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178
CURRÍCULO REFERÊNCIA
DE
HISTÓRIA
Ensino Fundamental
6º ao 9º Ano
179
APRESENTAÇÃO
A história do ser humano não se confunde com as transformações que o
cerca. Pressupõe-se que exista em seu bojo um conjunto de relações, algumas
conflituosas, em que se inserem temas renovadores para a educação, com foco no
respeito pelas sociedades tradicional e moderna, a indústria, a produção do espaço
e as diferenças culturais. Essa compreensão tem início num processo de
humanização e ensinamento, construído coletivamente.
Numa proposta de renovação do currículo do ensino de História, tal
concepção deve ser aceita como ação enriquecedora nas modificações e na
produção do conhecimento histórico. A esse respeito, Paul Veyne (2013)
questionava ponderações feitas por seus pares em relação às mudanças curriculares
na França, na década de 70 - que introduziam a História por temas no ensino
secundário, indagando o porquê da celeuma. Para ele, tal mudança era; tudo o que
sempre sonhara.
A renovação metodológica da produção historiográfica recente que se
configura numa nova concepção de História, admite sua marca nos movimentos de
reformulação curricular. As novas tendências e contribuições estão presentes nas
propostas para um novo ensino de História, na reflexão sobre o seu papel social e
os conteúdos que de fato necessitam ser trabalhados no currículo escolar, dando
sentido ao ensino.
O século XXI convoca educadores e educandos a se sentirem pertencentes,
sujeitos de suas práticas, efetivando novas experiências, forjando novos saberes no
conhecimento de suas/nossas histórias. Instiga-os a se apropriar de princípios
metodológicos, que encontra sua validade ao atender aos pressupostos da
construção de um conhecimento que interage com um saber que se torna
significativo e consciente, constituindo-se em sua relevância social.
Outra grande necessidade da contemporaneidade é a ressignificação dos
saberes de um lugar/comunidade, possibilitando aos educandos uma maior
aproximação com o seu cotidiano, da sua família e de seus companheiros, para a
compreensão de si mesmo como protagonista histórico, agente do seu fazer e do
seu viver. Tem, pois, um caráter formativo ao situar esse indivíduo no seu contexto
de vivência, mas sem se limitar a esse enfoque, ou seja, a particularidade local que
180
precisa ser analisada nos aspectos em que se articula com a generalidade e a
complexidade do social-histórico.
Nesse processo, é importante o aprofundamento da compreensão do tempo
histórico, trabalhando-se, a concepção do entrelaçamento das durações, que
desenvolve a consciência dos ritmos da mudança social, possibilitando assim a
percepção dos movimentos lentos sob a aparente imutabilidade das estruturas.
A reflexão e discussão sobre o aparentemente conhecido, como ponte para o
ainda não conhecido/percebido, são pistas para novas abordagens conceituais e
novas práticas na escola. E principalmente, uma atitude, mais que uma metodologia,
interdisciplinar que pode ser desenvolvida num enfoque temático e problematizador.
As novas orientações para o currículo de ensino de História perpassam pela
promoção de uma prática pedagógica aberta e dinâmica, preocupada
fundamentalmente com a questão da cidadania. Tal questão nos remete à
necessidade de instituição/ escola que se preocupa com a formação cientifica e
popular - e nesse sentido abrange o projeto de situar o aluno no seu contexto
histórico, respeitando, também a igualdade e cidadania dos demais membros que
compõem a sociedade brasileira, ampliando tais saberes com base na Lei,
10.639/2003, Art. 26 que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira:
 § 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o
estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à
História do Brasil;
 § 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
Linguagem e Ciências Humanas.
A citada lei trata de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas,
inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de
garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a
história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco
séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas
decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à
181
população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que
devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade
multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico
marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de ampliar o jeito e/ou a forma
de condução dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e
econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos
estudos, atividades que proporcionem diariamente, também as contribuições
histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das
raízes africanas e europeias. É preciso ter clareza que o Art. 26 acrescido à Lei nº
9.394/1996 provoca bem mais do que inclusão de novos conteúdos, exige que se
repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino,
condições oferecidas para aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação,
oferecida pelas escolas.
Daniel Epifânio Miglio
Técnico em Assuntos Educacionais - História
182
1 O ENSINO DE HISTÓRIA
O Ensino de História, enquanto matéria autônoma entrou no cenário
educacional brasileiro a partir da constituição do Estado Nacional, mais precisamente
após a Constituição de 1824 e do decreto de primeiras letras de 1827, que estabelecia
o seguinte:
Os professores ensinariam a ler, a escrever, as quatro operações de
aritmética (...), a gramática da língua nacional, os princípios de moral cristã e
de doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionando a
compreensão dos meninos; preferindo, para o ensino da leitura, a
constituição do império e da História do Brasil. (PCN, 1997, p. 19).
Como se observa, de acordo com o decreto citado, já havia uma preocupação,
por parte do próprio Estado, em romper com a História jesuítica introduzida a partir do
processo de colonização do Brasil. Tal preocupação, apesar dos esforços de alguns
intelectuais e educadores, restringiu-se a mera retórica, pois se manteve a perspectiva
religiosa como princípio norteador básico do processo educacional brasileiro. A
disposição dos conteúdos, as figuras abordadas, os temas apresentados e a
metodologia adotada seguiam a velha métrica do Ratio Católico, adotado desde os
primeiros momentos da colonização.
As primeiras mudanças ocorridas no ensino de História deram-se na segunda
metade do séc. XIX após a implantação do Colégio D. Pedro II, na capital do império-
Rio de Janeiro, baseados nos métodos franceses de aprendizagem. Os professores
deste estabelecimento de ensino (destinado às elites nacionais) passaram a
incorporar o modelo laico de ensino, criado na França após a Revolução Francesa.
Este modelo rompia com a metodologia do Ratio e voltava-se para a perspectiva de
ampliação das ciências exatas e naturais, como reflexo do movimento intelectual
ocorrido na Europa no início do século e de adoção da História Universal, que
privilegiava a História da Europa Ocidental e transformava a História do Brasil em um
mero apêndice da História Europeia. Convém notar que, apesar de transformar a
História local em um mero reflexo do processo colonizador europeu, este novo
programa disciplinar constitui um avanço, pois rompe com a velha perspectiva
jesuítica e estabelece, definitivamente, no processo educacional nacional, o ensino
laico.
183
No final do século XIX, com a abolição da escravidão, a proclamação da
República, a transferência para a mão-de-obra livre, a intensificação da imigração
estrangeira e a difusão da ideologia positivista, abrem-se novos campos de
abordagem para a educação e, em particular, para o ensino de História. Tratava-se
agora de inserir a nação em um espírito cívico nacionalista que privilegiava o Estado
e as instituições governamentais ligadas à República. A disciplina História ficaria a
cargo destas obrigações, provocando uma 'necessidade de mudança dos currículos
e da metodologia de abordagem do aluno. Vários debates são travados, tanto no
campo de aplicação da disciplina, quanto no campo de estruturação dos conteúdos,
provocando uma reforma estrutural no ensino da disciplina.
A História passou a ocupar, no currículo, um duplo papel: o civilizatório e o
patriótico, formando, ao lado da Geografia e da Língua Pátria, o tripé da
nacionalidade, cuja missão na escola elementar seria a de modelar um novo
tipo de trabalhador: o cidadão patriótico. (PCN, 2000, p.22)
Na república, a História passa a privilegiar, então, o homem nacional, tomado
na sua dimensão patriótica, totalmente inserida no “espírito positivista e republicano”,
enfatizando uma sociedade “democrática e multirracial”, onde, no final, o que
prevalecia era a ideia de uma sociedade homogênea e sem disparidades sociais. Esta
proposta, no entanto, só foi implantada nos grandes centros. No restante do país,
continuou a prevalecer o ensino laico de influência religiosa, transmitido através do
método lancasteriano de ensino. Durante os dois primeiros quartéis do século XX, a
escola pública continuou relegada a um plano secundário e as poucas reformas
existentes pouco alterou este panorama.
Na década de 1930, com o advento do movimento de reorganização do poder
político e a difusão da Escolanovista, aumenta a influência e controle do Estado sobre
a educação; tais fatos culminam com a criação do Ministério da Educação e Cultura e
com a reforma Francisco Campos. O ensino de História sofre uma alteração
circunstancial, passando a ser idêntico em todo o território nacional, dando ênfase ao
ensino de História Geral, sendo, novamente, a História do Brasil e da América
apêndices da Civilização Ocidental.
Nas décadas de 1950 e 1960, as discussões e transformações no ensino de
História aprofundam-se, levadas pelo processo de industrialização e pelo nacional
desenvolvimentismo. A noção de povo passa a ser incorporada à disciplina, porém de
forma bastante superficial, apenas no intuito de caracterizar a formação da sociedade
184
nacional. Algumas teorias passam, inclusive, a identificar o atraso do país com a
"mestiçagem" da população. No ensino secundário, como reflexo da criação da
Faculdade de História da USP (1932) e da publicação das obras de Caio Prado Júnior,
Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freire, passam a ser incluídas, nos currículos
de História, as noções de "modo de produção", "classe social", "visão doméstica da
sociedade" e de "ciclos econômicos", privilegiando o estudo de História da América,
com destaque para a História dos Estados Unidos. Na História do Brasil, acontece um
destaque para a história econômica, abordando-se o escravismo e a dependência
econômica do país. Começa a haver, gradativamente, a inclusão da ideia de processo
social e um pequeno rompimento com a linearidade histórica (ainda muito timidamente
e como iniciativas isoladas).
Com o movimento de 1964, na construção do regime militar, novas mudanças
ocorrem no ensino de História, marcadas, principalmente, por um retorno da visão
militar de Estado/Heroico. A lei 5.692/71, que inseria o ensino técnico nas escolas de
1° e 2° graus, provocou uma verdadeira desorganização da disciplina. Segundo
Wellington Germano, 1990, p. 65 "começa um lento e eficaz processo de militarização
da educação nacional, que desarticula qualquer perspectiva formativa autônoma do
aluno e da intelectualidade nacional". A mudança ocorrida transforma a história em
um mero instrumento de glorificação do passado heroico da nação e da formação de
uma sociedade multirracial sem disparidades internas. Disciplinas como OSPB-
Organização Social Politica Brasileira e EMC-Educação Moral e Cívica passam,
gradativamente, a descaracterizar a disciplina História, que se transforma em um mero
narrar de fatos e datas, com livros que enfatizam apenas a descrição oficial e os textos
passam a ceder lugar a um conjunto denso de fotos e pinturas bucólicas da realidade.
Este modo de entender e estudar História só começa a ser alterado no final
da década de 1980 e início da década de 1990. Dois fatos são de fundamental
importância para a compreensão desta mudança: As novas tendências da disciplina,
principalmente com a difusão da ideologia francesa (Nova História) que, no dizer de
Paulo Eduardo Arantes, ( 1981, p. 85); "será o elemento norteador da tentativa de se
formar um sistema intelectual brasileiro capaz de nos fazer parecer com os principais
centros de difusão do conhecimento" e as transformações sociais políticas e
econômicas pelas quais passava o país no final do período militar.
As novas exigências advindas com o final do período militar e a reformulação
do Ministério da Educação e Cultura vão trazer para a disciplina História uma nova
185
abordagem no que diz respeito aos conteúdos e aos métodos de ensino utilizados. Os
grandes seminários e os fóruns de debates vão possibilitar novos métodos e novos
objetos de abordagem para o conhecimento histórico. A velha forma de ver e estudar
História, encarcerada na visão cíclica e linear do processo histórico, é substituída por
uma visão integrada e analítica do mesmo processo.
O movimento de mudança, na visão didática de História, teve um grande
impulso a partir de dois momentos:
 A ampliação para todo o território brasileiro da Associação Nacional
dos Profissionais Universitários de História (ANPUH) que, apesar de
criada na década de 1960, que começa a ter força no momento da
distensão do regime militar, como as demais instituições e associações
de classe;
 Início da discussão da nova LDB/9394/96, que trouxe inovações e
perspectivas para as Ciências Humanas. Apesar destas discussões, no
plano geral, o ensino de História sofreu poucas ou quase nenhuma
alteração nas áreas periféricas, caso específico do Maranhão, onde o
modelo adotado ainda sofria forte influência dos modelos anteriores,
quer pela falta de formação dos profissionais, quer pela falta de
formação continuada, do ponto de vista do aprimoramento intelectual
dos mesmos.
Com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, o MEC, incorpora a
necessidade de um programa unificado a partir de princípios norteadores, que tenta,
desde 1997, modificar esta configuração, no âmbito das escolas públicas,
promovendo uma série de debates acerca do ensino de História, com o objetivo de
diagnosticar as falhas existentes e as possibilidades de mudança. É neste sentido
que, para a aplicação destes Parâmetros, faz-se necessária a formulação de uma
proposta que adeque princípios e conteúdo no ensino de História.
186
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
2.1 O Conhecimento Histórico: características e importância social
Nas últimas décadas, o conhecimento histórico tem sido ampliado por
pesquisas que têm transformado seu campo de atuação. Houve questionamentos
significativos, por parte dos historiadores, relativos aos agentes condutores da história
- indivíduos e classes sociais -, sobre os povos nos quais os estudos históricos devem
se concentrar em fontes documentais que devem ou podem ser usadas nas pesquisas
e ordenações temporais que precisam ou podem prevalecer. Tem sido criticada,
simultaneamente, uma produção histórica que legitima determinados setores da
sociedade, vistos como únicos condutores da política da nação e de seus avanços
econômicos. Tem sido considerada, por sua vez, a atuação dos diversos grupos e
classes sociais e suas diferentes formas de participação na configuração das
realidades presentes, passadas e futuras.
A aproximação da História com as demais Ciências sociais, em especial com
a Antropologia, ampliou os estudos de povos de todos os continentes,
redimensionando os estudos de populações não europeias. A multiplicidade de povos
e de culturas em tempos e espaços diferentes tem sido estudada, considerando-se a
diversidade de vivências no interior de uma dada sociedade, na medida em que
grupos e classes sociais manifestam especificidades de linguagens, de
representações de mundo, de valores, de relações interpessoais e de criações
cotidianas.
O questionamento sobre o uso exclusivo de fontes escritas levou a
investigação histórica a considerar a importância da utilização de outras fontes
documentais, aperfeiçoando métodos de leitura de maneira a abranger as várias
formas de registros produzidos que tem despertado uma atenção especial aos
diversos jeitos de comunicação entre os homens, além de escrita, oral, gestual,
figurada, musical e rítmica.
O aprofundamento de estudos de diversos grupos sociais e povos trouxeram
como resultado, também transformações nas concepções de tempo, rompendo com
a concepção de um único tempo contínuo e evolutivo para toda a humanidade. Os
estudos consideram que, no confronto entre povos, grupos e classes, a realidade é
moldada por descontinuidades políticas, por rupturas nas lutas, por momentos de
permanências de costumes ou valores, por transformações rápidas e lentas.
187
O conhecimento histórico, como área científica, tem influenciado o ensino,
afetando os conteúdos e os métodos tradicionais de aprendizagem. Contudo, não têm
sido essas transformações as únicas a afetarem o ensino de História. As escolhas do
que e como ensinar são provenientes de uma série de fatores e não exclusivamente
das mudanças historiográficas. Relacionam-se com inúmeras transformações da
sociedade, especialmente a expansão escolar para um público culturalmente
diversificado, com a intensa relação entre os estudantes, com as informações
difundidas pelos meios de comunicação, com as contribuições pedagógicas
especialmente da psicologia social e cognitiva - e com propostas pedagógicas que
defendem trabalhos de natureza interdisciplinar.
O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais
relevantes os que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é
primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais
e coletivas, especialmente, as que se constituem como nacionais.
Para a sociedade brasileira atual, a questão da identidade tem se tornado um
tema de dimensões abrangentes, uma vez que se vive um extenso processo
migratório que tem desarticulado formas tradicionais de relações sociais e culturais.
Nesse processo migratório a perda da identidade cultural, tem apresentado situações
alarmantes, desestruturando relações historicamente estabelecidas, desagregando
valores, cujo alcance ainda não se pode avaliar. Dentro dessa perspectiva, o ensino
de História tende a desempenhar um papel mais relevante na formação da cidadania,
envolvendo a reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas relações pessoais com
o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo.
Inicialmente, a inclusão da constituição da identidade social nas propostas
educacionais para o ensino de História, que necessita de um tratamento capaz de
situar a relação entre o particular e o geral, que retrate o indivíduo, sua ação e seu
papel na sua localidade e cultura e também das relações entre a localidade específica,
a sociedade nacional e o mundo ficou de fora, ou seja, se referiam apenas aos
conteúdos/conceitos de cada segmento de ensino sem levar em conta as
particularidades de cada sociedade.
Do trabalho com a identidade decorre, também, a questão da construção das
noções de diferenças e de semelhanças. Nesse aspecto, é importante a compreensão
do "eu" e a percepção do "outro", do estranho, que se apresenta como alguém
diferente. Para existir a compreensão do "outro", os estudos devem permitir a
188
identificação das diferenças no próprio grupo de convívio, considerando os jovens e
os velhos, os homens e as mulheres, as crianças e os adultos, e o "outro" exterior, o
"forasteiro", aquele que vive em outro local. Para existir a compreensão do "nós", é
importante à identificação de elementos culturais comuns no grupo local e comum a
toda a população nacional e, ainda, a percepção de que outros grupos e povos,
próximos ou distantes no tempo e no espaço, constroem modos de vida diferenciados.
O trabalho com identidade envolve um terceiro aspecto: a construção de
noções de continuidade e de permanência. É fundamental a percepção de que o "eu"
e o "nós" são distintos de "outros" de ulteriores tempos, que viviam, compreendiam o
mundo, trabalhavam, vestiam-se e se relacionavam de outra maneira. Ao mesmo
tempo, é importante a compreensão de que o "outro" é, simultaneamente, o
"antepassado", aquele que legou uma história e um mundo específico para ser vivido
e transformado. O conhecimento do "outro" possibilita, especialmente, aumentar o
conhecimento do estudante sobre si mesmo, à medida que conhece distintas formas
de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços
diferentes. Essas considerações são importantes para explicitar os objetivos, os
conteúdos e as metodologias do ensino de História que estão sendo propostos, neste
documento, para os anos finais do ensino fundamental.
Considera-se, então, que o ensino de História envolve relações e
compromissos com o conhecimento histórico, de caráter científico, com reflexões que
se processam no nível pedagógico e com a construção de uma identidade social pelo
estudante, relacionada às complexidades inerentes à realidade com que convive.
189
3 PROPÓSITOS GERAIS DO ENSINO DE HISTÓRIA
A História, enquanto Ciência é entendida hoje em dois planos distintos que
formam os marcos referenciais do historiador: o tempo e o espaço. A História passa a
ser vista, então, como uma disciplina aberta às outras, em busca constante de novos
conceitos e novos métodos de abordagem. Assim sendo, para se caracterizar os
objetivos de História, se faz necessária uma compreensão de seu conceito e suas
linhas de força’ na atualidade. Segundo o historiador Ciro Flamarion Cardoso:
A História deve ser vista como uma ciência em construção, onde os conceitos
e abordagens não podem ser entendidos de forma fechada e acabada e onde
a força reside na interação constante com as demais ciências do homem;
menos rígida e mais aberta às inovações, a História consegue adequar
conceitos e definições sem perder o seu caráter essencial e os seus marcos
referenciais. As linhas de força da disciplina História foram e continuam a ser
o contato constante com as demais ciências do homem" (CARDOSO, 1990,
p. 39)
Partindo deste conceito, que prega a necessidade de uma disciplina aberta e
integrada com as demais ciências sociais e humanas, como a Sociologia, a Geografia,
Economia, a Psicologia, a Demografia, a Antropologia, etc., contrapondo-se, é claro,
ao velho conceito de ciência do passado, elaborado pela lógica positivista que via a
história como um mero amealhar de fatos e datas é que expomos os seguintes
objetivos para a História, enquanto disciplina:
 Entender o processo histórico como obra das civilizações humanas
tomadas aqui em seu conceito mais geral;
 Analisar o desenvolver do homem e de suas formas de socialização
desde a sua origem até os dias atuais;
 Estudar as sociedades como algo complexo e heterogêneo onde
prevalece uma luta constante para a afirmação das visões de mundo e de
classe, tanto no nível material, quanto no ideológico;
 Entender a história da humanidade a partir de suas especificidades de
tempo e espaço, rompendo com a visão linear e unívoca do processo
histórico;
 Analisar as diversas maneiras de organização humana, nos diversos
momentos da história, como objeto de dominação das inúmeras formas de
produção e sobrevivência do homem;
 Analisar as situações concretas e das imagens vividas pelo homem.
190
Ao final do 6º e 7º Ano, espera-se que os alunos consigam identificar e fazer
relações entre diferentes aspectos das sociedades estudadas, dimensionando essas
relações em diferentes temporalidades. Por isso o ensino não deve se pautar na
mensuração factual, mas na compreensão de processos históricos, analisando
semelhanças e diferenças, continuidades e descontinuidades entre momentos
históricos, percebendo dinâmicas 'de mudanças e permanências, desenvolvendo o
senso crítico do aluno.
Espera-se que os alunos tenham construído conhecimentos que lhes
permitam:
 Compreender a história enquanto conhecimento e prática social;
 Identificar diferentes tipos de registro humanos como fontes que
possibilitem o conhecimento de sociedades de outras épocas;
 Reconhecer semelhanças e diferenças nas relações de trabalho em
diferentes sociedades do mundo antigo;
 Reconhecer a multiplicidade de formas de poder que ultrapasse o âmbito
institucional, estando contidas em diversas estratégias de controle social;
 Perceber diferentes estratégias de resistência dos sujeitos sociais;
 Reconhecer costumes, crenças, valores, comportamentos que
demonstrem os diferentes modos de vida e de representações internas das
sociedades;
 Estabelecer as relações entre acontecimentos e contextos históricos.
Os alunos do 8º e 9º Ano, respectivamente, devem dominar os seguintes
conhecimentos básicos, relativos aos conteúdos trabalhados:
 Reconhecer os elementos econômicos, políticos e culturais que
explicam a crise do Antigo Regime e do Antigo Sistema Colonial,
possibilitando a emergência do mundo capitalista, em seus ritmos variados;
 Identificar a forma específica de inserção das Américas, do Brasil e do
estado local neste contexto geral de emergência do capitalismo como sistema,
assim como os grandes problemas e desafios criados a partir daí;
191
 Reconhecer as grandes correntes de ideias, em suas características
básicas, que nortearam a emergência do capitalismo mundial e local;
 Identificar as principais fases em que se desdobra a história do
capitalismo contemporâneo, inclusive reconhecendo as tentativas de sua
superação, posicionando-se criticamente diante desse quadro.
192
4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
4.1 Orientações Metodológicas para as Turmas de 6º e 7º Ano
O estudo da disciplina História, no ensino fundamental, tem se constituído em
um grande desafio para o professor que busca na sua prática pedagógica, a
aplicabilidade de uma concepção de história atual e contextualizada às reais
necessidades de aprendizagem dos educandos. Essa concepção se constrói a partir
das ações cotidianas do fazer humano. Nela estão contidas todas as relações sociais
de poder, de trabalho, de representação dos mais variados grupos sociais. Levam-se
em conta, portanto, neste tipo de concepção da história, o fazer dos homens, a
maneira como vivem, trabalham, se alimentam, pensam, se organizam, se divertem,
enfim, como se comportam numa determinada sociedade.
Nesse sentido, Cabrini et al (1986, p. 33), quando resgata, na concepção de
história, essa relação do indivíduo com a sociedade nos seus mais diferentes espaços
e tempos faz as seguintes considerações:
A história estuda as ações dos homens, procurando explicar as relações entre
seus diferentes grupos. Essas relações estão em permanente movimento são
essencialmente dinâmicas e contraditórias. Produzir história (...) é procurar
captar recuperar essas relações que se estabelecem entre os grupos
humanos no desenvolvimento de suas atividades nos mais diferentes tempos
e espaços.
Analisada nesta perspectiva, a história deixa de ser compreendida de forma
estática e distante para ser apreendida como processo, como construção cujas
transformações são resultantes de ações concretas de sujeitos históricos no seu
cotidiano. Partindo desse princípio fica claro que o professor que se propõe ensinar
História, nessa etapa do ensino fundamental, tem um duplo desafio: primeiro o de
considerar e valorizar as experiências vividas pelos seus alunos ao chegarem nessa
etapa; segundo, por ter que romper com qualquer visão que distancie a história da
vivência desse aluno.
Entendida nessa perspectiva, o aluno será capaz de interrogar acerca da sua
própria historicidade, de compreender a dimensão histórica da realidade em que vive.
Desse modo, as abordagens dos conteúdos apresentados, nesta proposta, avançam
na medida em que problematizam as sociedades buscando compreender as diversas
relações que se estabelecem no seu interior, possibilitando ao aluno a compreensão
193
dos processos históricos complexos, conflituosos, vividos pelas sociedades ao longo
dos tempos.
Nesse sentido, cabe ao professor propor ao aluno, desafios que desperte o
gosto pela reflexão de maneira, que a sua preocupação privilegie a explicação do
saber e do fazer das transformações sociais, mais do que os "onde" e "quando". A
partir daí o aluno perceberá as diferenças e semelhanças das sociedades nos
diversos tempos e espaços.
No que se refere à questão do tempo histórico, este deverá ser trabalhado
não apenas para instrumentalizar o aluno para a localização espaço/tempo, posto que
esta compreensão não esteja relacionada apenas à noção cronológica, limita-se
também a análise de tempo histórico. Não é apenas sabendo identificar o período em
que se deu determinado fato que fará com que o aluno compreenda e explique esse
acontecimento, mas, é necessária uma postura investigativa, de modo a perceber as
mudanças nas relações sociais do mundo do trabalho, da cultura, da mentalidade das
sociedades no seu fazer histórico.
Quanto ao espaço, o que vai ressignificar o momento é a reflexão acerca do
meio histórico, a partir das transformações ocorridas no meio geográfico feito pela
ação dos mais variados grupos sociais.
É importante considerar que, para as abordagens dos conteúdos aqui
propostos, é preciso que haja uma compreensão de “fato histórico”, desvinculada de
qualquer visão que privilegie apenas os grandes acontecimentos e os heróis, sem
envolver e/ou perceber a participação dos populares no seu cotidiano.
Feitas estas considerações iniciais que julgamos de grande importância para
o desenvolvimento da Proposta, passemos à discussão dos conteúdos propriamente
ditos de 6º e 7º Ano, cuja temática é apresentada sob o título de introdução ao estudo
de história.
Nesta unidade, propomos ao professor que desenvolva uma abordagem
conceitual da história, a partir dos elementos fundamentais para a compreensão da
mesma, ou seja, noções de tempo histórico, espaço, fato e fontes históricas. Estas
conceituações, não devem ser dadas prontas e acabadas ao aluno, levando-o a
decorá-las, mas, proporcionar condições para que o aluno aprenda - como construir
conceitos em história; compreenda a noção de fato histórico, a partir de sua vivência
e que amplie sua noção de documentos históricos (fotos, jornais, filmes, etc.) para
além do registro escrito, percebendo, na diversidade de fontes, que, hoje, a história
194
apresenta instrumentos reveladores do modo de viver, de pensar e agir de um
determinado povo numa determinada época.
No que concerne ao estudo do macro tema, apresentado nesta proposta para
o 6º Ano, “as sociedades antigas e medievais”, propomos ao professor trabalhar essas
sociedades, desde a mais simples até a mais complexa, a partir da análise das
relações sociais internas e externas nelas existentes, sem perder de vista o lugar, o
tempo e o momento presente, fazendo um paralelo entre o passado e o presente.
Para melhor analisarmos a natureza e funcionamento dessas sociedades,
optamos por organizar o estudo de forma que possamos levar o aluno a perceber o
mundo do trabalho, do poder e das representações culturais configuradas no cotidiano
dessas sociedades.
Assim, ao tratarmos, por exemplo, das comunidades domésticas, propomos
que seja estudada a sua caracterização geral através das relações sociais que
estabelecem entre si, isto é, relações sociais de trabalho e, dentro deste tipo de
relação, o professor analise o processo de produção vivido por esses povos; as
evoluções tecnológicas por eles experimentadas nos diferentes espaços e tempos dos
continentes: Europa, Ásia, África e América.
Que, ao discutir as relações sociais de representação, o professor chame a
atenção do aluno para a intimidade desses povos com a natureza representada
através dos seus símbolos. No desenvolvimento dessas relações sociais de poder,
propomos que o professor considere, para a sua análise, a passagem do matriarcado
para o patriarcado nessas sociedades; a inexistência do estado; de classes e a força
política do coletivo.
É importante salientar que essas relações não se dão de forma isolada. Elas
fazem parte de um todo que é a sociedade, portanto, o professor não deve criar, no
aluno, uma visão estanque, finalista, como se cada relação social não tivesse ligação
entre si. Muitas vezes, elas são difíceis de separar, como é o caso das relações sociais
de representação e de poder. Isolá-las seria um anacronismo.
Desse modo, à medida que o professor for tratando das complexidades
existentes nas sociedades nos seus mais variados tipos, as relações sociais também
adquirirão um grau de complexidade maior.
Outro ponto a considerar, para o sucesso das estratégias aqui propostas, é a
importância que o professor deve dar ao estudo dos conceitos no início de cada novo
assunto. Não estamos nos referindo ao estudo do conceito de História inicialmente
195
abordado neste Currículo Referência, mas, durante o desenvolvimento de todo o
curso, cabe ao professor problematizar os sentidos, tempos e fatos históricos,
conceituando-os em consonância com os objetivos para que os estudantes
compreendam a relevância do tema que ele vai estudar e não apenas escrever no
quadro o título da aula, sem esclarecer os conceitos básicos essenciais para a
compreensão do assunto.
Enfatizamos, mais uma vez, que não estamos propondo que o professor dê
pronto e acabado os conceitos para que o aluno os decore simplesmente para depois,
esquecê-los, mas que lhe sejam dadas as ferramentas para que nesta etapa do
ensino, quando ainda não domina todas as noções abstratas, possa melhor com-
preendê-las sem que tenha que decorá-las.
Dessa forma, conceitos de comunidade doméstica, sociedades agropastoris,
sociedades hidráulicas, sociedades escravistas, cidades-estados, democracia, etc.,
são indispensáveis para a compreensão das relações sociais que aqui propomos que
sejam trabalhadas.
No 7º Ano, abordar-se-á a transição dos tempos modernos, objetivando
discutir a construção da modernidade nos seus mais diferentes aspectos. Isto implica
ir além do estudo sobre as relações econômicas e de poder, analisando, também, as
relações de representação, contidas nesse momento histórico; as concepções de
mundo presentes que contribuem para mudanças no social.
É muito importante, ao estudar esse momento de transição, perceber as
permanências e transformações, apontando para os ritmos de tempo, onde há
mudanças que ocorrem mais lentamente que outras e analisando os acontecimentos
tanto na sua conjuntura quanto na longa duração.
Iniciamos o estudo do 7º ano, pela Europa, mais precisamente sua parte
ocidental, uma vez que é nela que se dá o processo de construção dessa
modernidade.
A abordagem dos continentes africano, asiático e americano encontra-se
ligada ao processo de expansão europeia e de formação do Antigo Sistema Colonial,
embora se devam reconhecer e identificar as formas sociais e singulares daqueles
continentes.
É importante, na abordagem da estrutura e dinâmica do Sistema Colonial,
enfatizar as semelhanças, especificidades e contradições contidas nas diversas
196
sociedades coloniais da América e que podem ser percebidas, tanto nas diversas
formas de exploração da mão-de-obra, como também no relacionamento entre
colônias e metrópoles e na organização interna das colônias. Também se faz
necessário um estudo mais específico da realidade brasileira e, consequentemente, a
maranhense, nesse contexto.
4.2 Orientações Metodológicas para as Turmas de 8º e 9º Ano
Nesta fase, espera-se que os alunos já compreendam a importância das
sociedades a partir de critérios fundamentais explicitados nos eixos temáticos -
exercitados no ciclo anterior. De tal maneira que, agora, possam trabalhar os
conteúdos destas fases do ensino fundamental, levando em consideração seus
aspectos mais teóricos e conceituais. Ou seja, trabalhar com as características
estruturais do capitalismo enquanto sistema econômico-social e político, tanto nos
países onde ele se originou, quanto nas formas que vai assumindo no restante do
mundo - e em relação aos países matrizes. Desta forma, poder-se-á correlacionar tal
processo às próprias vicissitudes e contradições de nossa sociedade atual dado
aquele caráter formativo, considerando que no 8º ano, o aluno defrontar-se-á com o
sistema capitalista já estruturado e, portanto, com as grandes contradições mundiais
e locais por ele criadas.
A dimensão política da estruturação do capitalismo no mundo globalizado com
suas classes sociais e interesses possibilitará ao aluno posicionar-se diante dos
grandes temas colocados por esses processos, facilitando o entendimento das
consequências, ainda atuais e em jogo (inclusive eleitoral) nas sociedades referidas -
especialmente a nossa própria. Não nos esqueçamos de que, nessa faixa etária, os
estudantes já estão prestes a adquirir o direito ao voto, sendo importante situá-los a
respeito das raízes históricas contemporâneas, dos problemas e grandes questões
atuais. É também conveniente a utilização de pequenos textos ou capítulo de livros
paradidáticos, extraídos de autores consagrados nos respectivos temas em estudo
para leitura, fichamento e discussão em sala de aula. O estímulo à pesquisa e à
reflexão crítica poderá, ainda, ser realizado com o uso de fontes ou documentos de
época, que possibilitem ao aluno, extrair conclusões baseadas no conhecimento mais
geral que está adquirindo sobre os temas em estudo.
Portanto, recomenda-se aos professores as seguintes situações didáticas:
197
 Questionar os alunos sobre o que sabem quais as suas ideias, opiniões
ou dúvidas sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos;
 Questioná-los sobre as diferenças e permanências entre o tema em
debate e aqueles vistos nas sociedades e momentos históricos anteriores, já
trabalhados;
 Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (jornais,
revistas, fotografias, objetos, filmes etc.) de tal maneira a concretizar o
significado do tema em debate.
Outra estratégia bem interessante é promover estudos especiais sobre as
concepções ou visões de mundo que estejam de acordo com a época em debate,
assim como suas expressões nas artes. Buscar, neste caso, a interdisciplinaridade,
trabalhando a literatura, a música, a pintura, a arquitetura, as artes visuais.
Recomenda-se visita a museus, exposições de arte, e à própria cidade onde se estará
buscando as interpolações histórico-temáticas.
198
5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR
Quadro 1: Panorama geral do componente curricular História – 6º ano
EIXO/TEMÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO
Eixo: Linguagens e Procedimentos de Pesquisa
TEMÁTICA: A importância da História e o
surgimento das civilizações
 O trabalho do historiador;
 O tempo e a importância da História;
 As origens do ser humano;
 A evolução dos seres humanos;
 A vida humana no Paleolítico;
 O Neolítico e Revolução agrícola;
 O surgimento das cidades. (Apresentar e discorrer
também sobre o surgimento da cidade de Açailândia).

1. Perceber que a História é a Ciência que estuda as ações humanas no tempo.
2. Conhecer e reconhecer diversas maneiras de contagem e de registro do tempo –
calendário e outras formas consagradas – dos Maias, dos Egípcios, dos diferentes povos
indígenas brasileiros entre outros, discutindo usos e adequações;
3. Compreender as diferentes medidas de tempo comumente utilizadas – Décadas, Século,
Milênio, Era – e as formas de realizar as medidas em outras culturas.
4. Constatar que o ser humano é o resultado de um longo processo evolutivo.
5. Comparar o modo de vida do homem do Paleolítico com o do Neolítico.
6. Identificar as mudanças que a revolução agrícola trouxe para as sociedades humanas.
7. Conhecer diferentes formas de periodização dos processos históricos, tais como Idades
Antiga, Média e Contemporânea;
8. Compreender a relação entre o surgimento das primeiras cidades, a formação do estado
e o desenvolvimento da escrita.
9. Compreender as Eras do Descobrimento, das Revoluções, Atômica e Espacial;
10. Comparar o modo de vida dos povos antigos com foco na sociedade atual do nosso
país, estado e município.
Eixo: Linguagem e procedimentos de Pesquisa
199
TEMÁTICA: Povoamento da América
 Como viviam os primeiros americanos;
 A vida dos primeiros habitantes do Brasil.
11. Reconhecer e diferenciar as principais hipóteses e teorias sobre a chegada dos
primeiros seres humanos na América;
12. Identificar fontes históricas, tais como documentos pessoais, fotografias, narrativas
orais, escritas e iconográficas e materiais audiovisuais;
13. Entender a importância das ferramentas para a produção de evidências e posterior
formulação de narrativas sobre o passado, ampliando o vocabulário historiográfico e a
compreensão sobre o passado do local ou da região em que vive na América e em especial
no Brasil;
14. Localizar em um mapa atual, os países da América e sua importância para o
desenvolvimento das comunidades atuais.
Eixo: Conhecimentos Históricos 15. Conhecer a história do mundo antigo, com ênfase no processo de surgimento das
civilizações.
16. Entender a importância da invenção da escrita para o desenvolvimento das atividades
comerciais e para a ocupação de cargos no Estado das civilizações mesopotâmicas, egípcia
e Núbia;
17. Comparar o modo de vida dos povos que habitaram a Mesopotâmia, o Egito e Núbia;
18. Conhecer a importância do rio Nilo para a civilização egípcia.
TEMÁTICA: Berço das Civilizações Antigas
 Mesopotâmia;
 O Egito e o Rio Nilo: Terra de grandes impérios;
 As sociedades do Egito antigo e Núbia: relação com
a religião e a escrita.
Eixo: Conhecimentos Históricos 19. Relacionar as características geográficas da área ocupada pelos fenícios ao
desenvolvimento histórico desse povo;
20. Perceber o papel dos fenícios na criação do alfabeto;
21. Identificar os principais momentos da história dos antigos hebreus;
22. Compreender o contexto histórico da formação e expansão do império persa.
TEMÁTICA: Fenícios, Hebreus e Persas
 Fenícios: domínio das navegações;
 Hebreus: ocupação de Canaã;
 O Império Persa: lutas e conquistas.
200
Eixo: Conhecimentos Históricos 23. Reconhecer os conceitos de democracia e cidadania construídos na Grécia clássica e,
em particular, em Atenas;
24. Identificar a importância da mitologia grega e de suas representações nas artes e na
literatura, até os dias atuais;
25. Valorizar as contribuições do pensamento grego para a Matemática e para o
conhecimento da natureza.
26. Analisar a história das riquezas dos rios situados na região da Antiga Mesopotâmia e
comparar com mapas históricos da atualidade.
27. Conhecer a conquista da Grécia pela Macedônia e a difusão da cultura helênica pelo
mundo mediterrâneo.
TEMÁTICA: Civilização Grega
 A origem da civilização grega;
 A vida política na Grécia;
 A conquista macedônica;
 A vida cotidiana na Grécia Antiga;
 Mitos e religião na Grécia;
 A arte grega, a filosofia e ciência.
Eixo: Conhecimentos Históricos 28. Conhecer o processo de formação do Império Romano.
29. Compreender aspectos da República romana e o papel do Direito na organização do
Estado.
30. Reconhecer a importância do latim na formação das línguas vernáculas modernas.
31. Conhecer a relação entre patrícios e plebeus.
32. Identificar as origens do Cristianismo na região da Palestina e sua propagação por
outras regiões do Império Romano.
30. Identificar a divisão do Império Romano entre Império romano do Ocidente e do Oriente.
TEMÁTICA: Civilização Romana
 A formação de Roma;
 A República romana;
 As guerras da conquista;
 O Império Romano;
 A sociedade e a cultura.
 A mensagem do cristianismo;
 A divisão do Império e a queda de Roma.
Eixo: Conhecimentos Históricos
201
TEMÁTICA: Idade Média
 O declínio do Império romano;
 Os germânicos e a idade média;
 O Reino Franco e o Cristianismo;
 A Economia, Política e Cultura Feudal.
31. Compreender a desestruturação do Império Romano e a formação do mundo medieval
na Europa.
32. Identificar aspectos do conceito de feudalismo.
33. Classificar a estrutura da sociedade feudal definida a partir de três ordens: oratores,
bellatores e laboratores, representadas pelas figuras do sacerdote, do cavaleiro e do
camponês.
34. Reconhecer as principais características da economia, cultura e política no período
feudal.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
202
Quadro 2: Panorama geral do componente curricular História – 7º ano
EIXO/TEMÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO
Eixo: Linguagens e procedimentos de Pesquisa
TEMÁTICA: Baixa Idade Média
 Mudanças no campo e nas cidades;
 As Cruzadas;
 A Formação dos Estados europeus modernos;
 A Peste Negra e a Grande Fome;
 O saber e as artes.
01. Conhecer marcas fundamentais das Histórias Antiga e Medieval, incluindo
contraposições, conexões e trocas que se estabeleceram entre Ocidente e Oriente ao longo
dos séculos (cerca de 3 mil a.C. a fins do século XV);
02. Produzir textos que discorram sobre o desenvolvimento dessas civilizações e sociedade
no que tange à arte.
03. Utilizar tecnologias para acesso às fontes históricas (dados, registros, documentos e
narrativas) em pesquisas sobre acontecimentos passados, selecionando informações
considerando os contextos de sua proporção na história da Idade Média;
04. Comparar as cidades medievais com as cidades atuais estabelecendo semelhanças e
diferenças;
05. Comparar a idade média com o Renascimento e identificar as mudanças e as
permanências de um período para o outro.
Eixo: Linguagens e procedimentos de Pesquisa 06. Entender a importância das atividades comerciais e agrícolas para a expansão da vida
urbana na Europa a partir do século XI e identificar os grupos sociais que então se
desenvolveram;
07. Identificar as principais características do processo de formação dos Estados Nacionais
Europeu (Portugal, Espanha, França e Inglaterra) e perceber a especificidade do processo
inglês;
08. Analisar as questões políticas e econômicas que circundaram a Reforma e a
Contrarreforma;
09. Relacionar as mudanças ocorridas na sociedade europeia com o desenvolver artístico
e cultural da baixa idade média, ampliando para uma discussão local.
TEMÁTICA: Mudanças na arte, na religião e na
política europeia
 O Humanismo;
 A Arte do Renascimento;
 A Reforma Protestante;
 A Contrarreforma
 O fortalecimento das monarquias nacionais.
 (Apresentar e discorrer sobre as riquezas da cidade de
Açailândia, representadas na arte, na religiosidade e na
política).
Eixo: Conhecimentos Históricos 10. Identificar os fatores prováveis do declínio das cidades – Estados Maias;
203
TEMÁTICA: Povos pré-colombianos
 América: Terra de grandes civilizações;
 A civilização Maia
 O Império Asteca;
 A civilização Inca.
11. Perceber que os Incas preservavam sua memória mesmo sem conhecer a escrita;
12. Apreciar e analisar os aspectos culturais dos Incas e Maias.
Eixo: Conhecimentos Históricos 13. Compreender o processo de organização do domínio colonial nas Américas portuguesa
e espanhola.
14. Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações
ameríndias.
15. Analisar as relações de trabalho impostas às populações indígenas e a introdução da
escravidão de origem africana nas Américas.
16. Identificar as principais características do Estado Absolutista e suas relações com a
política mercantilista.
17. Identificar sujeitos e processos históricos relacionados a formação dos povos e em
especial o povo brasileiro em diferentes fontes, tais como documentos oficiais; (lista de
imigrantes, documentos censitários, registros paroquiais entre outros.) Documentos
pessoais, fotografia, narrativas orais. Escritas e iconográficas e materiais audiovisuais.
TEMÁTICA: As grandes navegações e a
colonização da América Portuguesa
 A Expansão Marítima Portuguesa;
 A Expansão Marítima Espanhola;
 A colonização Portuguesa na América;
 A administração da América Portuguesa.
Eixo: Conhecimentos Históricos 18. Reconhecer os diferentes processos de escravidão ocorridos no Brasil / escravidão de
africanos e escravidão de indígenas / relacionando-os com a formação política, economia,
cultura e social das diferentes regiões do Brasil;
19. Comparar as principais características da expansão marítima portuguesa e espanhola.
TEMÁTICAS: Espanhóis e ingleses na América
 A conquista espanhola;
 A colonização espanhola na América;
 As atividades econômicas na Colônia;
 As viagens marítimas inglesas;
 A colonização inglesa na América;
 Franceses e ingleses na América do Norte.
Eixo: Conhecimentos Históricos
204
TEMÁTICA: Nordeste colonial do Brasil
 A economia açucareira;
 O cotidiano nos engenhos;
 Escravidão, existência e trocas culturais;
 A ocupação do Nordeste brasileiro pelos holandeses.
20. Conhecer as diferentes fases da colonização do Brasil, em especial a da economia do
açúcar no Nordeste, da exploração mineradora e da expansão das fronteiras do território
colonial.
21. Identificar e analisar algumas contribuições das culturas pré-colombianas para a
formação de hábitos alimentares comuns na atualidade, em todo mundo Ocidental;
22. Respeitar e valorizar a cultura material e simbólica dos povos pré-colombianos como
patrimônio da humanidade;
23. Compreender que o processo de aculturação era dinâmico e complexo e que os
indígenas, muitas vezes, resistiram e mantiveram suas crenças;
24. Identificar os diferentes regimes de trabalhos implantados nas colônias espanholas e
nas colônias inglesas da América;
25. Estabelecer diferenças e semelhanças entre os movimentos migratórios para o
continente americano na época da colonização e os movimentos migratórios atuais que
ocorre dentro do próprio continente;
26. Indicar os fatores que levaram os portugueses a cultivar cana de açúcar na América
portuguesa;
27. Estabelecer relações entre as diversas atividades econômicas desenvolvidas pelos
colonizadores na América portuguesa;
28. Perceber o preconceito racial que ainda persiste no Brasil como uma das heranças
perversas da escravidão;
29. Reconhecer as várias formas de resistência praticadas pelos escravos, em especial a
formação de quilombos.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
205
Quadro 3: Panorama geral do componente curricular História – 8º ano
TEMÁTICAS/CONTEÚDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO
Eixo: Conhecimentos Históricos
TEMÁTICA: a expansão da América Portuguesa
e época do ouro no Brasil
 As missões jesuítas;
 A conquista do sertão;
 A crise da economia portuguesa;
 Rebeliões na Colônia;
 A descoberta do ouro;
 A exploração de ouro e diamante;
 A vida urbana e o mercado interno;
 A vida cotidiana nas cidades mineiras.
01. Reconhecer as fontes históricas, tais como documentos pessoais, fotografias, narrativas
orais, escritas, iconográficas e materiais audiovisuais, dentre outros, como ferramentas para
a produção de evidências e posterior formulação de narrativas sobre o passado, ampliando
o vocabulário historiográfico e a compreensão sobre a história do Brasil.
02. Perceber a importância dos jesuítas para a educação e a expansão do catolicismo na
América espanhola;
03. Reconhecer a conquista da América como parte do processo de expansão ultramarina
europeia por meio do estudo das relações econômicas nas quais os Portugueses estavam
inserindo entre os séculos XIV e XV;
04. Caracterizar as missões jesuíticas como aldeamentos destinados a conversão do
indígena, destacando alguns aspectos da vida nas missões;
05. Caracterizar as missões jesuíticas como aldeamentos destinados a conversão do
indígena, destacando alguns aspectos da vida nas missões;
06. Comparar a revolta de Beckham e a guerra dos mascates e identificar esses
movimentos como expressão de interesses locais, que não questionaram o domínio colonial
Português.
07. Analisar a importância da mineração para a expansão da América portuguesa e para o
desenvolvimento econômico do centro-sul da colônia;
08. Reconhecer a importância e o predomínio do trabalho escravo na extração aurífera da
região das minas;
206
09. Comparar a revolta de Beckham e a guerra dos mascates e identificar esses
movimentos como expressão de interesses locais, que não questionaram o domínio colonial
Português.
Eixo: Conhecimentos Históricos 10. Perceber a importância das revoluções inglesas do século XVIII para o processo de
industrialização da Inglaterra;
11. Compreender as condições socioeconômicas e políticas que explicam o pioneirismo
inglês na industrialização;
12. Identificar as principais características da revolução industrial inglesa;
13. Reconhecer as diferenças entre os ritmos e a disciplina de trabalho antes e depois da
revolução industrial.
TEMÁTICA: Das revoluções inglesas à
revolução industrial
 As Revoluções inglesas do século XVII;
 O desenvolvimento econômico da Inglaterra;
 A Revolução Industrial;
 As cidades industriais e a vida operária;
 As lutas operárias e os sindicatos.
Eixo: Conhecimentos Históricos 13. Identificar as principais críticas dos pensadores iluministas ao antigo regime, bem como
as novas ideias que eles defendiam;
14. Perceber a influência do pensamento liberal-iluminista no movimento de independência
dos Estados Unidos;
15. Reconhecer na declaração dos direitos do homem e do cidadão os princípios liberais
que hoje predominam no mundo ocidental;
16. Compreender a complexidade da revolução francesa, cujo andamento foi marcado pela
diversidade de interesses e objetivos, associados às camadas sociais heterogêneas que
disputaram o poder;
TEMÁTICA: Revoluções na América e na Europa
 O Iluminismo;
 A independência dos Estados Unidos;
 Revolução Francesa: início e reações, mudanças
sociais e políticas.
 Do Terror ás mudanças trazidas pela Revolução.
Eixo: Conhecimentos Históricos 17. Explicar a súbita de Napoleão ao poder na França como o corolário da revolução de
1789;
18. Compreender as características do governo de Napoleão Bonaparte, diferenciado as
esperas econômicas, policial e jurídica;
TEMÁTICA: A Era de Napoleão: Na Europa e na
América
 Napoleão Bonaparte no poder;
207
 O Império Napoleónico;
 A Independência do Haiti;
 Os americanos lutam por liberdade.
19. Entender a especificidade pela independência no Haiti e compara-la aos processos
emancipatórios das demais colônias do continente americano.
Eixo: Conhecimentos Históricos 20. Compreender os limites da independência alcançada pelos países da América Latina e
reconhecer as contradições do período colonial que permanecem ainda hoje.
21. Reconhecer os nexos entre o processo de independência e as transformações ocorridas
na Europa, por meio do estudo da revolução francesa e seu desdobramento no campo
político;
22. Relacionar a crise portuguesa do século XVIII às alterações no nexo metrópole-colônia;
23. Contextualizar a transferência da família real portuguesa para o Brasil na construção da
era napoleônica;
24. Identificar as mudanças econômicas, sociais e política, decorrente da transferência da
família real e da corte portuguesa para o Brasil;
25. Caracterizar e comparar as construções Mineira e Baiana;
26. Contextualizar as discussões do processo de independência do Brasil com a
independência financeira e política do município;
27. Conhecer os motivos e os desdobramentos da vida na corte portuguesa para o Rio de
Janeiro em 1808.
TEMÁTICA: A independência do brasil e o
primeiro reinado
 O Brasil sobre as regras do pacto colonial;
 A crise do Antigo Sistema Colonial;
 A Família Real no Brasil;
 A Independência do Brasil;
 O Primeiro Reinado (1822 - 1831);
 A independência histórica do processo político de
Açailândia.
Eixo: Conhecimentos Históricos 28. Comparar a formação dos estados Italiano e Alemão, e reconhecer nesses processos
históricos e triunfo dos ideais nacionalistas na Europa;
29. Relacionar a expansão territorial dos Estados Unidos no século XIX com a retração dos
territórios indígenas no pais;
30. Reconhecer as diferenças que havia entre o sul e o norte dos Estados Unidos e associar
essas diferenças a eclosão da guerra civil americana.
TEMÁTICA: Revoluções na Europa e a
Expansão dos Estados Unidos
 A Europa das Revoluções;
 A unificação da Itália e da Alemanha;
 Estados Unidos: A conquista do Oeste;
 A Guerra civil americana.
208
Eixo: Conhecimentos Históricos 31. Analisar os principais fatores que deslocaram na independência do
Brasil e os conflitos que surgiram m diversas províncias para a sua manutenção;
32. Reconhecer as principais características políticas, economia e social do primeiro reinado
e identifica os acontecimentos que levaram a crise do governo de D. Pedro I.
33. Analisar os movimentos revolucionários do século XIX na Europa, quando as suas
motivações, reivindicações, ideias e resultados;
34. Comparar as principais características das revoltas que ocorreram no período regencial;
35. Reconhecer mudanças e permanências no lugar ocupado por populações negras e
indígenas na sociedade brasileira, considerando sua condição nos passados colonial e
imperial brasileiro e na sociedade brasileira contemporânea;
36. Comparar as principais características das revoltas que ocorreram no período regencial;
37. Situar a guerra do Paraguai no contexto das disputas políticas e econômicas da região
platina e reconhecer as diferentes visões construídas pela historiografia;
38. Reconhecer os efeitos gerados no Brasil com a abolição do tráfico negreiro em 1850;
39. Analisar a importância do movimento abolicionista do século XIX e assumir uma postura
crítica contra qualquer forma de preconceito racial;
40. Compreender os interesses do governo e das elites agrarias em incentivar a vinda de
imigrantes para o Brasil e identificar as principais características do trabalho escravo e do
trabalho livre nas grandes fazendas de café do século XIX.
TEMÁTICAS: Brasil: Período Regencial e o
Segundo Reinado
 O Período Regencial (1831 - 1840);
 O Segundo Reinado;
 A Expansão cafeeira no Brasil;
 O Movimento Absolutista;
 Os Imigrantes no Brasil.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
209
Quadro 4: Panorama geral do componente curricular História – 9º ano
TEMÁTICAS/CONTEÚDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 9º ANO
Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa
TEMÁTICA: Imperialismo
 As novas tecnologias;
 A expansão da Revolução Industrial;
 O surgimento da Sociedade de Massas;
 A Era dos Impérios e a Arte Moderna.
01. Analisar os efeitos devastadores do imperialismo europeu sobre os países da África e
Ásia;
02. Caracterizar a 2° revolução industrial e diferencia-la da 1° revolução industrial;
03. Analisar as motivações e decorrências da expansão imperialista europeia sob os pontos
de vista econômico, político e cultural;
04. Reconhecer alguma característica da era imperialista: o crescimento das cidades e
formação de uma cultura de massas;
06. Reconhecer a influência da arte das áreas coloniais nas manifestações artísticas das
vanguardas europeias.
Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 07. Analisar os sentidos sociais e culturais da revolta de Canudos no sertão da Bahia, na
década de 1890;
08. Conhecer a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, em especial a sua “descoberta”
das mazelas do “Brasil”;
09. Identificar o sistema político partidário da Primeira República e as bases sociais do
partido republicano nos estados participantes da chamada política do “café com leite”, São
Paulo e Minas Gerais;
10. Conhecer os principais movimentos sociais do Brasil durante a 1° republica (guerra de
canudos, guerra de contestado e cangaço);
11. Identificar as mudanças e as permanências, na passagem da monarquia para a
república sob os pontos de vista econômico e social;
TEMÁTICAS: Brasil republicano
 A Guerra de Canudos;
 A Guerra do Contestado;
 Cangaço: Uma Guerra no Sertão;
 A Industrialização e o crescimento das cidades;
 O Movimento operário na Primeira República.
210
12. Descrever a característica da classe operaria brasileira e suas lutas de classes.
Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 13. Identificar diferentes fontes de consulta sobre as grandes guerras mundiais;
14. Analisar os fatores que levaram a 1° guerra mundial e os resultados advindos desse
acontecimento;
15. Relacionar a 1° guerra mundial e a revolução Rússia, entendendo a influência mutua de
ambos os acontecimentos;
16. Compreender as razões que levaram a queda do cristianismo e a revolução socialista
na Rússia;
17. Caracterizar a Belle époque e as principais tendências culturais desenvolvidas na
Europa durante os anos 1920.
TEMÁTICA: A 1ª guerra e a Revolução Russa
 A Belle Époque;
 A 1ª Guerra Mundial;
 A Revolução Socialista na Rússia;
 A Arte e a cultura na Europa dos anos 1920.
Eixo: Conhecimentos Históricos 18. Compreender as razões que levaram a crise de 1929, caracterizar o programa
conhecido como New Deal e estabelecer paralelos com a crise econômica de 2008;
19. Caracterizar o Nazi fascismo como uma ideologia assentada no nacionalismo e no
totalitarismo, na imposição de um partido único, monopolizado pelo estado, no culto ao
chefe e no aniquilamento das oposições, por meio das forças e dos instrumentos de
programa política;
20. Reconhecer os principais acontecimentos da 2° guerra mundial e destacar os resultados
do conflito na configuração do mundo bipolar.
TEMÁTICA: A crise do capitalismo e a Segunda
Guerra Mundial
 A Crise de 1929;
 Os Regimes autoritários tomam conta da Europa;
 Uma experiência dolorosa: o Nazismo alemão;
 A Expansão do Eixo e a Segunda Guerra Mundial;
 A Eclosão da Guerra.
Eixo: Conhecimentos Históricos 16. Identificar as forças políticas que compuseram a aliança liberal e chegaram ao poder
em 1930;
17. Caracterizar o estado novo do ponto de vista político, econômico e social e compreender
o contexto em que esse regime foi instalado;
18. Destacar alguns elementos da produção cultural da era Vargas, inserindo-os no contexto
geral da época;
TEMÁTICAS: A Era Vargas
 A Revolução de 1930 e o Governo Provisório;
 A Ditadura do Estado Novo;
 A educação e cultura na Era Vargas;
 O Brasil depois de 1945;
211
 A Guerra Fria;
 Revolução na Ásia;
 A descolonização da África;
 A questão Judaica – Palestina.
19. Caracterizar o 2° governo Vargas sob os pontos de vista político, econômico e social;
20. Caracterizar a guerra fria em seus diversos aspectos (politica, produção cultural, ciência
e esportes);
21. Conhecer os efeitos da guerra fria sobre os países da América do Sul e sobre o Brasil
em particular;
22. Sintetizar os principais fatores e aspectos envolvidos no conflito entre israelenses e
palestinos;
23. Relacionar a luta de independência das colônias africanas e asiáticas ao contexto da
guerra fria, reconhecendo, porém, os aspectos particulares de cada região.
Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 24. Identificar os desdobramentos da revolução cubana para o acirramento da disputa entre
o bloco capitalista e o bloco socialista;
25. Identificar as bases do desenvolvimento econômico ocorridos durante os anos J.K.
26. Comparar os golpes de estado que implantaram aas ditadura militares no Brasil, na
argentina e no Chile e relaciona-los ao cenário internacional da guerra fria;
27. Caracterizar o regime militar que se implantou no Brasil em 1964 sob os pontos de vista
político e econômico;
28. Reconhecer as várias formas de resistência promovidas contra a ditadura militar no
Brasil;
TEMÁTICAS: Democracia e ditadura na América
Latina
 Os “Anos Dourados”;
 O governo João Goulart e o Golpe de 1964;
 O fim das Liberdades Democráticas;
 A cultura no Regime Militar;
 Ditaduras na Argentina e no Chile.
Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 29. Analisar mudanças e permanências produzidas pela globalização na vida brasileira;
30.Compreender o significado da queda do muro de Berlim na instauração de uma nova
ordem mundial;
31. Analisar os fatores da crise do mundo socialista no final do século XX;
TEMÁTICA: A nova ordem mundial
 O fim da União Soviética e do Socialismo no Leste
Europeu;
 A Globalização e seus efeitos;
212
 Os Estados Unidos e o Mundo Contemporâneo;
 O Brasil na nova ordem mundial;
 Um balanço do Brasil contemporâneo: (discorrer sobre
esses efeitos na cidade de Açailândia).
32. Caracterizar o progresso de globalização, compreendendo as suas contradições e o
debate que divide os defensores e os críticos desse fenômeno;
33. Refletir sobre alguns desafios colocados para a humanidade no novo milênio, como a
preservação da natureza e o combate à pobreza e a intolerância.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
213
6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA
Antes de começar um estudo sobre avaliação escolar, é necessário refletir
sobre o objetivo daquilo que se quer descobrir, pois geralmente os resultados
alcançados refletem a ação da prática pedagógica como ponto de partida. Segundo
Luckesi (1996), as pedagogias imprimem na avaliação da aprendizagem o princípio
do autoritarismo. Por meio da avaliação autoritária e classificatória promove-se
implacavelmente a seleção dos “bons” e dos “maus”. São pedagogias que veem a
educação e a avaliação como princípios em si mesmos e não como um meio do
processo ensino e aprendizagem, ou ainda, como expressão das relações sociais
contraditórias da existência humana.
Nesse sentido, essas pedagogias não tecem críticas ao sistema social,
político e econômico hegemônico, pois acreditam que o fracasso é de
responsabilidade dos alunos e de suas famílias. São procedimentos didáticos de
pedagogias que não analisam os impactos que as diferenças sociais causam nas
possibilidades de aprendizagem das crianças das camadas mais pobres. Segundo
Luckesi (1996 p.32):
A prática da avaliação escolar, dentro do modelo liberal conservador, terá de
ser, obrigatoriamente, autoritária, pois esse caráter pertence à essência
dessa perspectiva de sociedade, que exige controle e enquadramento dos
indivíduos nos parâmetros previamente estabelecidos de equilíbrio social,
seja pela utilização de ações explícitas (nos modelos de avaliação em sala
de aula), seja pelas (...) diversas modalidades de propaganda ideológica no
discurso e nas atitudes autoritárias do professor. A avaliação educacional
será, assim, um instrumento disciplinador não só das condutas cognitivas
como também das condutas sociais do aluno, no contexto da sala de aula e
da escola.
Trata-se de uma pedagogia, que dependendo do estágio do modo de
produção capitalista, ora coloca a ênfase no ensinar (racionalidade formal), ora no
aprender (racionalidade técnica), em ambos a avaliação assume contornos do
mercado e cumpre o seu papel conservador. Sendo assim a escola deve planejar,
elaborar e aplicar a avaliação como ato subsidiário do processo ensino aprendizagem.
A avaliação processada dessa forma não é algo isolado em si mesma, mas
pertencente a um projeto pedagógico de educação, no qual os objetivos, os princípios,
os métodos, as metodologias, os conteúdos, as metas e ações serão os elementos
orientadores da avaliação.
A partir de tais pressupostos, percebe-se que a metodologia de ensino está
associada a um processo mais complexo, que envolve cuidado nos critérios de
214
seleção de conteúdos, e encontram-se intimamente ligados à avaliação. Uma
concepção de metodologia de ensino articulada à relação entre conhecimento prévio,
conhecimento científico e conhecimento escolar conduz à revisão das maneiras de
avaliar, retoma a reflexão sobre o significado do “erro” e assume maior significação,
ao englobar uma visão crítica (e não punitiva) tanto do trabalho do aluno quanto do
próprio trabalho docente.
A apresentação dos temas de estudo de História suscitará, em maior ou
menor escala, dependendo do nível e da composição social da classe, uma avaliação
inicial por parte dos alunos, que possuem, invariavelmente, um conhecimento prévio
sobre temas e conceitos propostos para estudo no decorrer das aulas, permitindo ao
professor meios de avaliar os próprios alunos e o curso em sua integralidade,
privilegiando:
 Os conhecimentos prévios e de como os alunos os organizam em
relação aos objetos a ser estudados, levando o professor a medir as
diferenças entre as próprias expectativas e a da classe;
 Os acontecimentos importantes que efetivamente ocorrem na classe
durante as sequências de aprendizagem, pois muitas vezes é difícil contornar
conflitos entre o saber escolar e os provenientes da opinião dos alunos –
conflitos ou diferenças que provocam resistências e levam ao malogro em
certas etapas do trabalho em sala de aula, como por exemplo, o problema do
racismo, de preconceitos sexuais, sociais, etc.);
 As mudanças dos alunos diante do objeto de estudo e da relação disso
com a eficácia da prática pedagógica do professor. Ao introduzir formas de
registros no começo e no término de um tema, torna-se possível perceber o
impacto da metodologia utilizada para enriquecer informações ou as
mudanças da visão inicial dos alunos sobre o objeto de estudo.
O estudo das temáticas/conteúdos, explicitados aqui, primam pela
metodologia de ensino associada a um processo mais complexo, o que envolve
cuidados nos critérios de seleção de conteúdos que se encontra intimamente ligados
ao processo avaliativo. Ensinar a partir dessa concepção, articulando a relação entre
conhecimento prévio, conhecimento científico e conhecimento escolar, passa a ser
um convite à reflexão sobre o significado do “erro” e assume maior significação, ao
215
englobar uma visão crítica (e não punitiva) tanto do trabalho do aluno quanto do
próprio trabalho docente com base nos seguintes princípios:
 Efetivação do Currículo Referência de História como um conjunto/apoio
de sugestões didáticas no processo de aprendizagem, que só terá validade
se o professor/mediador coordenar e orientar seus educandos de forma
prática e significativa;
 Compreensão dos questionamentos e conteúdos aqui abordados são
abertos, sem grandes preocupações com definições de fórmulas prontas. Da
introdução até as sugestões de atividades, apontadas aqui e também nas
partes referentes aos conteúdos, insistimos nos procedimentos para motivar
o educando, “descobrir” ou construir o saber, relacionando os estudos e
discussões ao seu cotidiano;
 Registro e análise do percurso formativo dos estudantes com foco na
melhoria e aprimoramento da aprendizagem.
Sendo assim, a escola deve primar pela avaliação formativa que luta contra o
fracasso escolar e as desigualdades sociais. Para isso, tem que romper com as
políticas autoritárias e com as metodologias padronizadas, respeitando a diversidade
e a pluralidade cultural.
216
REFERÊNCIAS
AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal
de Educação – 2014-2024. Açailândia, 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015.
______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2000.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
______. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º
e 4º ciclos do ensino fundamental: História. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRAUDEUL, Fernand. História e Ciências sociais. 5. ed. Lisb: Editorial Presença,
1986.
CABRINI, Conceição et alii. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo:
Brasiliense, 1985.
CARDOSO, Ciro Flamarion. História e Paradigmas. Rivais. In: CARDOSO, Ciro
Flamarion e VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e
metodologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mocambos. Rio de Janeiro: José Olympio
Editora,1951.
GERMANO, José Wellington. Estado Militar e educação no Brasil. São Paulo:
Cortez, 1993.
HOLANDA, Sergio Buarque. Raízes do Brasil. 10. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,
1976.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo: Cortez,
1996.
MARANHÃO. Diretrizes Curriculares - Secretaria de Estado da Educação do
Maranhão, SEDUC, 3. Ed. São Luis, 2014.
PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.

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Currículo referência história 6º ao 9º ano

  • 2. 179 APRESENTAÇÃO A história do ser humano não se confunde com as transformações que o cerca. Pressupõe-se que exista em seu bojo um conjunto de relações, algumas conflituosas, em que se inserem temas renovadores para a educação, com foco no respeito pelas sociedades tradicional e moderna, a indústria, a produção do espaço e as diferenças culturais. Essa compreensão tem início num processo de humanização e ensinamento, construído coletivamente. Numa proposta de renovação do currículo do ensino de História, tal concepção deve ser aceita como ação enriquecedora nas modificações e na produção do conhecimento histórico. A esse respeito, Paul Veyne (2013) questionava ponderações feitas por seus pares em relação às mudanças curriculares na França, na década de 70 - que introduziam a História por temas no ensino secundário, indagando o porquê da celeuma. Para ele, tal mudança era; tudo o que sempre sonhara. A renovação metodológica da produção historiográfica recente que se configura numa nova concepção de História, admite sua marca nos movimentos de reformulação curricular. As novas tendências e contribuições estão presentes nas propostas para um novo ensino de História, na reflexão sobre o seu papel social e os conteúdos que de fato necessitam ser trabalhados no currículo escolar, dando sentido ao ensino. O século XXI convoca educadores e educandos a se sentirem pertencentes, sujeitos de suas práticas, efetivando novas experiências, forjando novos saberes no conhecimento de suas/nossas histórias. Instiga-os a se apropriar de princípios metodológicos, que encontra sua validade ao atender aos pressupostos da construção de um conhecimento que interage com um saber que se torna significativo e consciente, constituindo-se em sua relevância social. Outra grande necessidade da contemporaneidade é a ressignificação dos saberes de um lugar/comunidade, possibilitando aos educandos uma maior aproximação com o seu cotidiano, da sua família e de seus companheiros, para a compreensão de si mesmo como protagonista histórico, agente do seu fazer e do seu viver. Tem, pois, um caráter formativo ao situar esse indivíduo no seu contexto de vivência, mas sem se limitar a esse enfoque, ou seja, a particularidade local que
  • 3. 180 precisa ser analisada nos aspectos em que se articula com a generalidade e a complexidade do social-histórico. Nesse processo, é importante o aprofundamento da compreensão do tempo histórico, trabalhando-se, a concepção do entrelaçamento das durações, que desenvolve a consciência dos ritmos da mudança social, possibilitando assim a percepção dos movimentos lentos sob a aparente imutabilidade das estruturas. A reflexão e discussão sobre o aparentemente conhecido, como ponte para o ainda não conhecido/percebido, são pistas para novas abordagens conceituais e novas práticas na escola. E principalmente, uma atitude, mais que uma metodologia, interdisciplinar que pode ser desenvolvida num enfoque temático e problematizador. As novas orientações para o currículo de ensino de História perpassam pela promoção de uma prática pedagógica aberta e dinâmica, preocupada fundamentalmente com a questão da cidadania. Tal questão nos remete à necessidade de instituição/ escola que se preocupa com a formação cientifica e popular - e nesse sentido abrange o projeto de situar o aluno no seu contexto histórico, respeitando, também a igualdade e cidadania dos demais membros que compõem a sociedade brasileira, ampliando tais saberes com base na Lei, 10.639/2003, Art. 26 que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira:  § 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil;  § 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Linguagem e Ciências Humanas. A citada lei trata de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à
  • 4. 181 população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática. É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de ampliar o jeito e/ou a forma de condução dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos, atividades que proporcionem diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das raízes africanas e europeias. É preciso ter clareza que o Art. 26 acrescido à Lei nº 9.394/1996 provoca bem mais do que inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação, oferecida pelas escolas. Daniel Epifânio Miglio Técnico em Assuntos Educacionais - História
  • 5. 182 1 O ENSINO DE HISTÓRIA O Ensino de História, enquanto matéria autônoma entrou no cenário educacional brasileiro a partir da constituição do Estado Nacional, mais precisamente após a Constituição de 1824 e do decreto de primeiras letras de 1827, que estabelecia o seguinte: Os professores ensinariam a ler, a escrever, as quatro operações de aritmética (...), a gramática da língua nacional, os princípios de moral cristã e de doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionando a compreensão dos meninos; preferindo, para o ensino da leitura, a constituição do império e da História do Brasil. (PCN, 1997, p. 19). Como se observa, de acordo com o decreto citado, já havia uma preocupação, por parte do próprio Estado, em romper com a História jesuítica introduzida a partir do processo de colonização do Brasil. Tal preocupação, apesar dos esforços de alguns intelectuais e educadores, restringiu-se a mera retórica, pois se manteve a perspectiva religiosa como princípio norteador básico do processo educacional brasileiro. A disposição dos conteúdos, as figuras abordadas, os temas apresentados e a metodologia adotada seguiam a velha métrica do Ratio Católico, adotado desde os primeiros momentos da colonização. As primeiras mudanças ocorridas no ensino de História deram-se na segunda metade do séc. XIX após a implantação do Colégio D. Pedro II, na capital do império- Rio de Janeiro, baseados nos métodos franceses de aprendizagem. Os professores deste estabelecimento de ensino (destinado às elites nacionais) passaram a incorporar o modelo laico de ensino, criado na França após a Revolução Francesa. Este modelo rompia com a metodologia do Ratio e voltava-se para a perspectiva de ampliação das ciências exatas e naturais, como reflexo do movimento intelectual ocorrido na Europa no início do século e de adoção da História Universal, que privilegiava a História da Europa Ocidental e transformava a História do Brasil em um mero apêndice da História Europeia. Convém notar que, apesar de transformar a História local em um mero reflexo do processo colonizador europeu, este novo programa disciplinar constitui um avanço, pois rompe com a velha perspectiva jesuítica e estabelece, definitivamente, no processo educacional nacional, o ensino laico.
  • 6. 183 No final do século XIX, com a abolição da escravidão, a proclamação da República, a transferência para a mão-de-obra livre, a intensificação da imigração estrangeira e a difusão da ideologia positivista, abrem-se novos campos de abordagem para a educação e, em particular, para o ensino de História. Tratava-se agora de inserir a nação em um espírito cívico nacionalista que privilegiava o Estado e as instituições governamentais ligadas à República. A disciplina História ficaria a cargo destas obrigações, provocando uma 'necessidade de mudança dos currículos e da metodologia de abordagem do aluno. Vários debates são travados, tanto no campo de aplicação da disciplina, quanto no campo de estruturação dos conteúdos, provocando uma reforma estrutural no ensino da disciplina. A História passou a ocupar, no currículo, um duplo papel: o civilizatório e o patriótico, formando, ao lado da Geografia e da Língua Pátria, o tripé da nacionalidade, cuja missão na escola elementar seria a de modelar um novo tipo de trabalhador: o cidadão patriótico. (PCN, 2000, p.22) Na república, a História passa a privilegiar, então, o homem nacional, tomado na sua dimensão patriótica, totalmente inserida no “espírito positivista e republicano”, enfatizando uma sociedade “democrática e multirracial”, onde, no final, o que prevalecia era a ideia de uma sociedade homogênea e sem disparidades sociais. Esta proposta, no entanto, só foi implantada nos grandes centros. No restante do país, continuou a prevalecer o ensino laico de influência religiosa, transmitido através do método lancasteriano de ensino. Durante os dois primeiros quartéis do século XX, a escola pública continuou relegada a um plano secundário e as poucas reformas existentes pouco alterou este panorama. Na década de 1930, com o advento do movimento de reorganização do poder político e a difusão da Escolanovista, aumenta a influência e controle do Estado sobre a educação; tais fatos culminam com a criação do Ministério da Educação e Cultura e com a reforma Francisco Campos. O ensino de História sofre uma alteração circunstancial, passando a ser idêntico em todo o território nacional, dando ênfase ao ensino de História Geral, sendo, novamente, a História do Brasil e da América apêndices da Civilização Ocidental. Nas décadas de 1950 e 1960, as discussões e transformações no ensino de História aprofundam-se, levadas pelo processo de industrialização e pelo nacional desenvolvimentismo. A noção de povo passa a ser incorporada à disciplina, porém de forma bastante superficial, apenas no intuito de caracterizar a formação da sociedade
  • 7. 184 nacional. Algumas teorias passam, inclusive, a identificar o atraso do país com a "mestiçagem" da população. No ensino secundário, como reflexo da criação da Faculdade de História da USP (1932) e da publicação das obras de Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freire, passam a ser incluídas, nos currículos de História, as noções de "modo de produção", "classe social", "visão doméstica da sociedade" e de "ciclos econômicos", privilegiando o estudo de História da América, com destaque para a História dos Estados Unidos. Na História do Brasil, acontece um destaque para a história econômica, abordando-se o escravismo e a dependência econômica do país. Começa a haver, gradativamente, a inclusão da ideia de processo social e um pequeno rompimento com a linearidade histórica (ainda muito timidamente e como iniciativas isoladas). Com o movimento de 1964, na construção do regime militar, novas mudanças ocorrem no ensino de História, marcadas, principalmente, por um retorno da visão militar de Estado/Heroico. A lei 5.692/71, que inseria o ensino técnico nas escolas de 1° e 2° graus, provocou uma verdadeira desorganização da disciplina. Segundo Wellington Germano, 1990, p. 65 "começa um lento e eficaz processo de militarização da educação nacional, que desarticula qualquer perspectiva formativa autônoma do aluno e da intelectualidade nacional". A mudança ocorrida transforma a história em um mero instrumento de glorificação do passado heroico da nação e da formação de uma sociedade multirracial sem disparidades internas. Disciplinas como OSPB- Organização Social Politica Brasileira e EMC-Educação Moral e Cívica passam, gradativamente, a descaracterizar a disciplina História, que se transforma em um mero narrar de fatos e datas, com livros que enfatizam apenas a descrição oficial e os textos passam a ceder lugar a um conjunto denso de fotos e pinturas bucólicas da realidade. Este modo de entender e estudar História só começa a ser alterado no final da década de 1980 e início da década de 1990. Dois fatos são de fundamental importância para a compreensão desta mudança: As novas tendências da disciplina, principalmente com a difusão da ideologia francesa (Nova História) que, no dizer de Paulo Eduardo Arantes, ( 1981, p. 85); "será o elemento norteador da tentativa de se formar um sistema intelectual brasileiro capaz de nos fazer parecer com os principais centros de difusão do conhecimento" e as transformações sociais políticas e econômicas pelas quais passava o país no final do período militar. As novas exigências advindas com o final do período militar e a reformulação do Ministério da Educação e Cultura vão trazer para a disciplina História uma nova
  • 8. 185 abordagem no que diz respeito aos conteúdos e aos métodos de ensino utilizados. Os grandes seminários e os fóruns de debates vão possibilitar novos métodos e novos objetos de abordagem para o conhecimento histórico. A velha forma de ver e estudar História, encarcerada na visão cíclica e linear do processo histórico, é substituída por uma visão integrada e analítica do mesmo processo. O movimento de mudança, na visão didática de História, teve um grande impulso a partir de dois momentos:  A ampliação para todo o território brasileiro da Associação Nacional dos Profissionais Universitários de História (ANPUH) que, apesar de criada na década de 1960, que começa a ter força no momento da distensão do regime militar, como as demais instituições e associações de classe;  Início da discussão da nova LDB/9394/96, que trouxe inovações e perspectivas para as Ciências Humanas. Apesar destas discussões, no plano geral, o ensino de História sofreu poucas ou quase nenhuma alteração nas áreas periféricas, caso específico do Maranhão, onde o modelo adotado ainda sofria forte influência dos modelos anteriores, quer pela falta de formação dos profissionais, quer pela falta de formação continuada, do ponto de vista do aprimoramento intelectual dos mesmos. Com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, o MEC, incorpora a necessidade de um programa unificado a partir de princípios norteadores, que tenta, desde 1997, modificar esta configuração, no âmbito das escolas públicas, promovendo uma série de debates acerca do ensino de História, com o objetivo de diagnosticar as falhas existentes e as possibilidades de mudança. É neste sentido que, para a aplicação destes Parâmetros, faz-se necessária a formulação de uma proposta que adeque princípios e conteúdo no ensino de História.
  • 9. 186 2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 2.1 O Conhecimento Histórico: características e importância social Nas últimas décadas, o conhecimento histórico tem sido ampliado por pesquisas que têm transformado seu campo de atuação. Houve questionamentos significativos, por parte dos historiadores, relativos aos agentes condutores da história - indivíduos e classes sociais -, sobre os povos nos quais os estudos históricos devem se concentrar em fontes documentais que devem ou podem ser usadas nas pesquisas e ordenações temporais que precisam ou podem prevalecer. Tem sido criticada, simultaneamente, uma produção histórica que legitima determinados setores da sociedade, vistos como únicos condutores da política da nação e de seus avanços econômicos. Tem sido considerada, por sua vez, a atuação dos diversos grupos e classes sociais e suas diferentes formas de participação na configuração das realidades presentes, passadas e futuras. A aproximação da História com as demais Ciências sociais, em especial com a Antropologia, ampliou os estudos de povos de todos os continentes, redimensionando os estudos de populações não europeias. A multiplicidade de povos e de culturas em tempos e espaços diferentes tem sido estudada, considerando-se a diversidade de vivências no interior de uma dada sociedade, na medida em que grupos e classes sociais manifestam especificidades de linguagens, de representações de mundo, de valores, de relações interpessoais e de criações cotidianas. O questionamento sobre o uso exclusivo de fontes escritas levou a investigação histórica a considerar a importância da utilização de outras fontes documentais, aperfeiçoando métodos de leitura de maneira a abranger as várias formas de registros produzidos que tem despertado uma atenção especial aos diversos jeitos de comunicação entre os homens, além de escrita, oral, gestual, figurada, musical e rítmica. O aprofundamento de estudos de diversos grupos sociais e povos trouxeram como resultado, também transformações nas concepções de tempo, rompendo com a concepção de um único tempo contínuo e evolutivo para toda a humanidade. Os estudos consideram que, no confronto entre povos, grupos e classes, a realidade é moldada por descontinuidades políticas, por rupturas nas lutas, por momentos de permanências de costumes ou valores, por transformações rápidas e lentas.
  • 10. 187 O conhecimento histórico, como área científica, tem influenciado o ensino, afetando os conteúdos e os métodos tradicionais de aprendizagem. Contudo, não têm sido essas transformações as únicas a afetarem o ensino de História. As escolhas do que e como ensinar são provenientes de uma série de fatores e não exclusivamente das mudanças historiográficas. Relacionam-se com inúmeras transformações da sociedade, especialmente a expansão escolar para um público culturalmente diversificado, com a intensa relação entre os estudantes, com as informações difundidas pelos meios de comunicação, com as contribuições pedagógicas especialmente da psicologia social e cognitiva - e com propostas pedagógicas que defendem trabalhos de natureza interdisciplinar. O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes os que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais e coletivas, especialmente, as que se constituem como nacionais. Para a sociedade brasileira atual, a questão da identidade tem se tornado um tema de dimensões abrangentes, uma vez que se vive um extenso processo migratório que tem desarticulado formas tradicionais de relações sociais e culturais. Nesse processo migratório a perda da identidade cultural, tem apresentado situações alarmantes, desestruturando relações historicamente estabelecidas, desagregando valores, cujo alcance ainda não se pode avaliar. Dentro dessa perspectiva, o ensino de História tende a desempenhar um papel mais relevante na formação da cidadania, envolvendo a reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo. Inicialmente, a inclusão da constituição da identidade social nas propostas educacionais para o ensino de História, que necessita de um tratamento capaz de situar a relação entre o particular e o geral, que retrate o indivíduo, sua ação e seu papel na sua localidade e cultura e também das relações entre a localidade específica, a sociedade nacional e o mundo ficou de fora, ou seja, se referiam apenas aos conteúdos/conceitos de cada segmento de ensino sem levar em conta as particularidades de cada sociedade. Do trabalho com a identidade decorre, também, a questão da construção das noções de diferenças e de semelhanças. Nesse aspecto, é importante a compreensão do "eu" e a percepção do "outro", do estranho, que se apresenta como alguém diferente. Para existir a compreensão do "outro", os estudos devem permitir a
  • 11. 188 identificação das diferenças no próprio grupo de convívio, considerando os jovens e os velhos, os homens e as mulheres, as crianças e os adultos, e o "outro" exterior, o "forasteiro", aquele que vive em outro local. Para existir a compreensão do "nós", é importante à identificação de elementos culturais comuns no grupo local e comum a toda a população nacional e, ainda, a percepção de que outros grupos e povos, próximos ou distantes no tempo e no espaço, constroem modos de vida diferenciados. O trabalho com identidade envolve um terceiro aspecto: a construção de noções de continuidade e de permanência. É fundamental a percepção de que o "eu" e o "nós" são distintos de "outros" de ulteriores tempos, que viviam, compreendiam o mundo, trabalhavam, vestiam-se e se relacionavam de outra maneira. Ao mesmo tempo, é importante a compreensão de que o "outro" é, simultaneamente, o "antepassado", aquele que legou uma história e um mundo específico para ser vivido e transformado. O conhecimento do "outro" possibilita, especialmente, aumentar o conhecimento do estudante sobre si mesmo, à medida que conhece distintas formas de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços diferentes. Essas considerações são importantes para explicitar os objetivos, os conteúdos e as metodologias do ensino de História que estão sendo propostos, neste documento, para os anos finais do ensino fundamental. Considera-se, então, que o ensino de História envolve relações e compromissos com o conhecimento histórico, de caráter científico, com reflexões que se processam no nível pedagógico e com a construção de uma identidade social pelo estudante, relacionada às complexidades inerentes à realidade com que convive.
  • 12. 189 3 PROPÓSITOS GERAIS DO ENSINO DE HISTÓRIA A História, enquanto Ciência é entendida hoje em dois planos distintos que formam os marcos referenciais do historiador: o tempo e o espaço. A História passa a ser vista, então, como uma disciplina aberta às outras, em busca constante de novos conceitos e novos métodos de abordagem. Assim sendo, para se caracterizar os objetivos de História, se faz necessária uma compreensão de seu conceito e suas linhas de força’ na atualidade. Segundo o historiador Ciro Flamarion Cardoso: A História deve ser vista como uma ciência em construção, onde os conceitos e abordagens não podem ser entendidos de forma fechada e acabada e onde a força reside na interação constante com as demais ciências do homem; menos rígida e mais aberta às inovações, a História consegue adequar conceitos e definições sem perder o seu caráter essencial e os seus marcos referenciais. As linhas de força da disciplina História foram e continuam a ser o contato constante com as demais ciências do homem" (CARDOSO, 1990, p. 39) Partindo deste conceito, que prega a necessidade de uma disciplina aberta e integrada com as demais ciências sociais e humanas, como a Sociologia, a Geografia, Economia, a Psicologia, a Demografia, a Antropologia, etc., contrapondo-se, é claro, ao velho conceito de ciência do passado, elaborado pela lógica positivista que via a história como um mero amealhar de fatos e datas é que expomos os seguintes objetivos para a História, enquanto disciplina:  Entender o processo histórico como obra das civilizações humanas tomadas aqui em seu conceito mais geral;  Analisar o desenvolver do homem e de suas formas de socialização desde a sua origem até os dias atuais;  Estudar as sociedades como algo complexo e heterogêneo onde prevalece uma luta constante para a afirmação das visões de mundo e de classe, tanto no nível material, quanto no ideológico;  Entender a história da humanidade a partir de suas especificidades de tempo e espaço, rompendo com a visão linear e unívoca do processo histórico;  Analisar as diversas maneiras de organização humana, nos diversos momentos da história, como objeto de dominação das inúmeras formas de produção e sobrevivência do homem;  Analisar as situações concretas e das imagens vividas pelo homem.
  • 13. 190 Ao final do 6º e 7º Ano, espera-se que os alunos consigam identificar e fazer relações entre diferentes aspectos das sociedades estudadas, dimensionando essas relações em diferentes temporalidades. Por isso o ensino não deve se pautar na mensuração factual, mas na compreensão de processos históricos, analisando semelhanças e diferenças, continuidades e descontinuidades entre momentos históricos, percebendo dinâmicas 'de mudanças e permanências, desenvolvendo o senso crítico do aluno. Espera-se que os alunos tenham construído conhecimentos que lhes permitam:  Compreender a história enquanto conhecimento e prática social;  Identificar diferentes tipos de registro humanos como fontes que possibilitem o conhecimento de sociedades de outras épocas;  Reconhecer semelhanças e diferenças nas relações de trabalho em diferentes sociedades do mundo antigo;  Reconhecer a multiplicidade de formas de poder que ultrapasse o âmbito institucional, estando contidas em diversas estratégias de controle social;  Perceber diferentes estratégias de resistência dos sujeitos sociais;  Reconhecer costumes, crenças, valores, comportamentos que demonstrem os diferentes modos de vida e de representações internas das sociedades;  Estabelecer as relações entre acontecimentos e contextos históricos. Os alunos do 8º e 9º Ano, respectivamente, devem dominar os seguintes conhecimentos básicos, relativos aos conteúdos trabalhados:  Reconhecer os elementos econômicos, políticos e culturais que explicam a crise do Antigo Regime e do Antigo Sistema Colonial, possibilitando a emergência do mundo capitalista, em seus ritmos variados;  Identificar a forma específica de inserção das Américas, do Brasil e do estado local neste contexto geral de emergência do capitalismo como sistema, assim como os grandes problemas e desafios criados a partir daí;
  • 14. 191  Reconhecer as grandes correntes de ideias, em suas características básicas, que nortearam a emergência do capitalismo mundial e local;  Identificar as principais fases em que se desdobra a história do capitalismo contemporâneo, inclusive reconhecendo as tentativas de sua superação, posicionando-se criticamente diante desse quadro.
  • 15. 192 4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS 4.1 Orientações Metodológicas para as Turmas de 6º e 7º Ano O estudo da disciplina História, no ensino fundamental, tem se constituído em um grande desafio para o professor que busca na sua prática pedagógica, a aplicabilidade de uma concepção de história atual e contextualizada às reais necessidades de aprendizagem dos educandos. Essa concepção se constrói a partir das ações cotidianas do fazer humano. Nela estão contidas todas as relações sociais de poder, de trabalho, de representação dos mais variados grupos sociais. Levam-se em conta, portanto, neste tipo de concepção da história, o fazer dos homens, a maneira como vivem, trabalham, se alimentam, pensam, se organizam, se divertem, enfim, como se comportam numa determinada sociedade. Nesse sentido, Cabrini et al (1986, p. 33), quando resgata, na concepção de história, essa relação do indivíduo com a sociedade nos seus mais diferentes espaços e tempos faz as seguintes considerações: A história estuda as ações dos homens, procurando explicar as relações entre seus diferentes grupos. Essas relações estão em permanente movimento são essencialmente dinâmicas e contraditórias. Produzir história (...) é procurar captar recuperar essas relações que se estabelecem entre os grupos humanos no desenvolvimento de suas atividades nos mais diferentes tempos e espaços. Analisada nesta perspectiva, a história deixa de ser compreendida de forma estática e distante para ser apreendida como processo, como construção cujas transformações são resultantes de ações concretas de sujeitos históricos no seu cotidiano. Partindo desse princípio fica claro que o professor que se propõe ensinar História, nessa etapa do ensino fundamental, tem um duplo desafio: primeiro o de considerar e valorizar as experiências vividas pelos seus alunos ao chegarem nessa etapa; segundo, por ter que romper com qualquer visão que distancie a história da vivência desse aluno. Entendida nessa perspectiva, o aluno será capaz de interrogar acerca da sua própria historicidade, de compreender a dimensão histórica da realidade em que vive. Desse modo, as abordagens dos conteúdos apresentados, nesta proposta, avançam na medida em que problematizam as sociedades buscando compreender as diversas relações que se estabelecem no seu interior, possibilitando ao aluno a compreensão
  • 16. 193 dos processos históricos complexos, conflituosos, vividos pelas sociedades ao longo dos tempos. Nesse sentido, cabe ao professor propor ao aluno, desafios que desperte o gosto pela reflexão de maneira, que a sua preocupação privilegie a explicação do saber e do fazer das transformações sociais, mais do que os "onde" e "quando". A partir daí o aluno perceberá as diferenças e semelhanças das sociedades nos diversos tempos e espaços. No que se refere à questão do tempo histórico, este deverá ser trabalhado não apenas para instrumentalizar o aluno para a localização espaço/tempo, posto que esta compreensão não esteja relacionada apenas à noção cronológica, limita-se também a análise de tempo histórico. Não é apenas sabendo identificar o período em que se deu determinado fato que fará com que o aluno compreenda e explique esse acontecimento, mas, é necessária uma postura investigativa, de modo a perceber as mudanças nas relações sociais do mundo do trabalho, da cultura, da mentalidade das sociedades no seu fazer histórico. Quanto ao espaço, o que vai ressignificar o momento é a reflexão acerca do meio histórico, a partir das transformações ocorridas no meio geográfico feito pela ação dos mais variados grupos sociais. É importante considerar que, para as abordagens dos conteúdos aqui propostos, é preciso que haja uma compreensão de “fato histórico”, desvinculada de qualquer visão que privilegie apenas os grandes acontecimentos e os heróis, sem envolver e/ou perceber a participação dos populares no seu cotidiano. Feitas estas considerações iniciais que julgamos de grande importância para o desenvolvimento da Proposta, passemos à discussão dos conteúdos propriamente ditos de 6º e 7º Ano, cuja temática é apresentada sob o título de introdução ao estudo de história. Nesta unidade, propomos ao professor que desenvolva uma abordagem conceitual da história, a partir dos elementos fundamentais para a compreensão da mesma, ou seja, noções de tempo histórico, espaço, fato e fontes históricas. Estas conceituações, não devem ser dadas prontas e acabadas ao aluno, levando-o a decorá-las, mas, proporcionar condições para que o aluno aprenda - como construir conceitos em história; compreenda a noção de fato histórico, a partir de sua vivência e que amplie sua noção de documentos históricos (fotos, jornais, filmes, etc.) para além do registro escrito, percebendo, na diversidade de fontes, que, hoje, a história
  • 17. 194 apresenta instrumentos reveladores do modo de viver, de pensar e agir de um determinado povo numa determinada época. No que concerne ao estudo do macro tema, apresentado nesta proposta para o 6º Ano, “as sociedades antigas e medievais”, propomos ao professor trabalhar essas sociedades, desde a mais simples até a mais complexa, a partir da análise das relações sociais internas e externas nelas existentes, sem perder de vista o lugar, o tempo e o momento presente, fazendo um paralelo entre o passado e o presente. Para melhor analisarmos a natureza e funcionamento dessas sociedades, optamos por organizar o estudo de forma que possamos levar o aluno a perceber o mundo do trabalho, do poder e das representações culturais configuradas no cotidiano dessas sociedades. Assim, ao tratarmos, por exemplo, das comunidades domésticas, propomos que seja estudada a sua caracterização geral através das relações sociais que estabelecem entre si, isto é, relações sociais de trabalho e, dentro deste tipo de relação, o professor analise o processo de produção vivido por esses povos; as evoluções tecnológicas por eles experimentadas nos diferentes espaços e tempos dos continentes: Europa, Ásia, África e América. Que, ao discutir as relações sociais de representação, o professor chame a atenção do aluno para a intimidade desses povos com a natureza representada através dos seus símbolos. No desenvolvimento dessas relações sociais de poder, propomos que o professor considere, para a sua análise, a passagem do matriarcado para o patriarcado nessas sociedades; a inexistência do estado; de classes e a força política do coletivo. É importante salientar que essas relações não se dão de forma isolada. Elas fazem parte de um todo que é a sociedade, portanto, o professor não deve criar, no aluno, uma visão estanque, finalista, como se cada relação social não tivesse ligação entre si. Muitas vezes, elas são difíceis de separar, como é o caso das relações sociais de representação e de poder. Isolá-las seria um anacronismo. Desse modo, à medida que o professor for tratando das complexidades existentes nas sociedades nos seus mais variados tipos, as relações sociais também adquirirão um grau de complexidade maior. Outro ponto a considerar, para o sucesso das estratégias aqui propostas, é a importância que o professor deve dar ao estudo dos conceitos no início de cada novo assunto. Não estamos nos referindo ao estudo do conceito de História inicialmente
  • 18. 195 abordado neste Currículo Referência, mas, durante o desenvolvimento de todo o curso, cabe ao professor problematizar os sentidos, tempos e fatos históricos, conceituando-os em consonância com os objetivos para que os estudantes compreendam a relevância do tema que ele vai estudar e não apenas escrever no quadro o título da aula, sem esclarecer os conceitos básicos essenciais para a compreensão do assunto. Enfatizamos, mais uma vez, que não estamos propondo que o professor dê pronto e acabado os conceitos para que o aluno os decore simplesmente para depois, esquecê-los, mas que lhe sejam dadas as ferramentas para que nesta etapa do ensino, quando ainda não domina todas as noções abstratas, possa melhor com- preendê-las sem que tenha que decorá-las. Dessa forma, conceitos de comunidade doméstica, sociedades agropastoris, sociedades hidráulicas, sociedades escravistas, cidades-estados, democracia, etc., são indispensáveis para a compreensão das relações sociais que aqui propomos que sejam trabalhadas. No 7º Ano, abordar-se-á a transição dos tempos modernos, objetivando discutir a construção da modernidade nos seus mais diferentes aspectos. Isto implica ir além do estudo sobre as relações econômicas e de poder, analisando, também, as relações de representação, contidas nesse momento histórico; as concepções de mundo presentes que contribuem para mudanças no social. É muito importante, ao estudar esse momento de transição, perceber as permanências e transformações, apontando para os ritmos de tempo, onde há mudanças que ocorrem mais lentamente que outras e analisando os acontecimentos tanto na sua conjuntura quanto na longa duração. Iniciamos o estudo do 7º ano, pela Europa, mais precisamente sua parte ocidental, uma vez que é nela que se dá o processo de construção dessa modernidade. A abordagem dos continentes africano, asiático e americano encontra-se ligada ao processo de expansão europeia e de formação do Antigo Sistema Colonial, embora se devam reconhecer e identificar as formas sociais e singulares daqueles continentes. É importante, na abordagem da estrutura e dinâmica do Sistema Colonial, enfatizar as semelhanças, especificidades e contradições contidas nas diversas
  • 19. 196 sociedades coloniais da América e que podem ser percebidas, tanto nas diversas formas de exploração da mão-de-obra, como também no relacionamento entre colônias e metrópoles e na organização interna das colônias. Também se faz necessário um estudo mais específico da realidade brasileira e, consequentemente, a maranhense, nesse contexto. 4.2 Orientações Metodológicas para as Turmas de 8º e 9º Ano Nesta fase, espera-se que os alunos já compreendam a importância das sociedades a partir de critérios fundamentais explicitados nos eixos temáticos - exercitados no ciclo anterior. De tal maneira que, agora, possam trabalhar os conteúdos destas fases do ensino fundamental, levando em consideração seus aspectos mais teóricos e conceituais. Ou seja, trabalhar com as características estruturais do capitalismo enquanto sistema econômico-social e político, tanto nos países onde ele se originou, quanto nas formas que vai assumindo no restante do mundo - e em relação aos países matrizes. Desta forma, poder-se-á correlacionar tal processo às próprias vicissitudes e contradições de nossa sociedade atual dado aquele caráter formativo, considerando que no 8º ano, o aluno defrontar-se-á com o sistema capitalista já estruturado e, portanto, com as grandes contradições mundiais e locais por ele criadas. A dimensão política da estruturação do capitalismo no mundo globalizado com suas classes sociais e interesses possibilitará ao aluno posicionar-se diante dos grandes temas colocados por esses processos, facilitando o entendimento das consequências, ainda atuais e em jogo (inclusive eleitoral) nas sociedades referidas - especialmente a nossa própria. Não nos esqueçamos de que, nessa faixa etária, os estudantes já estão prestes a adquirir o direito ao voto, sendo importante situá-los a respeito das raízes históricas contemporâneas, dos problemas e grandes questões atuais. É também conveniente a utilização de pequenos textos ou capítulo de livros paradidáticos, extraídos de autores consagrados nos respectivos temas em estudo para leitura, fichamento e discussão em sala de aula. O estímulo à pesquisa e à reflexão crítica poderá, ainda, ser realizado com o uso de fontes ou documentos de época, que possibilitem ao aluno, extrair conclusões baseadas no conhecimento mais geral que está adquirindo sobre os temas em estudo. Portanto, recomenda-se aos professores as seguintes situações didáticas:
  • 20. 197  Questionar os alunos sobre o que sabem quais as suas ideias, opiniões ou dúvidas sobre o tema em debate, valorizando seus conhecimentos;  Questioná-los sobre as diferenças e permanências entre o tema em debate e aqueles vistos nas sociedades e momentos históricos anteriores, já trabalhados;  Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (jornais, revistas, fotografias, objetos, filmes etc.) de tal maneira a concretizar o significado do tema em debate. Outra estratégia bem interessante é promover estudos especiais sobre as concepções ou visões de mundo que estejam de acordo com a época em debate, assim como suas expressões nas artes. Buscar, neste caso, a interdisciplinaridade, trabalhando a literatura, a música, a pintura, a arquitetura, as artes visuais. Recomenda-se visita a museus, exposições de arte, e à própria cidade onde se estará buscando as interpolações histórico-temáticas.
  • 21. 198 5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR Quadro 1: Panorama geral do componente curricular História – 6º ano EIXO/TEMÁTICAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO Eixo: Linguagens e Procedimentos de Pesquisa TEMÁTICA: A importância da História e o surgimento das civilizações  O trabalho do historiador;  O tempo e a importância da História;  As origens do ser humano;  A evolução dos seres humanos;  A vida humana no Paleolítico;  O Neolítico e Revolução agrícola;  O surgimento das cidades. (Apresentar e discorrer também sobre o surgimento da cidade de Açailândia).  1. Perceber que a História é a Ciência que estuda as ações humanas no tempo. 2. Conhecer e reconhecer diversas maneiras de contagem e de registro do tempo – calendário e outras formas consagradas – dos Maias, dos Egípcios, dos diferentes povos indígenas brasileiros entre outros, discutindo usos e adequações; 3. Compreender as diferentes medidas de tempo comumente utilizadas – Décadas, Século, Milênio, Era – e as formas de realizar as medidas em outras culturas. 4. Constatar que o ser humano é o resultado de um longo processo evolutivo. 5. Comparar o modo de vida do homem do Paleolítico com o do Neolítico. 6. Identificar as mudanças que a revolução agrícola trouxe para as sociedades humanas. 7. Conhecer diferentes formas de periodização dos processos históricos, tais como Idades Antiga, Média e Contemporânea; 8. Compreender a relação entre o surgimento das primeiras cidades, a formação do estado e o desenvolvimento da escrita. 9. Compreender as Eras do Descobrimento, das Revoluções, Atômica e Espacial; 10. Comparar o modo de vida dos povos antigos com foco na sociedade atual do nosso país, estado e município. Eixo: Linguagem e procedimentos de Pesquisa
  • 22. 199 TEMÁTICA: Povoamento da América  Como viviam os primeiros americanos;  A vida dos primeiros habitantes do Brasil. 11. Reconhecer e diferenciar as principais hipóteses e teorias sobre a chegada dos primeiros seres humanos na América; 12. Identificar fontes históricas, tais como documentos pessoais, fotografias, narrativas orais, escritas e iconográficas e materiais audiovisuais; 13. Entender a importância das ferramentas para a produção de evidências e posterior formulação de narrativas sobre o passado, ampliando o vocabulário historiográfico e a compreensão sobre o passado do local ou da região em que vive na América e em especial no Brasil; 14. Localizar em um mapa atual, os países da América e sua importância para o desenvolvimento das comunidades atuais. Eixo: Conhecimentos Históricos 15. Conhecer a história do mundo antigo, com ênfase no processo de surgimento das civilizações. 16. Entender a importância da invenção da escrita para o desenvolvimento das atividades comerciais e para a ocupação de cargos no Estado das civilizações mesopotâmicas, egípcia e Núbia; 17. Comparar o modo de vida dos povos que habitaram a Mesopotâmia, o Egito e Núbia; 18. Conhecer a importância do rio Nilo para a civilização egípcia. TEMÁTICA: Berço das Civilizações Antigas  Mesopotâmia;  O Egito e o Rio Nilo: Terra de grandes impérios;  As sociedades do Egito antigo e Núbia: relação com a religião e a escrita. Eixo: Conhecimentos Históricos 19. Relacionar as características geográficas da área ocupada pelos fenícios ao desenvolvimento histórico desse povo; 20. Perceber o papel dos fenícios na criação do alfabeto; 21. Identificar os principais momentos da história dos antigos hebreus; 22. Compreender o contexto histórico da formação e expansão do império persa. TEMÁTICA: Fenícios, Hebreus e Persas  Fenícios: domínio das navegações;  Hebreus: ocupação de Canaã;  O Império Persa: lutas e conquistas.
  • 23. 200 Eixo: Conhecimentos Históricos 23. Reconhecer os conceitos de democracia e cidadania construídos na Grécia clássica e, em particular, em Atenas; 24. Identificar a importância da mitologia grega e de suas representações nas artes e na literatura, até os dias atuais; 25. Valorizar as contribuições do pensamento grego para a Matemática e para o conhecimento da natureza. 26. Analisar a história das riquezas dos rios situados na região da Antiga Mesopotâmia e comparar com mapas históricos da atualidade. 27. Conhecer a conquista da Grécia pela Macedônia e a difusão da cultura helênica pelo mundo mediterrâneo. TEMÁTICA: Civilização Grega  A origem da civilização grega;  A vida política na Grécia;  A conquista macedônica;  A vida cotidiana na Grécia Antiga;  Mitos e religião na Grécia;  A arte grega, a filosofia e ciência. Eixo: Conhecimentos Históricos 28. Conhecer o processo de formação do Império Romano. 29. Compreender aspectos da República romana e o papel do Direito na organização do Estado. 30. Reconhecer a importância do latim na formação das línguas vernáculas modernas. 31. Conhecer a relação entre patrícios e plebeus. 32. Identificar as origens do Cristianismo na região da Palestina e sua propagação por outras regiões do Império Romano. 30. Identificar a divisão do Império Romano entre Império romano do Ocidente e do Oriente. TEMÁTICA: Civilização Romana  A formação de Roma;  A República romana;  As guerras da conquista;  O Império Romano;  A sociedade e a cultura.  A mensagem do cristianismo;  A divisão do Império e a queda de Roma. Eixo: Conhecimentos Históricos
  • 24. 201 TEMÁTICA: Idade Média  O declínio do Império romano;  Os germânicos e a idade média;  O Reino Franco e o Cristianismo;  A Economia, Política e Cultura Feudal. 31. Compreender a desestruturação do Império Romano e a formação do mundo medieval na Europa. 32. Identificar aspectos do conceito de feudalismo. 33. Classificar a estrutura da sociedade feudal definida a partir de três ordens: oratores, bellatores e laboratores, representadas pelas figuras do sacerdote, do cavaleiro e do camponês. 34. Reconhecer as principais características da economia, cultura e política no período feudal. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
  • 25. 202 Quadro 2: Panorama geral do componente curricular História – 7º ano EIXO/TEMÁTICAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO Eixo: Linguagens e procedimentos de Pesquisa TEMÁTICA: Baixa Idade Média  Mudanças no campo e nas cidades;  As Cruzadas;  A Formação dos Estados europeus modernos;  A Peste Negra e a Grande Fome;  O saber e as artes. 01. Conhecer marcas fundamentais das Histórias Antiga e Medieval, incluindo contraposições, conexões e trocas que se estabeleceram entre Ocidente e Oriente ao longo dos séculos (cerca de 3 mil a.C. a fins do século XV); 02. Produzir textos que discorram sobre o desenvolvimento dessas civilizações e sociedade no que tange à arte. 03. Utilizar tecnologias para acesso às fontes históricas (dados, registros, documentos e narrativas) em pesquisas sobre acontecimentos passados, selecionando informações considerando os contextos de sua proporção na história da Idade Média; 04. Comparar as cidades medievais com as cidades atuais estabelecendo semelhanças e diferenças; 05. Comparar a idade média com o Renascimento e identificar as mudanças e as permanências de um período para o outro. Eixo: Linguagens e procedimentos de Pesquisa 06. Entender a importância das atividades comerciais e agrícolas para a expansão da vida urbana na Europa a partir do século XI e identificar os grupos sociais que então se desenvolveram; 07. Identificar as principais características do processo de formação dos Estados Nacionais Europeu (Portugal, Espanha, França e Inglaterra) e perceber a especificidade do processo inglês; 08. Analisar as questões políticas e econômicas que circundaram a Reforma e a Contrarreforma; 09. Relacionar as mudanças ocorridas na sociedade europeia com o desenvolver artístico e cultural da baixa idade média, ampliando para uma discussão local. TEMÁTICA: Mudanças na arte, na religião e na política europeia  O Humanismo;  A Arte do Renascimento;  A Reforma Protestante;  A Contrarreforma  O fortalecimento das monarquias nacionais.  (Apresentar e discorrer sobre as riquezas da cidade de Açailândia, representadas na arte, na religiosidade e na política). Eixo: Conhecimentos Históricos 10. Identificar os fatores prováveis do declínio das cidades – Estados Maias;
  • 26. 203 TEMÁTICA: Povos pré-colombianos  América: Terra de grandes civilizações;  A civilização Maia  O Império Asteca;  A civilização Inca. 11. Perceber que os Incas preservavam sua memória mesmo sem conhecer a escrita; 12. Apreciar e analisar os aspectos culturais dos Incas e Maias. Eixo: Conhecimentos Históricos 13. Compreender o processo de organização do domínio colonial nas Américas portuguesa e espanhola. 14. Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da América para as populações ameríndias. 15. Analisar as relações de trabalho impostas às populações indígenas e a introdução da escravidão de origem africana nas Américas. 16. Identificar as principais características do Estado Absolutista e suas relações com a política mercantilista. 17. Identificar sujeitos e processos históricos relacionados a formação dos povos e em especial o povo brasileiro em diferentes fontes, tais como documentos oficiais; (lista de imigrantes, documentos censitários, registros paroquiais entre outros.) Documentos pessoais, fotografia, narrativas orais. Escritas e iconográficas e materiais audiovisuais. TEMÁTICA: As grandes navegações e a colonização da América Portuguesa  A Expansão Marítima Portuguesa;  A Expansão Marítima Espanhola;  A colonização Portuguesa na América;  A administração da América Portuguesa. Eixo: Conhecimentos Históricos 18. Reconhecer os diferentes processos de escravidão ocorridos no Brasil / escravidão de africanos e escravidão de indígenas / relacionando-os com a formação política, economia, cultura e social das diferentes regiões do Brasil; 19. Comparar as principais características da expansão marítima portuguesa e espanhola. TEMÁTICAS: Espanhóis e ingleses na América  A conquista espanhola;  A colonização espanhola na América;  As atividades econômicas na Colônia;  As viagens marítimas inglesas;  A colonização inglesa na América;  Franceses e ingleses na América do Norte. Eixo: Conhecimentos Históricos
  • 27. 204 TEMÁTICA: Nordeste colonial do Brasil  A economia açucareira;  O cotidiano nos engenhos;  Escravidão, existência e trocas culturais;  A ocupação do Nordeste brasileiro pelos holandeses. 20. Conhecer as diferentes fases da colonização do Brasil, em especial a da economia do açúcar no Nordeste, da exploração mineradora e da expansão das fronteiras do território colonial. 21. Identificar e analisar algumas contribuições das culturas pré-colombianas para a formação de hábitos alimentares comuns na atualidade, em todo mundo Ocidental; 22. Respeitar e valorizar a cultura material e simbólica dos povos pré-colombianos como patrimônio da humanidade; 23. Compreender que o processo de aculturação era dinâmico e complexo e que os indígenas, muitas vezes, resistiram e mantiveram suas crenças; 24. Identificar os diferentes regimes de trabalhos implantados nas colônias espanholas e nas colônias inglesas da América; 25. Estabelecer diferenças e semelhanças entre os movimentos migratórios para o continente americano na época da colonização e os movimentos migratórios atuais que ocorre dentro do próprio continente; 26. Indicar os fatores que levaram os portugueses a cultivar cana de açúcar na América portuguesa; 27. Estabelecer relações entre as diversas atividades econômicas desenvolvidas pelos colonizadores na América portuguesa; 28. Perceber o preconceito racial que ainda persiste no Brasil como uma das heranças perversas da escravidão; 29. Reconhecer as várias formas de resistência praticadas pelos escravos, em especial a formação de quilombos. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
  • 28. 205 Quadro 3: Panorama geral do componente curricular História – 8º ano TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO Eixo: Conhecimentos Históricos TEMÁTICA: a expansão da América Portuguesa e época do ouro no Brasil  As missões jesuítas;  A conquista do sertão;  A crise da economia portuguesa;  Rebeliões na Colônia;  A descoberta do ouro;  A exploração de ouro e diamante;  A vida urbana e o mercado interno;  A vida cotidiana nas cidades mineiras. 01. Reconhecer as fontes históricas, tais como documentos pessoais, fotografias, narrativas orais, escritas, iconográficas e materiais audiovisuais, dentre outros, como ferramentas para a produção de evidências e posterior formulação de narrativas sobre o passado, ampliando o vocabulário historiográfico e a compreensão sobre a história do Brasil. 02. Perceber a importância dos jesuítas para a educação e a expansão do catolicismo na América espanhola; 03. Reconhecer a conquista da América como parte do processo de expansão ultramarina europeia por meio do estudo das relações econômicas nas quais os Portugueses estavam inserindo entre os séculos XIV e XV; 04. Caracterizar as missões jesuíticas como aldeamentos destinados a conversão do indígena, destacando alguns aspectos da vida nas missões; 05. Caracterizar as missões jesuíticas como aldeamentos destinados a conversão do indígena, destacando alguns aspectos da vida nas missões; 06. Comparar a revolta de Beckham e a guerra dos mascates e identificar esses movimentos como expressão de interesses locais, que não questionaram o domínio colonial Português. 07. Analisar a importância da mineração para a expansão da América portuguesa e para o desenvolvimento econômico do centro-sul da colônia; 08. Reconhecer a importância e o predomínio do trabalho escravo na extração aurífera da região das minas;
  • 29. 206 09. Comparar a revolta de Beckham e a guerra dos mascates e identificar esses movimentos como expressão de interesses locais, que não questionaram o domínio colonial Português. Eixo: Conhecimentos Históricos 10. Perceber a importância das revoluções inglesas do século XVIII para o processo de industrialização da Inglaterra; 11. Compreender as condições socioeconômicas e políticas que explicam o pioneirismo inglês na industrialização; 12. Identificar as principais características da revolução industrial inglesa; 13. Reconhecer as diferenças entre os ritmos e a disciplina de trabalho antes e depois da revolução industrial. TEMÁTICA: Das revoluções inglesas à revolução industrial  As Revoluções inglesas do século XVII;  O desenvolvimento econômico da Inglaterra;  A Revolução Industrial;  As cidades industriais e a vida operária;  As lutas operárias e os sindicatos. Eixo: Conhecimentos Históricos 13. Identificar as principais críticas dos pensadores iluministas ao antigo regime, bem como as novas ideias que eles defendiam; 14. Perceber a influência do pensamento liberal-iluminista no movimento de independência dos Estados Unidos; 15. Reconhecer na declaração dos direitos do homem e do cidadão os princípios liberais que hoje predominam no mundo ocidental; 16. Compreender a complexidade da revolução francesa, cujo andamento foi marcado pela diversidade de interesses e objetivos, associados às camadas sociais heterogêneas que disputaram o poder; TEMÁTICA: Revoluções na América e na Europa  O Iluminismo;  A independência dos Estados Unidos;  Revolução Francesa: início e reações, mudanças sociais e políticas.  Do Terror ás mudanças trazidas pela Revolução. Eixo: Conhecimentos Históricos 17. Explicar a súbita de Napoleão ao poder na França como o corolário da revolução de 1789; 18. Compreender as características do governo de Napoleão Bonaparte, diferenciado as esperas econômicas, policial e jurídica; TEMÁTICA: A Era de Napoleão: Na Europa e na América  Napoleão Bonaparte no poder;
  • 30. 207  O Império Napoleónico;  A Independência do Haiti;  Os americanos lutam por liberdade. 19. Entender a especificidade pela independência no Haiti e compara-la aos processos emancipatórios das demais colônias do continente americano. Eixo: Conhecimentos Históricos 20. Compreender os limites da independência alcançada pelos países da América Latina e reconhecer as contradições do período colonial que permanecem ainda hoje. 21. Reconhecer os nexos entre o processo de independência e as transformações ocorridas na Europa, por meio do estudo da revolução francesa e seu desdobramento no campo político; 22. Relacionar a crise portuguesa do século XVIII às alterações no nexo metrópole-colônia; 23. Contextualizar a transferência da família real portuguesa para o Brasil na construção da era napoleônica; 24. Identificar as mudanças econômicas, sociais e política, decorrente da transferência da família real e da corte portuguesa para o Brasil; 25. Caracterizar e comparar as construções Mineira e Baiana; 26. Contextualizar as discussões do processo de independência do Brasil com a independência financeira e política do município; 27. Conhecer os motivos e os desdobramentos da vida na corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. TEMÁTICA: A independência do brasil e o primeiro reinado  O Brasil sobre as regras do pacto colonial;  A crise do Antigo Sistema Colonial;  A Família Real no Brasil;  A Independência do Brasil;  O Primeiro Reinado (1822 - 1831);  A independência histórica do processo político de Açailândia. Eixo: Conhecimentos Históricos 28. Comparar a formação dos estados Italiano e Alemão, e reconhecer nesses processos históricos e triunfo dos ideais nacionalistas na Europa; 29. Relacionar a expansão territorial dos Estados Unidos no século XIX com a retração dos territórios indígenas no pais; 30. Reconhecer as diferenças que havia entre o sul e o norte dos Estados Unidos e associar essas diferenças a eclosão da guerra civil americana. TEMÁTICA: Revoluções na Europa e a Expansão dos Estados Unidos  A Europa das Revoluções;  A unificação da Itália e da Alemanha;  Estados Unidos: A conquista do Oeste;  A Guerra civil americana.
  • 31. 208 Eixo: Conhecimentos Históricos 31. Analisar os principais fatores que deslocaram na independência do Brasil e os conflitos que surgiram m diversas províncias para a sua manutenção; 32. Reconhecer as principais características políticas, economia e social do primeiro reinado e identifica os acontecimentos que levaram a crise do governo de D. Pedro I. 33. Analisar os movimentos revolucionários do século XIX na Europa, quando as suas motivações, reivindicações, ideias e resultados; 34. Comparar as principais características das revoltas que ocorreram no período regencial; 35. Reconhecer mudanças e permanências no lugar ocupado por populações negras e indígenas na sociedade brasileira, considerando sua condição nos passados colonial e imperial brasileiro e na sociedade brasileira contemporânea; 36. Comparar as principais características das revoltas que ocorreram no período regencial; 37. Situar a guerra do Paraguai no contexto das disputas políticas e econômicas da região platina e reconhecer as diferentes visões construídas pela historiografia; 38. Reconhecer os efeitos gerados no Brasil com a abolição do tráfico negreiro em 1850; 39. Analisar a importância do movimento abolicionista do século XIX e assumir uma postura crítica contra qualquer forma de preconceito racial; 40. Compreender os interesses do governo e das elites agrarias em incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil e identificar as principais características do trabalho escravo e do trabalho livre nas grandes fazendas de café do século XIX. TEMÁTICAS: Brasil: Período Regencial e o Segundo Reinado  O Período Regencial (1831 - 1840);  O Segundo Reinado;  A Expansão cafeeira no Brasil;  O Movimento Absolutista;  Os Imigrantes no Brasil. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
  • 32. 209 Quadro 4: Panorama geral do componente curricular História – 9º ano TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 9º ANO Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa TEMÁTICA: Imperialismo  As novas tecnologias;  A expansão da Revolução Industrial;  O surgimento da Sociedade de Massas;  A Era dos Impérios e a Arte Moderna. 01. Analisar os efeitos devastadores do imperialismo europeu sobre os países da África e Ásia; 02. Caracterizar a 2° revolução industrial e diferencia-la da 1° revolução industrial; 03. Analisar as motivações e decorrências da expansão imperialista europeia sob os pontos de vista econômico, político e cultural; 04. Reconhecer alguma característica da era imperialista: o crescimento das cidades e formação de uma cultura de massas; 06. Reconhecer a influência da arte das áreas coloniais nas manifestações artísticas das vanguardas europeias. Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 07. Analisar os sentidos sociais e culturais da revolta de Canudos no sertão da Bahia, na década de 1890; 08. Conhecer a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, em especial a sua “descoberta” das mazelas do “Brasil”; 09. Identificar o sistema político partidário da Primeira República e as bases sociais do partido republicano nos estados participantes da chamada política do “café com leite”, São Paulo e Minas Gerais; 10. Conhecer os principais movimentos sociais do Brasil durante a 1° republica (guerra de canudos, guerra de contestado e cangaço); 11. Identificar as mudanças e as permanências, na passagem da monarquia para a república sob os pontos de vista econômico e social; TEMÁTICAS: Brasil republicano  A Guerra de Canudos;  A Guerra do Contestado;  Cangaço: Uma Guerra no Sertão;  A Industrialização e o crescimento das cidades;  O Movimento operário na Primeira República.
  • 33. 210 12. Descrever a característica da classe operaria brasileira e suas lutas de classes. Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 13. Identificar diferentes fontes de consulta sobre as grandes guerras mundiais; 14. Analisar os fatores que levaram a 1° guerra mundial e os resultados advindos desse acontecimento; 15. Relacionar a 1° guerra mundial e a revolução Rússia, entendendo a influência mutua de ambos os acontecimentos; 16. Compreender as razões que levaram a queda do cristianismo e a revolução socialista na Rússia; 17. Caracterizar a Belle époque e as principais tendências culturais desenvolvidas na Europa durante os anos 1920. TEMÁTICA: A 1ª guerra e a Revolução Russa  A Belle Époque;  A 1ª Guerra Mundial;  A Revolução Socialista na Rússia;  A Arte e a cultura na Europa dos anos 1920. Eixo: Conhecimentos Históricos 18. Compreender as razões que levaram a crise de 1929, caracterizar o programa conhecido como New Deal e estabelecer paralelos com a crise econômica de 2008; 19. Caracterizar o Nazi fascismo como uma ideologia assentada no nacionalismo e no totalitarismo, na imposição de um partido único, monopolizado pelo estado, no culto ao chefe e no aniquilamento das oposições, por meio das forças e dos instrumentos de programa política; 20. Reconhecer os principais acontecimentos da 2° guerra mundial e destacar os resultados do conflito na configuração do mundo bipolar. TEMÁTICA: A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial  A Crise de 1929;  Os Regimes autoritários tomam conta da Europa;  Uma experiência dolorosa: o Nazismo alemão;  A Expansão do Eixo e a Segunda Guerra Mundial;  A Eclosão da Guerra. Eixo: Conhecimentos Históricos 16. Identificar as forças políticas que compuseram a aliança liberal e chegaram ao poder em 1930; 17. Caracterizar o estado novo do ponto de vista político, econômico e social e compreender o contexto em que esse regime foi instalado; 18. Destacar alguns elementos da produção cultural da era Vargas, inserindo-os no contexto geral da época; TEMÁTICAS: A Era Vargas  A Revolução de 1930 e o Governo Provisório;  A Ditadura do Estado Novo;  A educação e cultura na Era Vargas;  O Brasil depois de 1945;
  • 34. 211  A Guerra Fria;  Revolução na Ásia;  A descolonização da África;  A questão Judaica – Palestina. 19. Caracterizar o 2° governo Vargas sob os pontos de vista político, econômico e social; 20. Caracterizar a guerra fria em seus diversos aspectos (politica, produção cultural, ciência e esportes); 21. Conhecer os efeitos da guerra fria sobre os países da América do Sul e sobre o Brasil em particular; 22. Sintetizar os principais fatores e aspectos envolvidos no conflito entre israelenses e palestinos; 23. Relacionar a luta de independência das colônias africanas e asiáticas ao contexto da guerra fria, reconhecendo, porém, os aspectos particulares de cada região. Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 24. Identificar os desdobramentos da revolução cubana para o acirramento da disputa entre o bloco capitalista e o bloco socialista; 25. Identificar as bases do desenvolvimento econômico ocorridos durante os anos J.K. 26. Comparar os golpes de estado que implantaram aas ditadura militares no Brasil, na argentina e no Chile e relaciona-los ao cenário internacional da guerra fria; 27. Caracterizar o regime militar que se implantou no Brasil em 1964 sob os pontos de vista político e econômico; 28. Reconhecer as várias formas de resistência promovidas contra a ditadura militar no Brasil; TEMÁTICAS: Democracia e ditadura na América Latina  Os “Anos Dourados”;  O governo João Goulart e o Golpe de 1964;  O fim das Liberdades Democráticas;  A cultura no Regime Militar;  Ditaduras na Argentina e no Chile. Eixo: Linguagem e Procedimentos de Pesquisa 29. Analisar mudanças e permanências produzidas pela globalização na vida brasileira; 30.Compreender o significado da queda do muro de Berlim na instauração de uma nova ordem mundial; 31. Analisar os fatores da crise do mundo socialista no final do século XX; TEMÁTICA: A nova ordem mundial  O fim da União Soviética e do Socialismo no Leste Europeu;  A Globalização e seus efeitos;
  • 35. 212  Os Estados Unidos e o Mundo Contemporâneo;  O Brasil na nova ordem mundial;  Um balanço do Brasil contemporâneo: (discorrer sobre esses efeitos na cidade de Açailândia). 32. Caracterizar o progresso de globalização, compreendendo as suas contradições e o debate que divide os defensores e os críticos desse fenômeno; 33. Refletir sobre alguns desafios colocados para a humanidade no novo milênio, como a preservação da natureza e o combate à pobreza e a intolerância. Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).
  • 36. 213 6 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA Antes de começar um estudo sobre avaliação escolar, é necessário refletir sobre o objetivo daquilo que se quer descobrir, pois geralmente os resultados alcançados refletem a ação da prática pedagógica como ponto de partida. Segundo Luckesi (1996), as pedagogias imprimem na avaliação da aprendizagem o princípio do autoritarismo. Por meio da avaliação autoritária e classificatória promove-se implacavelmente a seleção dos “bons” e dos “maus”. São pedagogias que veem a educação e a avaliação como princípios em si mesmos e não como um meio do processo ensino e aprendizagem, ou ainda, como expressão das relações sociais contraditórias da existência humana. Nesse sentido, essas pedagogias não tecem críticas ao sistema social, político e econômico hegemônico, pois acreditam que o fracasso é de responsabilidade dos alunos e de suas famílias. São procedimentos didáticos de pedagogias que não analisam os impactos que as diferenças sociais causam nas possibilidades de aprendizagem das crianças das camadas mais pobres. Segundo Luckesi (1996 p.32): A prática da avaliação escolar, dentro do modelo liberal conservador, terá de ser, obrigatoriamente, autoritária, pois esse caráter pertence à essência dessa perspectiva de sociedade, que exige controle e enquadramento dos indivíduos nos parâmetros previamente estabelecidos de equilíbrio social, seja pela utilização de ações explícitas (nos modelos de avaliação em sala de aula), seja pelas (...) diversas modalidades de propaganda ideológica no discurso e nas atitudes autoritárias do professor. A avaliação educacional será, assim, um instrumento disciplinador não só das condutas cognitivas como também das condutas sociais do aluno, no contexto da sala de aula e da escola. Trata-se de uma pedagogia, que dependendo do estágio do modo de produção capitalista, ora coloca a ênfase no ensinar (racionalidade formal), ora no aprender (racionalidade técnica), em ambos a avaliação assume contornos do mercado e cumpre o seu papel conservador. Sendo assim a escola deve planejar, elaborar e aplicar a avaliação como ato subsidiário do processo ensino aprendizagem. A avaliação processada dessa forma não é algo isolado em si mesma, mas pertencente a um projeto pedagógico de educação, no qual os objetivos, os princípios, os métodos, as metodologias, os conteúdos, as metas e ações serão os elementos orientadores da avaliação. A partir de tais pressupostos, percebe-se que a metodologia de ensino está associada a um processo mais complexo, que envolve cuidado nos critérios de
  • 37. 214 seleção de conteúdos, e encontram-se intimamente ligados à avaliação. Uma concepção de metodologia de ensino articulada à relação entre conhecimento prévio, conhecimento científico e conhecimento escolar conduz à revisão das maneiras de avaliar, retoma a reflexão sobre o significado do “erro” e assume maior significação, ao englobar uma visão crítica (e não punitiva) tanto do trabalho do aluno quanto do próprio trabalho docente. A apresentação dos temas de estudo de História suscitará, em maior ou menor escala, dependendo do nível e da composição social da classe, uma avaliação inicial por parte dos alunos, que possuem, invariavelmente, um conhecimento prévio sobre temas e conceitos propostos para estudo no decorrer das aulas, permitindo ao professor meios de avaliar os próprios alunos e o curso em sua integralidade, privilegiando:  Os conhecimentos prévios e de como os alunos os organizam em relação aos objetos a ser estudados, levando o professor a medir as diferenças entre as próprias expectativas e a da classe;  Os acontecimentos importantes que efetivamente ocorrem na classe durante as sequências de aprendizagem, pois muitas vezes é difícil contornar conflitos entre o saber escolar e os provenientes da opinião dos alunos – conflitos ou diferenças que provocam resistências e levam ao malogro em certas etapas do trabalho em sala de aula, como por exemplo, o problema do racismo, de preconceitos sexuais, sociais, etc.);  As mudanças dos alunos diante do objeto de estudo e da relação disso com a eficácia da prática pedagógica do professor. Ao introduzir formas de registros no começo e no término de um tema, torna-se possível perceber o impacto da metodologia utilizada para enriquecer informações ou as mudanças da visão inicial dos alunos sobre o objeto de estudo. O estudo das temáticas/conteúdos, explicitados aqui, primam pela metodologia de ensino associada a um processo mais complexo, o que envolve cuidados nos critérios de seleção de conteúdos que se encontra intimamente ligados ao processo avaliativo. Ensinar a partir dessa concepção, articulando a relação entre conhecimento prévio, conhecimento científico e conhecimento escolar, passa a ser um convite à reflexão sobre o significado do “erro” e assume maior significação, ao
  • 38. 215 englobar uma visão crítica (e não punitiva) tanto do trabalho do aluno quanto do próprio trabalho docente com base nos seguintes princípios:  Efetivação do Currículo Referência de História como um conjunto/apoio de sugestões didáticas no processo de aprendizagem, que só terá validade se o professor/mediador coordenar e orientar seus educandos de forma prática e significativa;  Compreensão dos questionamentos e conteúdos aqui abordados são abertos, sem grandes preocupações com definições de fórmulas prontas. Da introdução até as sugestões de atividades, apontadas aqui e também nas partes referentes aos conteúdos, insistimos nos procedimentos para motivar o educando, “descobrir” ou construir o saber, relacionando os estudos e discussões ao seu cotidiano;  Registro e análise do percurso formativo dos estudantes com foco na melhoria e aprimoramento da aprendizagem. Sendo assim, a escola deve primar pela avaliação formativa que luta contra o fracasso escolar e as desigualdades sociais. Para isso, tem que romper com as políticas autoritárias e com as metodologias padronizadas, respeitando a diversidade e a pluralidade cultural.
  • 39. 216 REFERÊNCIAS AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal de Educação – 2014-2024. Açailândia, 2014. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015. ______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2000. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. ______. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos do ensino fundamental: História. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRAUDEUL, Fernand. História e Ciências sociais. 5. ed. Lisb: Editorial Presença, 1986. CABRINI, Conceição et alii. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo: Brasiliense, 1985. CARDOSO, Ciro Flamarion. História e Paradigmas. Rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mocambos. Rio de Janeiro: José Olympio Editora,1951. GERMANO, José Wellington. Estado Militar e educação no Brasil. São Paulo: Cortez, 1993. HOLANDA, Sergio Buarque. Raízes do Brasil. 10. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996. MARANHÃO. Diretrizes Curriculares - Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, SEDUC, 3. Ed. São Luis, 2014. PRADO JUNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.