revela-se ser fundamental para o acesso às demais áreas do
conhecimento. O desenvolvimento do saber linguístico implica: leitura compreensiva
e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e
manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes
linguagens (literária, visual, etc.), como formas de compreensão do mundo.
A partir desses pressupostos, onde se reconhece a importância da linguagem
faz-se necessário ressaltar que historicamente o ensino de Língua Portuguesa até
4
meados do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal, limitava-se à alfabetização.
Os poucos que prolongavam a sua escolarização passavam diretamente à
aprendizagem de: gramática latina, retórica e poética. A Reforma feita pelo Marquês
de Pombal, em 1759, torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa. Essa instrução
passa a seguir a tradição do ensino do latim, ou seja, começa a ser vista como o
ensino da gramática do português, porém até o final do século XIX, encontramos ainda
o ensinamento de retórica e da poética.
Gramática, Retórica e Poética eram, pois, as disciplinas nas quais se fazia o
ensino da Língua Portuguesa até o fim do Império. A disciplina de Gramática, ainda
no século XIX, passa a ser chamada “Português”, sendo criado o seu cargo
correspondente: “Professor de Português”.
Mudar de nome, no entanto, não significou modificar o objetivo: essa disciplina
manteve, até a metade do século XX, a tradição da gramática, da retórica e da poética.
Fatores externos levaram à democratização do ensino, tais como: os filhos dos
trabalhadores chegam à sala de aula nas décadas de 50 e 60, mas do ponto de vista
interno, poucas mudanças ocorreram, pois, a língua continuou a ser concebida como
um sistema centrado na gramática vista como um instrumento para atingir fins
retóricos e poéticos.
A pedagogia tecnicista, introduzida no Brasil no início da década de 70, tinha
como proposta o ensino de Língua Portuguesa pautado na visão pragmática e
utilitária, “diminuindo o papel dos conteúdos do conhecimento e pulverizando o caráter
político-filosófico das organizações escolares” (Silva, 2005, p. 23). Ainda nessa
década, estudos de Linguística começam a visitar o ensino de língua materna, em
especial: Sociolinguística, Análise do Discurso, Semântica, Pragmática e Linguística
Textual. Tais teorias serviram para questionar a validade do ensino de gramática, tal
qual se apresentava nas escolas brasileiras e assim começaram a pressionar as
instituições escolares rumo a mudanças significativas, que nem sempre foram
devidamente compreendidas ou aplicadas na sala de aula.
Começa a surgir à preocupação com um ensino organizado a partir de duas
vias inseparáveis: como objeto e como meio para o conhecimento, ou seja, na mesma
medida em que deveria se apresentar como matéria a ser analisada, minuciosamente,
proporcionaria ao sujeito a construção e compreensão de conhecimentos do mundo.
E, por isso mesmo, já não poderia ser pensada de modo fragmentado, como mera
decodificação de conteúdos e reprodução de ideias, desconsiderando as experiências
5
de vida de seus interlocutores, não levando em conta seus conhecimentos prévios e
a legitimidade de seu saber, descontextualizando o ensino no exercício mecânico e
repetitivo, desvirtuando a gramática ao valorizar regras específicas em detrimento de
muitas outras existentes.
A partir da década de 1980, o repensar sobre o ensino de Língua Portuguesa
apontou para uma atenção especial ao trabalho realizado nas salas de aula. Nas
discussões curriculares sobre o mesmo, os Parâmetros Curriculares Nacionais, no
final da década de 1990, demonstram uma reflexão acerca dos usos das linguagens
oral e escrita. No entanto, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a
introdução de conceitos poucos reconhecidos pelos professores como: habilidades e
competências, que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho.
Apresentam, assim, a leitura de forma utilitarista e uma abordagem meramente
conceitual da Literatura no Ensino Fundamental.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre
o ensino da Língua e Literatura, requerem novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino, em que não se separa o estudo da linguagem e literatura, do
estudo referente ao homem em sociedade, pois o mesmo é um ser sociável, que pode
participar ativamente da sua cultura, no mundo em que vive.
Desse modo, sob o ponto de vista das novas perspectivas relacionadas ao
ensino da língua materna, a elaboração do Currículo Referência de Língua
Portuguesa, da Rede Municipal de Ensino – Açailândia – MA, prioriza atividades
metodológicas que considerem as linguagens não somente como formas de
comunicação e expressão, mas como “ferramentas” que auxiliam na significação e na
formação de conhecimentos e valores, visto que são elas as responsáveis pela
concreta manifestação ideológica dos indivíduos e dos grupos sociais. Considerando
tais concepções, pensa-se no desenvolvimento de aulas que instauram os indivíduos
como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se reconstroem discursivamente.
Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, pois o mesmo
deve estudar a língua como uma atividade social, sendo espaço de interação entre
pessoas, em um determinado contexto de comunicação, que implica a compreensão
da enunciação como eixo central de todo o sistema linguístico e ainda a importância
do letramento, em função das relações que cada pessoa mantém em seu meio, para
que assim ela seja capaz de participar ativamente da sociedade na qual está inserida.
6
1.1.1Propósitos Gerais do Ensino de Língua Portuguesa
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
Nos anos finais do Ensino Fundamental, os/as estudantes se encontram
diante de mudanças significativas decorrentes da passagem da infância para
a juventude, de desafios escolares de maior complexidade (pensamento
algébrico, categorizações mais sofisticadas) e da participação em novos
campos de atuação. Isso requer uma leitura de mundo mais abrangente e o
contato com gêneros textuais acadêmicos, que circulam em esferas da vida
social nas quais o jovem começa a transitar. (BRASIL, 2015, p.33)
A contribuição da área de linguagens, especialmente da disciplina de Língua
Portuguesa, para os anos finais do Ensino Fundamental requer novas mediações e o
aprofundamento em novos letramentos, visto ser essencial considerar as culturas
juvenis, bem como o contato com as expressões literárias, artísticas e corporais mais
complexas, ampliando o repertório de obras e autores conhecidos e de vivências
significativas com outras línguas e culturas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica apontam a
Língua Portuguesa como componente transdisciplinar, ao afirmar que “o
conhecimento próprio da disciplina [...] está para além dela” (BRASIL, 2013, p. 28).
Através da linguagem – capacidade humana realizada sob a forma de signos verbais,
gestuais, imagéticos, dentre outros – os sujeitos se constituem, constroem
identidades, produzem conhecimento e agem de forma crítica no mundo.
Dessa forma, o presente documento, em consonância com a Base Nacional
Comum Curricular, apresenta os seguintes objetivos gerais para o ensino de Língua
Portuguesa:
 Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar
práticas utilizando diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate,
entrevista, debate regrado, exposição oral), assim como desenvolver escuta
atenta e crítica em situações variadas;
 Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados,
considerando o contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros,
destinatários, espaços de circulação, suportes) e os aspectos discursivos,
composicionais e linguísticos;
 Desenvolver estratégias e habilidades de leitura - antecipar sentidos e
ativar conhecimentos prévios relativos aos textos, elaborar inferências,
localizar informações, estabelecer relações de intertextualidade e
7
interdiscursividade, apreender sentidos gerais do texto, identificar assuntos /
temas tratados nos textos, estabelecer relações lógicas entre partes do texto
que permitam ler, com compreensão, textos de gêneros variados, sobretudo
gêneros literários;
 Valorizar diferentes identidades sociais, lendo a apreciando a literatura
das culturas tradicional, popular, afro-brasileira, africana, indígena e de outros
povos e culturas;
 Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na
sociedade, combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem
na e pela linguagem, sobre as relações entre fala e escrita em diferentes
gêneros, assim como reconhecer e utilizar estratégias de marcação do nível
de formalidade dos textos em suas produções;
 Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre
partes do texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização,
substituição lexical, uso de palavras de ligação) bem como as palavras e
expressões que marcam a progressão do tempo na narrativa, as que
estabelecem as relações de causalidade, oposição, consequência, explicação
entre acontecimentos e ideias;
 Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações
entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações,
imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino, que se inicia na alfabetização e
consolida-se no decurso da vida acadêmica, não se esgotando no período escolar,
mas estendendo-se por toda a sua vida.
Diante de tal perspectiva, toda a reflexão sobre a Língua, somente tem
sentido se considerar como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem,
presente em atividades que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais
de uso do idioma materno. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem à
linguagem escrita, abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da
linguagem verbal com as outras linguagens, percebendo suas práticas sociais e
especialidades.
8
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal
e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento, como unidade
básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de
modo dinâmico com experiências reais de uso do referido idioma.
Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais
possibilidades se têm de entender o texto como material verbal carregado de intenções
e visões de mundo.
Segundo Andrade (1995 p. 63), “o trabalho com o texto surge como
possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura inter locutiva com
seu aluno, construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a aprendizagem da
língua escrita”.
1.2 Objetivos de Aprendizagem do Ensino de Língua Portuguesa
Os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa estão organizados
segundo a Base Nacional Comum Curricular. Assim, no que diz respeito às práticas e
aos conhecimentos de linguagem, os objetivos se formam em cinco eixos. São eles:
apropriação do sistema de escrita alfabético/ortográfico e de tecnologias da
escrita, oralidade, leitura, escrita e análise linguística, sendo este último
transversal aos demais. Esses eixos contribuem para desenvolver o letramento em
todas as áreas do conhecimento, pois é por meio de seu aprendizado que o estudante
poderá interagir em diferentes situações, lendo, escrevendo, ouvindo e falando.
1.2.1 Apropriação do Sistema de Escrita Alfabético/Ortográfico e de Tecnologias da
Escrita
O eixo apropriação do sistema alfabético de escrita tem um papel de
centralidade somente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que o mesmo
reúne objetivos relacionados à apropriação do sistema de escrita alfabética e da
norma ortográfica e contempla o conhecimento das letras do alfabeto, a compreensão
dos princípios de funcionamento do sistema e o domínio das convenções que regulam
a correspondência entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a levar
os estudantes a ler e a escrever palavras e textos.
9
1.2.2 Oralidade
As práticas de oralidade na escola foram por muito tempo tratadas como
secundárias e realizadas de forma inadequada, pois o objetivo das aulas de Língua
Portuguesa sempre foi aprender e aperfeiçoar a escrita pelo caminho da norma
gramatical. Porém, neste Currículo Referência concebemos a língua como: prática
social, uma construção histórica e um meio através do qual a interação social entre
sujeitos acontece. Portanto, é um consenso no ensino de Língua Portuguesa que
precisamos ampliar a competência comunicativa dos estudantes e que ler e escrever
são habilidades centrais nesse processo.
Em função disso, a oralidade também deve ser abordada no ensino,
constituindo um dos eixos do trabalho com a linguagem, visto que a vida em sociedade
requer certos conhecimentos para que o cidadão atue em uma diversidade de
situações escolares e extraescolares permeadas pela linguagem, via modalidade oral.
Dessa forma, segundo a BNCC, neste eixo quatro dimensões se destacam:
 Produção e compreensão de gêneros orais, em articulação com textos
escritos, considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação
das situações de interação;
 Relações entre fala e escrita, levando-se em conta o modo como as duas
modalidades se articulam nas práticas de linguagem, as semelhanças e as
diferenças entre modos de falar e de registrar o escrito e os aspectos
sociodiscursivos, composicionais e linguísticos;
 Oralização do texto escrito, considerando-se as situações sociais em
que tal tipo de atividade acontece e os aspectos multimodais dos textos;
 Valorização dos textos de tradição oral, levando-se em consideração a
importância das reflexões relativas aos sentidos e às práticas sociais em que
tais textos surgem e se perpetuam.
Essas dimensões devem ser organizadas ao longo das etapas de
escolarização, sendo sempre presentes nos objetivos de aprendizagem de Língua
Portuguesa, em que tais práticas de oralidade levam ao desenvolvimento de modos
de agir em situações mais públicas: interações entre os colegas de turma,
apresentações para a comunidade escolar e intercâmbios em outras esferas sociais.
Dentro desse eixo deve-se favorecer a formação literária com o objetivo de se
10
garantir a continuidade do letramento literário, iniciado na Educação Infantil. É através
da literatura que se constituem subjetividades, expressam-se sentimentos e emoções
de modo particular e nesse processo a formação de leitores literários envolve uma
reflexão sobre a linguagem, o que implica o reconhecimento de procedimentos
voltados para a elaboração textual e uma consciência das escolhas estéticas
envolvidas na construção dos textos.
1.2.3 Leitura
Saber ler é condição fundamental para o exercício da cidadania e para a
construção de um posicionamento mais autônomo no mundo. A proficiência em leitura
permitirá aos estudantes continuar aprendendo fora da escola, o que é fundamental
para seu desenvolvimento pessoal e profissional, por isso, as práticas de linguagem
devem sempre estar voltadas para o ensino da leitura.
Mas o que significa “ensinar a ler”? Segundo Kleiman (1993, p. 49), a tentativa
de ensinar a ler não seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, “se o ensino
da leitura for entendido como o ensino de estratégias de leitura, por uma parte, e como
o desenvolvimento das habilidades linguísticas que são características do bom leitor,
por outra”.
Os estudantes devem estar em contato com bons textos, que sejam reais,
completos e situados. Da mesma forma, as técnicas de leitura devem buscar envolvê-
los em situações reais de comunicação. Assim, as práticas de leitura devem ser
voltadas, principalmente, para o próprio aprendizado da leitura, mas esse objetivo não
deve torná-las aulas artificiais. As práticas escolares devem aproximar-se das práticas
sociais, de modo a tornar a leitura uma atividade expressiva.
Neste processo significativo de estímulo ao ato de ler, segundo a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), o eixo da leitura deve considerar as seguintes
dimensões:
 Compreensão de textos lidos e reflexões sobre as suas finalidades e os
contextos em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação,
dentre outros);
 Desenvolvimento das habilidades e estratégias de leitura necessárias à
compreensão dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios,
localizar informações explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos
globais do texto, reconhecer tema, estabelecer relações de intertextualidade
11
etc.);
 Compreensão de textos, considerando-se os efeitos de sentido
provocados pelo uso de recursos linguísticos;
 Ampliação do vocabulário, a partir do contato com textos e obras de
referência, dentre outras possibilidades;
 Reconhecimento de planos enunciativos e da polifonia, identificando-se
as diferentes vozes presentes nos textos;
 Reflexões relativas às temáticas tratadas nos textos. A progressão dos
conhecimentos relacionados ao eixo leitura é estabelecida, considerando-se
a participação dos/as estudantes em eventos de leitura compartilhada,
exercitando-se a compreensão por meio da escuta e da experiência de leitura
silenciosa, da leitura de textos integrais e autênticos em todas as etapas da
Educação Básica, bem como a compreensão da construção tipológica dos
gêneros (o narrar, o argumentar, o expor, o instruir, o relatar).
Dessa forma, para que se possa estimular a formação de leitores, é
necessário que se assuma uma concepção de leitura que seja alinhada à concepção
de linguagem, tendo como premissas fundamentais:
 A leitura é uma construção subjetiva de sujeitos leitores, que atuam
sobre o texto a partir de um vasto e complexo conjunto de conhecimentos
acumulados e estruturados através da vivência em uma determinada cultura;
 O texto não porta um sentido, ou seja, os “significados” não estão no
texto; este nos oferece um conjunto de pistas que guiam o leitor na tarefa de
construção de sentidos que é a leitura;
 Além de atividade sociocognitiva, a leitura é também empreendimento
interativo mediado pelo texto, que implica o diálogo entre os interlocutores.
Portanto, as práticas de formação de leitores devem propor o exercício
cotidiano daquilo que faz um leitor proficiente quando lê, tais como: o exercício de
investigar o contexto de produção do texto (quem escreve? Em que suporte? Com
que objetivo? etc.); selecionar pistas interpretativas relevantes (imagens, formatação
do texto, títulos e subtítulos, recorrências lexicais etc.); levantar hipóteses de leitura e
checá-las; confirmar ou descartar hipóteses iniciais; retornar a partes do texto ou
mesmo relê-lo para refinar a compreensão; o exercício de inferir o significado de
12
termos desconhecidos em atenção ao contexto local ou à morfologia da palavra, etc.
1.2.4 Escrita
Enquanto o aprendizado da fala acontece de forma espontânea, a escrita
demanda um processo de ensino sistematizado. A mesma possibilita o registro mais
durável e permanente da linguagem, sendo um processo mais demorado de
elaboração; mais formal, sistemático, requerendo, na maioria das vezes, o uso correto
da gramática normativa e do atendimento às convenções que lhe são peculiares,
dentre elas as do sistema ortográfico.
O eixo da escrita, neste Currículo Referência tem como prioridade a relação
entre o uso e o aprendizado da língua, em que o texto é um elo de interação social e
os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como
uma forma de atuar e de agir no mundo.
Com relação ao eixo da escrita, segundo a Base Nacional Comum Curricular,
os objetivos de aprendizagem envolvem as seguintes dimensões:
 Reflexões sobre as situações sociais em que se escrevem textos, para
o desenvolvimento da valorização da escrita e a ampliação de conhecimentos
sobre as práticas de linguagem nas quais a escrita está presente;
 Desenvolvimento de estratégias de produção, reescrita, revisão e
avaliação dos textos, considerando-se a sua adequação às variedades
linguísticas;
 Reflexões sobre os gêneros textuais adotados nas situações de escrita,
considerando-se os aspectos sociodiscursivos, temáticos, composicionais e
estilísticos;
 Reflexões sobre os recursos linguísticos empregados nos textos,
considerando-se as convenções da escrita e as estratégias discursivas
planejadas em função das finalidades pretendidas.
O eixo da escrita deve ser pautado nos seguintes critérios: a adequação dos
gêneros e seus construtores tipológicos às faixas etárias; as possibilidades de
realização de práticas de escrita nos diferentes campos de atuação, nos quais estão
organizados os objetivos de Língua Portuguesa; a possibilidade de articulação entre
leitura, produção de textos e oralidade, por meio de recontos, escrita e reescrita de
textos e da produção de textos escritos a partir do contato, da análise e da reflexão
13
sobre o gênero pretendido; as exigências relativas aos aspectos normativos, para que,
progressivamente, os alunos se apropriem das convenções ortográficas e gramaticais
da Língua Portuguesa.
1.2.5 Análise Linguística
A análise linguística perpassa todos os demais eixos, em diferentes níveis, de
acordo com a etapa da escolaridade, sendo que nos anos finais do Ensino
Fundamental esse eixo deve promover a reflexão sobre os recursos linguísticos, que
envolvem as práticas de leitura, escrita e oralidade. Essa opção justifica-se pelo fato
de a reflexão sobre a língua fazer sentido apenas através de seus usos, em situações
de interação oral, de leitura ou de escrita. E também por se considerar que o
desenvolvimento da capacidade de reflexão e de análise linguística é fundamental
para a formação de um usuário da língua capaz de uma atitude criativa, e não apenas
reprodutiva, frente à mesma.
O eixo de Análise Linguística fundamentado nesta proposta pedagógica tem
o intuito de promover um trabalho com a gramática reflexiva. “A análise linguística,
também denominada reflexão sobre a língua, reflexão linguística ou reflexão
gramatical, análise da língua ou análise gramatical” (MENDONÇA, 2006. p 103),
constitui o ensino de gramática numa perspectiva reflexiva, o que significa deslocar o
que se chama de ensino metalinguístico, centrado no reconhecimento e na
classificação dos elementos da língua, para um segundo plano, dando relevância a
um ensino centrado na análise da funcionalidade dos elementos linguísticos em vista
do discurso.
O ensino de Língua Portuguesa, dentro da análise linguística, tem-se como
foco o desenvolvimento da competência discursiva, envolvendo não apenas o domínio
da norma culta, mas a consideração de outras variedades da língua. Espera-se que o
estudante conheça uma gama maior de variedades linguísticas, visto que a língua é
um polissistema que agrega múltiplas variedades, conforme a situação social de uso
da oralidade, da leitura e da escrita. Portanto, é primordial para trabalhar os
conhecimentos linguísticos que o aluno desenvolva a consciência da variação e das
mudanças da língua, como também a valorização de todas as variedades como
possuidoras de uma gramática eficaz e legítima.
A valorização das diferentes variedades da língua implica também o
reconhecimento das diferentes identidades sociais. A abordagem de categorias
14
gramaticais (fonéticas/fonológicas, morfológicas, sintáticas e morfossintáticas) e de
convenções da escrita (concordância, regência, ortografia, pontuação, acentuação,
etc.) deve vir a serviço da compreensão e produção oral e escrita, e não o contrário.
Dessa forma, os aspectos linguísticos abordados em atividades de leitura, escrita e
oralidade podem ampliar os conhecimentos dos estudantes em relação às variedades
e o professor irá desenvolver um trabalho eficaz, visto que a gramática será trabalhada
de forma contextualizada.
Com essa proposta de abordagem da Análise Linguística acreditamos que
seja possível diminuir as deficiências de leitura e escrita ainda presentes nos
estudantes do Ensino Fundamental. Assim, devemos abandonar o ensino de
gramática descontextualizado que tem constituído o centro das aulas de Língua
Portuguesa das nossas escolas e tendo como resultados graves problemas na
formação de leitores. Ao contrário de uma perspectiva normativa, a prática da Análise
Linguística que aqui se propõe, objetiva aliar oralidade, leitura, escrita e unidades
linguísticas, considerando seus aspectos discursivos e funcionais. Desse modo, para
além da abordagem tradicional referente à morfossintaxe da língua, deve-se levar
para as aulas a centralidade do texto e do discurso, nas modalidades oral e escrita.
1.2.6 Campos de Atuação
Sempre pautada na Base Nacional Comum Curricular, o presente Currículo
Referência, em consonância a uma concepção de língua como forma de interação
entre os sujeitos tem a finalidade também de considerar, além dos eixos, acima
citados, os campos de atuação, nos quais as práticas de linguagem se realizam.
A proposição de campos de atuação aponta para a importância da
contextualização do conhecimento escolar. São seis os campos de atuação, a partir
dos quais os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa são apresentados:
I. Práticas da vida cotidiana – campo de atuação que diz respeito à participação
em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, próprias de atividades
do dia-a-dia, no espaço doméstico/familiar, escolar, cultural, profissional que
crianças, jovens e adultos vivenciam;
II. Práticas artístico-literárias – campo de atuação que diz respeito à
participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, na criação
e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e
linguística, que favoreçam experiências estéticas;
15
III. Práticas político-cidadãs – campo de atuação que diz respeito à participação
em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, especialmente de textos
das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória,
contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos;
IV. Práticas investigativas – campo de atuação que diz respeito à participação
em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita de textos que
possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem
e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola;
V. Práticas culturais das tecnologias de informação e comunicação – campo de
atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta,
produção oral/escrita de textos que possibilitem a comunicação, a distância e
a compreensão de características e modos de produzir, divulgar e conservar
informação, experimentar e criar novas linguagens e formas de interação
social.
Os campos de atuação norteiam a seleção dos gêneros textuais a serem
preferencialmente trabalhados e sugerem atividades que tornem mais significativas
as práticas de linguagem, tais como: a organização de debates na escola, a
elaboração de jornais impressos e digitais que propiciem a circulação e as
informações de ideias, sendo que podem também indicar temas a serem abordados
em projetos interdisciplinares.
16
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Considerando o percurso histórico, caracterização e objetivos da disciplina de
Língua Portuguesa e confrontando tais aspectos com a situação de analfabetismo
funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada
pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de
pesquisas acadêmicas – o Currículo Referência de Língua Portuguesa, deste
município requer novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela
discussão crítica das mesmas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas.
Teóricos do Círculo de Bakhtin avançaram os estudos em torno da natureza
sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-
sistemático por considerarem tal concepção incompatível com uma abordagem
histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução
ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores”
(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127).
Assim, temos uma proposta que enfatiza a língua viva, dialógica, em
constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-
se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico,
sendo que para alcançar tal objetivo é importante pensar sobre a metodologia. Se o
trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao
ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos
saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os
multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das
aptidões linguísticas dos estudantes.
A escola tem o papel fundamental de possibilitar aos alunos participarem de
diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a
finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar
esse papel, o aluno ficará a margem dos novos letramentos, não conseguindo
adentrar no âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os alunos que frequentam a
escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e
políticos de forma ativa, atuando assim como cidadãos conscientes e críticos no
contexto social em que estiverem inseridos.
17
3 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as
contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. Mesmo vivendo na “era da informação”, a qual possibilita acesso
rápido a leitura das mais variadas informações, convivemos com o índice crescente
de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam
baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
“O ensino de Língua Portuguesa seguiu uma concepção de linguagem que
não privilegia, no processo de aquisição e no aprimoramento da língua materna, a
história, o sujeito e o contexto”, como destaca (TRAVAGLIA 2000, p. 48), pautando-
se no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional.
Este Currículo Referência assume uma concepção de linguagem que não se
fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre-se para a sua condição
de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos”
(RODRIGUES, 2005, p. 156). A linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce
da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo
como base teórica as reflexões do Círculo de Bakhtin a respeito da linguagem,
defende-se que: “E no processo de interação social que a palavra significa, o ato de
fala e de natureza social” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109).
Ensinar a língua materna requer considerar aspectos sociais e históricos em
que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez
que os seus significados são construídos de modo social e histórico. A palavra por si
significa a relação com o outro e/ou contexto de produção.
O professor de Língua Portuguesa precisa propiciar ao educando a prática, a
discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, publicitária,
digital, etc.), sendo que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e
falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens.
Assim, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se
efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de aprendizagem na disciplina de
Língua Portuguesa, busca:
 Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la
a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
18
diante deles;
 Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio
de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, além do contexto de produção;
 Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o
aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
 Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, leitura e escrita;
 Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso
às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais.
É primordial que durante as aulas da referida disciplina os eixos sejam
priorizados. Desse modo, para cada eixo temos as seguintes considerações
metodológicas.
3.1 Eixo Oralidade
Conforme Marcuschi (2001, p. 16)
Oralidade é uma prática de uso da língua na modalidade falada, sendo
requerida e usada nos diversos contextos sociais em que se interage por
meio da linguagem. Como a fala é adquirida espontaneamente nos meios
informais, em geral na comunidade em que se vive (nas famílias, por
exemplo), pensa-se, então, que ela não deve ser objeto de ensino. O que
justifica “ensinar oralidade” na escola, uma vez que os estudantes já sabem
falar, ou “os adolescentes, em geral, já são muito falantes”, conforme muitos
professores afirmam?
Conforme já citado no presente documento uma das características inerentes
à língua é a variação pois existem níveis de formalidade requeridos nas diversas
situações de comunicação. Devido a isso, deve-se considerar que a oralidade letrada,
ou seja, a oralidade que mais se aproxima da escrita, deve ser objeto de ensino.
Assim, se constata que somos todos falantes de Língua Portuguesa, porém não
sabemos utilizar a modalidade falada da língua em todos os contextos sociais.
Dessa forma, é fundamental promover ações metodológicas que possibilitem
19
situações de uso da linguagem falada, mais formalizadas do que aquelas às quais os
estudantes estão geralmente acostumados, ou seja, significa ampliar sua visão com
relação à Língua Portuguesa, entendê-la na sua constituição e na sua prática,
compreendendo as variedades que a constitui. Assim, deve-se ter como proposta a
aplicação de atividades voltadas para a análise linguística do texto oral, através do
trabalho com a produção de gêneros orais diversos, sendo também que se necessita
explicitar as relações entre as modalidades: falada e escrita.
O trabalho com a oralidade, proposto neste documento, tem como foco o uso,
a compreensão, a valorização e a reflexão linguística sobre a mesma. E para isso
pretende-se priorizar que fala e escrita têm a mesma importância, devendo ser usadas
quando requisitadas. Portanto, as práticas devem ocupar-se dos processos de
construção de sentidos, a partir de situações de produção oral, concretizadas pelos
gêneros orais.
As expectativas de aprendizagem relacionadas ao eixo oralidade devem partir
da concepção das relações entre oralidade e escrita como um conjunto contínuo de
práticas, sendo importante que os estudantes sejam conscientizados e levados a
refletir sobre as características e as relações entre fala e escrita, apreendendo, assim,
saberes sobre variedades linguísticas, considerando-as “naturais” na língua, bem
como aprendendo a valorizar textos da tradição oral.
Por isso, tal conscientização deve ser feita através da produção de gêneros
orais, como: seminários, entrevistas, debates, notícia televisiva, ou em atividades
como recitação de poesias e representação teatral. Os alunos podem ainda realizar
entrevistas, assistir a palestras ou mesas-redondas, produzir um jornal falado, com a
leitura de notícias, ou seja, devem estar em contato com uma diversidade de gêneros
orais, em atividades de compreensão e produção. Assim, a escola cumpre seu papel
formador, ampliando a competência discursiva dos estudantes em eventos dos quais
eles, em geral, não participam fora da escola, nas tarefas de vivência e análise
relacionadas à educação linguística.
Para promover a educação linguística nos anos finais do Ensino Fundamental,
além da prática dos gêneros orais de forma mais sistematizada deve-se abordar
temas relacionados à variação linguística, pois a mesma é essencial à compreensão
da linguagem em sua plenitude, assim se propõe: os aspectos do estilo, dos dialetos,
bem como as discussões em torno da noção de erro em linguagem, a pluralidade da
linguagem e da adequação ao contexto.
20
3.2 Eixo Leitura
Na presente proposta tem se como concepção de leitura um ato dialógico que
envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e
ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências,
os seus conhecimentos, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias
vozes que o constituem.
Essa compreensão da leitura que estamos assumindo tem implicações
pedagógicas, relativas a: escolha dos textos; forma como serão conduzidas as
práticas de leitura e arranjo do espaço interativo onde se produzirão as leituras, com
o objetivo da formação de leitores.
No que se refere à escolha dos textos é importante o professor trabalhar com
textos reais, vinculados ao seu contexto de produção, com os quais os estudantes
possam se identificar e assim interagir com o texto. Deve-se ainda proporcionar ao
aluno o contato com grande variedade de gêneros (notícias, artigos de opinião,
receitas, contos, textos de informação, manuais, poemas, etc.) e suportes textuais
(jornais, livros, revistas, sites, blogs, etc.).
Além da seleção dos textos, uma boa formação de leitura precisa incluir: a
análise das formas de organização e dos recursos linguísticos mobilizados pelos
vários gêneros, como também a reflexão em torno de suas condições sociais de
produção. Por isso, o professor além de selecionar bons textos deve conduzir as
práticas de leitura de tal forma que desperte o diálogo do aluno com o texto, em que
o mesmo identifique as possíveis intenções do autor, que são sinalizadas pelas pistas
textuais.
As práticas de leitura devem preocupar-se também com a criação de espaços
espontâneos de leitura, nos quais os estudantes escolham o que ler, a partir da
necessidade e interesses pessoais. Jornais, revistas, livros devem ser
disponibilizados e sua leitura, estimulada, ou seja, a escola deve responsabilizar-se
pela organização e manutenção de espaços interativos, onde os estudantes possam
interagir e desenvolver práticas sociais de leitura.
Ao realizar as práticas sociais de leitura é importante que o professor, como
mediador desse processo, observe se os alunos estão avançando no
desenvolvimento de habilidades linguístico-discursivas, e isso poderá ser verificado
ao interagir com os mesmos em sala de aula, ouvindo as intervenções dos estudantes,
21
suas interpretações, suas dúvidas, suas perguntas e respostas.
3.3 Eixo Escrita
Nesta Proposta, o exercício da escrita é pautado na relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto, um elo de interação social e os
gêneros discursivos são construções coletivas. Entende-se o texto como uma forma
de atuar e de agir no mundo.
Texto (do latim textus, tecido) é toda construção cultural que adquire um
significado devido a um sistema de códigos e convenções: um romance, uma
carta, uma palestra, um quadro, uma foto, uma tabela são atualizações
desses sistemas de significados, podendo ser interpretados como textos.
(KLEIMAN & MORAES, 1999, p. 62)
Atualmente, os conceitos utilizados à definição de texto, ao contrário do
pensamento tradicional difundido pela gramática normativa, orientam-se sob uma
visão enunciativo-comunicativa, na qual se busca ensinar os usos da linguagem ao
invés de análises da língua.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que
se faz a partir de vários elementos, tais como: organização, unidade temática,
coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros. Dessa forma, os textos
orais ou escritos materializam os gêneros do discurso e por essa razão o eixo da
escrita também tem como referência os gêneros textuais, que se originam das
situações de interação entre os sujeitos.
A apropriação dos gêneros textuais acontece no momento em que os alunos
vivenciam situações mediadas pelo texto escrito, sendo levados a refletirem sobre
essas situações, como também a estrutura dos textos nelas produzidos. Os
interlocutores que participam da situação, a intenção comunicativa, o tema a ser
abordado e o suporte no qual se espera que o texto circule são fatores que
determinam a organização do texto e as escolhas sintáticas e lexicais mais
adequadas. Essas escolhas dependerão do domínio de um repertório de gêneros
pelos estudantes, sendo que cabe ao professor estimular a ampliação desse
repertório. (Nessa ampliação é importante estabelecer a diferenciação de cada
gênero, porque, segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 120):
22
[...] cada gênero de texto necessita de um ensino adaptado, pois apresenta
características distintas: os tempos verbais, por exemplo, não são os mesmos
quando se relata uma experiência vivida ou quando se escrevem instruções
para a fabricação de um objeto.
Devido a essa constatação, por cada gênero ser único em suas
características, os autores propõem o trabalho com sequências didáticas como uma
alternativa para a aprendizagem dos gêneros orais e escritos, sendo que para a
realização das sequências é necessário à organização do espaço da sala de aula de
modo a favorecer o contato com os diferentes gêneros textuais e o compartilhamento
das produções dos estudantes.
“É desejável que as sequências didáticas se realizem de modo interlocutivo,
que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstancias de sua produção. Isso
implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme propõe” Geraldi (1997,
p. 41) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para
quem dizer.
Além do trabalho com as sequências didáticas, existem outras formas para
trabalhar o eixo da escrita. Porém, vale ressaltar que é papel do professor a
identificação ou escolha de uma ou outra metodologia de trabalho que seja condizente
com as necessidades dos seus estudantes, mas dentre as escolhas feitas pelo
educador, o mesmo deve considerar que a formação de sujeitos produtores de textos
requer a criação de situações motivadoras para a produção escrita e ainda a
mobilização de recursos para a mesma.
Portanto, nesta proposta se enfatiza que a formação de alunos escritores não
irá se efetivar somente através das aulas de Língua Portuguesa, pois devemos
considerar que os estudantes não escrevem apenas durante as mesmas. Dessa
forma, a tarefa de formar produtores de textos não se restringe a essa disciplina, mas
deve ser compartilhada pelos demais componentes curriculares. O eixo escrita deve
ser objeto de trabalho de todas as disciplinas que compõem o quadro curricular, como
também que oferecem situações didáticas adequadas à produção de vários gêneros:
relatórios, resumos, folhetos explicativos, glossários, etc.
23
3.4 Eixo Análise Linguística
A análise linguística é uma prática didática complementar as práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a
reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que
perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos
ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Esse eixo se respalda no trabalho com a gramática reflexiva. Assim, a prática
de análise linguística não deve se restringir ao estudo das gramáticas “pedagógicas”
que descrevem as regularidades e prescrevem modos de falar e escrever a partir da
consideração de apenas uma das variantes da língua, a “norma padrão”. Ao se
defender uma análise gramatical reflexiva tem-se o intuito de estimular metodologias
voltadas para o estudo das regularidades da língua, compreendida a partir do
fenômeno da variação.
O trabalho a ser realizado em sala de aula é mais amplo que o de ensinar
apenas a gramática da “norma padrão” e, para realizá-lo, a abordagem do texto, e não
da frase isolada e fora de um contexto, ganha centralidade. É no contato com bons
textos e produzidos em contextos de maior ou menor formalidade, nas modalidades
oral e escrita, que os estudantes vão aprender a refletir sobre a língua e sua gramática,
reconhecendo seus usos eficientes e criativos.
A análise linguística deve possibilitar o exercício de refletir sobre o léxico da
língua, sendo que isso se efetiva através das práticas de leitura, escrita e oralidade.
Assim, os estudantes, em contato com textos, avaliam a adequação das escolhas
lexicais, as suas escolhas e as de seus interlocutores, tendo em vista critérios de:
coerência textual, adequação da fala a seus interlocutores e à situação comunicativa,
etc.
Portanto, nos anos finais do Ensino Fundamental, amplia-se a reflexão sobre
a linguagem fazendo-se o uso da análise linguística, em que se propõem a
sistematização de estudos sobre algumas categorias gramaticais, tendo em vista,
sempre, o desenvolvimento de competências de uso da língua.
24
4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA
4.1 Critérios para Seleção e Organização dos Conteúdos
O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino –
Açailândia-MA tem como princípios norteadores para a seleção dos conteúdos a
concordância dos eixos temáticos com os objetivos de aprendizagem. Dessa forma,
os conteúdos estruturantes devem ter os seguintes objetivos:
 Compreender e utilizar a língua falada como instrumento de
manifestação de ideias e pensamentos;
 Adequar a fala às diversas situações comunicativas;
 Ler fluentemente textos de qualquer tipo e gênero textual;
 Compreender a leitura de textos escritos e a escuta dos textos orais;
 Interpretar os textos lidos e posicionar-se criticamente frente a eles;
 Produzir textos (orais e escritos) com coesão e coerência, que sejam
adequados aos objetivos proposto por cada gênero textual;
 Conhecer e utilizar os conhecimentos literários e linguísticos, a fim de
relacionar-se com o mundo de maneira crítica e independente;
 Valorizar as variações linguísticas existentes;
 Distinguir os níveis de registro da língua;
 Ter domínio mais amplo e rico da linguagem verbal, como um recurso
fundamental de interação humana, uma vez que o seu uso se realiza na forma
de discursos, cuja unidade material é o texto.
25
5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA
Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 6º ano
CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO
Eixo: LEITURA
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de leitura,
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos,
histórias em quadrinhos, bilhetes, resumos, textos não verbais
(fotos, imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de
música, charges, dentre outros;
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails,
cartas pessoais, texto instrucional (receitas, bulas e manuais).
1. Processar informações de textos instrucionais para realizar ações por eles orientadas;
2. Reconhecer, em textos instrucionais, a hierarquização de informações que comandam
ações;
3. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as
peculiaridades de cada um deles;
4. Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles;
5. Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos;
6. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos em
que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros).
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de leitura na
fruição de produções literárias, representativas da diversidade
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo:
Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e
7. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;
8. Localizar, numa narrativa, os trechos que apresentam a orientação, a complicação,
o clímax e desfecho;
9. Comparar, numa narrativa, o uso dos tempos verbais: o pretérito perfeito; o
pretérito imperfeito; o pretérito mais que-perfeito e suas funções;
10. Reconhecer, numa narrativa, os diferentes empregos das palavras e expressões
– denotativas e conotativas – no processo de caracterização de cenas de
personagens;
26
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos,
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral;
 Poesia: Poema de verso livre. Poemas de forma fixa —
quadras, sonetos, haicais, cordéis, poemas visuais;
 Entre leitores e leituras: práticas de literatura.
11. Reconhecer, numa narrativa literária, relações de anterioridade e posteridade e na
construção da passagem do tempo;
12. Ler poemas de formas composicionais variadas;
13. Analisar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos;
14. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
destaque para comparação e metáfora;
15. Analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos estabelecem com
outros textos, no nível temático;
16. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos
em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros);
17. Desenvolver as habilidades e estratégias de leitura necessárias à compreensão
dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios, localizar informações
explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos globais do texto, reconhecer
tema, estabelecer relações de intertextualidade etc.);
18. Identificar os elementos que compõem as narrativas literárias, tais como tempo,
espaço, construção dos personagens, foco narrativo, na leitura de textos da literatura
juvenil, africana e indígenas.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de leitura,
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária,
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que
impactam a cidadania e o exercício de direitos;
TEMÁTICAS:
19. Compreender como as notícias se estruturam (título, subtítulo, lide, corpo da
notícia).
20. Identificar recursos linguístico-discursivos de títulos e subtítulos e sua eficácia
na construção do sentido global do texto;
21. Identificar recursos linguístico-discursivos que caracterizam prescrição (uso do
imperativo, por exemplo), na leitura de gêneros que regulam direitos e deveres, como
o regimento da escola;
27
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: artigos,
notícias, textos publicitários, classificados, textos
informativos, revistas, reportagens, cartas do leitor, cartas ao
leitor e editoriais.
22. Analisar o funcionamento e a pertinência de gêneros que regulam direitos e
deveres.
4.CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de leitura de
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a
aprendizagem dentro e fora da escola.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
entrevistas, relatos de experimentos, gráficos e verbetes;
 Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
etc;
 Adequação do discurso ao gênero;
 Tipos de discurso: Discurso direto, discurso indireto e
indireto livre;
 A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos
textos verbais e não verbais
23. Selecionar, em textos didático-expositivos, informações relevantes para atender
a finalidades específicas;
24. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais;
25. Resumir textos didático-expositivos com foco na ideia central.
Eixo: ESCRITA 26. Escrever textos que circulam na internet em situações menos formais, da vida
cotidiana (postagens na internet, e-mails etc.);
27. Refletir sobre a variação linguística nos textos produzidos na/para a internet;
28. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados.
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de produção
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
28
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post
(em blogs e websites), conto popular em prosa e em verso,
conto em prosa poética.
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, na criação e fruição de produções literárias,
representativas da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Estudo de textos literário estruturados em prosa:
autobiografias, crônicas, histórias em quadrinhos- HQs,
animes, mangás e peças teatrais;
 Estudo de texto estruturados em verso: poemas de verso
livre, poemas de forma fixa – quadras, cordéis, poemas
visuais;
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise:
contos, minicontos, lendas, mitos, romances, fábulas,
poemas, letras musicais e gêneros literários orais.
29. Escrever textos autobiográficos a partir de um recorte temático (por exemplo:
bichos, brincadeiras, amizades, família etc.);
30. Utilizar modos verbais (pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito)
adequados à narração de fatos passados em relatos autobiográficos;
31. Produzir textos literários que articulem linguagem verbal e não verbal na
construção da narrativa;
32. Explorar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos e sonoros, na
criação de poemas de versos livres;
33. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos
estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático;
34. Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre partes do
texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização, substituição lexical,
uso de palavras de ligação) e as palavras e expressões que marcam a progressão do
tempo na narrativa, as que estabelecem as relações de causalidade, oposição,
consequência, explicação entre acontecimentos e ideias.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística,
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos.
35. Produzir textos de diferentes gêneros – charges, tirinhas, que conjuguem
linguagem verbal e não verbal sobre fatos e eventos noticiados em diferentes mídias;
36. Produzir notícias sobre tema relevante utilizando de forma adequada os
elementos do gênero (título, subtítulo, lide, corpo da notícia);
37. Estudar a língua e as variações linguísticas: histórica, regional, social e
situacional;
29
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do
leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios,
classificados, panfletos, cartazes;
 Tipologia Textual: narração, descrição e predição;
 O texto narrativo: tipos de narradores, de enredo, de tempo,
os personagens, cenários, discursos e clímax;
 Entrelaçamento da narração com a descrição.
38. Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto;
39. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos
estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático.
4. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de produção
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos
de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas e
documentário.
40. Elaborar roteiros ou protocolos de questões para entrevistas e enquetes sobre
temas em estudo;
41. Transcrever respostas de entrevistas, retextualizando o texto oral para a escrita.
Eixo: ORALIDADE 42. Recontar o enredo de narrativas literárias menos extensas como contos, crônicas,
lendas, fábulas, mitos, em rodas ou círculos de leitura;
43. Reconhecer pela escuta atenta os diferentes momentos do enredo de narrativa
recontada em rodas ou círculos de leitura;
44. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade
de cada um;
45. Produzir e compreender os gêneros orais, em articulação com textos escritos,
considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação das situações de
interação;
1. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de escuta,
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística,
que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
30
 Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura,
narrativas de mistério/ suspense, romances, autobiografias,
novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs,
mangás, peças teatrais;
 Transmissão oral de causos, notícias, avisos, anúncios e
convites;
 Produção oral de pequenas histórias, recital de poemas,
dramatização de histórias e declamação de quadrinhas.
46. Desenvolver estratégias e habilidades de leitura;
47. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita,
fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento,
grafismos), dentre outras linguagens.
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de escuta e
produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das
esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e
reivindicatória, contemplando temas que impactam a
cidadania e o exercício de direitos.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes,
depoimentos e comentários;
 Debate de temas polêmicos: amizade, valores éticos e
morais, relação do ser humano e o meio ambiente, etc.
 Apresentação oral de notícias veiculadas a jornais, revistas,
televisão, rádio e internet.
48. Identificar as informações principais numa notícia ouvida;
49. Responder oralmente, ou sinalizar, a perguntas, fóruns ou enquetes, justificando
posicionamentos e adequando o vocabulário às condições de comunicação;
50. Planejar a fala, em interações que exigem defesa de pontos de vista, mobilizando
a capacidade de construir argumentos em situações que demandam atitude
responsiva;
51. Relatar oralmente o conteúdo de notícias veiculadas em jornais, revistas,
televisão, rádio, internet, exercitando a capacidade de selecionar e resumir.
3. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de escuta e
produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer
os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação
científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da
escola.
TEMÁTICAS:
52. Compreender a estrutura dos gêneros expositivos e argumentativos;
53. Apresentar oralmente resultados de estudos apoiando-se em roteiros ou
protocolos de questões relacionadas aos gêneros expositivos e argumentativos.
31
 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de
trabalhos e exposição oral.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 54. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico
e variável;
55. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
56. Compreender a fala como instrumento e manifestação cultural de um povo;
57. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade
de cada um;
58. Reconhecer e analisar relações de sinonímia, antonímia, homonímia em textos
diversos;
59. Constituir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem
e sobre o sistema linguístico, relevantes para as práticas de escuta, leitura e
produção de textos;
60. Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar
o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e
secundárias;
61. Compreender e aplicar a pontuação como forma de segmentação de frases e
parágrafos e a pontuação em textos com uso dos discursos direto e indireto;
62. Identificar o efeito de sentido produzido no texto, decorrente da exploração de
recursos ortográficos ou morfossintáticos;
63. Identificar e diferenciar os modos e os tempos verbais, percebendo os
significados assumidos por eles dentro dos textos.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma
são construídos e mobilizados na leitura e produção de textos.
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação
de regularidades e na compreensão das convenções.
TEMÁTICAS:
 Língua e linguagem;
 Variedades Linguísticas;
 Regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos,
jargões e gírias;
 Linguagem e cultura;
 A língua falada como símbolo de cultura e identidade;
 Processos de interação e comunicação social;
 O uso da linguagem nas mais diversas ocasiões sociais e
suas estratégias de aplicação;
 SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário;
 Linguagem figurada - denotativa e conotativa;
 FONOLOGIA: Fonema e letra; sílaba; divisão silábica e
acentuação tônica; encontro vocálico, encontro consonantal,
dígrafo;
 PONTUAÇAO: vírgula, ponto e vírgula, ponto, dois pontos,
exclamação e interrogação;
 A organização do texto em frases e os sinais de pontuação;
 A pontuação em textos que fazem uso do discurso direto e
indireto;
 Categorias morfossintáticas: substantivo, pronome,
adjetivo, artigos, numeral, verbo preposição, interjeição e
conjunção;
32
 SINTAXE: frase e oração;
 Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado;
 Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação e recursos gráficos (sinais de
pontuação);
 ORTOGRAFIA: Palavras homófonas e homógrafas;
 Grafia das palavras: com ‑r ou ‑ rr;
 Grafia das palavras: com ‑ão ou ‑ am;
 Grafia das palavras: com s ou z?;
 As terminações ‑ ês/-esa e ‑ ez/‑ eza.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 7º ano
CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO
Eixo: LEITURA
33
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de leitura,
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails,
cartas pessoais, texto instrucional (manual, guia, receita, etc.);
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos,
HQs, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos
publicitários, classificados, textos informativos, revistas,
cartas pessoais, bilhetes, resumos, textos não verbais (fotos,
imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de música,
charges, dentre outros.
1. Analisar aspectos linguísticos e textuais de novas formas de escrita da internet, em
registro informal, que vêm se denominando “internetês”;
2. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as
peculiaridades de cada um deles;
3. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados;
4. Realizar aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto
no qual o texto está inserido.
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de leitura na
fruição de produções literárias, representativas da diversidade
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo:
Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos,
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral;
 Poesia;
 Poema de verso livre;
 Poemas de forma fixa - quadras, sonetos, haicais, cordéis,
poemas visuais;
 Abordagem e contextualização do tema; discussão do
conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das
relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação
dos tempos (cronológico e psicológico), bem como da
utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de
assuntos.
5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;
6. Analisar as escolhas lexicais envolvidas na construção de cenas e personagens de uma
narrativa;
7. Ler poemas de gêneros variados;
8. Analisar efeitos produzidos por recursos expressivos como rimas, aliterações,
assonâncias na leitura de poemas;
9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
destaque para personificação e a metonímia;
10. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem
intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos;
11. Relatar oralmente o enredo de obras literárias mais extensas, como novelas e
romances, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de leitura,
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária,
12. Analisar criticamente informações que constituem o lide (o quê, quem, onde, quando,
como, por quê) em notícias que circulam em diferentes mídias;
34
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que
impactam a cidadania e o exercício de direitos.
TEMÁTICAS:
 Leitura, reflexão e análise de alguns gêneros textuais deste
campo: notícias, reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor,
artigos de opinião e editoriais;
 Leitura compreensiva, interpretativa e ampliação vocabular
referente a letras de músicas.
13. Identificar, em notícias, recursos linguístico-discursivos responsáveis pela ordenação
dos eventos;
14. Reconhecer os efeitos de sentido produzidos pelo uso de recursos linguístico-
discursivos da prescrição e as relações de causalidade na leitura de gêneros que regulam
direitos e deveres, como o regimento da escola, discutindo sobre suas implicações sociais;
15. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
dentre outras linguagens.
4. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de leitura de
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a
aprendizagem dentro e fora da escola.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos,
infográficos, tabelas, verbetes.
 Diferenciação entre as partes principais e secundárias de
um texto.
 Elementos que constituem cada gênero textual e suas
especificidades.
16. Compreender recursos linguístico-discursivos próprios das sequencias descritivas e
expositivas, em gêneros didático-expositivos, como verbetes de dicionários, textos de
divulgação cientifica, infográfico, etc.;
17. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais;
18. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu
repertório linguístico, em situações de fala e escrita.
Eixo: ESCRITA 19. Comparar os diferentes modos de comunicação e formas de interlocução em textos
produzidos para/na internet;
20. Utilizar o “internetês” e refletir sobre as regras desse tipo de linguagem da internet;
21. Conhecer as características de cada gênero textual;
22. Reconhecer os elementos da narrativa, especialmente narrador, enredo e clímax;
23. Identificar o papel da descrição no texto narrativo.
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de produção
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post
(em blogs e websites), conto, crônica, reportagem, poema,
artigo de opinião, mito e lenda;
 Tipologia Textual: narração e descrição.
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, na criação e fruição de produções literárias,
24. Produzir pequenos contos de suspense, de mistério, de terror, de humor;
25. Empregar conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história;
35
representativas da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise:
autobiografias, crônicas, animes, mangás, peças teatrais,
HQs, contos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas,
letras musicais, memórias literárias;
 Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa –
quadras, cordéis, poemas visuais.
26. Introduzir vozes de personagens, fazendo uso de discurso direto, indireto ou indireto
livre;
27. Estruturar o texto de modo a contemplar as suas partes como a complicação, o clímax
e o desfecho;
28. Explorar cadência, ritmos e rimas, na criação de poemas da literatura popular e/ou
juvenil como o cordel e o rap;
29. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários
propostos;
30. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos:
aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística,
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do
leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios,
classificados, panfletos, cartazes;
 Produção escrita de propaganda e anúncios.
31. Produzir textos com linguagem adequada e estrutura pertinente ao gênero, que
apresentem encaminhamentos para resolução de problemas que afetam a vida comum;
32. Justificar posicionamentos utilizando vocabulário pertinente e estruturas sintáticas
adequadas à situação de comunicação na produção de gêneros reivindicatórios, por
exemplo, carta do leitor;
33. Relacionar imagem e texto verbal na produção de anúncio publicitário;
34. Utilizar adequadamente estratégias discursivas de convencimento na produção de
textos publicitários.
4. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de produção
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola;
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos
de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas,
documentário, textos visuais, publicitários, notícias, anúncios,
receitas, texto injuntivo, relato de memória e de experiências,
diário, biografia e autobiografia.
35. Organizar esquematicamente informações oriundas de pesquisas sobre tema em
estudo;
36. Elaborar quadros, tabelas ou gráficos para a compreensão de temas em estudo a serem
apresentados, com ou sem apoio de ferramentas digitais;
37. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o
contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos.
Eixo: ORALIDADE
38. Recontar o enredo de narrativas literárias mais extensas como novelas e romances da
literatura juvenil, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa, a ambientação, as
características físicas e psicológicas dos personagens, etc;
1. CAMPO LITERÁRIO
36
Relativo a participação em situações de escuta,
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística,
que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura,
narrativas de mistério/suspense, romances, autobiografias,
novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs,
mangás, peças teatrais;
 Contação de histórias: conto popular;
 Transmissão oral de contos, notícias, propagandas,
anúncios;
 Declamação de poesias.
39. Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar práticas utilizando
diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate, entrevista, debate regrado,
exposição oral), assim como desenvolver escuta atenta e crítica em situações variadas.
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de escuta e produção
oral/ sinalizada, especialmente de textos das esferas
jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória,
contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício
de direitos.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes,
depoimentos, comentários e debate;
 Interpretação de bulas, telegramas, ilustrações, tiras, textos
visuais e verbais, etc.;
 Transmissão oral de contos, notícias, propagandas,
anúncios;
 Apresentação de poesias, propagandas, notícias de jornal e
reportagens;
 Jornal falado contemplando os temas integradores.
40. Examinar a seleção vocabular e as diferentes formas de expor argumentos na escuta
de respostas a perguntas em entrevistas ou enquetes;
41. Construir argumentos coerentes, planejando e monitorando a fala/sinalização,
adequando-a à participação em interações que envolvam a resolução de situações-
problema;
42. Verbalizar, frente às questões levantadas, opiniões e conhecimentos;
43. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
dentre outras linguagens.
3. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de escuta e produção
oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer os
gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação
44. Apresentar oralmente resultados de estudos com apoio de quadros, tabelas ou gráficos,
com ou sem o uso de recursos das novas tecnologias da informação e comunicação;
45. Ler textos em voz alta, bem como realizar debates de ideias.
37
científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da
escola.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de
trabalhos, exposição oral e seminário;
 Debater sobre temas polêmicos: valores éticos e morais,
consumismo, o bulling, etc.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 46. Posicionar-se em relação a situações de fala planejada, quanto ao uso de vocabulário
e de estruturas sintáticas mais complexas;
47. Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na sociedade,
combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem na e pela linguagem,
sobre as relações entre fala e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e
utilizar estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas produções;
48. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e
variável;
49. Refletir sobre a variação de registro e sobre a variação regional e social da língua;
50. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
51. Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido
dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias;
52. Reconhecer e analisar a ambiguidade como recurso semântico na produção de efeito
de sentido;
53. Compreender figuras de linguagem, com destaque para, personificação e a metonímia;
54. Reconhecer que, na metáfora, uma palavra de determinado campo semântico é usada
em outro campo, e, na metonímia, um termo é usado no lugar de outro, por haver, entre
ambos, uma relação de proximidade, pertencimento e dependência;
55. Reconhecer e identificar em texto as figuras de pensamento hipérbole, personificação,
sinestesia e ironia;
56. Reconhecer a função de palavras e suas flexões (pronomes, artigos, numerais,
preposições, advérbios);
57. Reconhecer que é possível usar a linguagem figurada em qualquer tipo de texto, embora
ela seja mais adequada em textos publicitários e, principalmente, literários;
58. Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas
de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno
condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais;
59. Compreender a estrutura básica da sentença simples (ou período simples): a noção de
sujeito e predicado, que contribui para a compreensão crítica dos usos e normas da sintaxe
de concordância verbal;
60. Entender o conceito de predicado e seus tipos dentro do contexto de cada oração;
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são
construídos e mobilizados na leitura e produção de textos.
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação
de regularidades e na compreensão das convenções.
TEMÁTICAS:
 Gêneros discursivos orais e suas peculiaridades;
 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A língua portuguesa no Brasil:
Uma língua com inúmeras variações regionais;
 Língua falada e língua escrita;
 Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição e
semântica;
 SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário;
 Polissemia (mesma palavra, outro sentido e contexto);
 Polissemia e sentido literal;
 Ambiguidade;
 Figuras de linguagem I ‑ metáfora e metonímia;
 Metáfora (misturando contextos);
 Metonímia (novos sentidos dentro do mesmo contexto);
 Figuras de linguagem II: hipérbole, personificação,
sinestesia e ironia;
 REVISÃO CLASSES GRAMATICAIS: substantivo, artigo,
numeral, pronome, advérbio, verbo, interjeição, conjunção,
preposição e adjetivo;
 SINTAXE: Termos que aparecem na construção da oração
I – Sujeito e Predicado;
 Sujeito e sua relação com o verbo: construindo o conceito
de sujeito;
38
 Tipologia do Sujeito: simples, composto, desinencial,
indeterminado e oração sem sujeito;
 Construindo o conceito de predicado;
 Tipologia do predicado: verbal, nominal e verbo-nominal;
 Termos que aparecem na construção da oração II:
complementos verbais;
 Objeto direto e objeto indireto;
 Predicativo do objeto;
 Verbos intransitivos;
 Verbos transitivos diretos e indiretos;
 ORTOGRAFIA: Acentuação das palavras: oxítonas e
monossílabos terminados com ditongos abertos;
 Acentuação das palavras: i e u tônicos em hiatos;
 Questões ortográficas: por que, porque, por quê e porquê;
 PONTUAÇÃO: O uso da vírgula: noções básicas;
 O uso da vírgula: vocativo.
61. Compreender quais são os complementos verbais e sua função de completar o sentido
do verbo;
62. Analisar como os complementos verbais se articulam com o verbo, sem preposição
(objeto direto), ou por meio de preposição (objeto indireto);
63. Reconhecer que os complementos verbais podem ter predicativo: o predicativo do
objeto;
64. Estudar e compreender a acentuação das palavras de acordo com as regras
gramaticais.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
39
Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 8º ano
CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO
Eixo: LEITURA
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de leitura,
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: e-mails,
cartas pessoais, relatos, histórias em quadrinhos, receitas,
bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários,
classificados, textos informativos, revistas, bilhetes, e-mails,
resumos, textos não verbais (fotos, imagens), contos, lendas,
fábulas, poemas, letras de música, charges, dentre outros.
1. Analisar e comparar argumentos e opiniões em comentários de posts publicados em
redes sociais;
2. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
dentre outras linguagens.
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de leitura na
fruição de produções literárias, representativas da diversidade
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo:
 Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos,
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral.
 Poesia:
 Poema de verso livre,
 Poemas de forma fixa — quadras, sonetos, haicais, cordéis,
poemas visuais.
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise:
romances, letras de músicas e paródias.
3. Ler gêneros diversos de narrativas literárias da literatura brasileira e mundial;
4. Analisar o tipo de narrador (em primeira pessoa – personagem, protagonista, testemunha
ou terceira pessoa – onisciente, observador) em narrativas literárias e as diferentes vozes
presentes na narrativa;
5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;
6. Ler poemas da literatura brasileira e mundial;
7. Comparar variados gêneros de poemas (cordel, poesia concreta, lira, soneto, dentre
outros);
8. Analisar imagens poéticas construídas pelo uso de comparações, metáforas e
metonímias;
9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
destaque para a hipérbole e a ironia;
10. Ler poemas da literatura brasileira e mundial;
11. Comparar diferentes gêneros de poemas, identificando elementos socioculturais
envolvidos na sua produção;
12. Analisar os efeitos de sentido decorrentes da articulação entre forma – dimensão sonora
e imagética – e conteúdo – dimensão semântica – em poemas;
13. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
destaque para a ironia, a antítese, o paradoxo;
14. Analisar, em textos literários narrativos e poéticos, a ocorrência da intertextualidade em
aspectos da estrutura composicional e do estilo;
40
15. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários
propostos;
16. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem
intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos;
17. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos:
aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de leitura,
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária,
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que
impactam a cidadania e o exercício de direitos.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: notícias,
reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor e editoriais;
 Tipologia textual: descrição, narração breve e longa, artigo
de divulgação científica e artigo de opinião.
18. Reconhecer argumentos e contra-argumentos em artigo de opinião;
19. Analisar a organização textual (artigos, incisos, capítulos etc.) e a seleção lexical e
morfossintática, na leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente, avaliando suas
implicações para o exercício da cidadania e a vida e sociedade;
20. Relatar oralmente o enredo de textos da dramaturgia, reconstituindo verbalmente a
sequência narrativa.
4. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de leitura de
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a
aprendizagem dentro e fora da escola.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos,
infográficos, tabelas, verbetes;
 Debate sobre condições culturais, sociais e políticas em que
os textos são produzidos e as diferentes posições, opiniões e
posicionamentos em relação a um mesmo assunto ou tema
de um ou de textos comparados;
 Gênero e tipologia textual: textos visuais, verbais e
composições musicais.
21. Reconhecer a função da hierarquização de tópicos em textos didático-expositivos;
22. Relacionar os tópicos de textos didático-expositivos;
23. Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no
qual o texto está inserido;
24. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu
repertório linguístico;
25. Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas;
informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos.
Eixo: ESCRITA 26. Escrever cartas, e-mails, posts para redes sociais ou blogs, em situações/interlocuções
mais formais;
27. Refletir sobre o endereçamento dos textos e sobre as escolhas linguísticas adequadas
à interlocução proposta;
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
Relativo a participação em situações de produção
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
41
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
e-mails, cartas, post (em blogs e websites);
 Resumo de narrativas;
 Escrita da sequência narrativa e descritiva;
 Elementos da narrativa: Personagens, Tempo, Espaço,
Ação e Narrador;
 Momentos da narrativa: Situação inicial, Conflito, Clímax do
conflito e Desfecho.
28. Produzir textos narrativos coesos e coerentes, empregando adequadamente
marcadores de tempo, tempos verbais e elementos próprios da descrição e narração.
2. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, na criação e fruição de produções literárias,
representativas da diversidade cultural e linguística, que
favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo;
 Prosa: autobiografias, contos, minicontos, lendas, fábulas,
crônicas, HQs, animes, mangás e peças teatrais;
 Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa –
quadras, cordéis, poemas visuais;
 Estudo de textos literários estruturados em prosa;
 Produção de memórias literárias;
 Estudo de textos literários estruturados em verso;
 Produção Textual: romances, descrição, narração breve e
longa.
29. Adaptar textos literários para encenação teatral, empregando, com adequação, rubricas,
narração e falas de personagens;
30. Empregar com adequação variedades linguísticas (dialetos, regionalismos, gírias,
registro formal/informal) nas falas de personagens;
31. Produzir releituras de obras literárias de diferentes gêneros;
32. Usar figuras de linguagem como comparações, metáforas e metonímias na criação de
poemas que tratem de temáticas de interesse dos jovens, como amor, amizade, aventuras,
desafios, mundo virtual, conflitos geracionais etc;
33. Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários;
34. Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de produção
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística,
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos.
TEMÁTICAS:
35. Utilizar argumentos e contra-argumentos que apontem com clareza a direção
argumentativa que se quer defender em artigo de opinião;
36. Empregar elementos de coesão que marquem relações de oposição, contraste,
exemplificação, ênfase, coerentes com o posicionamento sobre o tema;
37. Conjugar elementos verbais e visuais, exercitando a capacidade de concisão da
linguagem, na produção de texto publicitário, por exemplo, uma campanha educativa.
42
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges,
propagandas, anúncios, classificados, panfletos e cartazes.
4. CAMPO INVESTIGATIVO
Relativo a participação em situações de produção
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola.
TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos,
tabelas, documentário, artigo de opinião e artigo de
divulgação científica;
 O texto dissertativo: tese, intenção do autor, argumentos,
contra-argumento e conclusões.
38. Elaborar infográfico para a visualização/exposição de temas de estudo, por meio de
elementos verbais e visuais;
39. Produzir gêneros textuais argumentativos, como artigo de opinião, carta do leitor, carta
aberta, editorial, empregando de forma adequada operações de referenciação textual
(anafórica e catafórica) e conectivos na articulação entre as partes do texto;
40. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o
contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
circulação, suportes) e os aspectos discursivos composicionais e linguísticos;
41. Produzir textos dissertativos, a fim de defender opiniões e pontos de vista;
42. Mobilizar diferentes tipos de argumentos, como explicação, exemplificação, voz de
autoridade, comprovação cientifica etc., na participação em debates sobre problemas que
demandam uma solução.
Eixo: ORALIDADE 43. Dramatizar ou encenar peças teatrais utilizando entonações adequadas à
caracterização dos personagens;
44. Conhecer e trabalhar com os gêneros discursivos da oralidade.
1. CAMPO LITERÁRIO
Relativo a participação em situações de escuta,
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística,
que favoreçam experiências estéticas.
TEMÁTICAS:
 Exposição oral de alguns gêneros deste campo: narrativas
de aventura, narrativas de mistério/suspense, romances,
autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos,
crônicas, HQs, mangás e peças teatrais;
 Gêneros discursivos orais;
 Dramatização de obras literárias.
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO
Relativo a participação em situações de escuta e
produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das
esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e
45. Identificar e analisar os posicionamentos defendidos e refutados na escuta de gêneros
como entrevista, debate, televisivo, debate em redes sociais, dentre outros;
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Ensino de Língua Portuguesa no Currículo Referência para os Anos Finais do Ensino Fundamental

  • 2. 2 APRESENTAÇÃO A atual realidade social, no que tange a industrialização e urbanização de uso da escrita e dos meios de comunicação eletrônicos tem exigido dos estudantes cada vez mais a necessidade de inserção neste crescente mundo do conhecimento. O eixo dessa discussão centra-se principalmente no domínio da leitura e da escrita com foco no desenvolvimento das diferentes linguagens. Devido a isso, objetiva-se estimular os estudantes a utilizarem a linguagem nas mais variadas situações de uso e manifestações, visto que o domínio da língua materna nessa perspectiva é fundamental para que se possa adquirir o conhecimento também nas demais áreas. O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Pública Municipal de Ensino – Açailândia - MA, destinado aos Anos Finais do Ensino Fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano, foi elaborado com o objetivo de ser um instrumento pedagógico facilitador nesse processo, em que se tem ainda a intenção de abandonar práticas pautadas na mera transmissão de conhecimentos gramaticais, que se afastam da realidade vivenciada por nossos alunos. Almeja-se, que as proposições no ensino da Língua, aqui apresentadas possam fortalecer o fazer didático na sala de aula, tornando prazeroso o ato de aprender e que os estudantes sejam vistos como sujeitos capazes de mudar a sua realidade, minimizando as desigualdades sociais e assim favorecendo a construção de uma sociedade mais justa. Assim sendo, deve-se enfatizar as contribuições significativas dessa proposta para o aprendizado dos discentes, como também para o aperfeiçoamento das práticas de ensino. Para tal ação, é que se apresenta esse suporte pedagógico voltado para o aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem por meio de aulas significativas associadas às práticas sociais dos educandos. “A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos”. ( Louis Hjelmslev) Maria de Fátima Ribeiro Barbosa Técnica em Assuntos Educacionais - Língua Portuguesa
  • 3. 3 1 A TRAJETÓRIA, CARACTERIZAÇÃO, PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA 1.1 A Língua Portuguesa no Ensino Fundamental - Anos Finais Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística, são condições de possibilidade de plena participação social. Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura. (BRASIL, 1998, p.19). O homem é um ser de linguagens, as quais são partes fundamentais da cultura humana. Assim, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2ª versão/2016, prevista na Constituição, para o Ensino Fundamental, cabe à área de Linguagens uma importante tarefa da Educação Básica, que é transversal a todos os componentes: garantir o domínio da escrita, envolvendo a alfabetização, entendida como compreensão do sistema de escrita alfabético-ortográfico, e o domínio progressivo das convenções da escrita, para ler e produzir textos em diferentes situações de comunicação. A tarefa do letramento, que diz respeito à condição de participar das mais diversas práticas sociais permeadas pela escrita, abrange a construção de saberes múltiplos que permitam aos estudantes atuarem nas modernas sociedades tecnológicas, cada vez mais complexas também em relação às suas formas de comunicação. Essa atuação requer a autonomia de leitura nos diversos campos e suportes, como também preparo para produzir textos em diferentes modalidades, adequados aos propósitos e às situações de comunicação em que os sujeitos se engajam. Nesse contexto, dentro da área de linguagens temos o ensino de Língua Portuguesa, que se propõe a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética, pois o domínio da língua materna revela-se ser fundamental para o acesso às demais áreas do conhecimento. O desenvolvimento do saber linguístico implica: leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens (literária, visual, etc.), como formas de compreensão do mundo. A partir desses pressupostos, onde se reconhece a importância da linguagem faz-se necessário ressaltar que historicamente o ensino de Língua Portuguesa até
  • 4. 4 meados do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal, limitava-se à alfabetização. Os poucos que prolongavam a sua escolarização passavam diretamente à aprendizagem de: gramática latina, retórica e poética. A Reforma feita pelo Marquês de Pombal, em 1759, torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa. Essa instrução passa a seguir a tradição do ensino do latim, ou seja, começa a ser vista como o ensino da gramática do português, porém até o final do século XIX, encontramos ainda o ensinamento de retórica e da poética. Gramática, Retórica e Poética eram, pois, as disciplinas nas quais se fazia o ensino da Língua Portuguesa até o fim do Império. A disciplina de Gramática, ainda no século XIX, passa a ser chamada “Português”, sendo criado o seu cargo correspondente: “Professor de Português”. Mudar de nome, no entanto, não significou modificar o objetivo: essa disciplina manteve, até a metade do século XX, a tradição da gramática, da retórica e da poética. Fatores externos levaram à democratização do ensino, tais como: os filhos dos trabalhadores chegam à sala de aula nas décadas de 50 e 60, mas do ponto de vista interno, poucas mudanças ocorreram, pois, a língua continuou a ser concebida como um sistema centrado na gramática vista como um instrumento para atingir fins retóricos e poéticos. A pedagogia tecnicista, introduzida no Brasil no início da década de 70, tinha como proposta o ensino de Língua Portuguesa pautado na visão pragmática e utilitária, “diminuindo o papel dos conteúdos do conhecimento e pulverizando o caráter político-filosófico das organizações escolares” (Silva, 2005, p. 23). Ainda nessa década, estudos de Linguística começam a visitar o ensino de língua materna, em especial: Sociolinguística, Análise do Discurso, Semântica, Pragmática e Linguística Textual. Tais teorias serviram para questionar a validade do ensino de gramática, tal qual se apresentava nas escolas brasileiras e assim começaram a pressionar as instituições escolares rumo a mudanças significativas, que nem sempre foram devidamente compreendidas ou aplicadas na sala de aula. Começa a surgir à preocupação com um ensino organizado a partir de duas vias inseparáveis: como objeto e como meio para o conhecimento, ou seja, na mesma medida em que deveria se apresentar como matéria a ser analisada, minuciosamente, proporcionaria ao sujeito a construção e compreensão de conhecimentos do mundo. E, por isso mesmo, já não poderia ser pensada de modo fragmentado, como mera decodificação de conteúdos e reprodução de ideias, desconsiderando as experiências
  • 5. 5 de vida de seus interlocutores, não levando em conta seus conhecimentos prévios e a legitimidade de seu saber, descontextualizando o ensino no exercício mecânico e repetitivo, desvirtuando a gramática ao valorizar regras específicas em detrimento de muitas outras existentes. A partir da década de 1980, o repensar sobre o ensino de Língua Portuguesa apontou para uma atenção especial ao trabalho realizado nas salas de aula. Nas discussões curriculares sobre o mesmo, os Parâmetros Curriculares Nacionais, no final da década de 1990, demonstram uma reflexão acerca dos usos das linguagens oral e escrita. No entanto, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução de conceitos poucos reconhecidos pelos professores como: habilidades e competências, que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho. Apresentam, assim, a leitura de forma utilitarista e uma abordagem meramente conceitual da Literatura no Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino da Língua e Literatura, requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, em que não se separa o estudo da linguagem e literatura, do estudo referente ao homem em sociedade, pois o mesmo é um ser sociável, que pode participar ativamente da sua cultura, no mundo em que vive. Desse modo, sob o ponto de vista das novas perspectivas relacionadas ao ensino da língua materna, a elaboração do Currículo Referência de Língua Portuguesa, da Rede Municipal de Ensino – Açailândia – MA, prioriza atividades metodológicas que considerem as linguagens não somente como formas de comunicação e expressão, mas como “ferramentas” que auxiliam na significação e na formação de conhecimentos e valores, visto que são elas as responsáveis pela concreta manifestação ideológica dos indivíduos e dos grupos sociais. Considerando tais concepções, pensa-se no desenvolvimento de aulas que instauram os indivíduos como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se reconstroem discursivamente. Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, pois o mesmo deve estudar a língua como uma atividade social, sendo espaço de interação entre pessoas, em um determinado contexto de comunicação, que implica a compreensão da enunciação como eixo central de todo o sistema linguístico e ainda a importância do letramento, em função das relações que cada pessoa mantém em seu meio, para que assim ela seja capaz de participar ativamente da sociedade na qual está inserida.
  • 6. 6 1.1.1Propósitos Gerais do Ensino de Língua Portuguesa Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Nos anos finais do Ensino Fundamental, os/as estudantes se encontram diante de mudanças significativas decorrentes da passagem da infância para a juventude, de desafios escolares de maior complexidade (pensamento algébrico, categorizações mais sofisticadas) e da participação em novos campos de atuação. Isso requer uma leitura de mundo mais abrangente e o contato com gêneros textuais acadêmicos, que circulam em esferas da vida social nas quais o jovem começa a transitar. (BRASIL, 2015, p.33) A contribuição da área de linguagens, especialmente da disciplina de Língua Portuguesa, para os anos finais do Ensino Fundamental requer novas mediações e o aprofundamento em novos letramentos, visto ser essencial considerar as culturas juvenis, bem como o contato com as expressões literárias, artísticas e corporais mais complexas, ampliando o repertório de obras e autores conhecidos e de vivências significativas com outras línguas e culturas. As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica apontam a Língua Portuguesa como componente transdisciplinar, ao afirmar que “o conhecimento próprio da disciplina [...] está para além dela” (BRASIL, 2013, p. 28). Através da linguagem – capacidade humana realizada sob a forma de signos verbais, gestuais, imagéticos, dentre outros – os sujeitos se constituem, constroem identidades, produzem conhecimento e agem de forma crítica no mundo. Dessa forma, o presente documento, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular, apresenta os seguintes objetivos gerais para o ensino de Língua Portuguesa:  Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar práticas utilizando diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate, entrevista, debate regrado, exposição oral), assim como desenvolver escuta atenta e crítica em situações variadas;  Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos;  Desenvolver estratégias e habilidades de leitura - antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos, elaborar inferências, localizar informações, estabelecer relações de intertextualidade e
  • 7. 7 interdiscursividade, apreender sentidos gerais do texto, identificar assuntos / temas tratados nos textos, estabelecer relações lógicas entre partes do texto que permitam ler, com compreensão, textos de gêneros variados, sobretudo gêneros literários;  Valorizar diferentes identidades sociais, lendo a apreciando a literatura das culturas tradicional, popular, afro-brasileira, africana, indígena e de outros povos e culturas;  Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na sociedade, combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem na e pela linguagem, sobre as relações entre fala e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e utilizar estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas produções;  Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre partes do texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização, substituição lexical, uso de palavras de ligação) bem como as palavras e expressões que marcam a progressão do tempo na narrativa, as que estabelecem as relações de causalidade, oposição, consequência, explicação entre acontecimentos e ideias;  Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens. É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino, que se inicia na alfabetização e consolida-se no decurso da vida acadêmica, não se esgotando no período escolar, mas estendendo-se por toda a sua vida. Diante de tal perspectiva, toda a reflexão sobre a Língua, somente tem sentido se considerar como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso do idioma materno. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem à linguagem escrita, abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras linguagens, percebendo suas práticas sociais e especialidades.
  • 8. 8 No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento, como unidade básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso do referido idioma. Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais possibilidades se têm de entender o texto como material verbal carregado de intenções e visões de mundo. Segundo Andrade (1995 p. 63), “o trabalho com o texto surge como possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura inter locutiva com seu aluno, construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a aprendizagem da língua escrita”. 1.2 Objetivos de Aprendizagem do Ensino de Língua Portuguesa Os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa estão organizados segundo a Base Nacional Comum Curricular. Assim, no que diz respeito às práticas e aos conhecimentos de linguagem, os objetivos se formam em cinco eixos. São eles: apropriação do sistema de escrita alfabético/ortográfico e de tecnologias da escrita, oralidade, leitura, escrita e análise linguística, sendo este último transversal aos demais. Esses eixos contribuem para desenvolver o letramento em todas as áreas do conhecimento, pois é por meio de seu aprendizado que o estudante poderá interagir em diferentes situações, lendo, escrevendo, ouvindo e falando. 1.2.1 Apropriação do Sistema de Escrita Alfabético/Ortográfico e de Tecnologias da Escrita O eixo apropriação do sistema alfabético de escrita tem um papel de centralidade somente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que o mesmo reúne objetivos relacionados à apropriação do sistema de escrita alfabética e da norma ortográfica e contempla o conhecimento das letras do alfabeto, a compreensão dos princípios de funcionamento do sistema e o domínio das convenções que regulam a correspondência entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a levar os estudantes a ler e a escrever palavras e textos.
  • 9. 9 1.2.2 Oralidade As práticas de oralidade na escola foram por muito tempo tratadas como secundárias e realizadas de forma inadequada, pois o objetivo das aulas de Língua Portuguesa sempre foi aprender e aperfeiçoar a escrita pelo caminho da norma gramatical. Porém, neste Currículo Referência concebemos a língua como: prática social, uma construção histórica e um meio através do qual a interação social entre sujeitos acontece. Portanto, é um consenso no ensino de Língua Portuguesa que precisamos ampliar a competência comunicativa dos estudantes e que ler e escrever são habilidades centrais nesse processo. Em função disso, a oralidade também deve ser abordada no ensino, constituindo um dos eixos do trabalho com a linguagem, visto que a vida em sociedade requer certos conhecimentos para que o cidadão atue em uma diversidade de situações escolares e extraescolares permeadas pela linguagem, via modalidade oral. Dessa forma, segundo a BNCC, neste eixo quatro dimensões se destacam:  Produção e compreensão de gêneros orais, em articulação com textos escritos, considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação das situações de interação;  Relações entre fala e escrita, levando-se em conta o modo como as duas modalidades se articulam nas práticas de linguagem, as semelhanças e as diferenças entre modos de falar e de registrar o escrito e os aspectos sociodiscursivos, composicionais e linguísticos;  Oralização do texto escrito, considerando-se as situações sociais em que tal tipo de atividade acontece e os aspectos multimodais dos textos;  Valorização dos textos de tradição oral, levando-se em consideração a importância das reflexões relativas aos sentidos e às práticas sociais em que tais textos surgem e se perpetuam. Essas dimensões devem ser organizadas ao longo das etapas de escolarização, sendo sempre presentes nos objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa, em que tais práticas de oralidade levam ao desenvolvimento de modos de agir em situações mais públicas: interações entre os colegas de turma, apresentações para a comunidade escolar e intercâmbios em outras esferas sociais. Dentro desse eixo deve-se favorecer a formação literária com o objetivo de se
  • 10. 10 garantir a continuidade do letramento literário, iniciado na Educação Infantil. É através da literatura que se constituem subjetividades, expressam-se sentimentos e emoções de modo particular e nesse processo a formação de leitores literários envolve uma reflexão sobre a linguagem, o que implica o reconhecimento de procedimentos voltados para a elaboração textual e uma consciência das escolhas estéticas envolvidas na construção dos textos. 1.2.3 Leitura Saber ler é condição fundamental para o exercício da cidadania e para a construção de um posicionamento mais autônomo no mundo. A proficiência em leitura permitirá aos estudantes continuar aprendendo fora da escola, o que é fundamental para seu desenvolvimento pessoal e profissional, por isso, as práticas de linguagem devem sempre estar voltadas para o ensino da leitura. Mas o que significa “ensinar a ler”? Segundo Kleiman (1993, p. 49), a tentativa de ensinar a ler não seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, “se o ensino da leitura for entendido como o ensino de estratégias de leitura, por uma parte, e como o desenvolvimento das habilidades linguísticas que são características do bom leitor, por outra”. Os estudantes devem estar em contato com bons textos, que sejam reais, completos e situados. Da mesma forma, as técnicas de leitura devem buscar envolvê- los em situações reais de comunicação. Assim, as práticas de leitura devem ser voltadas, principalmente, para o próprio aprendizado da leitura, mas esse objetivo não deve torná-las aulas artificiais. As práticas escolares devem aproximar-se das práticas sociais, de modo a tornar a leitura uma atividade expressiva. Neste processo significativo de estímulo ao ato de ler, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o eixo da leitura deve considerar as seguintes dimensões:  Compreensão de textos lidos e reflexões sobre as suas finalidades e os contextos em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros);  Desenvolvimento das habilidades e estratégias de leitura necessárias à compreensão dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios, localizar informações explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos globais do texto, reconhecer tema, estabelecer relações de intertextualidade
  • 11. 11 etc.);  Compreensão de textos, considerando-se os efeitos de sentido provocados pelo uso de recursos linguísticos;  Ampliação do vocabulário, a partir do contato com textos e obras de referência, dentre outras possibilidades;  Reconhecimento de planos enunciativos e da polifonia, identificando-se as diferentes vozes presentes nos textos;  Reflexões relativas às temáticas tratadas nos textos. A progressão dos conhecimentos relacionados ao eixo leitura é estabelecida, considerando-se a participação dos/as estudantes em eventos de leitura compartilhada, exercitando-se a compreensão por meio da escuta e da experiência de leitura silenciosa, da leitura de textos integrais e autênticos em todas as etapas da Educação Básica, bem como a compreensão da construção tipológica dos gêneros (o narrar, o argumentar, o expor, o instruir, o relatar). Dessa forma, para que se possa estimular a formação de leitores, é necessário que se assuma uma concepção de leitura que seja alinhada à concepção de linguagem, tendo como premissas fundamentais:  A leitura é uma construção subjetiva de sujeitos leitores, que atuam sobre o texto a partir de um vasto e complexo conjunto de conhecimentos acumulados e estruturados através da vivência em uma determinada cultura;  O texto não porta um sentido, ou seja, os “significados” não estão no texto; este nos oferece um conjunto de pistas que guiam o leitor na tarefa de construção de sentidos que é a leitura;  Além de atividade sociocognitiva, a leitura é também empreendimento interativo mediado pelo texto, que implica o diálogo entre os interlocutores. Portanto, as práticas de formação de leitores devem propor o exercício cotidiano daquilo que faz um leitor proficiente quando lê, tais como: o exercício de investigar o contexto de produção do texto (quem escreve? Em que suporte? Com que objetivo? etc.); selecionar pistas interpretativas relevantes (imagens, formatação do texto, títulos e subtítulos, recorrências lexicais etc.); levantar hipóteses de leitura e checá-las; confirmar ou descartar hipóteses iniciais; retornar a partes do texto ou mesmo relê-lo para refinar a compreensão; o exercício de inferir o significado de
  • 12. 12 termos desconhecidos em atenção ao contexto local ou à morfologia da palavra, etc. 1.2.4 Escrita Enquanto o aprendizado da fala acontece de forma espontânea, a escrita demanda um processo de ensino sistematizado. A mesma possibilita o registro mais durável e permanente da linguagem, sendo um processo mais demorado de elaboração; mais formal, sistemático, requerendo, na maioria das vezes, o uso correto da gramática normativa e do atendimento às convenções que lhe são peculiares, dentre elas as do sistema ortográfico. O eixo da escrita, neste Currículo Referência tem como prioridade a relação entre o uso e o aprendizado da língua, em que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar e de agir no mundo. Com relação ao eixo da escrita, segundo a Base Nacional Comum Curricular, os objetivos de aprendizagem envolvem as seguintes dimensões:  Reflexões sobre as situações sociais em que se escrevem textos, para o desenvolvimento da valorização da escrita e a ampliação de conhecimentos sobre as práticas de linguagem nas quais a escrita está presente;  Desenvolvimento de estratégias de produção, reescrita, revisão e avaliação dos textos, considerando-se a sua adequação às variedades linguísticas;  Reflexões sobre os gêneros textuais adotados nas situações de escrita, considerando-se os aspectos sociodiscursivos, temáticos, composicionais e estilísticos;  Reflexões sobre os recursos linguísticos empregados nos textos, considerando-se as convenções da escrita e as estratégias discursivas planejadas em função das finalidades pretendidas. O eixo da escrita deve ser pautado nos seguintes critérios: a adequação dos gêneros e seus construtores tipológicos às faixas etárias; as possibilidades de realização de práticas de escrita nos diferentes campos de atuação, nos quais estão organizados os objetivos de Língua Portuguesa; a possibilidade de articulação entre leitura, produção de textos e oralidade, por meio de recontos, escrita e reescrita de textos e da produção de textos escritos a partir do contato, da análise e da reflexão
  • 13. 13 sobre o gênero pretendido; as exigências relativas aos aspectos normativos, para que, progressivamente, os alunos se apropriem das convenções ortográficas e gramaticais da Língua Portuguesa. 1.2.5 Análise Linguística A análise linguística perpassa todos os demais eixos, em diferentes níveis, de acordo com a etapa da escolaridade, sendo que nos anos finais do Ensino Fundamental esse eixo deve promover a reflexão sobre os recursos linguísticos, que envolvem as práticas de leitura, escrita e oralidade. Essa opção justifica-se pelo fato de a reflexão sobre a língua fazer sentido apenas através de seus usos, em situações de interação oral, de leitura ou de escrita. E também por se considerar que o desenvolvimento da capacidade de reflexão e de análise linguística é fundamental para a formação de um usuário da língua capaz de uma atitude criativa, e não apenas reprodutiva, frente à mesma. O eixo de Análise Linguística fundamentado nesta proposta pedagógica tem o intuito de promover um trabalho com a gramática reflexiva. “A análise linguística, também denominada reflexão sobre a língua, reflexão linguística ou reflexão gramatical, análise da língua ou análise gramatical” (MENDONÇA, 2006. p 103), constitui o ensino de gramática numa perspectiva reflexiva, o que significa deslocar o que se chama de ensino metalinguístico, centrado no reconhecimento e na classificação dos elementos da língua, para um segundo plano, dando relevância a um ensino centrado na análise da funcionalidade dos elementos linguísticos em vista do discurso. O ensino de Língua Portuguesa, dentro da análise linguística, tem-se como foco o desenvolvimento da competência discursiva, envolvendo não apenas o domínio da norma culta, mas a consideração de outras variedades da língua. Espera-se que o estudante conheça uma gama maior de variedades linguísticas, visto que a língua é um polissistema que agrega múltiplas variedades, conforme a situação social de uso da oralidade, da leitura e da escrita. Portanto, é primordial para trabalhar os conhecimentos linguísticos que o aluno desenvolva a consciência da variação e das mudanças da língua, como também a valorização de todas as variedades como possuidoras de uma gramática eficaz e legítima. A valorização das diferentes variedades da língua implica também o reconhecimento das diferentes identidades sociais. A abordagem de categorias
  • 14. 14 gramaticais (fonéticas/fonológicas, morfológicas, sintáticas e morfossintáticas) e de convenções da escrita (concordância, regência, ortografia, pontuação, acentuação, etc.) deve vir a serviço da compreensão e produção oral e escrita, e não o contrário. Dessa forma, os aspectos linguísticos abordados em atividades de leitura, escrita e oralidade podem ampliar os conhecimentos dos estudantes em relação às variedades e o professor irá desenvolver um trabalho eficaz, visto que a gramática será trabalhada de forma contextualizada. Com essa proposta de abordagem da Análise Linguística acreditamos que seja possível diminuir as deficiências de leitura e escrita ainda presentes nos estudantes do Ensino Fundamental. Assim, devemos abandonar o ensino de gramática descontextualizado que tem constituído o centro das aulas de Língua Portuguesa das nossas escolas e tendo como resultados graves problemas na formação de leitores. Ao contrário de uma perspectiva normativa, a prática da Análise Linguística que aqui se propõe, objetiva aliar oralidade, leitura, escrita e unidades linguísticas, considerando seus aspectos discursivos e funcionais. Desse modo, para além da abordagem tradicional referente à morfossintaxe da língua, deve-se levar para as aulas a centralidade do texto e do discurso, nas modalidades oral e escrita. 1.2.6 Campos de Atuação Sempre pautada na Base Nacional Comum Curricular, o presente Currículo Referência, em consonância a uma concepção de língua como forma de interação entre os sujeitos tem a finalidade também de considerar, além dos eixos, acima citados, os campos de atuação, nos quais as práticas de linguagem se realizam. A proposição de campos de atuação aponta para a importância da contextualização do conhecimento escolar. São seis os campos de atuação, a partir dos quais os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa são apresentados: I. Práticas da vida cotidiana – campo de atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, próprias de atividades do dia-a-dia, no espaço doméstico/familiar, escolar, cultural, profissional que crianças, jovens e adultos vivenciam; II. Práticas artístico-literárias – campo de atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas;
  • 15. 15 III. Práticas político-cidadãs – campo de atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos; IV. Práticas investigativas – campo de atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola; V. Práticas culturais das tecnologias de informação e comunicação – campo de atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita de textos que possibilitem a comunicação, a distância e a compreensão de características e modos de produzir, divulgar e conservar informação, experimentar e criar novas linguagens e formas de interação social. Os campos de atuação norteiam a seleção dos gêneros textuais a serem preferencialmente trabalhados e sugerem atividades que tornem mais significativas as práticas de linguagem, tais como: a organização de debates na escola, a elaboração de jornais impressos e digitais que propiciem a circulação e as informações de ideias, sendo que podem também indicar temas a serem abordados em projetos interdisciplinares.
  • 16. 16 2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Considerando o percurso histórico, caracterização e objetivos da disciplina de Língua Portuguesa e confrontando tais aspectos com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas – o Currículo Referência de Língua Portuguesa, deste município requer novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão crítica das mesmas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. Teóricos do Círculo de Bakhtin avançaram os estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal- sistemático por considerarem tal concepção incompatível com uma abordagem histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127). Assim, temos uma proposta que enfatiza a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz- se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico, sendo que para alcançar tal objetivo é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes. A escola tem o papel fundamental de possibilitar aos alunos participarem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o aluno ficará a margem dos novos letramentos, não conseguindo adentrar no âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a inserção de todos os alunos que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, atuando assim como cidadãos conscientes e críticos no contexto social em que estiverem inseridos.
  • 17. 17 3 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Mesmo vivendo na “era da informação”, a qual possibilita acesso rápido a leitura das mais variadas informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê. “O ensino de Língua Portuguesa seguiu uma concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e no aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto”, como destaca (TRAVAGLIA 2000, p. 48), pautando- se no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional. Este Currículo Referência assume uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre-se para a sua condição de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos” (RODRIGUES, 2005, p. 156). A linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo como base teórica as reflexões do Círculo de Bakhtin a respeito da linguagem, defende-se que: “E no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala e de natureza social” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109). Ensinar a língua materna requer considerar aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são construídos de modo social e histórico. A palavra por si significa a relação com o outro e/ou contexto de produção. O professor de Língua Portuguesa precisa propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, publicitária, digital, etc.), sendo que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens. Assim, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa, busca:  Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
  • 18. 18 diante deles;  Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;  Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;  Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, leitura e escrita;  Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais. É primordial que durante as aulas da referida disciplina os eixos sejam priorizados. Desse modo, para cada eixo temos as seguintes considerações metodológicas. 3.1 Eixo Oralidade Conforme Marcuschi (2001, p. 16) Oralidade é uma prática de uso da língua na modalidade falada, sendo requerida e usada nos diversos contextos sociais em que se interage por meio da linguagem. Como a fala é adquirida espontaneamente nos meios informais, em geral na comunidade em que se vive (nas famílias, por exemplo), pensa-se, então, que ela não deve ser objeto de ensino. O que justifica “ensinar oralidade” na escola, uma vez que os estudantes já sabem falar, ou “os adolescentes, em geral, já são muito falantes”, conforme muitos professores afirmam? Conforme já citado no presente documento uma das características inerentes à língua é a variação pois existem níveis de formalidade requeridos nas diversas situações de comunicação. Devido a isso, deve-se considerar que a oralidade letrada, ou seja, a oralidade que mais se aproxima da escrita, deve ser objeto de ensino. Assim, se constata que somos todos falantes de Língua Portuguesa, porém não sabemos utilizar a modalidade falada da língua em todos os contextos sociais. Dessa forma, é fundamental promover ações metodológicas que possibilitem
  • 19. 19 situações de uso da linguagem falada, mais formalizadas do que aquelas às quais os estudantes estão geralmente acostumados, ou seja, significa ampliar sua visão com relação à Língua Portuguesa, entendê-la na sua constituição e na sua prática, compreendendo as variedades que a constitui. Assim, deve-se ter como proposta a aplicação de atividades voltadas para a análise linguística do texto oral, através do trabalho com a produção de gêneros orais diversos, sendo também que se necessita explicitar as relações entre as modalidades: falada e escrita. O trabalho com a oralidade, proposto neste documento, tem como foco o uso, a compreensão, a valorização e a reflexão linguística sobre a mesma. E para isso pretende-se priorizar que fala e escrita têm a mesma importância, devendo ser usadas quando requisitadas. Portanto, as práticas devem ocupar-se dos processos de construção de sentidos, a partir de situações de produção oral, concretizadas pelos gêneros orais. As expectativas de aprendizagem relacionadas ao eixo oralidade devem partir da concepção das relações entre oralidade e escrita como um conjunto contínuo de práticas, sendo importante que os estudantes sejam conscientizados e levados a refletir sobre as características e as relações entre fala e escrita, apreendendo, assim, saberes sobre variedades linguísticas, considerando-as “naturais” na língua, bem como aprendendo a valorizar textos da tradição oral. Por isso, tal conscientização deve ser feita através da produção de gêneros orais, como: seminários, entrevistas, debates, notícia televisiva, ou em atividades como recitação de poesias e representação teatral. Os alunos podem ainda realizar entrevistas, assistir a palestras ou mesas-redondas, produzir um jornal falado, com a leitura de notícias, ou seja, devem estar em contato com uma diversidade de gêneros orais, em atividades de compreensão e produção. Assim, a escola cumpre seu papel formador, ampliando a competência discursiva dos estudantes em eventos dos quais eles, em geral, não participam fora da escola, nas tarefas de vivência e análise relacionadas à educação linguística. Para promover a educação linguística nos anos finais do Ensino Fundamental, além da prática dos gêneros orais de forma mais sistematizada deve-se abordar temas relacionados à variação linguística, pois a mesma é essencial à compreensão da linguagem em sua plenitude, assim se propõe: os aspectos do estilo, dos dialetos, bem como as discussões em torno da noção de erro em linguagem, a pluralidade da linguagem e da adequação ao contexto.
  • 20. 20 3.2 Eixo Leitura Na presente proposta tem se como concepção de leitura um ato dialógico que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem. Essa compreensão da leitura que estamos assumindo tem implicações pedagógicas, relativas a: escolha dos textos; forma como serão conduzidas as práticas de leitura e arranjo do espaço interativo onde se produzirão as leituras, com o objetivo da formação de leitores. No que se refere à escolha dos textos é importante o professor trabalhar com textos reais, vinculados ao seu contexto de produção, com os quais os estudantes possam se identificar e assim interagir com o texto. Deve-se ainda proporcionar ao aluno o contato com grande variedade de gêneros (notícias, artigos de opinião, receitas, contos, textos de informação, manuais, poemas, etc.) e suportes textuais (jornais, livros, revistas, sites, blogs, etc.). Além da seleção dos textos, uma boa formação de leitura precisa incluir: a análise das formas de organização e dos recursos linguísticos mobilizados pelos vários gêneros, como também a reflexão em torno de suas condições sociais de produção. Por isso, o professor além de selecionar bons textos deve conduzir as práticas de leitura de tal forma que desperte o diálogo do aluno com o texto, em que o mesmo identifique as possíveis intenções do autor, que são sinalizadas pelas pistas textuais. As práticas de leitura devem preocupar-se também com a criação de espaços espontâneos de leitura, nos quais os estudantes escolham o que ler, a partir da necessidade e interesses pessoais. Jornais, revistas, livros devem ser disponibilizados e sua leitura, estimulada, ou seja, a escola deve responsabilizar-se pela organização e manutenção de espaços interativos, onde os estudantes possam interagir e desenvolver práticas sociais de leitura. Ao realizar as práticas sociais de leitura é importante que o professor, como mediador desse processo, observe se os alunos estão avançando no desenvolvimento de habilidades linguístico-discursivas, e isso poderá ser verificado ao interagir com os mesmos em sala de aula, ouvindo as intervenções dos estudantes,
  • 21. 21 suas interpretações, suas dúvidas, suas perguntas e respostas. 3.3 Eixo Escrita Nesta Proposta, o exercício da escrita é pautado na relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto, um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Entende-se o texto como uma forma de atuar e de agir no mundo. Texto (do latim textus, tecido) é toda construção cultural que adquire um significado devido a um sistema de códigos e convenções: um romance, uma carta, uma palestra, um quadro, uma foto, uma tabela são atualizações desses sistemas de significados, podendo ser interpretados como textos. (KLEIMAN & MORAES, 1999, p. 62) Atualmente, os conceitos utilizados à definição de texto, ao contrário do pensamento tradicional difundido pela gramática normativa, orientam-se sob uma visão enunciativo-comunicativa, na qual se busca ensinar os usos da linguagem ao invés de análises da língua. O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de vários elementos, tais como: organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros. Dessa forma, os textos orais ou escritos materializam os gêneros do discurso e por essa razão o eixo da escrita também tem como referência os gêneros textuais, que se originam das situações de interação entre os sujeitos. A apropriação dos gêneros textuais acontece no momento em que os alunos vivenciam situações mediadas pelo texto escrito, sendo levados a refletirem sobre essas situações, como também a estrutura dos textos nelas produzidos. Os interlocutores que participam da situação, a intenção comunicativa, o tema a ser abordado e o suporte no qual se espera que o texto circule são fatores que determinam a organização do texto e as escolhas sintáticas e lexicais mais adequadas. Essas escolhas dependerão do domínio de um repertório de gêneros pelos estudantes, sendo que cabe ao professor estimular a ampliação desse repertório. (Nessa ampliação é importante estabelecer a diferenciação de cada gênero, porque, segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 120):
  • 22. 22 [...] cada gênero de texto necessita de um ensino adaptado, pois apresenta características distintas: os tempos verbais, por exemplo, não são os mesmos quando se relata uma experiência vivida ou quando se escrevem instruções para a fabricação de um objeto. Devido a essa constatação, por cada gênero ser único em suas características, os autores propõem o trabalho com sequências didáticas como uma alternativa para a aprendizagem dos gêneros orais e escritos, sendo que para a realização das sequências é necessário à organização do espaço da sala de aula de modo a favorecer o contato com os diferentes gêneros textuais e o compartilhamento das produções dos estudantes. “É desejável que as sequências didáticas se realizem de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstancias de sua produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme propõe” Geraldi (1997, p. 41) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. Além do trabalho com as sequências didáticas, existem outras formas para trabalhar o eixo da escrita. Porém, vale ressaltar que é papel do professor a identificação ou escolha de uma ou outra metodologia de trabalho que seja condizente com as necessidades dos seus estudantes, mas dentre as escolhas feitas pelo educador, o mesmo deve considerar que a formação de sujeitos produtores de textos requer a criação de situações motivadoras para a produção escrita e ainda a mobilização de recursos para a mesma. Portanto, nesta proposta se enfatiza que a formação de alunos escritores não irá se efetivar somente através das aulas de Língua Portuguesa, pois devemos considerar que os estudantes não escrevem apenas durante as mesmas. Dessa forma, a tarefa de formar produtores de textos não se restringe a essa disciplina, mas deve ser compartilhada pelos demais componentes curriculares. O eixo escrita deve ser objeto de trabalho de todas as disciplinas que compõem o quadro curricular, como também que oferecem situações didáticas adequadas à produção de vários gêneros: relatórios, resumos, folhetos explicativos, glossários, etc.
  • 23. 23 3.4 Eixo Análise Linguística A análise linguística é uma prática didática complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204). Esse eixo se respalda no trabalho com a gramática reflexiva. Assim, a prática de análise linguística não deve se restringir ao estudo das gramáticas “pedagógicas” que descrevem as regularidades e prescrevem modos de falar e escrever a partir da consideração de apenas uma das variantes da língua, a “norma padrão”. Ao se defender uma análise gramatical reflexiva tem-se o intuito de estimular metodologias voltadas para o estudo das regularidades da língua, compreendida a partir do fenômeno da variação. O trabalho a ser realizado em sala de aula é mais amplo que o de ensinar apenas a gramática da “norma padrão” e, para realizá-lo, a abordagem do texto, e não da frase isolada e fora de um contexto, ganha centralidade. É no contato com bons textos e produzidos em contextos de maior ou menor formalidade, nas modalidades oral e escrita, que os estudantes vão aprender a refletir sobre a língua e sua gramática, reconhecendo seus usos eficientes e criativos. A análise linguística deve possibilitar o exercício de refletir sobre o léxico da língua, sendo que isso se efetiva através das práticas de leitura, escrita e oralidade. Assim, os estudantes, em contato com textos, avaliam a adequação das escolhas lexicais, as suas escolhas e as de seus interlocutores, tendo em vista critérios de: coerência textual, adequação da fala a seus interlocutores e à situação comunicativa, etc. Portanto, nos anos finais do Ensino Fundamental, amplia-se a reflexão sobre a linguagem fazendo-se o uso da análise linguística, em que se propõem a sistematização de estudos sobre algumas categorias gramaticais, tendo em vista, sempre, o desenvolvimento de competências de uso da língua.
  • 24. 24 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA 4.1 Critérios para Seleção e Organização dos Conteúdos O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino – Açailândia-MA tem como princípios norteadores para a seleção dos conteúdos a concordância dos eixos temáticos com os objetivos de aprendizagem. Dessa forma, os conteúdos estruturantes devem ter os seguintes objetivos:  Compreender e utilizar a língua falada como instrumento de manifestação de ideias e pensamentos;  Adequar a fala às diversas situações comunicativas;  Ler fluentemente textos de qualquer tipo e gênero textual;  Compreender a leitura de textos escritos e a escuta dos textos orais;  Interpretar os textos lidos e posicionar-se criticamente frente a eles;  Produzir textos (orais e escritos) com coesão e coerência, que sejam adequados aos objetivos proposto por cada gênero textual;  Conhecer e utilizar os conhecimentos literários e linguísticos, a fim de relacionar-se com o mundo de maneira crítica e independente;  Valorizar as variações linguísticas existentes;  Distinguir os níveis de registro da língua;  Ter domínio mais amplo e rico da linguagem verbal, como um recurso fundamental de interação humana, uma vez que o seu uso se realiza na forma de discursos, cuja unidade material é o texto.
  • 25. 25 5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 6º ano CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO Eixo: LEITURA 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. TEMÁTICAS:  Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos, histórias em quadrinhos, bilhetes, resumos, textos não verbais (fotos, imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de música, charges, dentre outros;  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas pessoais, texto instrucional (receitas, bulas e manuais). 1. Processar informações de textos instrucionais para realizar ações por eles orientadas; 2. Reconhecer, em textos instrucionais, a hierarquização de informações que comandam ações; 3. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles; 4. Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles; 5. Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos; 6. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros). 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de leitura na fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e 7. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos; 8. Localizar, numa narrativa, os trechos que apresentam a orientação, a complicação, o clímax e desfecho; 9. Comparar, numa narrativa, o uso dos tempos verbais: o pretérito perfeito; o pretérito imperfeito; o pretérito mais que-perfeito e suas funções; 10. Reconhecer, numa narrativa, os diferentes empregos das palavras e expressões – denotativas e conotativas – no processo de caracterização de cenas de personagens;
  • 26. 26 suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral;  Poesia: Poema de verso livre. Poemas de forma fixa — quadras, sonetos, haicais, cordéis, poemas visuais;  Entre leitores e leituras: práticas de literatura. 11. Reconhecer, numa narrativa literária, relações de anterioridade e posteridade e na construção da passagem do tempo; 12. Ler poemas de formas composicionais variadas; 13. Analisar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos; 14. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com destaque para comparação e metáfora; 15. Analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos estabelecem com outros textos, no nível temático; 16. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros); 17. Desenvolver as habilidades e estratégias de leitura necessárias à compreensão dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios, localizar informações explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos globais do texto, reconhecer tema, estabelecer relações de intertextualidade etc.); 18. Identificar os elementos que compõem as narrativas literárias, tais como tempo, espaço, construção dos personagens, foco narrativo, na leitura de textos da literatura juvenil, africana e indígenas. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de leitura, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos; TEMÁTICAS: 19. Compreender como as notícias se estruturam (título, subtítulo, lide, corpo da notícia). 20. Identificar recursos linguístico-discursivos de títulos e subtítulos e sua eficácia na construção do sentido global do texto; 21. Identificar recursos linguístico-discursivos que caracterizam prescrição (uso do imperativo, por exemplo), na leitura de gêneros que regulam direitos e deveres, como o regimento da escola;
  • 27. 27  Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: artigos, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas, reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor e editoriais. 22. Analisar o funcionamento e a pertinência de gêneros que regulam direitos e deveres. 4.CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de leitura de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos e verbetes;  Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;  Adequação do discurso ao gênero;  Tipos de discurso: Discurso direto, discurso indireto e indireto livre;  A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos textos verbais e não verbais 23. Selecionar, em textos didático-expositivos, informações relevantes para atender a finalidades específicas; 24. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais; 25. Resumir textos didático-expositivos com foco na ideia central. Eixo: ESCRITA 26. Escrever textos que circulam na internet em situações menos formais, da vida cotidiana (postagens na internet, e-mails etc.); 27. Refletir sobre a variação linguística nos textos produzidos na/para a internet; 28. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados. 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de produção escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
  • 28. 28 TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post (em blogs e websites), conto popular em prosa e em verso, conto em prosa poética. 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de produção escrita, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Estudo de textos literário estruturados em prosa: autobiografias, crônicas, histórias em quadrinhos- HQs, animes, mangás e peças teatrais;  Estudo de texto estruturados em verso: poemas de verso livre, poemas de forma fixa – quadras, cordéis, poemas visuais;  Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: contos, minicontos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas, letras musicais e gêneros literários orais. 29. Escrever textos autobiográficos a partir de um recorte temático (por exemplo: bichos, brincadeiras, amizades, família etc.); 30. Utilizar modos verbais (pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito) adequados à narração de fatos passados em relatos autobiográficos; 31. Produzir textos literários que articulem linguagem verbal e não verbal na construção da narrativa; 32. Explorar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos e sonoros, na criação de poemas de versos livres; 33. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático; 34. Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre partes do texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização, substituição lexical, uso de palavras de ligação) e as palavras e expressões que marcam a progressão do tempo na narrativa, as que estabelecem as relações de causalidade, oposição, consequência, explicação entre acontecimentos e ideias. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de produção escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. 35. Produzir textos de diferentes gêneros – charges, tirinhas, que conjuguem linguagem verbal e não verbal sobre fatos e eventos noticiados em diferentes mídias; 36. Produzir notícias sobre tema relevante utilizando de forma adequada os elementos do gênero (título, subtítulo, lide, corpo da notícia); 37. Estudar a língua e as variações linguísticas: histórica, regional, social e situacional;
  • 29. 29 TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios, classificados, panfletos, cartazes;  Tipologia Textual: narração, descrição e predição;  O texto narrativo: tipos de narradores, de enredo, de tempo, os personagens, cenários, discursos e clímax;  Entrelaçamento da narração com a descrição. 38. Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto; 39. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático. 4. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de produção escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas e documentário. 40. Elaborar roteiros ou protocolos de questões para entrevistas e enquetes sobre temas em estudo; 41. Transcrever respostas de entrevistas, retextualizando o texto oral para a escrita. Eixo: ORALIDADE 42. Recontar o enredo de narrativas literárias menos extensas como contos, crônicas, lendas, fábulas, mitos, em rodas ou círculos de leitura; 43. Reconhecer pela escuta atenta os diferentes momentos do enredo de narrativa recontada em rodas ou círculos de leitura; 44. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade de cada um; 45. Produzir e compreender os gêneros orais, em articulação com textos escritos, considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação das situações de interação; 1. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de escuta, produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:
  • 30. 30  Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura, narrativas de mistério/ suspense, romances, autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peças teatrais;  Transmissão oral de causos, notícias, avisos, anúncios e convites;  Produção oral de pequenas histórias, recital de poemas, dramatização de histórias e declamação de quadrinhas. 46. Desenvolver estratégias e habilidades de leitura; 47. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens. 2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de escuta e produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes, depoimentos e comentários;  Debate de temas polêmicos: amizade, valores éticos e morais, relação do ser humano e o meio ambiente, etc.  Apresentação oral de notícias veiculadas a jornais, revistas, televisão, rádio e internet. 48. Identificar as informações principais numa notícia ouvida; 49. Responder oralmente, ou sinalizar, a perguntas, fóruns ou enquetes, justificando posicionamentos e adequando o vocabulário às condições de comunicação; 50. Planejar a fala, em interações que exigem defesa de pontos de vista, mobilizando a capacidade de construir argumentos em situações que demandam atitude responsiva; 51. Relatar oralmente o conteúdo de notícias veiculadas em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, exercitando a capacidade de selecionar e resumir. 3. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de escuta e produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS: 52. Compreender a estrutura dos gêneros expositivos e argumentativos; 53. Apresentar oralmente resultados de estudos apoiando-se em roteiros ou protocolos de questões relacionadas aos gêneros expositivos e argumentativos.
  • 31. 31  Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de trabalhos e exposição oral. Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 54. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e variável; 55. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão; 56. Compreender a fala como instrumento e manifestação cultural de um povo; 57. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade de cada um; 58. Reconhecer e analisar relações de sinonímia, antonímia, homonímia em textos diversos; 59. Constituir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema linguístico, relevantes para as práticas de escuta, leitura e produção de textos; 60. Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias; 61. Compreender e aplicar a pontuação como forma de segmentação de frases e parágrafos e a pontuação em textos com uso dos discursos direto e indireto; 62. Identificar o efeito de sentido produzido no texto, decorrente da exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos; 63. Identificar e diferenciar os modos e os tempos verbais, percebendo os significados assumidos por eles dentro dos textos. TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação de regularidades e na compreensão das convenções. TEMÁTICAS:  Língua e linguagem;  Variedades Linguísticas;  Regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões e gírias;  Linguagem e cultura;  A língua falada como símbolo de cultura e identidade;  Processos de interação e comunicação social;  O uso da linguagem nas mais diversas ocasiões sociais e suas estratégias de aplicação;  SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário;  Linguagem figurada - denotativa e conotativa;  FONOLOGIA: Fonema e letra; sílaba; divisão silábica e acentuação tônica; encontro vocálico, encontro consonantal, dígrafo;  PONTUAÇAO: vírgula, ponto e vírgula, ponto, dois pontos, exclamação e interrogação;  A organização do texto em frases e os sinais de pontuação;  A pontuação em textos que fazem uso do discurso direto e indireto;  Categorias morfossintáticas: substantivo, pronome, adjetivo, artigos, numeral, verbo preposição, interjeição e conjunção;
  • 32. 32  SINTAXE: frase e oração;  Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado;  Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação e recursos gráficos (sinais de pontuação);  ORTOGRAFIA: Palavras homófonas e homógrafas;  Grafia das palavras: com ‑r ou ‑ rr;  Grafia das palavras: com ‑ão ou ‑ am;  Grafia das palavras: com s ou z?;  As terminações ‑ ês/-esa e ‑ ez/‑ eza. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024). Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 7º ano CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO Eixo: LEITURA
  • 33. 33 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. TEMÁTICAS:  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas pessoais, texto instrucional (manual, guia, receita, etc.);  Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos, HQs, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas, cartas pessoais, bilhetes, resumos, textos não verbais (fotos, imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de música, charges, dentre outros. 1. Analisar aspectos linguísticos e textuais de novas formas de escrita da internet, em registro informal, que vêm se denominando “internetês”; 2. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as peculiaridades de cada um deles; 3. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados; 4. Realizar aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido. 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de leitura na fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral;  Poesia;  Poema de verso livre;  Poemas de forma fixa - quadras, sonetos, haicais, cordéis, poemas visuais;  Abordagem e contextualização do tema; discussão do conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação dos tempos (cronológico e psicológico), bem como da utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de assuntos. 5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos; 6. Analisar as escolhas lexicais envolvidas na construção de cenas e personagens de uma narrativa; 7. Ler poemas de gêneros variados; 8. Analisar efeitos produzidos por recursos expressivos como rimas, aliterações, assonâncias na leitura de poemas; 9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com destaque para personificação e a metonímia; 10. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos; 11. Relatar oralmente o enredo de obras literárias mais extensas, como novelas e romances, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de leitura, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, 12. Analisar criticamente informações que constituem o lide (o quê, quem, onde, quando, como, por quê) em notícias que circulam em diferentes mídias;
  • 34. 34 política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS:  Leitura, reflexão e análise de alguns gêneros textuais deste campo: notícias, reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor, artigos de opinião e editoriais;  Leitura compreensiva, interpretativa e ampliação vocabular referente a letras de músicas. 13. Identificar, em notícias, recursos linguístico-discursivos responsáveis pela ordenação dos eventos; 14. Reconhecer os efeitos de sentido produzidos pelo uso de recursos linguístico- discursivos da prescrição e as relações de causalidade na leitura de gêneros que regulam direitos e deveres, como o regimento da escola, discutindo sobre suas implicações sociais; 15. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens. 4. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de leitura de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos, resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas, verbetes.  Diferenciação entre as partes principais e secundárias de um texto.  Elementos que constituem cada gênero textual e suas especificidades. 16. Compreender recursos linguístico-discursivos próprios das sequencias descritivas e expositivas, em gêneros didático-expositivos, como verbetes de dicionários, textos de divulgação cientifica, infográfico, etc.; 17. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais; 18. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico, em situações de fala e escrita. Eixo: ESCRITA 19. Comparar os diferentes modos de comunicação e formas de interlocução em textos produzidos para/na internet; 20. Utilizar o “internetês” e refletir sobre as regras desse tipo de linguagem da internet; 21. Conhecer as características de cada gênero textual; 22. Reconhecer os elementos da narrativa, especialmente narrador, enredo e clímax; 23. Identificar o papel da descrição no texto narrativo. 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de produção escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post (em blogs e websites), conto, crônica, reportagem, poema, artigo de opinião, mito e lenda;  Tipologia Textual: narração e descrição. 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de produção escrita, na criação e fruição de produções literárias, 24. Produzir pequenos contos de suspense, de mistério, de terror, de humor; 25. Empregar conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história;
  • 35. 35 representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: autobiografias, crônicas, animes, mangás, peças teatrais, HQs, contos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas, letras musicais, memórias literárias;  Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa – quadras, cordéis, poemas visuais. 26. Introduzir vozes de personagens, fazendo uso de discurso direto, indireto ou indireto livre; 27. Estruturar o texto de modo a contemplar as suas partes como a complicação, o clímax e o desfecho; 28. Explorar cadência, ritmos e rimas, na criação de poemas da literatura popular e/ou juvenil como o cordel e o rap; 29. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos; 30. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de produção escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios, classificados, panfletos, cartazes;  Produção escrita de propaganda e anúncios. 31. Produzir textos com linguagem adequada e estrutura pertinente ao gênero, que apresentem encaminhamentos para resolução de problemas que afetam a vida comum; 32. Justificar posicionamentos utilizando vocabulário pertinente e estruturas sintáticas adequadas à situação de comunicação na produção de gêneros reivindicatórios, por exemplo, carta do leitor; 33. Relacionar imagem e texto verbal na produção de anúncio publicitário; 34. Utilizar adequadamente estratégias discursivas de convencimento na produção de textos publicitários. 4. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de produção escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola; TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas, documentário, textos visuais, publicitários, notícias, anúncios, receitas, texto injuntivo, relato de memória e de experiências, diário, biografia e autobiografia. 35. Organizar esquematicamente informações oriundas de pesquisas sobre tema em estudo; 36. Elaborar quadros, tabelas ou gráficos para a compreensão de temas em estudo a serem apresentados, com ou sem apoio de ferramentas digitais; 37. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos. Eixo: ORALIDADE 38. Recontar o enredo de narrativas literárias mais extensas como novelas e romances da literatura juvenil, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa, a ambientação, as características físicas e psicológicas dos personagens, etc; 1. CAMPO LITERÁRIO
  • 36. 36 Relativo a participação em situações de escuta, produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura, narrativas de mistério/suspense, romances, autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peças teatrais;  Contação de histórias: conto popular;  Transmissão oral de contos, notícias, propagandas, anúncios;  Declamação de poesias. 39. Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar práticas utilizando diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate, entrevista, debate regrado, exposição oral), assim como desenvolver escuta atenta e crítica em situações variadas. 2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de escuta e produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes, depoimentos, comentários e debate;  Interpretação de bulas, telegramas, ilustrações, tiras, textos visuais e verbais, etc.;  Transmissão oral de contos, notícias, propagandas, anúncios;  Apresentação de poesias, propagandas, notícias de jornal e reportagens;  Jornal falado contemplando os temas integradores. 40. Examinar a seleção vocabular e as diferentes formas de expor argumentos na escuta de respostas a perguntas em entrevistas ou enquetes; 41. Construir argumentos coerentes, planejando e monitorando a fala/sinalização, adequando-a à participação em interações que envolvam a resolução de situações- problema; 42. Verbalizar, frente às questões levantadas, opiniões e conhecimentos; 43. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens. 3. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de escuta e produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação 44. Apresentar oralmente resultados de estudos com apoio de quadros, tabelas ou gráficos, com ou sem o uso de recursos das novas tecnologias da informação e comunicação; 45. Ler textos em voz alta, bem como realizar debates de ideias.
  • 37. 37 científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de trabalhos, exposição oral e seminário;  Debater sobre temas polêmicos: valores éticos e morais, consumismo, o bulling, etc. Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 46. Posicionar-se em relação a situações de fala planejada, quanto ao uso de vocabulário e de estruturas sintáticas mais complexas; 47. Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na sociedade, combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem na e pela linguagem, sobre as relações entre fala e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e utilizar estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas produções; 48. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e variável; 49. Refletir sobre a variação de registro e sobre a variação regional e social da língua; 50. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão; 51. Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias; 52. Reconhecer e analisar a ambiguidade como recurso semântico na produção de efeito de sentido; 53. Compreender figuras de linguagem, com destaque para, personificação e a metonímia; 54. Reconhecer que, na metáfora, uma palavra de determinado campo semântico é usada em outro campo, e, na metonímia, um termo é usado no lugar de outro, por haver, entre ambos, uma relação de proximidade, pertencimento e dependência; 55. Reconhecer e identificar em texto as figuras de pensamento hipérbole, personificação, sinestesia e ironia; 56. Reconhecer a função de palavras e suas flexões (pronomes, artigos, numerais, preposições, advérbios); 57. Reconhecer que é possível usar a linguagem figurada em qualquer tipo de texto, embora ela seja mais adequada em textos publicitários e, principalmente, literários; 58. Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais; 59. Compreender a estrutura básica da sentença simples (ou período simples): a noção de sujeito e predicado, que contribui para a compreensão crítica dos usos e normas da sintaxe de concordância verbal; 60. Entender o conceito de predicado e seus tipos dentro do contexto de cada oração; TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação de regularidades e na compreensão das convenções. TEMÁTICAS:  Gêneros discursivos orais e suas peculiaridades;  VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A língua portuguesa no Brasil: Uma língua com inúmeras variações regionais;  Língua falada e língua escrita;  Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição e semântica;  SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário;  Polissemia (mesma palavra, outro sentido e contexto);  Polissemia e sentido literal;  Ambiguidade;  Figuras de linguagem I ‑ metáfora e metonímia;  Metáfora (misturando contextos);  Metonímia (novos sentidos dentro do mesmo contexto);  Figuras de linguagem II: hipérbole, personificação, sinestesia e ironia;  REVISÃO CLASSES GRAMATICAIS: substantivo, artigo, numeral, pronome, advérbio, verbo, interjeição, conjunção, preposição e adjetivo;  SINTAXE: Termos que aparecem na construção da oração I – Sujeito e Predicado;  Sujeito e sua relação com o verbo: construindo o conceito de sujeito;
  • 38. 38  Tipologia do Sujeito: simples, composto, desinencial, indeterminado e oração sem sujeito;  Construindo o conceito de predicado;  Tipologia do predicado: verbal, nominal e verbo-nominal;  Termos que aparecem na construção da oração II: complementos verbais;  Objeto direto e objeto indireto;  Predicativo do objeto;  Verbos intransitivos;  Verbos transitivos diretos e indiretos;  ORTOGRAFIA: Acentuação das palavras: oxítonas e monossílabos terminados com ditongos abertos;  Acentuação das palavras: i e u tônicos em hiatos;  Questões ortográficas: por que, porque, por quê e porquê;  PONTUAÇÃO: O uso da vírgula: noções básicas;  O uso da vírgula: vocativo. 61. Compreender quais são os complementos verbais e sua função de completar o sentido do verbo; 62. Analisar como os complementos verbais se articulam com o verbo, sem preposição (objeto direto), ou por meio de preposição (objeto indireto); 63. Reconhecer que os complementos verbais podem ter predicativo: o predicativo do objeto; 64. Estudar e compreender a acentuação das palavras de acordo com as regras gramaticais. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
  • 39. 39 Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 8º ano CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO Eixo: LEITURA 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. TEMÁTICAS:  Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: e-mails, cartas pessoais, relatos, histórias em quadrinhos, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas, bilhetes, e-mails, resumos, textos não verbais (fotos, imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de música, charges, dentre outros. 1. Analisar e comparar argumentos e opiniões em comentários de posts publicados em redes sociais; 2. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens. 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de leitura na fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo:  Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral.  Poesia:  Poema de verso livre,  Poemas de forma fixa — quadras, sonetos, haicais, cordéis, poemas visuais.  Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: romances, letras de músicas e paródias. 3. Ler gêneros diversos de narrativas literárias da literatura brasileira e mundial; 4. Analisar o tipo de narrador (em primeira pessoa – personagem, protagonista, testemunha ou terceira pessoa – onisciente, observador) em narrativas literárias e as diferentes vozes presentes na narrativa; 5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos; 6. Ler poemas da literatura brasileira e mundial; 7. Comparar variados gêneros de poemas (cordel, poesia concreta, lira, soneto, dentre outros); 8. Analisar imagens poéticas construídas pelo uso de comparações, metáforas e metonímias; 9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com destaque para a hipérbole e a ironia; 10. Ler poemas da literatura brasileira e mundial; 11. Comparar diferentes gêneros de poemas, identificando elementos socioculturais envolvidos na sua produção; 12. Analisar os efeitos de sentido decorrentes da articulação entre forma – dimensão sonora e imagética – e conteúdo – dimensão semântica – em poemas; 13. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com destaque para a ironia, a antítese, o paradoxo; 14. Analisar, em textos literários narrativos e poéticos, a ocorrência da intertextualidade em aspectos da estrutura composicional e do estilo;
  • 40. 40 15. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários propostos; 16. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos; 17. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos: aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de leitura, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS:  Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: notícias, reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor e editoriais;  Tipologia textual: descrição, narração breve e longa, artigo de divulgação científica e artigo de opinião. 18. Reconhecer argumentos e contra-argumentos em artigo de opinião; 19. Analisar a organização textual (artigos, incisos, capítulos etc.) e a seleção lexical e morfossintática, na leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente, avaliando suas implicações para o exercício da cidadania e a vida e sociedade; 20. Relatar oralmente o enredo de textos da dramaturgia, reconstituindo verbalmente a sequência narrativa. 4. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de leitura de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos, resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas, verbetes;  Debate sobre condições culturais, sociais e políticas em que os textos são produzidos e as diferentes posições, opiniões e posicionamentos em relação a um mesmo assunto ou tema de um ou de textos comparados;  Gênero e tipologia textual: textos visuais, verbais e composições musicais. 21. Reconhecer a função da hierarquização de tópicos em textos didático-expositivos; 22. Relacionar os tópicos de textos didático-expositivos; 23. Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no qual o texto está inserido; 24. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu repertório linguístico; 25. Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas; informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos. Eixo: ESCRITA 26. Escrever cartas, e-mails, posts para redes sociais ou blogs, em situações/interlocuções mais formais; 27. Refletir sobre o endereçamento dos textos e sobre as escolhas linguísticas adequadas à interlocução proposta; 1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA Relativo a participação em situações de produção escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
  • 41. 41 crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. TEMÁTICAS:  Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post (em blogs e websites);  Resumo de narrativas;  Escrita da sequência narrativa e descritiva;  Elementos da narrativa: Personagens, Tempo, Espaço, Ação e Narrador;  Momentos da narrativa: Situação inicial, Conflito, Clímax do conflito e Desfecho. 28. Produzir textos narrativos coesos e coerentes, empregando adequadamente marcadores de tempo, tempos verbais e elementos próprios da descrição e narração. 2. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de produção escrita, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo;  Prosa: autobiografias, contos, minicontos, lendas, fábulas, crônicas, HQs, animes, mangás e peças teatrais;  Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa – quadras, cordéis, poemas visuais;  Estudo de textos literários estruturados em prosa;  Produção de memórias literárias;  Estudo de textos literários estruturados em verso;  Produção Textual: romances, descrição, narração breve e longa. 29. Adaptar textos literários para encenação teatral, empregando, com adequação, rubricas, narração e falas de personagens; 30. Empregar com adequação variedades linguísticas (dialetos, regionalismos, gírias, registro formal/informal) nas falas de personagens; 31. Produzir releituras de obras literárias de diferentes gêneros; 32. Usar figuras de linguagem como comparações, metáforas e metonímias na criação de poemas que tratem de temáticas de interesse dos jovens, como amor, amizade, aventuras, desafios, mundo virtual, conflitos geracionais etc; 33. Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários; 34. Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo. 3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de produção escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. TEMÁTICAS: 35. Utilizar argumentos e contra-argumentos que apontem com clareza a direção argumentativa que se quer defender em artigo de opinião; 36. Empregar elementos de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase, coerentes com o posicionamento sobre o tema; 37. Conjugar elementos verbais e visuais, exercitando a capacidade de concisão da linguagem, na produção de texto publicitário, por exemplo, uma campanha educativa.
  • 42. 42  Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios, classificados, panfletos e cartazes. 4. CAMPO INVESTIGATIVO Relativo a participação em situações de produção escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. TEMÁTICAS:  Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas, documentário, artigo de opinião e artigo de divulgação científica;  O texto dissertativo: tese, intenção do autor, argumentos, contra-argumento e conclusões. 38. Elaborar infográfico para a visualização/exposição de temas de estudo, por meio de elementos verbais e visuais; 39. Produzir gêneros textuais argumentativos, como artigo de opinião, carta do leitor, carta aberta, editorial, empregando de forma adequada operações de referenciação textual (anafórica e catafórica) e conectivos na articulação entre as partes do texto; 40. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de circulação, suportes) e os aspectos discursivos composicionais e linguísticos; 41. Produzir textos dissertativos, a fim de defender opiniões e pontos de vista; 42. Mobilizar diferentes tipos de argumentos, como explicação, exemplificação, voz de autoridade, comprovação cientifica etc., na participação em debates sobre problemas que demandam uma solução. Eixo: ORALIDADE 43. Dramatizar ou encenar peças teatrais utilizando entonações adequadas à caracterização dos personagens; 44. Conhecer e trabalhar com os gêneros discursivos da oralidade. 1. CAMPO LITERÁRIO Relativo a participação em situações de escuta, produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. TEMÁTICAS:  Exposição oral de alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura, narrativas de mistério/suspense, romances, autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás e peças teatrais;  Gêneros discursivos orais;  Dramatização de obras literárias. 2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO Relativo a participação em situações de escuta e produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e 45. Identificar e analisar os posicionamentos defendidos e refutados na escuta de gêneros como entrevista, debate, televisivo, debate em redes sociais, dentre outros;