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1
CURRÍCULO REFERÊNCIA
DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Ensino Fundamental
6º ao 9º Ano
2
APRESENTAÇÃO
A Educação Física, enquanto componente curricular, passou por várias etapas
ao longo de sua trajetória, apresentando finalidades distintas de acordo com os
acontecimentos históricos, sociais e políticos, geradores de visões e interesses
diversos.
A higiene e a saúde foram inicialmente a temática sobre a qual a Educação
Física foi incorporada ao currículo educacional, almejando melhorar a qualidade de
vida do cidadão. No militarismo, ela, tinha o objetivo de preparar jovens para servirem
nas forças armadas. Já no período da Ditadura, a Educação Física voltou-se para a
concepção esportivista com o intuito de identificar atletas que representassem o país
em eventos no exterior.
A partir da década de 80, o surgimento de várias tendências pedagógicas
ressignificaram o papel desse componente no ambiente escolar, baseadas em
correntes pedagógicas dentro de abordagens como psicomotricidade,
desenvolvimentista, construtivista, crítico-superadora, crítico-emancipatória, saúde
renovada chegando então aos conhecidos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Atualmente, em conformidade com as Diretrizes Curriculares e a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), entende-se que o principal objetivo da Educação Física
no ambiente escolar seja a inserção e a intervenção do aluno na esfera da cultura
corporal de movimento. Para Daólio (2004 apud DARIDO, 2011, p. 25) “cultura é o
principal conceito para a educação física, porque todas as manifestações corporais
humanas são geradas na dimensão cultura...”
Assim sendo, o Currículo Referência de Educação Física, apresenta em suas
proposições gerais um panorama com temáticas e objetivos de aprendizagem, assim
como, uma abordagem metodológica que visa contribuir significantemente com a
prática docente e, consequentemente com a aprendizagem dos discentes.
Thony Elcen Leite Santos
Professor de Educação Física
3
1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Segundo os PCNs, a Educação Física deve considerar suas origens no
contexto brasileiro, abordando as principais influências que marcam e caracterizam
esta disciplina e os novos rumos que estão se delineando.
No século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às
instituições militares e à classe médica. Esses vínculos foram determinantes, tanto no
que diz respeito à concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao seu campo
de atuação e à forma de ser ensinada.
Visando melhorar a condição de vida, muitos médicos assumiram uma função
higienista e buscaram modificar os hábitos de saúde e higiene da população. A
Educação Física, então, favoreceria a educação do corpo, tendo como meta a
constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às
doenças. Além disso havia no pensamento político e intelectual brasileiro da época
uma forte preocupação com a eugenia. Como o contingente de escravos negros era
muito grande, havia o temor de uma “mistura” que “desqualificasse” a raça branca.
Dessa forma, a educação sexual associada à Educação Física deveria incutir nos
homens e mulheres a responsabilidade de manter a “pureza” e a “qualidade” da raça
branca.
Embora a elite imperial estivesse de acordo com os pressupostos higiênicos,
eugênicos e físicos, havia uma forte resistência na realização de atividades físicas por
conta da associação entre o trabalho físico e o trabalho escravo. Qualquer ocupação
que implicasse esforço físico era vista com maus olhos, considerada “menor”. Essa
atitude dificultava que se tornasse obrigatória a prática de atividades físicas nas
escolas.
Dentro dessa conjuntura, as instituições militares sofreram influência da
filosofia positivista, o que favoreceu que tais instituições também pregassem a
educação do físico. Almejando a ordem e o progresso, era de fundamental importância
formar indivíduos fortes e saudáveis, que pudessem defender a pátria e seus ideais.
No ano de 1851 foi feita a Reforma Couto Ferraz, a qual tornou obrigatória a
Educação Física nas escolas do município da Corte. De modo geral houve grande
contrariedade por parte dos pais em ver seus filhos e filhas envolvidos em atividades
que não tinham caráter intelectual. Em relação aos meninos, a tolerância era um
4
pouco maior, já que a ideia de ginástica se associava às instituições militares; mas,
em relação às meninas, houve famílias que proibiram a participação de suas filhas.
Em 1882, Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 — Reforma
Leôncio de Carvalho, Decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública
—, no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos
professores de ginástica aos das outras disciplinas. Nesse parecer, ele destacou e
explicitou sua ideia sobre a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a
atividade intelectual. No início do século XX, a Educação Física, ainda sob o nome de
ginástica, foi incluída nos currículos dos Estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal,
Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo.
A Educação Física que se ensinava nesse período era baseada nos métodos
europeus — o sueco, o alemão e, posteriormente, o francês —, que se firmavam em
princípios biológicos. Faziam parte de um movimento mais amplo, de natureza
cultural, política e científica, conhecido como Movimento Ginástico Europeu, e foi a
primeira sistematização científica da Educação Física no Ocidente.
Na década de 30, no Brasil, dentro de um contexto histórico e político mundial,
com a ascensão das ideologias nazistas e fascistas, ganham força novamente as
ideias que associam a eugenização da raça à Educação Física. O exército passou a
ser a principal instituição a comandar um movimento em prol do “ideal” da Educação
Física que se mesclava aos objetivos patrióticos e de preparação pré-militar. O
discurso eugênico logo cedeu lugar aos objetivos higiênicos e de prevenção de
doenças. A finalidade higiênica foi duradoura, pois instituições militares, religiosas,
educadores da “escola nova” e Estado compartilhavam de muitos de seus
pressupostos.
Mas a inclusão da Educação Física nos currículos não havia garantido a sua
implementação prática, principalmente nas escolas primárias. Embora a legislação
visasse tal inclusão, a falta de recursos humanos capacitados para o trabalho com
Educação Física escolar era muito grande.
Apenas em 1937, é que se fez a primeira referência explícita à Educação
Física em textos constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática
educativa obrigatória (e não como disciplina curricular), junto com o ensino cívico e os
trabalhos manuais, em todas as escolas brasileiras.
Do final do Estado Novo até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação de 1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro.
5
Nessa lei ficou determinada a obrigatoriedade da Educação Física para o ensino
primário e médio. A partir daí o esporte passou a ocupar cada vez mais espaço nas
aulas de Educação Física. O processo de esportivização da Educação Física escolar
iniciou com a introdução do Método Desportivo Generalizado.
Após 1964, a educação, de modo geral, sofreu as influências da tendência
tecnicista. O ensino era visto como uma maneira de se formar mão-de-obra
qualificada. Era a época da difusão dos cursos técnicos profissionalizantes. Nesse
quadro, em 1968, com a Lei n. 5.540, e, em 1971, com a 5.692, a Educação Física
teve seu caráter instrumental reforçado: era considerada uma atividade prática,
voltada para o desempenho técnico e físico do aluno.
Na década de 70, a Educação Física ganhou, mais uma vez, funções
importantes para a manutenção da ordem e do progresso. O governo militar investiu
na Educação Física em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração
nacional (entre os Estados) e na segurança nacional, tanto na formação de um
exército composto por uma juventude forte e saudável como na tentativa de
desmobilização das forças políticas oposicionistas. As atividades esportivas também
foram consideradas como fatores que poderiam colaborar na melhoria da força de
trabalho para o “milagre econômico brasileiro”. Nesse período estreitaram-se os
vínculos entre esporte e nacionalismo. Um bom exemplo é o uso que se fez da
campanha da seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo de 1970.
Em relação ao âmbito escolar, a partir do Decreto n. 69.450, de 1971,
considerou-se a Educação Física como “a atividade que, por seus meios, processos
e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais
do educando”. A falta de especificidade do decreto manteve a ênfase na aptidão física,
tanto na organização das atividades como no seu controle e avaliação. A iniciação
esportiva, a partir da quinta série, tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino;
buscava-se a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições
internacionais, representando a pátria.
Na década de 80 os efeitos desse modelo começaram a ser sentidos e
contestados: o Brasil não se tornou uma nação olímpica e a competição esportiva da
elite não aumentou o número de praticantes de atividades físicas. Iniciou-se então
uma profunda crise de identidade nos pressupostos e no próprio discurso da
Educação Física, que originou uma mudança significativa nas políticas educacionais:
a Educação Física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de
6
quinta a oitava séries do primeiro grau, passou a priorizar o segmento de primeira a
quarta e também a pré-escola. O enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor
do aluno, tirando da escola a função de promover os esportes de alto rendimento.
O campo de debates se fertilizou e as primeiras produções surgiram
apontando o rumo das novas tendências da Educação Física.
Atualmente se concebe a existência de algumas abordagens para a Educação
Física escolar no Brasil que resultam da articulação de diferentes teorias psicológicas,
sociológicas e concepções filosóficas. Todas essas correntes têm ampliado os
campos de ação e reflexão para a área das ciências humanas, e, embora contenham
enfoques científicos diferenciados entre si, com pontos muitas vezes divergentes, têm
em comum a busca de uma Educação Física que articule as múltiplas dimensões do
ser humano.
Nas escolas, embora já seja reconhecida como uma área essencial, a
Educação Física ainda é tratada como “marginal”, que pode, por exemplo, ter seu
horário “empurrado” para fora do período que os alunos estão na escola ou alocada
em horários convenientes para outras áreas e não de acordo com as necessidades
de suas especificidades (algumas aulas, por exemplo, são no último horário da
manhã, quando o sol está a pino). Outra situação em que essa “marginalidade” se
manifesta é no momento de planejamento, discussão e avaliação do trabalho, no qual
raramente a Educação Física é integrada.
A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996 busca
transformar o caráter que a Educação Física assumiu nos últimos anos ao explicitar
no art. 26, § 3o, que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola,
é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às
condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma,
a Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de primeiro ao nono ano,
não somente de sexto ao nono ano, como era anteriormente.
A consideração à particularidade da população de cada escola e a integração
ao projeto pedagógico evidenciaram a preocupação em tornar a Educação Física uma
área não-marginalizada.
Assim a presente proposta busca democratizar e diversificar o ensino da
disciplina em questão, saindo da visão biológica para uma concepção mais
abrangente que contemple todas as dimensões envolvidas em cada prática corporal.
7
1.1 Fundamentos do Componente Curricular
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular - 2016, nas últimas
décadas, a Educação Física brasileira vem empreendendo esforços para se alinhar
aos propósitos republicanos que regem a Educação Básica: possibilitar as novas
gerações a preservação e a reconstrução crítica da herança cultural acumulada pela
humanidade, sob a forma de conhecimentos sistematizados.
Nessa perspectiva, é responsabilidade da Educação Física tratar das práticas
corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas
como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, por meio da
gestualidade e do patrimônio cultural da humanidade, produzidas por diversos grupos
sociais no decorrer da história. Nas aulas, tais práticas devem ser abordadas como
um fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional e singular,
assegurando a construção e a reconstrução de um conjunto de conhecimentos
necessários a formação do cidadão, que permitam a participação dos/as estudantes
de forma confiante e autoral na sociedade, bem como a ampliação dos recursos para
o cuidado de si e dos outros.
Esse modo de entender a Educação Física permite, no trato com o
conhecimento, articulá-la à área de Linguagens, resguardadas as singularidades de
cada um dos seus componentes, conforme reafirmado pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica – DCNEB (BRASIL, 2013). Entre as convergências
com os demais componentes dessa área, destacam-se os seguintes objetivos
comuns:
a) ampliar as possibilidades de uso das práticas de linguagens;
b) conhecer a organização interna dessas manifestações;
c) compreender o enraizamento sociocultural das práticas de linguagens e o
modo como elas estruturam as relações humanas.
Materializar esta proposta de organização curricular da Educação Física nas
escolas exige o enfrentamento e a superação de alguns desafios:
a) desafios de legitimação ético-política: formular um sentido para a Educação
Física articulado à função social da escola;
b) desafios curriculares: explicitar e organizar os conhecimentos pelos quais
o componente curricular é responsável, bem como formular progressões, com
8
maior grau de complexidade e maior densidade crítica, no decorrer dos anos
escolares;
c) desafios interdisciplinares: possibilitar o diálogo com os conhecimentos
produzidos/trabalhados nas demais áreas;
d) desafios didáticos: elaborar estratégias para ensinar e avaliar, em uma
perspectiva coerente aos propósitos da Educação Física, como componente
da área das Linguagens.
Esse último desafio demanda adequar as experiências corporais
proporcionadas à especificidade da escola, reconhecendo tanto sua função social,
como as possibilidades ambientais e materiais do contexto.
É importante deixar claro que não se trata de reproduzir as condições para a
realização da prática, no transcorrer das aulas, tal como elas ocorrem fora da escola.
Por exemplo, práticas como corrida de orientação ou skate, entre tantas outras, não
só podem como devem ser transformadas, didática e pedagogicamente, para que
sejam tematizadas nas aulas de Educação Física.
Finalmente, é fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de
possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, adolescentes, jovens e
adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. Esse
universo compreende saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas
que se inscrevem, mas não se restringem, à racionalidade típica dos saberes
científicos, comumente, orientadores das práticas pedagógicas na escola.
1.2 A Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Nos anos finais do Ensino Fundamental, os/as estudantes se deparam com
diversos docentes, que assumem vários componentes e atividades, tornando-se mais
complexas as interações e a sistemática de estudos.
Portanto, as escolas têm que atentar para as questões da transição,
especialmente entre o 5° e o 6° anos, garantindo a organicidade e a
interdisciplinaridade no processo formativo.
Os alunos, nesta etapa de escolarização, têm maior capacidade de abstração
em relação aos anos iniciais, assim como maior capacidade de acessar diferentes
fontes de informação. Essas características permitem aos/às estudantes um maior
aprofundamento nos estudos das práticas corporais na escola. No entanto, essa
9
concepção não costuma fazer parte das aulas de Educação Física, quando essas se
restringem ao ensino de alguns fundamentos dos esportes mais tradicionais, como
futebol, voleibol, basquetebol e handebol, distribuídos ao longo do ano letivo e, ainda,
centrados exclusivamente na perspectiva procedimental (saber fazer). Ao contrário
dessa tradição, a proposição da Base Nacional Comum Curricular, consiste na
diversificação das práticas corporais tematizadas e na abordagem das dimensões de
conhecimentos que organizam os objetivos de aprendizagem do componente
Educação Física. Cabe destacar que a Base prevê a garantia de uma aprendizagem
efetiva de algumas práticas corporais, escolhidas pelo coletivo da escola, que
oportunizam ao/à estudante participar, de forma proficiente e autônoma, em contextos
de lazer e saúde.
De modo mais específico, os propósitos centrais para a Educação Física,
nesta etapa, são os seguintes:
- Experimentar, fruir e apreciar de diferentes danças, ginásticas, esportes,
lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo;
- Usar práticas corporais para potencializar o envolvimento em contextos de
lazer e ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde;
- Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos
com a organização da vida coletiva e individual;
- Identificar, interpretar e recriar os valores, sentidos e significados atribuídos
às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam;
- Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus
efeitos e combater posicionamentos discriminatórios, com relação às práticas
corporais e aos seus participantes;
- Formular e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as
possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver
no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo;
- Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da
identidade cultural dos povos e grupos, identificando nelas os marcadores
sociais de gênero, geração, padrões corporais, raça/etnia, religião;
- Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão,
propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto
comunitário;
10
- Estabelecer relações entre a realização das práticas corporais e os
processos de saúde/doença;
- Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e
estética corporal.
11
2 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO
Nos 3º e 4º ciclos dos anos finais do Ensino Fundamental, foram propostas as
seguintes práticas: danças, esportes, ginásticas (demonstração e condicionamento
físico), lutas e práticas corporais de aventura.
Ao final de alguns objetivos de aprendizagem apresentados no Panorama
aparecem siglas, aqui estão os seus significados:
Economia, educação financeira e sustentabilidade [ES]; Culturas indígenas e
africanas [CIA]; Culturas digitais [CD]; Direitos humanos e cidadania [DHC], Educação
Fiscal [EF] e Educação Ambiental [EA].
A Educação Física nas séries finais possibilita ao aluno a oportunidade de
desenvolver habilidades corporais através da participação efetiva nas atividades
proposta. A pratica da educação física além de ser fundamental para o
desenvolvimento e funcionamento do nosso organismo, possui um valor de
entretenimento e interação social. Aprende a praticar esportes propicia ás pessoas
uma nova visão sobre a vida.
Os eixos norteadores temáticos visam à inclusão de todos nas aulas e o
trabalho com a diversidade humana, perpassando por todas as categorias de
conteúdo: conceituais, atitudes e procedimentais, que dentro da disciplina são
organizadas e articuladas entre si, tendo vários conteúdos em comum: ginásticas,
jogos, lutas e esportes, conhecimento sobre o corpo e atividades rítmicas e
expressivas, considerando o desenvolvimento de competências e habilidades.
12
3 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA
Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 6º ano
PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 3º CICLO, 6º ANO
Eixos: esportes, ginásticas, lutas, danças e
práticas corporais de aventura.
1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos
esportes técnico-combinatórios, de marca, de campo-e-taco, precisão e invasão;
2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola,
usando habilidades técnico-táticas básicas;
3. Fruir a experimentação de diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e
o protagonismo;
4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios
técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como
das modalidades experimentadas;
5. Contribuir no enfrentamento de situações de injustiça e preconceito, geradas e/ou
presentes no contexto da prática esportiva, com ênfase nas problemáticas de gênero e
na produção de alternativas democráticas para sua superação [DHC];
6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e as principais regras
das modalidades praticadas;
7. Distinguir os diversos tipos de esportes e recriar suas possibilidades de prática;
8. Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento;
9. Compreender as transformações dos esportes, as possibilidades de recriá-los, bem
como as implicações na organização e na prática das suas diferentes manifestações
(profissional e comunitário/lazer);
10. Identificar os esportes praticados e os não praticados na comunidade e refletir sobre as
características de seus praticantes;
11. Propor e produzir alternativas para experimentar esportes não disponíveis e/ou
acessíveis na comunidade.
ESPORTES
 Considerações sobre os esportes:
 Quanto à participação: individual e coletiva;
 Quanto ao meio: aquático, terrestre e aéreo;
 As regras e penalidades esportivas;
 A importância do esporte no desenvolvimento de atitudes
e valores éticos e democráticos;
Atletismo:
 Fundamentos: corridas, saltos, arremessos e
lançamentos;
 Histórico;
 Provas masculinas e femininas.
Xadrez:
 Regras, tabuleiro, peças e prática;
 Desenvolvimento de habilidades tendo como
destaque: memória, concentração, planejamento e
tomadas de decisões.
Damas:
 Regras;
 Estratégias;
 Curiosidades.
13
GINÁSTICA
 Elementos históricos da Educação Física:
 Pré-história;
 Grécia;
 Roma;
Ginástica:
 Fundamentos da ginástica:
 Saltar/equilibrar,
 Rolar,
 Girar,
 Trepar/subir,
 Balançar;
 Utilização de aparelhos:
 Plinto (saltos);
 Trampolim (impulsão);
 Barra (equilíbrio);
 Solo (rolamento e estrela);
 Importância da ginástica;
 Benefícios e riscos;
12. Experimentar e produzir composições ginásticas individuais e em grupos, a partir de
diferentes temas, com e sem materiais;
13. Fruir a prática da ginástica de demonstração, valorizando o trabalho coletivo e criativo;
14. Formular e utilizar estratégias para solucionar desafios surgidos no trabalho de
composição ginástica, a partir de diferentes temas, com e sem materiais;
15. Produzir e experimentar apresentações ginásticas coletivas, com base no
reconhecimento das singularidades presentes no grupo, com ênfase nas questões de
gênero [DHC];
16. Reconhecer os procedimentos necessários para a elaboração de apresentações de
ginástica, a partir de temas, com e sem materiais;
17. Compreender as conexões entre a gestualidade e a temática anunciada nas
apresentações ginásticas;
18. Produzir e experimentar apresentações ginásticas que possibilitem reflexão acerca de
temas relevantes do cotidiano;
19. Compreender os sentidos e os significados atribuídos à ginástica de demonstração
pelos seus praticantes;
20. Experimentar e produzir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas;
21. Fruir os exercícios físicos experimentados, valorizando as experiências sensíveis;
22. Perceber e interpretar as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios
físicos;
23. Construir coletivamente procedimentos e normas de convívio que viabilizem a
participação de todos na prática de exercícios físicos, com especial atenção as
questões de gênero presentes nesse universo [DHC];
24. Diferenciar exercício físico de atividades físicas e de outras práticas corporais;
25. Compreender as mudanças históricas nas demandas de atividade física (laboral,
doméstica e de deslocamento) e seus vínculos com as ginásticas de condicionamento
físico.
14
LUTAS
 Histórico das lutas como manifestação cultural;
 Definição de luta e classificação:
 Lutas de distância – Capoeira, Caratê, Kung-fu,
esgrima, boxe e Tae Kwondô;
 Lutas corpo a corpo – Judô, Jiu-jitsu, Sumô e Greco-
romana;
 Fundamentos das lutas: agarrar, derrubar, cair,
desequilibrar, imobilizar, bater, defender e esquivar;
 Aspectos culturais das lutas;
 As lutas e a violência social.
26. Experimentar e recriar diferentes lutas presentes na cultura brasileira e realizar uma
delas de forma proficiente (ex.: Capoeira, Huka-Huka, Luta Marajoara, dentre outras).
[CIA];
27. Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, valorizando a segurança e a própria
integridade física, bem como a dos demais;
28. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas da cultura brasileira experimentadas;
29. Reconhecer e respeitar o/a colega como oponente no contexto da prática de lutas, com
especial atenção as questões de gênero [DHC];
30. Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária,
materiais, instalações, instituições) das lutas da cultura brasileira;
31. Compreender as transformações históricas das lutas da cultura brasileira, bem como
as possibilidades de recriá-las. [CIA];
32. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas da cultura brasileira;
33. Propor alternativas para preservar e valorizar as lutas da cultura brasileira.
DANÇA
 A histórica da dança;
 A dança e sua importância par o homem através da
história;
 Expressão corporal.
Dança de rua:
 Rap;
 Hip hop;
 Funk;
 Street dance;
 A dança como instrumento e desenvolvimento de valores
e atitudes.
34. Experimentar e recriar danças populares do mundo;
35. Fruir e apreciar danças populares do mundo, valorizando a diversidade cultural [CIA];
36. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos,
espaço, gestos) das diversas danças populares do mundo;
37. Problematizar e estabelecer acordos no universo das danças populares do mundo,
objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na
equidade e no respeito às diferenças, com ênfase nas questões de gênero. [DHC];
38. Contribuir para o enfrentamento de situações de preconceito geradas e/ou presentes
no contexto das danças populares do mundo, com ênfase nas problemáticas de gênero
[DHC];
39. Analisar as características dos diferentes ritmos, gestos, coreografias e músicas das
danças populares do mundo;
40. Compreender criticamente e valorizar os diferentes sentidos e significados presentes
nas danças populares do mundo, bem como as possibilidades de recriá-las;
41. Participar na proposição e na produção de alternativas para praticar, fora do horário
escolar, diferentes danças populares do mundo.
15
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
 O que são os esportes de aventura?
 Terrestres
 Aquáticos
 Aéreos
 Skate
 Patins
 Ciclismo
42. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura urbanas (ex.: parkour, skate,
patins, bike);
43. Fruir as práticas corporais de aventura experimentadas, valorizando a segurança e a
própria integridade física, bem como a dos demais;
44. Identificar riscos e formular estratégias para superar os desafios da realização de
práticas corporais de aventura;
45. Realizar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e
minimizando os impactos da degradação ambiental [EA];
46. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, instrumentos, equipamentos de
segurança, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais de aventura
urbanas;
47. Conhecer a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las;
48. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para a realização de
diferentes práticas corporais de aventura urbanas [EA].
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
16
Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 7º ano
PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 3º CICLO, 7º ANO
Eixos: esportes, ginásticas, lutas,
danças e práticas corporais de
aventura.
1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos esportes
técnico-combinatórios, de marca, de campo-e-taco, precisão e invasão;
2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando
habilidades técnico-táticas básicas;
3. Fruir a experimentação de diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo;
4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios
técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das
modalidades experimentadas;
5. Contribuir no enfrentamento de situações de injustiça e preconceito, geradas e/ou presentes
no contexto da prática esportiva, com ênfase nas problemáticas de gênero e na produção de
alternativas democráticas para sua superação [DHC];
6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e as principais regras das
modalidades praticadas;
7. Distinguir os diversos tipos de esportes e recriar suas possibilidades de prática;
8. Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento;
9. Compreender as transformações dos esportes, as possibilidades de recriá-los, bem como as
implicações na organização e na prática das suas diferentes manifestações (profissional e
comunitário/lazer);
10. Identificar os esportes praticados e os não praticados na comunidade e refletir sobre as
características de seus praticantes;
11. Propor e produzir alternativas para experimentar esportes não disponíveis e/ou acessíveis na
comunidade.
ESPORTES
 A importância do esporte no desenvolvimento
de atitudes e valores éticos e democráticos.
Handebol:
 Histórico;
 Fundamentos básicos: passes,
arremessos e fintas;
 Posições dos jogadores;
 Sistemas táticos;
 A quadra do handebol;
 Regras básicas;
 Benefícios e riscos.
Xadrez:
 Regras, tabuleiro, peças e prática.
 Desenvolvimento de habilidades tendo
como destaque: memória,
concentração, planejamento e tomadas
de decisões.
Damas:
 Regras;
 Estratégias;
 Curiosidades.
17
GINÁSTICA
Histórico da Educação Física:
 Idade Média;
 Idade Moderna e Contemporânea;
Ginástica Rítmica;
 Histórico;
 Aparelhos utilizados: corda, arco, maças,
bola e fita;
 Importância da ginástica, benefícios e
riscos.
12. Experimentar e produzir composições ginásticas individuais e em grupos, a partir de
diferentes temas, com e sem materiais;
13. Fruir a prática da ginástica de demonstração, valorizando o trabalho coletivo e criativo;
14. Formular e utilizar estratégias para solucionar desafios surgidos no trabalho de composição
ginástica, a partir de diferentes temas, com e sem materiais;
15. Produzir e experimentar apresentações ginásticas coletivas, com base no reconhecimento
das singularidades presentes no grupo, com ênfase nas questões de gênero [DHC];
16. Reconhecer os procedimentos necessários para a elaboração de apresentações de ginástica,
a partir de temas, com e sem materiais;
17. Compreender as conexões entre a gestualidade e a temática anunciada nas apresentações
ginásticas;
18. Produzir e experimentar apresentações ginásticas que possibilitem reflexão acerca de temas
relevantes do cotidiano;
19. Compreender os sentidos e os significados atribuídos à ginástica de demonstração pelos
seus praticantes;
20. Experimentar e produzir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas;
21. Fruir os exercícios físicos experimentados, valorizando as experiências sensíveis;
22. Perceber e interpretar as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios físicos;
23. Construir coletivamente procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação
de todos na prática de exercícios físicos, com especial atenção as questões de gênero
presentes nesse universo [DHC];
24. Diferenciar exercício físico de atividades físicas e de outras práticas corporais;
25. Compreender as mudanças históricas nas demandas de atividade física (laboral, doméstica
e de deslocamento) e seus vínculos com as ginásticas de condicionamento físico.
LUTAS
 A Capoeira como manifestação de luta
brasileira;
 Histórico;
 Fundamentos e suas manifestações
26. Experimentar e recriar diferentes lutas presentes na cultura brasileira e realizar uma delas de
forma proficiente (ex;: Capoeira, Huka-Huka, Luta Marajoara, dentre outras) [CIA];
27. Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, valorizando a segurança e a própria
integridade física, bem como a dos demais;
28. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas da cultura brasileira experimentadas;
29. Reconhecer e respeitar o/a colega como oponente no contexto da prática de lutas, com
especial atenção as questões de gênero [DHC];
30. Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária,
materiais, instalações, instituições) das lutas da cultura brasileira;
31. Compreender as transformações históricas das lutas da cultura brasileira, bem como as
possibilidades de recriá-las [CIA];
32. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas da cultura brasileira;
33. Propor alternativas para preservar e valorizar as lutas da cultura brasileira.
DANÇA
34. Experimentar e recriar danças populares do mundo;
35. Fruir e apreciar danças populares do mundo, valorizando a diversidade cultural [CIA];
18
 O corpo da dança e os movimentos
expressivos;
 Danças populares, folclóricas, tradicionais
maranhenses;
 Tambor e crioula;
 Cacuriá;
 Dança do coco;
 Dança de São Gonçalo;
 Dança do lelê;
 Bumba meu boi;
 A dança como instrumento de
desenvolvimento de valores e atitudes.
36. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço,
gestos) das diversas danças populares do mundo;
37. Problematizar e estabelecer acordos no universo das danças populares do mundo,
objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na
equidade e no respeito às diferenças, com ênfase nas questões de gênero [DHC];
38. Contribuir para o enfrentamento de situações de preconceito geradas e/ou presentes no
contexto das danças populares do mundo, com ênfase nas problemáticas de gênero; [DHC]
39. Analisar as características dos diferentes ritmos, gestos, coreografias e músicas das danças
populares do mundo;
40. Compreender criticamente e valorizar os diferentes sentidos e significados presentes nas
danças populares do mundo, bem como as possibilidades de recriá-las;
41. Participar na proposição e na produção de alternativas para praticar, fora do horário escolar,
diferentes danças populares do mundo.
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
 O que são os esportes de aventura?
 Terrestres
 Aquáticos
 Aéreos.
 Trekking
 Rapel
 Slack Line
42. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura urbanas (ex.: parkour, skate, patins,
bike);
43. Fruir as práticas corporais de aventura experimentadas, valorizando a segurança e a própria
integridade física, bem como a dos demais;
44. Identificar riscos e formular estratégias para superar os desafios da realização de práticas
corporais de aventura;
45. Realizar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e
minimizando os impactos da degradação ambiental [EA];
46. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, instrumentos, equipamentos de
segurança, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais de aventura urbanas;
47. Conhecer a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las;
48. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para a realização de
diferentes práticas corporais de aventura urbanas [EA].
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
19
Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 8º ano
PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 4º CICLO, 8º ANO
Eixos: esportes, ginásticas, lutas,
danças e práticas corporais de
aventura.
1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de
precisão, rede/parede e de invasão;
2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando
habilidades técnico-táticas básicas, de forma proficiente, e combinações táticas e sistemas
de jogo de forma elementar;
3. Fruir a experimentação e apreciar diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo
e o protagonismo;
4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios
técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das
modalidades experimentadas;
5. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no
contexto da prática esportiva e produzir alternativas para sua superação, com especial
atenção nas questões étnico-raciais e indígenas [DHC];
6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas,
sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas;
7. Diferenciar e reconhecer as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna
e recriar suas possibilidades de prática;
8. Desempenhar e reconhecer diferentes papéis (ex.: árbitro, secretário, cronometrista, técnico,
dirigente etc.) do mundo esportivo institucionalizado;
9. 09 Compreender criticamente a emergência e as transformações históricas do fenômeno
esportivo e alguns de seus problemas (ex. “doping”, corrupção, violência etc.), bem como
levantar hipóteses para sua modificação [DCH];
10. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam os esportes [CD];
11. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes;
12. Propor e produzir alternativas para, no tempo livre, praticar esporte na comunidade.
ESPORTES
 Esporte e mídia.
 Futebol de campo:
 Histórico;
 Fundamentos: domínio, condução, finta,
passes, cabeceio e chute;
 Posições dos jogadores;
 Sistemas táticos;
 Campo de jogo;
 Regras básicas;
 Benefícios e riscos;
Basquetebol:
 Histórico;
 Fundamentos básicos: passes,
condução, arremessos e finta.
 Xadrez:
 Regras, tabuleiro, peças e prática.
 Desenvolvimento de habilidades tendo
como destaque: memória, concentração,
planejamento e tomadas de decisões.
Xadrez:
 Regras, tabuleiro, peças e prática.
 Desenvolvimento de habilidades tendo
como destaque: memória,
20
concentração, planejamento e tomadas
de decisões.
GINÁSTICA (EXERCÍCIOS FÍSICOS)
 Benefícios da atividade física quanto à
duração dos efeitos fisiológicos: efeitos
agudos imediatos, agudos tardios e crônicos;
Nutrição
 Importância de uma boa alimentação:
 Os nutrientes e sua classificação;
 A alimentação saudável;
 Distúrbios alimentares;
 Padrão de beleza, individualidades
biológicas e mídia.
 A importância dos primeiros socorros na
atividade física.
13. Experimentar um ou mais programas de exercícios físicos;
14. Fruir os exercícios físicos, em diferentes programas, valorizando as experiências sensíveis;
15. Perceber as exigências corporais provocadas por diversos programas de exercícios físicos;
16. Adaptar diversos tipos de exercícios físicos as condições disponíveis no cotidiano;
17. Reconhecer que os programas de exercícios físicos devem se adequar as singularidades do
sujeito, sem estabelecer hierarquias entre os praticantes [DCH];
18. Reconhecer e analisar as características dos programas de exercícios físicos (planejamento,
organização, método, locais, equipamentos etc.), estabelecendo relações com os seus
efeitos;
19. Compreender criticamente os diferentes sentidos e interesses atribuídos aos programas de
exercícios físicos, considerando a forma como são enunciados em diferentes meios
(científico, midiático, esportivo, escolar etc.) [CD];
20. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a realização de
exercícios físicos.
21
LUTAS
Caratê
 Histórico;
 Fundamentos e manifestações.
21. Experimentar e recriar lutas das diversas culturas (Ex.: Judô, Aikidô, Jiu Jitsu; Muay Thai,
Boxe, Chinese Boxing; Esgrima, Kendo; Derruba Toco, Huka Huka, dentre outras);
22. Fruir e apreciar diferentes tipos de lutas das diversas culturas, valorizando a segurança e a
própria integridade física e a dos outros;
23. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas;
24. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no
contexto das lutas e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção as
questões étnico-raciais e indígenas [DCH];
25. Reconhecer as características técnico-táticas das lutas das diversas culturas, sendo capaz
de construir novas regras e sugerir outras formas de realização;
26. Compreender as marcas sociais, as transformações históricas e o processo de esportivização
de uma ou mais lutas das diversas culturas, bem como as possibilidades de recriá-las;
27. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam as lutas [CD];
28. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas das diversas culturas.
DANÇA
 Danças nacionais: Samba, axé, afoxé, forró e
pagode;
 Danças acadêmicas: Balé, dança moderna,
Jazz e balé contemporâneo;
 A dança coco meio de desenvolvimento de
valores e atitudes;
JOGOS
 Valores explícitos e implícitos associados a
jogos:
 Competição;
 Cooperação;
 Ludicidade;
 Exclusão;
 Individualidade;
 Coletividade.
29. Experimentar e recriar danças de salão e de rua;
30. Fruir e apreciar danças de salão e de rua, valorizando a diversidade cultural;
31. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço,
gestos) das danças de salão e de rua;
32. Identificar, compreender e recriar coletivamente os valores atribuídos às danças de salão e
de rua, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas;
33. Analisar as características das danças de salão e de rua, identificando seus ritmos, gestos,
coreografias e músicas, relacionando-as com seus grupos de origem;
34. Compreender criticamente as transformações históricas das danças de salão e de rua, bem
como levantar hipóteses para sua transformação;
35. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para realização de danças
de salão e de rua.
PRÁTICAS COROPORAIS DE AVENTURA
 Corrida de aventura
36. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura na natureza (ex.: corrida de
orientação, trilhas interpretativas, arborismo, mountain bike, rapel, tirolesa, entre outras) [EA];
22
 Arvorismo;
 Mountain Bike;
 Kitesurf;
 Mergulho;
 Rafiting;
 Boia cross;
 Asa Delta;
 Balonismo.
37. Fruir e apreciar práticas corporais de aventura na natureza, valorizando o cuidado com o meio
ambiente [EA];
38. Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os
desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza;
39. Realizar práticas corporais de aventura, respeitando o patrimônio natural e minimizando os
impactos da degradação ambiental [EA];
40. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, equipamentos de segurança,
instrumentos, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais na natureza;
41. Compreender criticamente as transformações históricas das práticas corporais de aventura
na natureza, bem como as possibilidades de recriá-las;
42. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis no entorno para a realização de diferentes
práticas corporais de aventura na natureza [EA].
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
23
Quadro 4: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 9º ano
PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 4º CICLO, 9º ANO
Eixos: esportes, ginásticas, lutas,
danças e práticas corporais de
aventura.
1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de
precisão, rede/parede e de invasão;
2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando
habilidades técnico-táticas básicas, de forma proficiente, e combinações táticas e sistemas
de jogo de forma elementar;
3. Fruir a experimentação e apreciar diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo
e o protagonismo;
4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios
técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das
modalidades experimentadas;
5. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no
contexto da prática esportiva e produzir alternativas para sua superação, com especial
atenção nas questões étnico-raciais e indígenas [DHC];
6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas,
sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas;
7. Diferenciar e reconhecer as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna
e recriar suas possibilidades de prática;
8. Desempenhar e reconhecer diferentes papéis (ex.: árbitro, secretário, cronometrista, técnico,
dirigente etc.) do mundo esportivo institucionalizado;
9. Compreender criticamente a emergência e as transformações históricas do fenômeno
esportivo e alguns de seus problemas (ex. “doping”, corrupção, violência etc.), bem como
levantar hipóteses para sua modificação [DCH];
10. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam os esportes [CD];
11. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes;
12. Propor e produzir alternativas para, no tempo livre, praticar esporte na comunidade.
ESPORTES
Voleibol:
 Histórico;
 Fundamentos básicos: saque, recepção,
levantamento, ataque, bloqueio e defesa;
 Posições dos jogadores;
 Sistemas táticos;
 Quadra de voleibol;
 Regras básicas;
 Benefícios e riscos.
Xadrez:
 Regras, tabuleiro, peças e prática.
 Desenvolvimento de habilidades tendo
como destaque: memória, concentração,
planejamento e tomadas de decisões.
GINÁSTICA
Exercícios físicos:
 Atividades físicas como forma de prevenção e
controle de doenças;
 Hipertensão, diabetes e obesidade:
 Definição;
 Tipos causas;
 Benefícios da atividade física.
13. Experimentar um ou mais programas de exercícios físicos;
14. Fruir os exercícios físicos, em diferentes programas, valorizando as experiências sensíveis;
15. Perceber as exigências corporais provocadas por diversos programas de exercícios físicos;
16. Adaptar diversos tipos de exercícios físicos as condições disponíveis no cotidiano;
17. Reconhecer que os programas de exercícios físicos devem se adequar as singularidades do
sujeito, sem estabelecer hierarquias entre os praticantes [DCH];
18. Reconhecer e analisar as características dos programas de exercícios físicos (planejamento,
organização, método, locais, equipamentos etc.), estabelecendo relações com os seus
efeitos;
24
 Atividade física e o uso de drogas e
anabolizantes;
 As drogas e seus efeitos;
 Os riscos oferecidos à saúde pelas drogas
lícitas e ilícitas;
 O que são anabolizantes;
 Consequências do uso de anabolizantes;
 A importância dos Primeiros Socorros na
atividade Física.
19. Compreender criticamente os diferentes sentidos e interesses atribuídos aos programas de
exercícios físicos, considerando a forma como são enunciados em diferentes meios
(científico, midiático, esportivo, escolar etc.) [CD];
20. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a realização de
exercícios físicos.
LUTAS
Boxe:
 Histórico;
 Fundamentos e manifestações;
 Luta Livre:
 Histórico;
 Fundamentos e manifestações;
 As lutas e a violência social.
21. Experimentar e recriar lutas das diversas culturas (Ex.: Judô, Aikidô, Jiu Jitsu; Muay Thai,
Boxe, Chinese Boxing; Esgrima, Kendo; Derruba Toco, Huka Huka, dentre outras);
22. Fruir e apreciar diferentes tipos de lutas das diversas culturas, valorizando a segurança e a
própria integridade física e a dos outros;
23. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas;
24. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no
contexto das lutas e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção as
questões étnico-raciais e indígenas [DCH];
25. Reconhecer as características técnico-táticas das lutas das diversas culturas, sendo capaz
de construir novas regras e sugerir outras formas de realização;
26. Compreender as marcas sociais, as transformações históricas e o processo de esportivização
de uma ou mais lutas das diversas culturas, bem como as possibilidades de recriá-las;
27. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam as lutas [CD];
28. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas das diversas culturas.
DANÇA
 Análise histórica e social dos diversos estilos
de dança;
 Dança e mídia;
 A dança como meio de desenvolvimento de
valores e atitudes;
Dança de salão:
 Salsa;
 Bolero;
 Samba de gafieira;
 Forró;
 Reggae.
29. Experimentar e recriar danças de salão e de rua;
30. Fruir e apreciar danças de salão e de rua, valorizando a diversidade cultural;
31. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço,
gestos) das danças de salão e de rua;
32. Identificar, compreender e recriar coletivamente os valores atribuídos às danças de salão e
de rua, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas;
33. Analisar as características das danças de salão e de rua, identificando seus ritmos, gestos,
coreografias e músicas, relacionando-as com seus grupos de origem;
34. Compreender criticamente as transformações históricas das danças de salão e de rua, bem
como levantar hipóteses para sua transformação;
35. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para realização de danças
de salão e de rua.
25
PRÁTICAS COROPORAIS DE AVENTURA
Corrida de Orientação:
 Escalada
 Parkour
 SUP Stand Up Poddie
 Surfe
 Paragliding
 Paraquedismo
 Tirolesa
36. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura na natureza (ex.: corrida de
orientação, trilhas interpretativas, arborismo, mountain bike, rapel, tirolesa, entre outras) [EA];
37. Fruir e apreciar práticas corporais de aventura na natureza, valorizando o cuidado com o meio
ambiente [EA];
38. Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os
desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza;
39. Realizar práticas corporais de aventura, respeitando o patrimônio natural e minimizando os
impactos da degradação ambiental [EA];
40. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, equipamentos de segurança,
instrumentos, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais na natureza;
41. Compreender criticamente as transformações históricas das práticas corporais de aventura
na natureza, bem como as possibilidades de recriá-las;
42. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis no entorno para a realização de diferentes
práticas corporais de aventura na natureza [EA].
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
26
27
4 METODOLOGIA
A diversidade de objetivos de aprendizagem, de uma pluralidade de
procedimentos e conteúdos, culturas múltiplas e as limitações da estrutura física e de
material, a Educação Física flutua muito de uma Região para outra até mesmo dentro
da mesma rede de ensino, essa realidade se confirma em Açailândia na rede
municipal de educação, porém, ao propor uma metodologia, apresenta-se uma forma
de trabalho e não uma regra inalterável, deve se levar em conta a realidade de cada
professor e estrutura física do local, pois no caso desse componente sempre varia de
uma escola para outra.
Os recursos metodológicos sugeridos são:
 A Roda: conversas onde os alunos podem apresentar o que já conhecem sobre
o assunto a ser aprendido, suas vivências, trazendo para a roda conceitos,
procedimentos e atitudes já internalizados;
 Mídia: utilizar filmes, imagens, propagandas, documentários, textos etc., eles
ajudam a estabelecer conexão entre o conceito e sua aplicabilidade, deixando
o estudante mais à vontade para debater ou tirar conclusões;
 Pesquisas, através delas, entende-se, que o aluno pode ampliar seus
conhecimentos, não se limitando ao que o professor apresenta em sala,
tornando este indivíduo autônomo na busca do próprio conhecimento, o desafio
de aprender a aprender.
Quadro 5: Exemplo de planejamento
Conteúdo: Atividades rítmicas expressivas
Tema: Hip-hop
Dimensões
do
conhecimento
Ações Tarefas
Conceitual  Avaliação: sondagem sobre experiências
anteriores;
 Leituras sobre o tema abordado;
 Apresentação de informações, termos e
peculiaridades do hip-hop.
Pesquisa. Para o
professor e para os
alunos sobre os
possíveis materiais
a serem utilizados
nas aulas (filmes,
músicas e recursos
humanos);
Pesquisa na
comunidade local
sobre a
manifestação hip-
hop,
estabelecendo
uma relação com
um dos objetivos
Procedimental  Reprodução de movimentos da dança;
 Elaboração de coreografias;
 Ouvir músicas de rap e discutir suas letras;
 Produzir músicas com letras pertinentes aos
assuntos tratados.
Atitudinal  Discussão sobre as vivências;
 Reflexão e discussão sobre o que experimentaram
o que sentiram e como agiram.
28
da Educação Física
- o Lazer
Fonte: Darido (2011, p.29)
4.1 Avaliação
Durante muito tempo, a avaliação foi usada como ferramenta para classificar e
rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova
bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo
ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como um dos mais importantes
instrumentos à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da
escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar
caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer alternativas
para uma evolução mais segura.
Em qualquer componente curricular o professor deve encarar a avaliação como
um processo de reorientação para uma aprendizagem melhor e para o progresso do
sistema de ensino como tarefa importante que precisa ser planejada antes de
qualquer situação didática, levando em consideração os saberes dos estudantes
como protagonistas desse momento, identificando exatamente o que desejam
aprender. Nesse diálogo o educador deve colocar-se como parceiro. Em outras
palavras, discutir os critérios de avaliação de forma coletiva e partilhada com os
estudantes a fim de obter resultados melhores para ambos.
Outro aspecto importante no ato de avaliar que cabe ao professor é listar os
conteúdos realmente importantes, informá-los aos alunos e evitar mudanças
desnecessárias, para obtenção de resultados significativos. Tomar as decisões que
possibilitem atingir os resultados esperados e planejar atividades desafiadoras,
sequências didáticas ou projetos por meio de bons instrumentos avaliativos para cada
etapa ou segmento de ensino é uma boa oportunidade para avaliar aquilo que foi
ensinado.
Todas as proposições apresentadas no Currículo Referência de Educação
Física, estão em consonância com a ideia de avaliação como ato relacionado ao
progresso do estudante, descartando toda e qualquer ideia que esteja relacionada ao
modelo tecnicista, que privilegiava a atribuição de notas e a classificação dos
estudantes de forma ameaçadora, uma arma.
29
A discussão desse tema passa pela compreensão do que significa avaliação
das práticas pedagógicas nessa área, bem como por instrumentos que verifiquem
avanços de aprendizagem que os alunos conquistam nos processos de ensino. Não
é uma tarefa simples ou fácil avaliar como os conteúdos da cultura corporal são
apreendidos.
A avaliação quantitativa se configura um desafio para o professor de Educação
Física, onde além do conhecimento intelectual os saberes corporais contam como
valor de aprendizagem. Percebendo que cada indivíduo tem características,
desempenho e evolução distintos, ao mesmo tempo em que se deve respeitar essas
diferenças faz-se necessário avaliar considerando estes saberes corporais
individualmente.
Estabelecer saberes corporais e saberes conceituais de cada conteúdo a ser
ensinado, viabiliza uma avaliação mais precisa e ampla para cada indivíduo,
possibilitando ao professor critérios bem definidos, mantendo a coerência entre os
conteúdos, as práticas e o desempenho.
Convém salientar que o processo avaliativo se estende das observações
feitas pelo professor sobre o aprendizado dos alunos até a estrutura da aula
por ele organizada e implementada. Ou seja, metodologia e avaliação são
faces de uma mesma moeda, compõem uma prática pedagógica que se
concretiza em uma constante relação de especificidade e unidade. (DARIDO,
2011, p. 31).
Durante as atividades avaliativas espera-se que o professor atente para as
capacidades dos estudantes de modo que possa refletir sobre sua prática pedagógica
no intuito de constantemente aperfeiçoá-la. Dessa forma, o processo de
aprendizagem dos educandos está intimamente ligado às oportunidades ofertadas
nos espaços da escola. Assim, é importante salientar que amparado pelo professor,
os estudantes possam refletir sobre as concepções de aprendizagem, bem como
sobre a necessidade de investimento constante em sua formação, considerando cada
oportunidade como estímulo à retomada de situações em que ocorra a reflexão sobre
a própria prática e a construção de saberes já constituídos. É diante desses
referenciais acerca da avaliação que se analisa as aprendizagens produzidas nas
aulas de educação física e que sirvam de alternativa para necessidade de melhoria
do ensino e da aprendizagem como resposta ao desafio de garantir que tanto os
educadores quanto os educandos obtenham sucesso.
30
5 SUGESTÕES DE ATIVIDADES AVALIATIVAS
5.1 TSPA como Ferramenta de Avaliação nas Aulas de Educação Física
Team Sports Performance Assessment Pocedure (TSPA) é uma ferramenta
desenvolvida por Ghèhaingne, Golbout e Bouthier (1997) com o propósito de produzir
informações válidas para avaliação do desempeno dos alunos nos esportes de
invasão, particularmente quanto ao comportamento do jogador nos subpapéis do
ataque.
Quadro 6: Dimensões observadas do desempenho do jogador no TSPA para jogos
de invasão.
Dimensão
considerada
Ações Definição
Passe de bola Bola
recebida(BR)
Passe de bola que resulta de passe de um colega de equipe.
Bola
conquistada/
recuperada
(BC)
Passe de bola que resulta da interceptação de passe entre
adversários roubada de bola, controle da bola após uma
finalização malsucedida do adversário ou rebote ofensivo.
Aproveitamento
da posse da
bola
Bola perdida
(BP)
O jogador perde a bola, que passa a ser controlada por um
jogador da outra equipe.
Bola neutra
(BN)
Passe com o propósito de progredir no campo ou fazer circular a
bola sem criar uma oportunidade efetiva de gol/ponto.
Bola ofensiva
(BO)
Passe para um companheiro que gera possibilidade efetiva de
marcar gol, ponto (independente de concretização)
Finalização
exitosa (FE)
Chutes/arremessos convertidos ou que são recuperados pela
equipe de ataque.
Fonte: González; Fraga (2012, p.168)
5.2 GPAI como Ferramenta de Avaliação nas Aulas de Educação Física
O Game Performance Assessment Instrument (GPAI) é uma ferramenta de
avaliação desenhada e aprimorada por um grupo de professores norte-americanos
com o propósito de oferecer um instrumento útil e confiável para aferir o desempenho
de jogo dos alunos nas aulas de Educação Física, projetado para analisar o
31
desempenho em diferentes esportes (invasão; rede divisória/parede de rebote; campo
e taco; de precisão). Nesse caso faremos referência à sua utilização no campo dos
esportes de invasão.
Quadro 7: Exemplo de utilização do GPAI como instrumento de avaliação
Atacante com posse
de bola (ACPB0
Tomada de
decisão do jogador
com posse bola
Refere-se à escolha que o jogador realiza nas ações
com posse de bola frene à situação de jogo. As
decisões que deve tomar quando estiver ocupando o
subpapel do atacante com posse de bola são
diversas, e podem ser consideradas como
adequadas ou não apenas com vase na situação.
Execução das
habilidades
Toda ação tática se materializa num movimento
corpora, dimensão de análise e eficácia do
movimento. A precisão do passe e do arremesso, por
exemplo, são observados neste item.
Atacante sem posse
de bola (ASPB) perto
do ACPB
Apoio No caso dos esportes de invasão está relacionado
diretamente à atuação do atacante sem posse de
bola. Sua tarefa é oferecer ao atacante com posse
de bola opções para faze o passe desmarcando-se
de seus defensores.
ASPB longe do ACPB Ajuste É a ação de deslocar-se no espaço de jogo conforme
as demandas da situação, associadas ao fluxo
contínuo entre ataque-defesa. No futebol, por
exemplo, ocorre quando os jogadores da defesa se
aproximam da linha central para apoiar o ataque,
caso seja necessário fechar os espaços mais à frente
e evitar um contra-ataque.
Defensores Base É a posição a que todo jogador deve retornar após o
ataque, no caso dos esportes de invasão
(considerando a necessidade de enfatizar, nas fases
iniciais, a marcação individual em vez de a
organização da defesa em sistemas de jogo) a vase
fica entre o atacante direto e a meta a ser defendida
dentro do próprio campo defensivo.
Marcação São intenções táticas dos defensores,
particularmente no que se refere aios cuidados com
a movimentação do atacante direto e com o
posicionamento defensivo.
Defensores do
atacante sem posse
de bola
Cobrir Na defesa, um aspecto importante da atuação de
quem está no subpapel do defensor do atacante sem
posse de bola é o auxílio ao marcador direto do
atacante com posse de bola da sua ação defensiva,
cobrindo a saída (protegendo as costas) quando
esse estiver pressionando o adversário
Fonte: González; Fraga (2012, p.168)
Quadro 8: Modelo de ficha - TSAP – Jogos de invasão
32
FICHA 1
TSAP – JOGOS DE INVASÃO: observação de equipes
Equipe: _____________________ Turma: ___________________
Observador: _________________ Data: ____________________
Duração do jogo: __________________
Orientação: registre o nome dos colegas que compõem as equipes. Coloque os nomes em ordem
segundo a marcação individual.
Equipe observada: _________________________________________________
Equipe adversária: __________________________________________________
Orientação: Marque uma cruz em frequência casa vez que a equipe que você observa
Índices Frequência Total
Toma posse da bola
Finaliza
Converte/marca gol/ponto
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.117)
Quadro 9: Modelo de ficha – TSAP – Jogos de invasão
FICHA 2
TSAP – JOGOS DE INVASÃO: observação do jogador
Nome: _____________________________ Turma: ___________________
Observador__________________________ Data: ___________________
Quando a marcação é individual, registre o nome do defensor direto do jogador
observado: _________________________________________________________
Registre a composição das equipes
Companheiros: _____________________________________________________________
Adversários: _______________________________________________________________
Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro correspondente.
Passe de bola
33
Bolas recebidas (BR) Bolas Conquistadas (BC) Volume de jogo.
BR+BC
Uso de bola
Passes corretos (PA) Finalizações
exitosas (FE)
Bolas perdidas
(BP)
Finalizações erradas
(FR)
Bolas aproveitadas (PA + FE) = Bolas não aproveitadas (BP + FR) =
Orientação: preencha a célula cinza com a somas dos dados indicados.
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.118)
Quadro 10: Modelo de ficha – GPAI - Basquetebol
FICHA 3GPAI
BASQUETEBOL: Observação do jogador
Nome: _____________________________ Turma: ___________________
Observador__________________________ Data: ___________________
Tempo de jogo observado: _____________
Quando a marcação é individual, registre o nome do defensor direto do jogador observado:
__________________________________
Registre a composição das equipes
Companheiros: ________________________________________________________
Adversários: __________________________________________________________
Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que
corresponda critérios de observação.
Tomada de decisão quando se desempenha como atacante com posse de bola
(ACPB)
 Apropriada (DA): Após receber a bola fica de frente para a tabela.
 Inapropriada (DI): fica de costas para a tabela. Dá continuidade ao jogo sem orientar-se em ralação à cesta.
Execução da habilidade
 Eficaz (EE): Usa o pé pivô das regras.
 Ineficaz (EI): Não usa o pé de pivô ou comete violação quando usa
Tomada de decisão Execução da habilidade
DA DI EE EI
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.119)
Quadro 11: Modelo de ficha – TSAP – VB Voleibol – observação de equipes
FICHA 1
TSAP-VB VOLEIBOL: Observação de equipes
Equipe observada___________________
34
Turma: __________________________
Observador: _______________________
Data: ____________________________
Duração do jogo: ___________________ Situação: 3v3
Orientação: registre o nome dos colegas que compõem as equipes. Coloque os nomes
em ordem segundo a marcação individual.
Equipe observada:
______________________________________________________________
Equipe
adversária_________________________________________________________
Orientação: Marque uma cruz em frequência cada vez que a equipe que você observa...
Índices Frequência Total
Bolas perdidas
Passe
Bolas enviadas à quadra adversária (defendida)
Ataque/saque exitoso (marca ponto)
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.304)
Quadro 12: Modelo de ficha – TSAP – VB Voleibol – observação de jogador
FICHA 2
TSAP-VB VOLEIBOL: Observação do jogador
Nome: ___________________________ Turma: __________________________
Observador: ______________________ Data: ___________________________
Tempo de jogo observado: ___________ Situação: 3v3: ____________________
Registre a composição das equipes
Companheiros: ______________________________________________________
Outros adversários: __________________________________________________
Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que
corresponda
Uso de bola
Bolas Perdidas Passe Bola passada
(defendidas pelo
adversário)
Finalizações
exitosas
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.305)
35
Quadro 13: Modelo de ficha – GPAI Voleibol – observação de jogador
FICHA 3
GPAI - VOLEIBOL: Observação do jogador
Nome: ___________________________ Turma: ________________________
Observador: ______________________ Data: _________________________
Registre a composição das equipes
Companheiros: ______________________________________________________
Outros adversários: __________________________________________________
Situação de avaliação: 3v3; campo de voleibol; 5 minutos de observação; rede: 2 m
de altura; não se avalia o saque.
Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que
corresponda
Critérios de observação
Tomada de decisão
 Apropriada (DA): O jogador intenta realizar um toque para passar a seus
colegas (sendo o 1º e 2º da equipe) ou um toque para a quadra adversária (o
3º da equipe).
 Inapropriada (DI): O jogador intenta passar a bola para o outro lado da rede
no 1º e 2º toque da equipe ou não trata de enviar a bola para a quadra
adversária no 3º toque.
Execução da habilidade
 Eficaz (EE): O jogador realiza um toque de dedos ou de antebraços que se
eleva por cima da altura da rede e que vai dirigido a um colega ou à quadra
adversária.
 Ineficaz (EI): O jogador realiza um toque de dedos ou de antebraços que não
se eleva por cima da altura da rede e não é dirigido a um colega ou à quadra
adversária.
Toma de decisão (ACPB) Execução da habilidade (ACPB)
DA DI EE EI
Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.306)
36
REFERÊNCIAS
AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal
de educação – 2014-2024. Açailândia, 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015.
______. Base Nacional Comum Curricular – proposta preliminar: segunda versão.
Brasília 2016.
______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
______. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de
Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física Escolar: Compartilhando Experiências.
São Paulo: Phorte Editora, 2011.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FRAGA, Alex Branco. Afazeres da Educação Física na
escola: planejar, ensinar, partilhar. Erechim: Edelbra, 2012.
GONZALEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri
Aparecido Bássoli de. Esportes de invasão: basquetebol, futebol, futsal, handebol,
ultmate frisbee. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2014.
GONZALEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri
Aparecido Bássoli de. Esportes de marca e com rede divisória ou muro/parede de
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Currículo referência ed. física 6º ao 9º ano

  • 2. 2 APRESENTAÇÃO A Educação Física, enquanto componente curricular, passou por várias etapas ao longo de sua trajetória, apresentando finalidades distintas de acordo com os acontecimentos históricos, sociais e políticos, geradores de visões e interesses diversos. A higiene e a saúde foram inicialmente a temática sobre a qual a Educação Física foi incorporada ao currículo educacional, almejando melhorar a qualidade de vida do cidadão. No militarismo, ela, tinha o objetivo de preparar jovens para servirem nas forças armadas. Já no período da Ditadura, a Educação Física voltou-se para a concepção esportivista com o intuito de identificar atletas que representassem o país em eventos no exterior. A partir da década de 80, o surgimento de várias tendências pedagógicas ressignificaram o papel desse componente no ambiente escolar, baseadas em correntes pedagógicas dentro de abordagens como psicomotricidade, desenvolvimentista, construtivista, crítico-superadora, crítico-emancipatória, saúde renovada chegando então aos conhecidos Parâmetros Curriculares Nacionais. Atualmente, em conformidade com as Diretrizes Curriculares e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), entende-se que o principal objetivo da Educação Física no ambiente escolar seja a inserção e a intervenção do aluno na esfera da cultura corporal de movimento. Para Daólio (2004 apud DARIDO, 2011, p. 25) “cultura é o principal conceito para a educação física, porque todas as manifestações corporais humanas são geradas na dimensão cultura...” Assim sendo, o Currículo Referência de Educação Física, apresenta em suas proposições gerais um panorama com temáticas e objetivos de aprendizagem, assim como, uma abordagem metodológica que visa contribuir significantemente com a prática docente e, consequentemente com a aprendizagem dos discentes. Thony Elcen Leite Santos Professor de Educação Física
  • 3. 3 1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Segundo os PCNs, a Educação Física deve considerar suas origens no contexto brasileiro, abordando as principais influências que marcam e caracterizam esta disciplina e os novos rumos que estão se delineando. No século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às instituições militares e à classe médica. Esses vínculos foram determinantes, tanto no que diz respeito à concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao seu campo de atuação e à forma de ser ensinada. Visando melhorar a condição de vida, muitos médicos assumiram uma função higienista e buscaram modificar os hábitos de saúde e higiene da população. A Educação Física, então, favoreceria a educação do corpo, tendo como meta a constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às doenças. Além disso havia no pensamento político e intelectual brasileiro da época uma forte preocupação com a eugenia. Como o contingente de escravos negros era muito grande, havia o temor de uma “mistura” que “desqualificasse” a raça branca. Dessa forma, a educação sexual associada à Educação Física deveria incutir nos homens e mulheres a responsabilidade de manter a “pureza” e a “qualidade” da raça branca. Embora a elite imperial estivesse de acordo com os pressupostos higiênicos, eugênicos e físicos, havia uma forte resistência na realização de atividades físicas por conta da associação entre o trabalho físico e o trabalho escravo. Qualquer ocupação que implicasse esforço físico era vista com maus olhos, considerada “menor”. Essa atitude dificultava que se tornasse obrigatória a prática de atividades físicas nas escolas. Dentro dessa conjuntura, as instituições militares sofreram influência da filosofia positivista, o que favoreceu que tais instituições também pregassem a educação do físico. Almejando a ordem e o progresso, era de fundamental importância formar indivíduos fortes e saudáveis, que pudessem defender a pátria e seus ideais. No ano de 1851 foi feita a Reforma Couto Ferraz, a qual tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do município da Corte. De modo geral houve grande contrariedade por parte dos pais em ver seus filhos e filhas envolvidos em atividades que não tinham caráter intelectual. Em relação aos meninos, a tolerância era um
  • 4. 4 pouco maior, já que a ideia de ginástica se associava às instituições militares; mas, em relação às meninas, houve famílias que proibiram a participação de suas filhas. Em 1882, Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 — Reforma Leôncio de Carvalho, Decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública —, no qual defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica aos das outras disciplinas. Nesse parecer, ele destacou e explicitou sua ideia sobre a importância de se ter um corpo saudável para sustentar a atividade intelectual. No início do século XX, a Educação Física, ainda sob o nome de ginástica, foi incluída nos currículos dos Estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. A Educação Física que se ensinava nesse período era baseada nos métodos europeus — o sueco, o alemão e, posteriormente, o francês —, que se firmavam em princípios biológicos. Faziam parte de um movimento mais amplo, de natureza cultural, política e científica, conhecido como Movimento Ginástico Europeu, e foi a primeira sistematização científica da Educação Física no Ocidente. Na década de 30, no Brasil, dentro de um contexto histórico e político mundial, com a ascensão das ideologias nazistas e fascistas, ganham força novamente as ideias que associam a eugenização da raça à Educação Física. O exército passou a ser a principal instituição a comandar um movimento em prol do “ideal” da Educação Física que se mesclava aos objetivos patrióticos e de preparação pré-militar. O discurso eugênico logo cedeu lugar aos objetivos higiênicos e de prevenção de doenças. A finalidade higiênica foi duradoura, pois instituições militares, religiosas, educadores da “escola nova” e Estado compartilhavam de muitos de seus pressupostos. Mas a inclusão da Educação Física nos currículos não havia garantido a sua implementação prática, principalmente nas escolas primárias. Embora a legislação visasse tal inclusão, a falta de recursos humanos capacitados para o trabalho com Educação Física escolar era muito grande. Apenas em 1937, é que se fez a primeira referência explícita à Educação Física em textos constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória (e não como disciplina curricular), junto com o ensino cívico e os trabalhos manuais, em todas as escolas brasileiras. Do final do Estado Novo até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, houve um amplo debate sobre o sistema de ensino brasileiro.
  • 5. 5 Nessa lei ficou determinada a obrigatoriedade da Educação Física para o ensino primário e médio. A partir daí o esporte passou a ocupar cada vez mais espaço nas aulas de Educação Física. O processo de esportivização da Educação Física escolar iniciou com a introdução do Método Desportivo Generalizado. Após 1964, a educação, de modo geral, sofreu as influências da tendência tecnicista. O ensino era visto como uma maneira de se formar mão-de-obra qualificada. Era a época da difusão dos cursos técnicos profissionalizantes. Nesse quadro, em 1968, com a Lei n. 5.540, e, em 1971, com a 5.692, a Educação Física teve seu caráter instrumental reforçado: era considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do aluno. Na década de 70, a Educação Física ganhou, mais uma vez, funções importantes para a manutenção da ordem e do progresso. O governo militar investiu na Educação Física em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração nacional (entre os Estados) e na segurança nacional, tanto na formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável como na tentativa de desmobilização das forças políticas oposicionistas. As atividades esportivas também foram consideradas como fatores que poderiam colaborar na melhoria da força de trabalho para o “milagre econômico brasileiro”. Nesse período estreitaram-se os vínculos entre esporte e nacionalismo. Um bom exemplo é o uso que se fez da campanha da seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo de 1970. Em relação ao âmbito escolar, a partir do Decreto n. 69.450, de 1971, considerou-se a Educação Física como “a atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando”. A falta de especificidade do decreto manteve a ênfase na aptidão física, tanto na organização das atividades como no seu controle e avaliação. A iniciação esportiva, a partir da quinta série, tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino; buscava-se a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais, representando a pátria. Na década de 80 os efeitos desse modelo começaram a ser sentidos e contestados: o Brasil não se tornou uma nação olímpica e a competição esportiva da elite não aumentou o número de praticantes de atividades físicas. Iniciou-se então uma profunda crise de identidade nos pressupostos e no próprio discurso da Educação Física, que originou uma mudança significativa nas políticas educacionais: a Educação Física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de
  • 6. 6 quinta a oitava séries do primeiro grau, passou a priorizar o segmento de primeira a quarta e também a pré-escola. O enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, tirando da escola a função de promover os esportes de alto rendimento. O campo de debates se fertilizou e as primeiras produções surgiram apontando o rumo das novas tendências da Educação Física. Atualmente se concebe a existência de algumas abordagens para a Educação Física escolar no Brasil que resultam da articulação de diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas. Todas essas correntes têm ampliado os campos de ação e reflexão para a área das ciências humanas, e, embora contenham enfoques científicos diferenciados entre si, com pontos muitas vezes divergentes, têm em comum a busca de uma Educação Física que articule as múltiplas dimensões do ser humano. Nas escolas, embora já seja reconhecida como uma área essencial, a Educação Física ainda é tratada como “marginal”, que pode, por exemplo, ter seu horário “empurrado” para fora do período que os alunos estão na escola ou alocada em horários convenientes para outras áreas e não de acordo com as necessidades de suas especificidades (algumas aulas, por exemplo, são no último horário da manhã, quando o sol está a pino). Outra situação em que essa “marginalidade” se manifesta é no momento de planejamento, discussão e avaliação do trabalho, no qual raramente a Educação Física é integrada. A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996 busca transformar o caráter que a Educação Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art. 26, § 3o, que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, a Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de primeiro ao nono ano, não somente de sexto ao nono ano, como era anteriormente. A consideração à particularidade da população de cada escola e a integração ao projeto pedagógico evidenciaram a preocupação em tornar a Educação Física uma área não-marginalizada. Assim a presente proposta busca democratizar e diversificar o ensino da disciplina em questão, saindo da visão biológica para uma concepção mais abrangente que contemple todas as dimensões envolvidas em cada prática corporal.
  • 7. 7 1.1 Fundamentos do Componente Curricular De acordo com a Base Nacional Comum Curricular - 2016, nas últimas décadas, a Educação Física brasileira vem empreendendo esforços para se alinhar aos propósitos republicanos que regem a Educação Básica: possibilitar as novas gerações a preservação e a reconstrução crítica da herança cultural acumulada pela humanidade, sob a forma de conhecimentos sistematizados. Nessa perspectiva, é responsabilidade da Educação Física tratar das práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, por meio da gestualidade e do patrimônio cultural da humanidade, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Nas aulas, tais práticas devem ser abordadas como um fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional e singular, assegurando a construção e a reconstrução de um conjunto de conhecimentos necessários a formação do cidadão, que permitam a participação dos/as estudantes de forma confiante e autoral na sociedade, bem como a ampliação dos recursos para o cuidado de si e dos outros. Esse modo de entender a Educação Física permite, no trato com o conhecimento, articulá-la à área de Linguagens, resguardadas as singularidades de cada um dos seus componentes, conforme reafirmado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica – DCNEB (BRASIL, 2013). Entre as convergências com os demais componentes dessa área, destacam-se os seguintes objetivos comuns: a) ampliar as possibilidades de uso das práticas de linguagens; b) conhecer a organização interna dessas manifestações; c) compreender o enraizamento sociocultural das práticas de linguagens e o modo como elas estruturam as relações humanas. Materializar esta proposta de organização curricular da Educação Física nas escolas exige o enfrentamento e a superação de alguns desafios: a) desafios de legitimação ético-política: formular um sentido para a Educação Física articulado à função social da escola; b) desafios curriculares: explicitar e organizar os conhecimentos pelos quais o componente curricular é responsável, bem como formular progressões, com
  • 8. 8 maior grau de complexidade e maior densidade crítica, no decorrer dos anos escolares; c) desafios interdisciplinares: possibilitar o diálogo com os conhecimentos produzidos/trabalhados nas demais áreas; d) desafios didáticos: elaborar estratégias para ensinar e avaliar, em uma perspectiva coerente aos propósitos da Educação Física, como componente da área das Linguagens. Esse último desafio demanda adequar as experiências corporais proporcionadas à especificidade da escola, reconhecendo tanto sua função social, como as possibilidades ambientais e materiais do contexto. É importante deixar claro que não se trata de reproduzir as condições para a realização da prática, no transcorrer das aulas, tal como elas ocorrem fora da escola. Por exemplo, práticas como corrida de orientação ou skate, entre tantas outras, não só podem como devem ser transformadas, didática e pedagogicamente, para que sejam tematizadas nas aulas de Educação Física. Finalmente, é fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, adolescentes, jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. Esse universo compreende saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas que se inscrevem, mas não se restringem, à racionalidade típica dos saberes científicos, comumente, orientadores das práticas pedagógicas na escola. 1.2 A Educação Física nos Anos Finais do Ensino Fundamental Nos anos finais do Ensino Fundamental, os/as estudantes se deparam com diversos docentes, que assumem vários componentes e atividades, tornando-se mais complexas as interações e a sistemática de estudos. Portanto, as escolas têm que atentar para as questões da transição, especialmente entre o 5° e o 6° anos, garantindo a organicidade e a interdisciplinaridade no processo formativo. Os alunos, nesta etapa de escolarização, têm maior capacidade de abstração em relação aos anos iniciais, assim como maior capacidade de acessar diferentes fontes de informação. Essas características permitem aos/às estudantes um maior aprofundamento nos estudos das práticas corporais na escola. No entanto, essa
  • 9. 9 concepção não costuma fazer parte das aulas de Educação Física, quando essas se restringem ao ensino de alguns fundamentos dos esportes mais tradicionais, como futebol, voleibol, basquetebol e handebol, distribuídos ao longo do ano letivo e, ainda, centrados exclusivamente na perspectiva procedimental (saber fazer). Ao contrário dessa tradição, a proposição da Base Nacional Comum Curricular, consiste na diversificação das práticas corporais tematizadas e na abordagem das dimensões de conhecimentos que organizam os objetivos de aprendizagem do componente Educação Física. Cabe destacar que a Base prevê a garantia de uma aprendizagem efetiva de algumas práticas corporais, escolhidas pelo coletivo da escola, que oportunizam ao/à estudante participar, de forma proficiente e autônoma, em contextos de lazer e saúde. De modo mais específico, os propósitos centrais para a Educação Física, nesta etapa, são os seguintes: - Experimentar, fruir e apreciar de diferentes danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo; - Usar práticas corporais para potencializar o envolvimento em contextos de lazer e ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde; - Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual; - Identificar, interpretar e recriar os valores, sentidos e significados atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam; - Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios, com relação às práticas corporais e aos seus participantes; - Formular e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo; - Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos, identificando nelas os marcadores sociais de gênero, geração, padrões corporais, raça/etnia, religião; - Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário;
  • 10. 10 - Estabelecer relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/doença; - Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal.
  • 11. 11 2 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO Nos 3º e 4º ciclos dos anos finais do Ensino Fundamental, foram propostas as seguintes práticas: danças, esportes, ginásticas (demonstração e condicionamento físico), lutas e práticas corporais de aventura. Ao final de alguns objetivos de aprendizagem apresentados no Panorama aparecem siglas, aqui estão os seus significados: Economia, educação financeira e sustentabilidade [ES]; Culturas indígenas e africanas [CIA]; Culturas digitais [CD]; Direitos humanos e cidadania [DHC], Educação Fiscal [EF] e Educação Ambiental [EA]. A Educação Física nas séries finais possibilita ao aluno a oportunidade de desenvolver habilidades corporais através da participação efetiva nas atividades proposta. A pratica da educação física além de ser fundamental para o desenvolvimento e funcionamento do nosso organismo, possui um valor de entretenimento e interação social. Aprende a praticar esportes propicia ás pessoas uma nova visão sobre a vida. Os eixos norteadores temáticos visam à inclusão de todos nas aulas e o trabalho com a diversidade humana, perpassando por todas as categorias de conteúdo: conceituais, atitudes e procedimentais, que dentro da disciplina são organizadas e articuladas entre si, tendo vários conteúdos em comum: ginásticas, jogos, lutas e esportes, conhecimento sobre o corpo e atividades rítmicas e expressivas, considerando o desenvolvimento de competências e habilidades.
  • 12. 12 3 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 6º ano PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 3º CICLO, 6º ANO Eixos: esportes, ginásticas, lutas, danças e práticas corporais de aventura. 1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos esportes técnico-combinatórios, de marca, de campo-e-taco, precisão e invasão; 2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas; 3. Fruir a experimentação de diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo; 4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas; 5. Contribuir no enfrentamento de situações de injustiça e preconceito, geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva, com ênfase nas problemáticas de gênero e na produção de alternativas democráticas para sua superação [DHC]; 6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e as principais regras das modalidades praticadas; 7. Distinguir os diversos tipos de esportes e recriar suas possibilidades de prática; 8. Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento; 9. Compreender as transformações dos esportes, as possibilidades de recriá-los, bem como as implicações na organização e na prática das suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer); 10. Identificar os esportes praticados e os não praticados na comunidade e refletir sobre as características de seus praticantes; 11. Propor e produzir alternativas para experimentar esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade. ESPORTES  Considerações sobre os esportes:  Quanto à participação: individual e coletiva;  Quanto ao meio: aquático, terrestre e aéreo;  As regras e penalidades esportivas;  A importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores éticos e democráticos; Atletismo:  Fundamentos: corridas, saltos, arremessos e lançamentos;  Histórico;  Provas masculinas e femininas. Xadrez:  Regras, tabuleiro, peças e prática;  Desenvolvimento de habilidades tendo como destaque: memória, concentração, planejamento e tomadas de decisões. Damas:  Regras;  Estratégias;  Curiosidades.
  • 13. 13 GINÁSTICA  Elementos históricos da Educação Física:  Pré-história;  Grécia;  Roma; Ginástica:  Fundamentos da ginástica:  Saltar/equilibrar,  Rolar,  Girar,  Trepar/subir,  Balançar;  Utilização de aparelhos:  Plinto (saltos);  Trampolim (impulsão);  Barra (equilíbrio);  Solo (rolamento e estrela);  Importância da ginástica;  Benefícios e riscos; 12. Experimentar e produzir composições ginásticas individuais e em grupos, a partir de diferentes temas, com e sem materiais; 13. Fruir a prática da ginástica de demonstração, valorizando o trabalho coletivo e criativo; 14. Formular e utilizar estratégias para solucionar desafios surgidos no trabalho de composição ginástica, a partir de diferentes temas, com e sem materiais; 15. Produzir e experimentar apresentações ginásticas coletivas, com base no reconhecimento das singularidades presentes no grupo, com ênfase nas questões de gênero [DHC]; 16. Reconhecer os procedimentos necessários para a elaboração de apresentações de ginástica, a partir de temas, com e sem materiais; 17. Compreender as conexões entre a gestualidade e a temática anunciada nas apresentações ginásticas; 18. Produzir e experimentar apresentações ginásticas que possibilitem reflexão acerca de temas relevantes do cotidiano; 19. Compreender os sentidos e os significados atribuídos à ginástica de demonstração pelos seus praticantes; 20. Experimentar e produzir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas; 21. Fruir os exercícios físicos experimentados, valorizando as experiências sensíveis; 22. Perceber e interpretar as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios físicos; 23. Construir coletivamente procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com especial atenção as questões de gênero presentes nesse universo [DHC]; 24. Diferenciar exercício físico de atividades físicas e de outras práticas corporais; 25. Compreender as mudanças históricas nas demandas de atividade física (laboral, doméstica e de deslocamento) e seus vínculos com as ginásticas de condicionamento físico.
  • 14. 14 LUTAS  Histórico das lutas como manifestação cultural;  Definição de luta e classificação:  Lutas de distância – Capoeira, Caratê, Kung-fu, esgrima, boxe e Tae Kwondô;  Lutas corpo a corpo – Judô, Jiu-jitsu, Sumô e Greco- romana;  Fundamentos das lutas: agarrar, derrubar, cair, desequilibrar, imobilizar, bater, defender e esquivar;  Aspectos culturais das lutas;  As lutas e a violência social. 26. Experimentar e recriar diferentes lutas presentes na cultura brasileira e realizar uma delas de forma proficiente (ex.: Capoeira, Huka-Huka, Luta Marajoara, dentre outras). [CIA]; 27. Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, valorizando a segurança e a própria integridade física, bem como a dos demais; 28. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas da cultura brasileira experimentadas; 29. Reconhecer e respeitar o/a colega como oponente no contexto da prática de lutas, com especial atenção as questões de gênero [DHC]; 30. Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas da cultura brasileira; 31. Compreender as transformações históricas das lutas da cultura brasileira, bem como as possibilidades de recriá-las. [CIA]; 32. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas da cultura brasileira; 33. Propor alternativas para preservar e valorizar as lutas da cultura brasileira. DANÇA  A histórica da dança;  A dança e sua importância par o homem através da história;  Expressão corporal. Dança de rua:  Rap;  Hip hop;  Funk;  Street dance;  A dança como instrumento e desenvolvimento de valores e atitudes. 34. Experimentar e recriar danças populares do mundo; 35. Fruir e apreciar danças populares do mundo, valorizando a diversidade cultural [CIA]; 36. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das diversas danças populares do mundo; 37. Problematizar e estabelecer acordos no universo das danças populares do mundo, objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito às diferenças, com ênfase nas questões de gênero. [DHC]; 38. Contribuir para o enfrentamento de situações de preconceito geradas e/ou presentes no contexto das danças populares do mundo, com ênfase nas problemáticas de gênero [DHC]; 39. Analisar as características dos diferentes ritmos, gestos, coreografias e músicas das danças populares do mundo; 40. Compreender criticamente e valorizar os diferentes sentidos e significados presentes nas danças populares do mundo, bem como as possibilidades de recriá-las; 41. Participar na proposição e na produção de alternativas para praticar, fora do horário escolar, diferentes danças populares do mundo.
  • 15. 15 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA  O que são os esportes de aventura?  Terrestres  Aquáticos  Aéreos  Skate  Patins  Ciclismo 42. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura urbanas (ex.: parkour, skate, patins, bike); 43. Fruir as práticas corporais de aventura experimentadas, valorizando a segurança e a própria integridade física, bem como a dos demais; 44. Identificar riscos e formular estratégias para superar os desafios da realização de práticas corporais de aventura; 45. Realizar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e minimizando os impactos da degradação ambiental [EA]; 46. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais de aventura urbanas; 47. Conhecer a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las; 48. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para a realização de diferentes práticas corporais de aventura urbanas [EA]. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
  • 16. 16 Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 7º ano PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 3º CICLO, 7º ANO Eixos: esportes, ginásticas, lutas, danças e práticas corporais de aventura. 1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos esportes técnico-combinatórios, de marca, de campo-e-taco, precisão e invasão; 2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas; 3. Fruir a experimentação de diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo; 4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas; 5. Contribuir no enfrentamento de situações de injustiça e preconceito, geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva, com ênfase nas problemáticas de gênero e na produção de alternativas democráticas para sua superação [DHC]; 6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e as principais regras das modalidades praticadas; 7. Distinguir os diversos tipos de esportes e recriar suas possibilidades de prática; 8. Diferenciar esporte de outras manifestações da cultura corporal de movimento; 9. Compreender as transformações dos esportes, as possibilidades de recriá-los, bem como as implicações na organização e na prática das suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer); 10. Identificar os esportes praticados e os não praticados na comunidade e refletir sobre as características de seus praticantes; 11. Propor e produzir alternativas para experimentar esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade. ESPORTES  A importância do esporte no desenvolvimento de atitudes e valores éticos e democráticos. Handebol:  Histórico;  Fundamentos básicos: passes, arremessos e fintas;  Posições dos jogadores;  Sistemas táticos;  A quadra do handebol;  Regras básicas;  Benefícios e riscos. Xadrez:  Regras, tabuleiro, peças e prática.  Desenvolvimento de habilidades tendo como destaque: memória, concentração, planejamento e tomadas de decisões. Damas:  Regras;  Estratégias;  Curiosidades.
  • 17. 17 GINÁSTICA Histórico da Educação Física:  Idade Média;  Idade Moderna e Contemporânea; Ginástica Rítmica;  Histórico;  Aparelhos utilizados: corda, arco, maças, bola e fita;  Importância da ginástica, benefícios e riscos. 12. Experimentar e produzir composições ginásticas individuais e em grupos, a partir de diferentes temas, com e sem materiais; 13. Fruir a prática da ginástica de demonstração, valorizando o trabalho coletivo e criativo; 14. Formular e utilizar estratégias para solucionar desafios surgidos no trabalho de composição ginástica, a partir de diferentes temas, com e sem materiais; 15. Produzir e experimentar apresentações ginásticas coletivas, com base no reconhecimento das singularidades presentes no grupo, com ênfase nas questões de gênero [DHC]; 16. Reconhecer os procedimentos necessários para a elaboração de apresentações de ginástica, a partir de temas, com e sem materiais; 17. Compreender as conexões entre a gestualidade e a temática anunciada nas apresentações ginásticas; 18. Produzir e experimentar apresentações ginásticas que possibilitem reflexão acerca de temas relevantes do cotidiano; 19. Compreender os sentidos e os significados atribuídos à ginástica de demonstração pelos seus praticantes; 20. Experimentar e produzir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas; 21. Fruir os exercícios físicos experimentados, valorizando as experiências sensíveis; 22. Perceber e interpretar as sensações corporais provocadas pela prática de exercícios físicos; 23. Construir coletivamente procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com especial atenção as questões de gênero presentes nesse universo [DHC]; 24. Diferenciar exercício físico de atividades físicas e de outras práticas corporais; 25. Compreender as mudanças históricas nas demandas de atividade física (laboral, doméstica e de deslocamento) e seus vínculos com as ginásticas de condicionamento físico. LUTAS  A Capoeira como manifestação de luta brasileira;  Histórico;  Fundamentos e suas manifestações 26. Experimentar e recriar diferentes lutas presentes na cultura brasileira e realizar uma delas de forma proficiente (ex;: Capoeira, Huka-Huka, Luta Marajoara, dentre outras) [CIA]; 27. Fruir as diferentes lutas experimentadas em aula, valorizando a segurança e a própria integridade física, bem como a dos demais; 28. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas da cultura brasileira experimentadas; 29. Reconhecer e respeitar o/a colega como oponente no contexto da prática de lutas, com especial atenção as questões de gênero [DHC]; 30. Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas da cultura brasileira; 31. Compreender as transformações históricas das lutas da cultura brasileira, bem como as possibilidades de recriá-las [CIA]; 32. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas da cultura brasileira; 33. Propor alternativas para preservar e valorizar as lutas da cultura brasileira. DANÇA 34. Experimentar e recriar danças populares do mundo; 35. Fruir e apreciar danças populares do mundo, valorizando a diversidade cultural [CIA];
  • 18. 18  O corpo da dança e os movimentos expressivos;  Danças populares, folclóricas, tradicionais maranhenses;  Tambor e crioula;  Cacuriá;  Dança do coco;  Dança de São Gonçalo;  Dança do lelê;  Bumba meu boi;  A dança como instrumento de desenvolvimento de valores e atitudes. 36. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das diversas danças populares do mundo; 37. Problematizar e estabelecer acordos no universo das danças populares do mundo, objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito às diferenças, com ênfase nas questões de gênero [DHC]; 38. Contribuir para o enfrentamento de situações de preconceito geradas e/ou presentes no contexto das danças populares do mundo, com ênfase nas problemáticas de gênero; [DHC] 39. Analisar as características dos diferentes ritmos, gestos, coreografias e músicas das danças populares do mundo; 40. Compreender criticamente e valorizar os diferentes sentidos e significados presentes nas danças populares do mundo, bem como as possibilidades de recriá-las; 41. Participar na proposição e na produção de alternativas para praticar, fora do horário escolar, diferentes danças populares do mundo. PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA  O que são os esportes de aventura?  Terrestres  Aquáticos  Aéreos.  Trekking  Rapel  Slack Line 42. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura urbanas (ex.: parkour, skate, patins, bike); 43. Fruir as práticas corporais de aventura experimentadas, valorizando a segurança e a própria integridade física, bem como a dos demais; 44. Identificar riscos e formular estratégias para superar os desafios da realização de práticas corporais de aventura; 45. Realizar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e minimizando os impactos da degradação ambiental [EA]; 46. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais de aventura urbanas; 47. Conhecer a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las; 48. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para a realização de diferentes práticas corporais de aventura urbanas [EA]. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
  • 19. 19 Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 8º ano PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 4º CICLO, 8º ANO Eixos: esportes, ginásticas, lutas, danças e práticas corporais de aventura. 1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de precisão, rede/parede e de invasão; 2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas, de forma proficiente, e combinações táticas e sistemas de jogo de forma elementar; 3. Fruir a experimentação e apreciar diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo; 4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas; 5. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção nas questões étnico-raciais e indígenas [DHC]; 6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas; 7. Diferenciar e reconhecer as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna e recriar suas possibilidades de prática; 8. Desempenhar e reconhecer diferentes papéis (ex.: árbitro, secretário, cronometrista, técnico, dirigente etc.) do mundo esportivo institucionalizado; 9. 09 Compreender criticamente a emergência e as transformações históricas do fenômeno esportivo e alguns de seus problemas (ex. “doping”, corrupção, violência etc.), bem como levantar hipóteses para sua modificação [DCH]; 10. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam os esportes [CD]; 11. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes; 12. Propor e produzir alternativas para, no tempo livre, praticar esporte na comunidade. ESPORTES  Esporte e mídia.  Futebol de campo:  Histórico;  Fundamentos: domínio, condução, finta, passes, cabeceio e chute;  Posições dos jogadores;  Sistemas táticos;  Campo de jogo;  Regras básicas;  Benefícios e riscos; Basquetebol:  Histórico;  Fundamentos básicos: passes, condução, arremessos e finta.  Xadrez:  Regras, tabuleiro, peças e prática.  Desenvolvimento de habilidades tendo como destaque: memória, concentração, planejamento e tomadas de decisões. Xadrez:  Regras, tabuleiro, peças e prática.  Desenvolvimento de habilidades tendo como destaque: memória,
  • 20. 20 concentração, planejamento e tomadas de decisões. GINÁSTICA (EXERCÍCIOS FÍSICOS)  Benefícios da atividade física quanto à duração dos efeitos fisiológicos: efeitos agudos imediatos, agudos tardios e crônicos; Nutrição  Importância de uma boa alimentação:  Os nutrientes e sua classificação;  A alimentação saudável;  Distúrbios alimentares;  Padrão de beleza, individualidades biológicas e mídia.  A importância dos primeiros socorros na atividade física. 13. Experimentar um ou mais programas de exercícios físicos; 14. Fruir os exercícios físicos, em diferentes programas, valorizando as experiências sensíveis; 15. Perceber as exigências corporais provocadas por diversos programas de exercícios físicos; 16. Adaptar diversos tipos de exercícios físicos as condições disponíveis no cotidiano; 17. Reconhecer que os programas de exercícios físicos devem se adequar as singularidades do sujeito, sem estabelecer hierarquias entre os praticantes [DCH]; 18. Reconhecer e analisar as características dos programas de exercícios físicos (planejamento, organização, método, locais, equipamentos etc.), estabelecendo relações com os seus efeitos; 19. Compreender criticamente os diferentes sentidos e interesses atribuídos aos programas de exercícios físicos, considerando a forma como são enunciados em diferentes meios (científico, midiático, esportivo, escolar etc.) [CD]; 20. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a realização de exercícios físicos.
  • 21. 21 LUTAS Caratê  Histórico;  Fundamentos e manifestações. 21. Experimentar e recriar lutas das diversas culturas (Ex.: Judô, Aikidô, Jiu Jitsu; Muay Thai, Boxe, Chinese Boxing; Esgrima, Kendo; Derruba Toco, Huka Huka, dentre outras); 22. Fruir e apreciar diferentes tipos de lutas das diversas culturas, valorizando a segurança e a própria integridade física e a dos outros; 23. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas; 24. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das lutas e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas [DCH]; 25. Reconhecer as características técnico-táticas das lutas das diversas culturas, sendo capaz de construir novas regras e sugerir outras formas de realização; 26. Compreender as marcas sociais, as transformações históricas e o processo de esportivização de uma ou mais lutas das diversas culturas, bem como as possibilidades de recriá-las; 27. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam as lutas [CD]; 28. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas das diversas culturas. DANÇA  Danças nacionais: Samba, axé, afoxé, forró e pagode;  Danças acadêmicas: Balé, dança moderna, Jazz e balé contemporâneo;  A dança coco meio de desenvolvimento de valores e atitudes; JOGOS  Valores explícitos e implícitos associados a jogos:  Competição;  Cooperação;  Ludicidade;  Exclusão;  Individualidade;  Coletividade. 29. Experimentar e recriar danças de salão e de rua; 30. Fruir e apreciar danças de salão e de rua, valorizando a diversidade cultural; 31. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das danças de salão e de rua; 32. Identificar, compreender e recriar coletivamente os valores atribuídos às danças de salão e de rua, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas; 33. Analisar as características das danças de salão e de rua, identificando seus ritmos, gestos, coreografias e músicas, relacionando-as com seus grupos de origem; 34. Compreender criticamente as transformações históricas das danças de salão e de rua, bem como levantar hipóteses para sua transformação; 35. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para realização de danças de salão e de rua. PRÁTICAS COROPORAIS DE AVENTURA  Corrida de aventura 36. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura na natureza (ex.: corrida de orientação, trilhas interpretativas, arborismo, mountain bike, rapel, tirolesa, entre outras) [EA];
  • 22. 22  Arvorismo;  Mountain Bike;  Kitesurf;  Mergulho;  Rafiting;  Boia cross;  Asa Delta;  Balonismo. 37. Fruir e apreciar práticas corporais de aventura na natureza, valorizando o cuidado com o meio ambiente [EA]; 38. Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza; 39. Realizar práticas corporais de aventura, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos da degradação ambiental [EA]; 40. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais na natureza; 41. Compreender criticamente as transformações históricas das práticas corporais de aventura na natureza, bem como as possibilidades de recriá-las; 42. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis no entorno para a realização de diferentes práticas corporais de aventura na natureza [EA]. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
  • 23. 23 Quadro 4: Panorama geral do componente curricular Educação Física – 9º ano PRÁTICAS CORPORAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 4º CICLO, 9º ANO Eixos: esportes, ginásticas, lutas, danças e práticas corporais de aventura. 1. Experimentar os elementos comuns de diversos tipos de esportes, com ênfase nos de precisão, rede/parede e de invasão; 2. Praticar uma ou mais modalidades esportivas, escolhidas pelo coletivo da escola, usando habilidades técnico-táticas básicas, de forma proficiente, e combinações táticas e sistemas de jogo de forma elementar; 3. Fruir a experimentação e apreciar diversos tipos de esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo; 4. Formular e utilizar estratégias para identificar, analisar e buscar soluções nos desafios técnicos e táticos tanto dos esportes escolhidos para praticar de forma proficiente, como das modalidades experimentadas; 5. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto da prática esportiva e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção nas questões étnico-raciais e indígenas [DHC]; 6. Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas; 7. Diferenciar e reconhecer as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna e recriar suas possibilidades de prática; 8. Desempenhar e reconhecer diferentes papéis (ex.: árbitro, secretário, cronometrista, técnico, dirigente etc.) do mundo esportivo institucionalizado; 9. Compreender criticamente a emergência e as transformações históricas do fenômeno esportivo e alguns de seus problemas (ex. “doping”, corrupção, violência etc.), bem como levantar hipóteses para sua modificação [DCH]; 10. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam os esportes [CD]; 11. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes; 12. Propor e produzir alternativas para, no tempo livre, praticar esporte na comunidade. ESPORTES Voleibol:  Histórico;  Fundamentos básicos: saque, recepção, levantamento, ataque, bloqueio e defesa;  Posições dos jogadores;  Sistemas táticos;  Quadra de voleibol;  Regras básicas;  Benefícios e riscos. Xadrez:  Regras, tabuleiro, peças e prática.  Desenvolvimento de habilidades tendo como destaque: memória, concentração, planejamento e tomadas de decisões. GINÁSTICA Exercícios físicos:  Atividades físicas como forma de prevenção e controle de doenças;  Hipertensão, diabetes e obesidade:  Definição;  Tipos causas;  Benefícios da atividade física. 13. Experimentar um ou mais programas de exercícios físicos; 14. Fruir os exercícios físicos, em diferentes programas, valorizando as experiências sensíveis; 15. Perceber as exigências corporais provocadas por diversos programas de exercícios físicos; 16. Adaptar diversos tipos de exercícios físicos as condições disponíveis no cotidiano; 17. Reconhecer que os programas de exercícios físicos devem se adequar as singularidades do sujeito, sem estabelecer hierarquias entre os praticantes [DCH]; 18. Reconhecer e analisar as características dos programas de exercícios físicos (planejamento, organização, método, locais, equipamentos etc.), estabelecendo relações com os seus efeitos;
  • 24. 24  Atividade física e o uso de drogas e anabolizantes;  As drogas e seus efeitos;  Os riscos oferecidos à saúde pelas drogas lícitas e ilícitas;  O que são anabolizantes;  Consequências do uso de anabolizantes;  A importância dos Primeiros Socorros na atividade Física. 19. Compreender criticamente os diferentes sentidos e interesses atribuídos aos programas de exercícios físicos, considerando a forma como são enunciados em diferentes meios (científico, midiático, esportivo, escolar etc.) [CD]; 20. Identificar, avaliar e explorar locais disponíveis na comunidade para a realização de exercícios físicos. LUTAS Boxe:  Histórico;  Fundamentos e manifestações;  Luta Livre:  Histórico;  Fundamentos e manifestações;  As lutas e a violência social. 21. Experimentar e recriar lutas das diversas culturas (Ex.: Judô, Aikidô, Jiu Jitsu; Muay Thai, Boxe, Chinese Boxing; Esgrima, Kendo; Derruba Toco, Huka Huka, dentre outras); 22. Fruir e apreciar diferentes tipos de lutas das diversas culturas, valorizando a segurança e a própria integridade física e a dos outros; 23. Formular e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas; 24. Enfrentar, com autonomia, situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das lutas e produzir alternativas para sua superação, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas [DCH]; 25. Reconhecer as características técnico-táticas das lutas das diversas culturas, sendo capaz de construir novas regras e sugerir outras formas de realização; 26. Compreender as marcas sociais, as transformações históricas e o processo de esportivização de uma ou mais lutas das diversas culturas, bem como as possibilidades de recriá-las; 27. Analisar a forma como as mídias apresentam e influenciam as lutas [CD]; 28. Identificar locais na comunidade onde são praticadas lutas das diversas culturas. DANÇA  Análise histórica e social dos diversos estilos de dança;  Dança e mídia;  A dança como meio de desenvolvimento de valores e atitudes; Dança de salão:  Salsa;  Bolero;  Samba de gafieira;  Forró;  Reggae. 29. Experimentar e recriar danças de salão e de rua; 30. Fruir e apreciar danças de salão e de rua, valorizando a diversidade cultural; 31. Formular e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmos, espaço, gestos) das danças de salão e de rua; 32. Identificar, compreender e recriar coletivamente os valores atribuídos às danças de salão e de rua, com especial atenção as questões étnico-raciais e indígenas; 33. Analisar as características das danças de salão e de rua, identificando seus ritmos, gestos, coreografias e músicas, relacionando-as com seus grupos de origem; 34. Compreender criticamente as transformações históricas das danças de salão e de rua, bem como levantar hipóteses para sua transformação; 35. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis na comunidade para realização de danças de salão e de rua.
  • 25. 25 PRÁTICAS COROPORAIS DE AVENTURA Corrida de Orientação:  Escalada  Parkour  SUP Stand Up Poddie  Surfe  Paragliding  Paraquedismo  Tirolesa 36. Experimentar diferentes práticas corporais de aventura na natureza (ex.: corrida de orientação, trilhas interpretativas, arborismo, mountain bike, rapel, tirolesa, entre outras) [EA]; 37. Fruir e apreciar práticas corporais de aventura na natureza, valorizando o cuidado com o meio ambiente [EA]; 38. Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza; 39. Realizar práticas corporais de aventura, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos da degradação ambiental [EA]; 40. Reconhecer e refletir sobre as características (riscos, equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) e tipos de práticas corporais na natureza; 41. Compreender criticamente as transformações históricas das práticas corporais de aventura na natureza, bem como as possibilidades de recriá-las; 42. Identificar, explorar e avaliar os locais disponíveis no entorno para a realização de diferentes práticas corporais de aventura na natureza [EA]. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
  • 26. 26
  • 27. 27 4 METODOLOGIA A diversidade de objetivos de aprendizagem, de uma pluralidade de procedimentos e conteúdos, culturas múltiplas e as limitações da estrutura física e de material, a Educação Física flutua muito de uma Região para outra até mesmo dentro da mesma rede de ensino, essa realidade se confirma em Açailândia na rede municipal de educação, porém, ao propor uma metodologia, apresenta-se uma forma de trabalho e não uma regra inalterável, deve se levar em conta a realidade de cada professor e estrutura física do local, pois no caso desse componente sempre varia de uma escola para outra. Os recursos metodológicos sugeridos são:  A Roda: conversas onde os alunos podem apresentar o que já conhecem sobre o assunto a ser aprendido, suas vivências, trazendo para a roda conceitos, procedimentos e atitudes já internalizados;  Mídia: utilizar filmes, imagens, propagandas, documentários, textos etc., eles ajudam a estabelecer conexão entre o conceito e sua aplicabilidade, deixando o estudante mais à vontade para debater ou tirar conclusões;  Pesquisas, através delas, entende-se, que o aluno pode ampliar seus conhecimentos, não se limitando ao que o professor apresenta em sala, tornando este indivíduo autônomo na busca do próprio conhecimento, o desafio de aprender a aprender. Quadro 5: Exemplo de planejamento Conteúdo: Atividades rítmicas expressivas Tema: Hip-hop Dimensões do conhecimento Ações Tarefas Conceitual  Avaliação: sondagem sobre experiências anteriores;  Leituras sobre o tema abordado;  Apresentação de informações, termos e peculiaridades do hip-hop. Pesquisa. Para o professor e para os alunos sobre os possíveis materiais a serem utilizados nas aulas (filmes, músicas e recursos humanos); Pesquisa na comunidade local sobre a manifestação hip- hop, estabelecendo uma relação com um dos objetivos Procedimental  Reprodução de movimentos da dança;  Elaboração de coreografias;  Ouvir músicas de rap e discutir suas letras;  Produzir músicas com letras pertinentes aos assuntos tratados. Atitudinal  Discussão sobre as vivências;  Reflexão e discussão sobre o que experimentaram o que sentiram e como agiram.
  • 28. 28 da Educação Física - o Lazer Fonte: Darido (2011, p.29) 4.1 Avaliação Durante muito tempo, a avaliação foi usada como ferramenta para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. A prova bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como um dos mais importantes instrumentos à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado da garotada e oferecer alternativas para uma evolução mais segura. Em qualquer componente curricular o professor deve encarar a avaliação como um processo de reorientação para uma aprendizagem melhor e para o progresso do sistema de ensino como tarefa importante que precisa ser planejada antes de qualquer situação didática, levando em consideração os saberes dos estudantes como protagonistas desse momento, identificando exatamente o que desejam aprender. Nesse diálogo o educador deve colocar-se como parceiro. Em outras palavras, discutir os critérios de avaliação de forma coletiva e partilhada com os estudantes a fim de obter resultados melhores para ambos. Outro aspecto importante no ato de avaliar que cabe ao professor é listar os conteúdos realmente importantes, informá-los aos alunos e evitar mudanças desnecessárias, para obtenção de resultados significativos. Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados e planejar atividades desafiadoras, sequências didáticas ou projetos por meio de bons instrumentos avaliativos para cada etapa ou segmento de ensino é uma boa oportunidade para avaliar aquilo que foi ensinado. Todas as proposições apresentadas no Currículo Referência de Educação Física, estão em consonância com a ideia de avaliação como ato relacionado ao progresso do estudante, descartando toda e qualquer ideia que esteja relacionada ao modelo tecnicista, que privilegiava a atribuição de notas e a classificação dos estudantes de forma ameaçadora, uma arma.
  • 29. 29 A discussão desse tema passa pela compreensão do que significa avaliação das práticas pedagógicas nessa área, bem como por instrumentos que verifiquem avanços de aprendizagem que os alunos conquistam nos processos de ensino. Não é uma tarefa simples ou fácil avaliar como os conteúdos da cultura corporal são apreendidos. A avaliação quantitativa se configura um desafio para o professor de Educação Física, onde além do conhecimento intelectual os saberes corporais contam como valor de aprendizagem. Percebendo que cada indivíduo tem características, desempenho e evolução distintos, ao mesmo tempo em que se deve respeitar essas diferenças faz-se necessário avaliar considerando estes saberes corporais individualmente. Estabelecer saberes corporais e saberes conceituais de cada conteúdo a ser ensinado, viabiliza uma avaliação mais precisa e ampla para cada indivíduo, possibilitando ao professor critérios bem definidos, mantendo a coerência entre os conteúdos, as práticas e o desempenho. Convém salientar que o processo avaliativo se estende das observações feitas pelo professor sobre o aprendizado dos alunos até a estrutura da aula por ele organizada e implementada. Ou seja, metodologia e avaliação são faces de uma mesma moeda, compõem uma prática pedagógica que se concretiza em uma constante relação de especificidade e unidade. (DARIDO, 2011, p. 31). Durante as atividades avaliativas espera-se que o professor atente para as capacidades dos estudantes de modo que possa refletir sobre sua prática pedagógica no intuito de constantemente aperfeiçoá-la. Dessa forma, o processo de aprendizagem dos educandos está intimamente ligado às oportunidades ofertadas nos espaços da escola. Assim, é importante salientar que amparado pelo professor, os estudantes possam refletir sobre as concepções de aprendizagem, bem como sobre a necessidade de investimento constante em sua formação, considerando cada oportunidade como estímulo à retomada de situações em que ocorra a reflexão sobre a própria prática e a construção de saberes já constituídos. É diante desses referenciais acerca da avaliação que se analisa as aprendizagens produzidas nas aulas de educação física e que sirvam de alternativa para necessidade de melhoria do ensino e da aprendizagem como resposta ao desafio de garantir que tanto os educadores quanto os educandos obtenham sucesso.
  • 30. 30 5 SUGESTÕES DE ATIVIDADES AVALIATIVAS 5.1 TSPA como Ferramenta de Avaliação nas Aulas de Educação Física Team Sports Performance Assessment Pocedure (TSPA) é uma ferramenta desenvolvida por Ghèhaingne, Golbout e Bouthier (1997) com o propósito de produzir informações válidas para avaliação do desempeno dos alunos nos esportes de invasão, particularmente quanto ao comportamento do jogador nos subpapéis do ataque. Quadro 6: Dimensões observadas do desempenho do jogador no TSPA para jogos de invasão. Dimensão considerada Ações Definição Passe de bola Bola recebida(BR) Passe de bola que resulta de passe de um colega de equipe. Bola conquistada/ recuperada (BC) Passe de bola que resulta da interceptação de passe entre adversários roubada de bola, controle da bola após uma finalização malsucedida do adversário ou rebote ofensivo. Aproveitamento da posse da bola Bola perdida (BP) O jogador perde a bola, que passa a ser controlada por um jogador da outra equipe. Bola neutra (BN) Passe com o propósito de progredir no campo ou fazer circular a bola sem criar uma oportunidade efetiva de gol/ponto. Bola ofensiva (BO) Passe para um companheiro que gera possibilidade efetiva de marcar gol, ponto (independente de concretização) Finalização exitosa (FE) Chutes/arremessos convertidos ou que são recuperados pela equipe de ataque. Fonte: González; Fraga (2012, p.168) 5.2 GPAI como Ferramenta de Avaliação nas Aulas de Educação Física O Game Performance Assessment Instrument (GPAI) é uma ferramenta de avaliação desenhada e aprimorada por um grupo de professores norte-americanos com o propósito de oferecer um instrumento útil e confiável para aferir o desempenho de jogo dos alunos nas aulas de Educação Física, projetado para analisar o
  • 31. 31 desempenho em diferentes esportes (invasão; rede divisória/parede de rebote; campo e taco; de precisão). Nesse caso faremos referência à sua utilização no campo dos esportes de invasão. Quadro 7: Exemplo de utilização do GPAI como instrumento de avaliação Atacante com posse de bola (ACPB0 Tomada de decisão do jogador com posse bola Refere-se à escolha que o jogador realiza nas ações com posse de bola frene à situação de jogo. As decisões que deve tomar quando estiver ocupando o subpapel do atacante com posse de bola são diversas, e podem ser consideradas como adequadas ou não apenas com vase na situação. Execução das habilidades Toda ação tática se materializa num movimento corpora, dimensão de análise e eficácia do movimento. A precisão do passe e do arremesso, por exemplo, são observados neste item. Atacante sem posse de bola (ASPB) perto do ACPB Apoio No caso dos esportes de invasão está relacionado diretamente à atuação do atacante sem posse de bola. Sua tarefa é oferecer ao atacante com posse de bola opções para faze o passe desmarcando-se de seus defensores. ASPB longe do ACPB Ajuste É a ação de deslocar-se no espaço de jogo conforme as demandas da situação, associadas ao fluxo contínuo entre ataque-defesa. No futebol, por exemplo, ocorre quando os jogadores da defesa se aproximam da linha central para apoiar o ataque, caso seja necessário fechar os espaços mais à frente e evitar um contra-ataque. Defensores Base É a posição a que todo jogador deve retornar após o ataque, no caso dos esportes de invasão (considerando a necessidade de enfatizar, nas fases iniciais, a marcação individual em vez de a organização da defesa em sistemas de jogo) a vase fica entre o atacante direto e a meta a ser defendida dentro do próprio campo defensivo. Marcação São intenções táticas dos defensores, particularmente no que se refere aios cuidados com a movimentação do atacante direto e com o posicionamento defensivo. Defensores do atacante sem posse de bola Cobrir Na defesa, um aspecto importante da atuação de quem está no subpapel do defensor do atacante sem posse de bola é o auxílio ao marcador direto do atacante com posse de bola da sua ação defensiva, cobrindo a saída (protegendo as costas) quando esse estiver pressionando o adversário Fonte: González; Fraga (2012, p.168) Quadro 8: Modelo de ficha - TSAP – Jogos de invasão
  • 32. 32 FICHA 1 TSAP – JOGOS DE INVASÃO: observação de equipes Equipe: _____________________ Turma: ___________________ Observador: _________________ Data: ____________________ Duração do jogo: __________________ Orientação: registre o nome dos colegas que compõem as equipes. Coloque os nomes em ordem segundo a marcação individual. Equipe observada: _________________________________________________ Equipe adversária: __________________________________________________ Orientação: Marque uma cruz em frequência casa vez que a equipe que você observa Índices Frequência Total Toma posse da bola Finaliza Converte/marca gol/ponto Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.117) Quadro 9: Modelo de ficha – TSAP – Jogos de invasão FICHA 2 TSAP – JOGOS DE INVASÃO: observação do jogador Nome: _____________________________ Turma: ___________________ Observador__________________________ Data: ___________________ Quando a marcação é individual, registre o nome do defensor direto do jogador observado: _________________________________________________________ Registre a composição das equipes Companheiros: _____________________________________________________________ Adversários: _______________________________________________________________ Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro correspondente. Passe de bola
  • 33. 33 Bolas recebidas (BR) Bolas Conquistadas (BC) Volume de jogo. BR+BC Uso de bola Passes corretos (PA) Finalizações exitosas (FE) Bolas perdidas (BP) Finalizações erradas (FR) Bolas aproveitadas (PA + FE) = Bolas não aproveitadas (BP + FR) = Orientação: preencha a célula cinza com a somas dos dados indicados. Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.118) Quadro 10: Modelo de ficha – GPAI - Basquetebol FICHA 3GPAI BASQUETEBOL: Observação do jogador Nome: _____________________________ Turma: ___________________ Observador__________________________ Data: ___________________ Tempo de jogo observado: _____________ Quando a marcação é individual, registre o nome do defensor direto do jogador observado: __________________________________ Registre a composição das equipes Companheiros: ________________________________________________________ Adversários: __________________________________________________________ Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que corresponda critérios de observação. Tomada de decisão quando se desempenha como atacante com posse de bola (ACPB)  Apropriada (DA): Após receber a bola fica de frente para a tabela.  Inapropriada (DI): fica de costas para a tabela. Dá continuidade ao jogo sem orientar-se em ralação à cesta. Execução da habilidade  Eficaz (EE): Usa o pé pivô das regras.  Ineficaz (EI): Não usa o pé de pivô ou comete violação quando usa Tomada de decisão Execução da habilidade DA DI EE EI Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.119) Quadro 11: Modelo de ficha – TSAP – VB Voleibol – observação de equipes FICHA 1 TSAP-VB VOLEIBOL: Observação de equipes Equipe observada___________________
  • 34. 34 Turma: __________________________ Observador: _______________________ Data: ____________________________ Duração do jogo: ___________________ Situação: 3v3 Orientação: registre o nome dos colegas que compõem as equipes. Coloque os nomes em ordem segundo a marcação individual. Equipe observada: ______________________________________________________________ Equipe adversária_________________________________________________________ Orientação: Marque uma cruz em frequência cada vez que a equipe que você observa... Índices Frequência Total Bolas perdidas Passe Bolas enviadas à quadra adversária (defendida) Ataque/saque exitoso (marca ponto) Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.304) Quadro 12: Modelo de ficha – TSAP – VB Voleibol – observação de jogador FICHA 2 TSAP-VB VOLEIBOL: Observação do jogador Nome: ___________________________ Turma: __________________________ Observador: ______________________ Data: ___________________________ Tempo de jogo observado: ___________ Situação: 3v3: ____________________ Registre a composição das equipes Companheiros: ______________________________________________________ Outros adversários: __________________________________________________ Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que corresponda Uso de bola Bolas Perdidas Passe Bola passada (defendidas pelo adversário) Finalizações exitosas Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.305)
  • 35. 35 Quadro 13: Modelo de ficha – GPAI Voleibol – observação de jogador FICHA 3 GPAI - VOLEIBOL: Observação do jogador Nome: ___________________________ Turma: ________________________ Observador: ______________________ Data: _________________________ Registre a composição das equipes Companheiros: ______________________________________________________ Outros adversários: __________________________________________________ Situação de avaliação: 3v3; campo de voleibol; 5 minutos de observação; rede: 2 m de altura; não se avalia o saque. Orientação: Observe as ações do jogador e marque uma cruz no quadro que corresponda Critérios de observação Tomada de decisão  Apropriada (DA): O jogador intenta realizar um toque para passar a seus colegas (sendo o 1º e 2º da equipe) ou um toque para a quadra adversária (o 3º da equipe).  Inapropriada (DI): O jogador intenta passar a bola para o outro lado da rede no 1º e 2º toque da equipe ou não trata de enviar a bola para a quadra adversária no 3º toque. Execução da habilidade  Eficaz (EE): O jogador realiza um toque de dedos ou de antebraços que se eleva por cima da altura da rede e que vai dirigido a um colega ou à quadra adversária.  Ineficaz (EI): O jogador realiza um toque de dedos ou de antebraços que não se eleva por cima da altura da rede e não é dirigido a um colega ou à quadra adversária. Toma de decisão (ACPB) Execução da habilidade (ACPB) DA DI EE EI Fonte: Gonzalez; Darido; Oliveira (2014, p.306)
  • 36. 36 REFERÊNCIAS AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal de educação – 2014-2024. Açailândia, 2014. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015. ______. Base Nacional Comum Curricular – proposta preliminar: segunda versão. Brasília 2016. ______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. ______. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física Escolar: Compartilhando Experiências. São Paulo: Phorte Editora, 2011. GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FRAGA, Alex Branco. Afazeres da Educação Física na escola: planejar, ensinar, partilhar. Erechim: Edelbra, 2012. GONZALEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de. Esportes de invasão: basquetebol, futebol, futsal, handebol, ultmate frisbee. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2014. GONZALEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de. Esportes de marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2014.