1. O documento discute três vertentes contemporâneas no debate ético sobre o uso de animais para pesquisa científica: a integridade na pesquisa, o impacto dos movimentos sociais e a inclusão dos invertebrados como animais sencientes merecedores de proteção legal.
2. Quanto à integridade na pesquisa, defende-se que os cuidados com o bem-estar animal são necessários para garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados, evitando fraude científica.
3. Sobre os movimentos sociais, questiona
Nossa Produção em Bioética Ambiental 1a JORNEBMarta Fischer
Nossa Produção em Bioética Ambiental apresentada durante a 1a JORNEB - painéis e apresentações orais. Maiores informações entrar em contato com o os autores
A bioética surgiu na década de 1970 como uma nova área de estudo interdisciplinar. Potter cunhou o termo para representar a interface entre conhecimento biológico e sistemas de valores humanos, visando a sustentabilidade ambiental e humana. Hellegers também usou o termo em 1971, enfatizando os dilemas biomédicos. A bioética expandiu-se para além da ética médica, abrangendo a sobrevivência humana e suas relações com o meio ambiente.
O documento discute o debate entre o bem-estar animal e os direitos dos animais. Apresenta as visões de Gary Francione, que defende uma abordagem abolicionista focada nos direitos dos animais, criticando as posições bem-estaristas. Também resume as principais críticas feitas à teoria de Francione, especialmente no que se refere aos limites pragmáticos de sua abordagem.
peter singer - a filosofia e as questões ambientaisBecreStuart
Peter Singer é um filósofo australiano conhecido por defender os direitos dos animais e a sustentabilidade ambiental. Suas principais obras abordam a ética na relação do homem com animais e o meio ambiente, defendendo um princípio de igual consideração dos interesses de todos os seres sencientes. Singer argumenta que devemos considerar os interesses das futuras gerações e valorizar a preservação dos ecossistemas.
Este documento apresenta um resumo do livro "Ética Prática" de Peter Singer. O livro discute temas éticos importantes como aborto, eutanásia, direitos dos animais, fome no mundo, refugiados e meio ambiente utilizando uma abordagem filosófica baseada na consequencialismo. Apesar de controverso, o livro contribui para debates éticos complexos comparando o valor de vidas humanas e não humanas.
O documento discute o uso de animais em experimentos científicos do ponto de vista ético. Ele analisa diferentes tipos de uso como alimentação, testes cosméticos, produção de vacinas, ensino e pesquisa. Embora a pesquisa com animais tenha trazido avanços, também causa sofrimento e nem sempre é necessária. Proibí-la completamente também não é a solução ideal, considerando a realidade socioeconômica do Brasil.
O documento resume a história da ecologia de populações como ciência, desde os primeiros pensadores que observaram padrões ecológicos até o desenvolvimento formal da ecologia no século XIX. Alguns pensadores pioneiros incluem Malthus, que observou que a população cresce geometricamente enquanto os recursos crescem aritmeticamente, e Darwin, cujas ideias foram influenciadas por Malthus. No século XIX, a ecologia emergiu como um campo distinto da biologia.
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...AMLDRP
Este ensaio discute se os animais não-humanos merecem consideração moral. Defende que sim, com base na capacidade de sofrer e ter prazer, e que o especismo é um erro. A perspectiva utilitarista de Bentham e Singer sustenta que o sofrimento animal importa moralmente tanto quanto o sofrimento humano.
Nossa Produção em Bioética Ambiental 1a JORNEBMarta Fischer
Nossa Produção em Bioética Ambiental apresentada durante a 1a JORNEB - painéis e apresentações orais. Maiores informações entrar em contato com o os autores
A bioética surgiu na década de 1970 como uma nova área de estudo interdisciplinar. Potter cunhou o termo para representar a interface entre conhecimento biológico e sistemas de valores humanos, visando a sustentabilidade ambiental e humana. Hellegers também usou o termo em 1971, enfatizando os dilemas biomédicos. A bioética expandiu-se para além da ética médica, abrangendo a sobrevivência humana e suas relações com o meio ambiente.
O documento discute o debate entre o bem-estar animal e os direitos dos animais. Apresenta as visões de Gary Francione, que defende uma abordagem abolicionista focada nos direitos dos animais, criticando as posições bem-estaristas. Também resume as principais críticas feitas à teoria de Francione, especialmente no que se refere aos limites pragmáticos de sua abordagem.
peter singer - a filosofia e as questões ambientaisBecreStuart
Peter Singer é um filósofo australiano conhecido por defender os direitos dos animais e a sustentabilidade ambiental. Suas principais obras abordam a ética na relação do homem com animais e o meio ambiente, defendendo um princípio de igual consideração dos interesses de todos os seres sencientes. Singer argumenta que devemos considerar os interesses das futuras gerações e valorizar a preservação dos ecossistemas.
Este documento apresenta um resumo do livro "Ética Prática" de Peter Singer. O livro discute temas éticos importantes como aborto, eutanásia, direitos dos animais, fome no mundo, refugiados e meio ambiente utilizando uma abordagem filosófica baseada na consequencialismo. Apesar de controverso, o livro contribui para debates éticos complexos comparando o valor de vidas humanas e não humanas.
O documento discute o uso de animais em experimentos científicos do ponto de vista ético. Ele analisa diferentes tipos de uso como alimentação, testes cosméticos, produção de vacinas, ensino e pesquisa. Embora a pesquisa com animais tenha trazido avanços, também causa sofrimento e nem sempre é necessária. Proibí-la completamente também não é a solução ideal, considerando a realidade socioeconômica do Brasil.
O documento resume a história da ecologia de populações como ciência, desde os primeiros pensadores que observaram padrões ecológicos até o desenvolvimento formal da ecologia no século XIX. Alguns pensadores pioneiros incluem Malthus, que observou que a população cresce geometricamente enquanto os recursos crescem aritmeticamente, e Darwin, cujas ideias foram influenciadas por Malthus. No século XIX, a ecologia emergiu como um campo distinto da biologia.
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...AMLDRP
Este ensaio discute se os animais não-humanos merecem consideração moral. Defende que sim, com base na capacidade de sofrer e ter prazer, e que o especismo é um erro. A perspectiva utilitarista de Bentham e Singer sustenta que o sofrimento animal importa moralmente tanto quanto o sofrimento humano.
O documento discute os conceitos fundamentais da ecologia, incluindo o surgimento do termo "ecologia", as interações entre seres vivos e seu ambiente, e as principais ameaças ao meio ambiente. Também explica os conceitos de cadeia alimentar e teia alimentar, destacando como a energia flui e é transformada ao longo dos níveis tróficos, com menos energia disponível em cada nível sucessivo.
Participação do Grupo de Pesquisa em Bioética Ambiental V Congresso de Diret...Marta Fischer
1. O documento discute a domesticação de animais e o papel crescente de cães e gatos como membros da família. Isso tem consequências sociais, éticas e jurídicas que demandam análise bioética.
2. A humanização de animais de estimação os coloca no papel de filhos, mas eles podem ser abandonados se não atenderem às expectativas humanas. Isso deixa tutores vulneráveis à indústria de estimação.
3. A representação de cães e gatos como membros da família
Especismo e a percepção dos animais coltroFábio Coltro
1) O documento discute os limites éticos do tratamento de animais não-humanos pelos seres humanos e o conceito de especismo.
2) A percepção tradicional via os animais como desprovidos de inteligência e vontade, excluindo-os da comunidade moral. Visões contemporâneas contestam isso e defendem a existência de direitos dos animais.
3) O texto contrasta as visões tradicionais e contemporâneas sobre os limites éticos do tratamento de animais e a noção de que eles podem ter dire
Este artigo analisa o uso dos termos "populações" e "comunidades" tradicionais para descrever grupos na Amazônia. Discute que os autores usam esses termos como preferência semântica, não epistemológica. Leis brasileiras usam ambos os termos sem distinção clara. Na Amazônia, esses termos ajudam a entender categorias sociais que lutam por reconhecimento e modo de vida.
Estatuto moral dos animais - Filosofia 12º anoDaniela França
Este documento discute o estatuto moral dos animais não-humanos através de três perspectivas filosóficas: 1) A perspectiva tradicional defende que apenas os seres humanos têm estatuto moral; 2) A perspectiva utilitarista sustenta que devemos promover o bem-estar de todos os seres sencientes, incluindo animais; 3) A perspectiva dos direitos argumenta que todos os sujeitos de uma vida, sejam animais ou humanos, têm direitos morais absolutos.
O documento discute a ética do uso de animais em pesquisa e ensino. Apresenta uma breve história do uso de animais para obtenção de conhecimento desde a Grécia Antiga e define os principais movimentos éticos sobre o tema, como o utilitarismo e o abolicionismo. Também descreve a legislação brasileira sobre experimentação animal e os princípios dos 3Rs que orientam pesquisadores a reduzir sofrimento dos animais.
O documento discute a ética do tratamento de animais não-humanos. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre os direitos dos animais e o uso de animais na alimentação humana. Argumenta que, embora os animais tenham sido usados historicamente para o benefício humano, hoje há razões éticas para expandir a nossa consideração moral para além da espécie humana.
Este documento discute as relações entre seres humanos e animais sob diferentes sistemas econômicos e sociais ao longo da história. Inicialmente, descreve como as sociedades de caçadores-coletores tinham uma relação mais igualitária e não dominante com os animais. Posteriormente, analisa como a domesticação de animais e o desenvolvimento da agricultura levaram à subjugação dos animais e transformaram as relações sociais humanas.
O documento descreve a evolução conceitual da ecologia, desde suas origens na Grécia Antiga até a ecologia moderna. Aborda os principais conceitos como nicho ecológico, cadeia alimentar, ecossistema e fluxo de energia. Também discute os principais eventos que originaram a teoria ecológica moderna, como os estudos de ecossistemas lacustres e o desenvolvimento da ecologia energética.
Este documento discute as origens e capacidades dos primeiros humanos. Resume que:
1) Os primeiros humanos, como caçadores-coletores, tinham uma vida de ócio e igualdade, não de alienação ou dominação.
2) Eles possuíam inteligência igual ou superior à nossa, desmentindo a tese da "ignorância primitiva".
3) A divisão sexual do trabalho e a caça em larga escala só apareceram muito tarde na evolução humana, sendo a coleta de alimentos a atividade principal.
Este documento apresenta o plano de disciplina de Sociologia Geral para o curso de Direito. Resume os principais tópicos a serem abordados, como teorias sociológicas, características da ciência, vida social humana, objetivos de analisar criticamente a realidade social, e métodos como aulas expositivas e seminários.
O documento discute o surgimento do pensamento social científico no século XIX, incluindo as teorias do darwinismo social que justificavam a colonização da África e Ásia pela Europa como uma missão civilizatória. Também analisa visões críticas dessas teorias, argumentando que fatores culturais, não naturais, moldam o desenvolvimento das sociedades humanas.
O estudo da cultura pela Análise do Comportamento: Contribuições de M. Harris...Márcio Borges Moreira
Este documento discute o estudo da cultura pela análise do comportamento, referindo-se às contribuições de Marvin Harris e Jared Diamond. Apresenta a cultura como um conjunto complexo de práticas culturais inter-relacionadas, e destaca a importância de analisar essa complexidade. Discute também a ênfase de Harris na análise integrada de práticas culturais e no determinismo infra-estrutural, bem como as contribuições de Diamond sobre causas próximas e históricas e os fatores que levam ao colapso ou sobrevivência
O documento discute ética, ciência e tecnologia. Aborda temas como bioética, estudos de caso envolvendo ética e ciência, diferentes abordagens éticas como utilitarismo e principialismo, além de conceitos como autonomia, beneficência e não-maleficência. Também apresenta casos clássicos de bioética e discute a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Este documento discute os desafios éticos enfrentados pela pesquisa antropológica no Brasil contemporâneo. Apresenta a história da preocupação da Associação Brasileira de Antropologia com questões éticas e a regulamentação atual pela Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. Argumenta que esta regulamentação não contempla adequadamente as especificidades da pesquisa antropológica. A coletânea reúne reflexões teóricas e intervenções políticas realizadas durante a gestão 2011-2012 da ABA para discutir es
1. O documento discute os principais pensadores e correntes teóricas da Antropologia, como o evolucionismo cultural, funcionalismo e escola historicista.
2. Aborda as origens da Antropologia na Europa e suas influências do positivismo e evolucionismo. Também discute conceitos como etnocentrismo.
3. Explica como a Antropologia moderna passou a enfatizar o trabalho de campo e o relativismo cultural, rejeitando visões evolucionistas e etnocêntricas anteriores.
1) O documento discute os conceitos de cultura, dinamismo cultural e mudança cultural, incluindo suas definições e fatores.
2) A enculturação é o processo pelo qual os membros de uma cultura adquirem seus valores e comportamentos através da socialização.
3) A história da antropologia é dividida em quatro períodos: formação, convergência, construção e crítico.
A bioética estuda questões éticas que envolvem a vida humana, animal e o meio ambiente de forma transdisciplinar, incluindo temas como fertilização in vitro, aborto, clonagem, eutanásia, transgênicos, pesquisas com células-tronco e testes em animais. A bioética propõe reflexão sobre a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e aplicações tecnológicas.
Colóquio Vita Contemplativa - Mãe Natureza, Terra Viva Ecosofia, Ecologia Pro...Jorge Moreira
O Colóquio do Seminário Permanente “Vita Contemplativa - Práticas Contemplativas e Cultura Contemporânea" do Grupo Praxis do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, com o apoio do Círculo do Entre-Ser, trouxe este ano [14-15 Maio 2018] à reflexão o tema Mãe-Natureza, Terra Viva com o enfoque nos contributos da ecosofia, da ecologia profunda e da ecologia espiritual face à crise ecológica.
Durante dois dias, e de formas particulares, celebrou-se a Natureza, tornaram-se vivas memórias dessa Natureza em nós, apresentaram-se excelentes exemplos de sustentabilidade, formularam-se utopias possíveis e desejáveis de concretização, partilharam-se testemunhos, reforçaram-se laços e debateram-se contributos tão diversos para o tema: da Espiritualidade às práticas Eco-espirituais; do Xamanismo ao Yoga; do Taoísmo ao Budismo; do Cristianismo ao Islamismo; da cosmovisão dos povos primevos às experiências místicas, das metatopias urbanas às alimentares, da perspetiva de Heidegger à Física Quântica, da igualdade de gênero aos direitos da Natureza; da Transição à Permacultura; do Papa Francisco ao Compromisso com a Casa Comum; do contato com a Natureza às psicoterapias; do Caos a Gaia, passando por Eros - da Mitologia à Filosofia; da consciência do corpo à consciência da Terra, da Arte (cinema, arquitetura, pintura escultura, música, etc.) à Ciência holística; do Ecocentrismo ao Princípio feminino; da Ética à Ontologia e vice-versa.
As várias participações trouxeram visões e contributos preciosos que não podem ficar guardados com o encerramento do evento, pelo que deixamos aqui algumas das mensagens e ideias-chave debatidas.
O documento discute os conceitos de cultura, patrimônio cultural e ecocidadania. Apresenta que cultura é definida como os valores, crenças e regras de conduta de uma sociedade. Patrimônio cultural inclui bens materiais e imateriais ligados à identidade de um povo. Ecocidadania significa desenvolver responsabilidade como cidadão global e local, preservando o meio ambiente para as gerações futuras.
O documento discute o uso de animais como modelos experimentais na ciência. Abrange a história do uso de animais na medicina desde 2000 a.C. até Aristóteles, e as perspectivas éticas de Peter Singer e Tom Regan sobre o uso de animais em experimentos. Também descreve exemplos comuns de testes em animais e possíveis alternativas a esses testes.
O documento discute a percepção de estudantes e professores universitários sobre o uso de animais para consumo, vestimenta, trabalho, entretenimento e companhia. Os resultados mostraram que a maioria aprovou o uso de animais para alimentação, mas reconheceu maus-tratos na produção. A maioria também se opôs ao uso de animais para vestimenta e entretenimento, citando maus-tratos. Não houve diferenças claras entre as áreas avaliadas sobre essas questões.
O documento discute os conceitos fundamentais da ecologia, incluindo o surgimento do termo "ecologia", as interações entre seres vivos e seu ambiente, e as principais ameaças ao meio ambiente. Também explica os conceitos de cadeia alimentar e teia alimentar, destacando como a energia flui e é transformada ao longo dos níveis tróficos, com menos energia disponível em cada nível sucessivo.
Participação do Grupo de Pesquisa em Bioética Ambiental V Congresso de Diret...Marta Fischer
1. O documento discute a domesticação de animais e o papel crescente de cães e gatos como membros da família. Isso tem consequências sociais, éticas e jurídicas que demandam análise bioética.
2. A humanização de animais de estimação os coloca no papel de filhos, mas eles podem ser abandonados se não atenderem às expectativas humanas. Isso deixa tutores vulneráveis à indústria de estimação.
3. A representação de cães e gatos como membros da família
Especismo e a percepção dos animais coltroFábio Coltro
1) O documento discute os limites éticos do tratamento de animais não-humanos pelos seres humanos e o conceito de especismo.
2) A percepção tradicional via os animais como desprovidos de inteligência e vontade, excluindo-os da comunidade moral. Visões contemporâneas contestam isso e defendem a existência de direitos dos animais.
3) O texto contrasta as visões tradicionais e contemporâneas sobre os limites éticos do tratamento de animais e a noção de que eles podem ter dire
Este artigo analisa o uso dos termos "populações" e "comunidades" tradicionais para descrever grupos na Amazônia. Discute que os autores usam esses termos como preferência semântica, não epistemológica. Leis brasileiras usam ambos os termos sem distinção clara. Na Amazônia, esses termos ajudam a entender categorias sociais que lutam por reconhecimento e modo de vida.
Estatuto moral dos animais - Filosofia 12º anoDaniela França
Este documento discute o estatuto moral dos animais não-humanos através de três perspectivas filosóficas: 1) A perspectiva tradicional defende que apenas os seres humanos têm estatuto moral; 2) A perspectiva utilitarista sustenta que devemos promover o bem-estar de todos os seres sencientes, incluindo animais; 3) A perspectiva dos direitos argumenta que todos os sujeitos de uma vida, sejam animais ou humanos, têm direitos morais absolutos.
O documento discute a ética do uso de animais em pesquisa e ensino. Apresenta uma breve história do uso de animais para obtenção de conhecimento desde a Grécia Antiga e define os principais movimentos éticos sobre o tema, como o utilitarismo e o abolicionismo. Também descreve a legislação brasileira sobre experimentação animal e os princípios dos 3Rs que orientam pesquisadores a reduzir sofrimento dos animais.
O documento discute a ética do tratamento de animais não-humanos. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre os direitos dos animais e o uso de animais na alimentação humana. Argumenta que, embora os animais tenham sido usados historicamente para o benefício humano, hoje há razões éticas para expandir a nossa consideração moral para além da espécie humana.
Este documento discute as relações entre seres humanos e animais sob diferentes sistemas econômicos e sociais ao longo da história. Inicialmente, descreve como as sociedades de caçadores-coletores tinham uma relação mais igualitária e não dominante com os animais. Posteriormente, analisa como a domesticação de animais e o desenvolvimento da agricultura levaram à subjugação dos animais e transformaram as relações sociais humanas.
O documento descreve a evolução conceitual da ecologia, desde suas origens na Grécia Antiga até a ecologia moderna. Aborda os principais conceitos como nicho ecológico, cadeia alimentar, ecossistema e fluxo de energia. Também discute os principais eventos que originaram a teoria ecológica moderna, como os estudos de ecossistemas lacustres e o desenvolvimento da ecologia energética.
Este documento discute as origens e capacidades dos primeiros humanos. Resume que:
1) Os primeiros humanos, como caçadores-coletores, tinham uma vida de ócio e igualdade, não de alienação ou dominação.
2) Eles possuíam inteligência igual ou superior à nossa, desmentindo a tese da "ignorância primitiva".
3) A divisão sexual do trabalho e a caça em larga escala só apareceram muito tarde na evolução humana, sendo a coleta de alimentos a atividade principal.
Este documento apresenta o plano de disciplina de Sociologia Geral para o curso de Direito. Resume os principais tópicos a serem abordados, como teorias sociológicas, características da ciência, vida social humana, objetivos de analisar criticamente a realidade social, e métodos como aulas expositivas e seminários.
O documento discute o surgimento do pensamento social científico no século XIX, incluindo as teorias do darwinismo social que justificavam a colonização da África e Ásia pela Europa como uma missão civilizatória. Também analisa visões críticas dessas teorias, argumentando que fatores culturais, não naturais, moldam o desenvolvimento das sociedades humanas.
O estudo da cultura pela Análise do Comportamento: Contribuições de M. Harris...Márcio Borges Moreira
Este documento discute o estudo da cultura pela análise do comportamento, referindo-se às contribuições de Marvin Harris e Jared Diamond. Apresenta a cultura como um conjunto complexo de práticas culturais inter-relacionadas, e destaca a importância de analisar essa complexidade. Discute também a ênfase de Harris na análise integrada de práticas culturais e no determinismo infra-estrutural, bem como as contribuições de Diamond sobre causas próximas e históricas e os fatores que levam ao colapso ou sobrevivência
O documento discute ética, ciência e tecnologia. Aborda temas como bioética, estudos de caso envolvendo ética e ciência, diferentes abordagens éticas como utilitarismo e principialismo, além de conceitos como autonomia, beneficência e não-maleficência. Também apresenta casos clássicos de bioética e discute a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Este documento discute os desafios éticos enfrentados pela pesquisa antropológica no Brasil contemporâneo. Apresenta a história da preocupação da Associação Brasileira de Antropologia com questões éticas e a regulamentação atual pela Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. Argumenta que esta regulamentação não contempla adequadamente as especificidades da pesquisa antropológica. A coletânea reúne reflexões teóricas e intervenções políticas realizadas durante a gestão 2011-2012 da ABA para discutir es
1. O documento discute os principais pensadores e correntes teóricas da Antropologia, como o evolucionismo cultural, funcionalismo e escola historicista.
2. Aborda as origens da Antropologia na Europa e suas influências do positivismo e evolucionismo. Também discute conceitos como etnocentrismo.
3. Explica como a Antropologia moderna passou a enfatizar o trabalho de campo e o relativismo cultural, rejeitando visões evolucionistas e etnocêntricas anteriores.
1) O documento discute os conceitos de cultura, dinamismo cultural e mudança cultural, incluindo suas definições e fatores.
2) A enculturação é o processo pelo qual os membros de uma cultura adquirem seus valores e comportamentos através da socialização.
3) A história da antropologia é dividida em quatro períodos: formação, convergência, construção e crítico.
A bioética estuda questões éticas que envolvem a vida humana, animal e o meio ambiente de forma transdisciplinar, incluindo temas como fertilização in vitro, aborto, clonagem, eutanásia, transgênicos, pesquisas com células-tronco e testes em animais. A bioética propõe reflexão sobre a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e aplicações tecnológicas.
Colóquio Vita Contemplativa - Mãe Natureza, Terra Viva Ecosofia, Ecologia Pro...Jorge Moreira
O Colóquio do Seminário Permanente “Vita Contemplativa - Práticas Contemplativas e Cultura Contemporânea" do Grupo Praxis do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, com o apoio do Círculo do Entre-Ser, trouxe este ano [14-15 Maio 2018] à reflexão o tema Mãe-Natureza, Terra Viva com o enfoque nos contributos da ecosofia, da ecologia profunda e da ecologia espiritual face à crise ecológica.
Durante dois dias, e de formas particulares, celebrou-se a Natureza, tornaram-se vivas memórias dessa Natureza em nós, apresentaram-se excelentes exemplos de sustentabilidade, formularam-se utopias possíveis e desejáveis de concretização, partilharam-se testemunhos, reforçaram-se laços e debateram-se contributos tão diversos para o tema: da Espiritualidade às práticas Eco-espirituais; do Xamanismo ao Yoga; do Taoísmo ao Budismo; do Cristianismo ao Islamismo; da cosmovisão dos povos primevos às experiências místicas, das metatopias urbanas às alimentares, da perspetiva de Heidegger à Física Quântica, da igualdade de gênero aos direitos da Natureza; da Transição à Permacultura; do Papa Francisco ao Compromisso com a Casa Comum; do contato com a Natureza às psicoterapias; do Caos a Gaia, passando por Eros - da Mitologia à Filosofia; da consciência do corpo à consciência da Terra, da Arte (cinema, arquitetura, pintura escultura, música, etc.) à Ciência holística; do Ecocentrismo ao Princípio feminino; da Ética à Ontologia e vice-versa.
As várias participações trouxeram visões e contributos preciosos que não podem ficar guardados com o encerramento do evento, pelo que deixamos aqui algumas das mensagens e ideias-chave debatidas.
O documento discute os conceitos de cultura, patrimônio cultural e ecocidadania. Apresenta que cultura é definida como os valores, crenças e regras de conduta de uma sociedade. Patrimônio cultural inclui bens materiais e imateriais ligados à identidade de um povo. Ecocidadania significa desenvolver responsabilidade como cidadão global e local, preservando o meio ambiente para as gerações futuras.
O documento discute o uso de animais como modelos experimentais na ciência. Abrange a história do uso de animais na medicina desde 2000 a.C. até Aristóteles, e as perspectivas éticas de Peter Singer e Tom Regan sobre o uso de animais em experimentos. Também descreve exemplos comuns de testes em animais e possíveis alternativas a esses testes.
O documento discute a percepção de estudantes e professores universitários sobre o uso de animais para consumo, vestimenta, trabalho, entretenimento e companhia. Os resultados mostraram que a maioria aprovou o uso de animais para alimentação, mas reconheceu maus-tratos na produção. A maioria também se opôs ao uso de animais para vestimenta e entretenimento, citando maus-tratos. Não houve diferenças claras entre as áreas avaliadas sobre essas questões.
O documento discute os principais conceitos da antropologia, incluindo a evolução humana, cultura, linguagem e família. Aborda teorias como evolucionismo, funcionalismo e difusionismo, além de conceitos como etnocentrismo, aculturação e pluralismo jurídico. O texto fornece um panorama abrangente dos principais tópicos estudados pela antropologia.
1. O documento discute as questões éticas envolvidas na manutenção de animais em cativeiro em zoológicos.
2. Apesar de zoológicos terem objetivos de conservação e educação, manter animais em cativeiro levanta problemas éticos devido à privação da liberdade dos animais.
3. É necessário considerar o bem-estar dos animais e respeitar suas diferenças através do princípio da alteridade para balizar decisões sobre a prática de manter animais em cativeiro.
Este documento discute a importância da bioética e humanização como temas transversais na educação médica. A bioética e humanização devem ser abordadas de forma interdisciplinar e complexa para formar médicos capazes de lidar com os desafios éticos da sociedade contemporânea. As diretrizes nacionais para a graduação médica enfatizam a necessidade de formar médicos críticos, reflexivos e comprometidos com a dimensão ética do cuidado.
Foucault book, Sexualidade, Corpo e DireitoCleo Nery
A autora discute como a escrita de si da teóloga feminista brasileira Ivone Gebara pode ser analisada à luz dos conceitos de Foucault sobre a ética da parresia e a estética da existência. Ao contar sua própria história, Gebara resiste às práticas de confissão moderna e constrói uma forma de luta política e crítica cultural que desafia os padrões culturais estabelecidos. Sua escrita abre espaço para deslocamentos subjetivos e coletivos, transformando micropoliticamente as
FELIPE, Sônia T. Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismoLuciano Florit
FELIPE, Sônia T. Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismo: Perspectivas éticas abolicionistas, bem-estaristas e conservadoras e o estatuto de animais não-humanos. Revista Páginas de Filosofia, v. 1, n. 1, jan-jul/2009.
O documento discute os aspectos éticos da pesquisa em animais. Apresenta uma discussão histórica sobre como as visões éticas sobre o uso de animais evoluíram ao longo dos séculos, desde a visão de que animais poderiam ser usados sem restrições até visões contemporâneas que defendem o bem-estar animal. Também descreve as principais leis e códigos de ética que regulamentam a pesquisa em animais, enfatizando a necessidade de minimizar sofrimento e utilizar o número mínimo de animais.
Este documento resume os principais conceitos da antropologia jurídica, incluindo: 1) A definição de antropologia como o estudo do homem e sua cultura; 2) As teorias da evolução humana e o desenvolvimento das sociedades; 3) Os elementos essenciais da cultura, como crenças, normas e símbolos.
Apresentação em powerpoint sobre o Grupo de Estudos de Direitos Animais (Geda) utilizada em palestra no 12o Festival Vegano Internacional, no Rio de Janeiro, na PUC - unidade Gávea.
Este documento discute a bioética e a necessidade de delimitações para proteger a vida humana diante dos avanços científicos. A bioética é um campo amplo que analisa questões éticas relacionadas à vida e à saúde. Embora existam diferentes abordagens, busca-se um consenso sobre princípios como respeito à dignidade humana. Permanecem pluralismos em temas como início e fim da vida.
O documento discute a regulamentação da ética em pesquisa no Brasil, que historicamente esteve ligada às ciências da vida e da saúde. Isso criou dilemas para as ciências humanas e sociais, cujas pesquisas raramente oferecem riscos aos participantes. Muitos métodos aprovados nas humanidades são questionados por órgãos como a Conep. O dossiê defende princípios éticos construídos pelas próprias áreas, em vez da imposição de regras biomédicas, inadequadas para as investigações em
O documento descreve a história do conceito de "gênero" desde sua origem no século 20 até se tornar uma ideologia globalizada. Começou sendo usado por psiquiatras para descrever identidades que não correspondiam ao sexo biológico e foi adotado por movimentos sociais na década de 1960 para promover a igualdade de gênero e libertação individual. Nos anos 1970-1980, tornou-se um projeto para redefinir papéis de gênero e família. Atualmente, promove uma "revolução cultural do g
Direitos da natureza: o simples direito à existência, de Alcide Gonçalves e J...Jorge Moreira
Com o enorme contributo da ciência e da filosofia, que recuperaram a cosmovisão dos povos antigos - um mundo em que tudo se encontra interligado e se relaciona entre si – e que o ser humano é um elo inseparável na cadeia da vida do planeta, é incompreensível dizer que só os seres humanos têm direitos, especialmente quando estes acham que têm o direito de explorar, abusar e destruir toda a vida e toda a beleza da criação. A Natureza tem direitos sim! É a nossa mãe, o nosso suporte, o nosso alimento, a água que sacia a nossa sede, o ar que respiramos, a energia que necessitamos e o perfume que nos inspira. É a Vida que abraça a nossa vida! Como não tem direitos?
O documento apresenta um resumo biográfico de Mário Jorge Santos Lessa, professor de Antropologia Jurídica. A ementa descreve os principais temas abordados no curso, como direito, religião, criminalidade e os direitos das minorias. A formação das sociedades e a relação entre sociedade e estado também são analisadas na perspectiva da Antropologia Jurídica.
As diretrizes filosóficas da bioética começaram a se consolidar após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental criou um código para limitar estudos médicos abusivos. A bioética só teve sua força teórica consolidada em 1979 com a publicação de princípios da ética biomédica por Beauchamp e Childress, que sugeriram quatro princípios como base de uma teoria bioética. As técnicas de reprodução assistida auxiliam o processo de reprodução humana, mas também levantam questões é
O documento discute a biologia como ciência, definindo-a como o estudo da vida. Apresenta a evolução histórica da biologia desde os pensadores gregos até o método científico moderno. Explica conceitos-chave como hipótese, teoria e lei e descreve os passos gerais do método científico como observação, formulação de hipóteses, experimentação e conclusão.
O documento discute a biologia como ciência, definindo-a como o estudo da vida. Apresenta a evolução histórica da biologia desde os pensadores gregos até o método científico moderno. Explica conceitos-chave como hipótese, teoria e lei e descreve os passos gerais do método científico de observação, formulação de hipóteses, experimentação e conclusão.
ICSC48 - Aspectos éticos na experimentação animalRicardo Portela
1) O documento discute ética na experimentação animal, definindo conceitos como ética, direitos dos animais e os três Rs (Replace, Reduce, Refine).
2) Apresenta aspectos históricos do uso de animais em pesquisa desde a antiguidade greco-romana e visões como a de Descartes de que animais não sentem dor.
3) Discutem-se princípios éticos como o respeito aos animais, uso de métodos que evitem sofrimento e a busca por alternativas à experimentação.
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...Jordano Santos Cerqueira
O documento discute as principais correntes do pensamento sociológico no século XIX, incluindo o positivismo de Auguste Comte, o funcionalismo de Herbert Spencer e a teoria da imitação de Gabriel Tarde. Também aborda o realismo sociológico de Émile Durkheim e a sociologia compreensiva de Max Weber.
Semelhante a Vertentes contemporâneas-da-ética-na-pesquisa-com-animais (20)
O documento discute a importância da educação em bioética em todos os níveis para promover os princípios estabelecidos na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Defende que os Estados devem investir em formação e programas de disseminação de informação sobre bioética, especialmente entre os jovens. Também apresenta breve histórico do termo "bioética" e suas aplicações no ensino.
Palestra Bioética e educação no Ensino FundamentalMarta Fischer
Este documento descreve pesquisas realizadas sobre a inserção da bioética no ensino fundamental brasileiro. Inicialmente, avaliou-se as representações de estudantes sobre bioética e animais, mostrando visões antropocêntricas e necessidade de capacitação. Posteriormente, testaram-se instrumentos como debates, histórias em quadrinhas e teatro para ensinar bioética de forma lúdica e avaliar compreensão dos estudantes. Os resultados indicaram que as crianças conseguem desenvolver raciocínio bioético quando abordado de forma
Este documento descreve um estudo que testou métodos alternativos ao uso de animais vivos em aulas de zoologia, como modelos digitais e coleções preservadas. Os estudantes responderam questionários e foram avaliados em atividades como reconhecimento de características e projetos de pesquisa. Os resultados iniciais indicam que os métodos alternativos engajam os estudantes e promovem pensamento crítico sobre questões éticas, preparando-os para desafios em suas futuras carreiras.
O documento discute quatro estudos sobre bioética ambiental e o uso ético de animais em pesquisas. Os estudos abordam: 1) a possibilidade de controle ético da aranha marrom em Curitiba através da manutenção de teias de outras aranhas; 2) a abordagem de maus-tratos contra animais em ações de educação ambiental; 3) a percepção de pesquisadores sobre o Comitê de Ética no Uso de Animais; e 4) o uso de pólen de eucalipto como alimento para um parasit
Participação do Grupo de Pesquisa Bioética Ambiental no XXV SEMIC - PUCPRMarta Fischer
O documento discute as vulnerabilidades das Comissões de Ética no uso de animais sob a percepção de diferentes segmentos acadêmicos e populares. Analisou conteúdos científicos, populares e aplicou questionários online. Concluiu que as vulnerabilidades têm sido identificadas no meio científico, mas sem interesse em diálogo com a sociedade. Respondente acadêmicos mostraram ética antropocêntrica/utilitarista aceitando uso de animais, mas sem interesse em aprofundar o tema. É necessário ret
O documento descreve um projeto pedagógico implementado em uma escola pública para promover o desenvolvimento da moralidade ambiental em estudantes. O projeto utilizou atividades práticas de educação ambiental e contato com problemas reais para estimular o desenvolvimento moral dos estudantes de acordo com a teoria de Kohlberg. Após um ano, o projeto forneceu subsídios para que as crianças desenvolvessem uma compreensão do certo e errado em relação ao meio ambiente compatível com sua idade.
O documento descreve uma pesquisa que aplicou metodologias inovadoras de ensino de bioética em uma disciplina a distância sobre a crise hídrica. Os resultados indicaram que a metodologia promoveu o desenvolvimento moral em metade dos alunos, levando-os a considerar os direitos das gerações futuras e o sofrimento das pessoas.
Participação do Grupo de Pesquisa em Bioética Ambiental no Congresso de EstradasMarta Fischer
O documento discute os atropelamentos de animais silvestres sob a perspectiva da bioética ambiental. Analisou-se 166 publicações sobre o tema, concluindo que mamíferos, aves, répteis e anfíbios são as classes mais atingidas. As publicações apontam a necessidade de mais estudos e o desenvolvimento de protocolos padronizados. Passagens de fauna e sinalizações são medidas sugeridas para reduzir os impactos.
Participação do Grupo de PEsquisa em Biética Ambienal no simpósio de métodos ...Marta Fischer
Este documento descreve um projeto de dissertação de mestrado que tem como objetivo sistematizar, elaborar, aplicar, avaliar e validar métodos alternativos ao uso de animais em aulas de zoologia. Até o momento, o projeto aplicou métodos alternativos em cinco aulas e avaliou as percepções de estudantes e professores sobre o uso de animais por meio de questionários. Os resultados preliminares indicam que os estudantes concordam com procedimentos éticos, mas demandam métodos efetivos de aprendizagem, incentivando mais pesquis
O documento discute três artigos científicos sobre temas relacionados à bioética ambiental e ética animal. O primeiro artigo avalia os impactos ambientais causados por estradas na biodiversidade. O segundo analisa o uso de animais como medicamentos e tratamentos estéticos. O terceiro testa armadilhas para capturar caramujos invasores.
A Bioética Ambiental no I Congresso Intrnacional Ibero-Americano de BioéticaMarta Fischer
O documento discute o papel da bioética no passado, presente e futuro das Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs). Argumenta que as CEUAs inicialmente foram concebidas com base na bioética para promover reflexão ética no uso de animais, mas que atualmente têm adotado uma abordagem mais legalista. Defende que a bioética deve retomar um papel central nas CEUAs, orientando os membros por princípios como beneficência e autonomia de forma multidisciplinar.
Este documento fornece orientações sobre o processo de submissão e avaliação de projetos de pesquisa que utilizam animais à Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da PUCPR. Ele explica os principais pontos avaliados pela CEUA, como a justificativa do uso de animais, o refinamento dos procedimentos para minimizar sofrimento, e o cumprimento das normas legais. Também lista os documentos necessários e fornece contatos para tirar dúvidas sobre o processo.
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- It analyzed 99 scientific texts, finding that capuchin monkeys, squirrel monkeys and brown howler monkeys were the most frequent subjects.
- The analysis categorized the techniques into 14 categories, with feeding and foraging being the most common, showing the continued need to consider natural history and not just present continuous enrichment programs.
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
1. 1
VERTENTES CONTEMPORÂNEAS DA ÉTICA NA PESQUISA COM ANIMAIS
MOLINARI, Renata Bicudo, SANTOS, Juliana Zacarkin dos, RODRIGUES, Gabriela e FISCHER,
Marta Luciane (Orientador)
Programa de Metrado em Bioética – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná,
Brasil. E-mail: renatabmolinari@hotmail.com, ju.zacarkin@hotmail.com, rodriguesga@hotmail.com,
marta.fischer@pucpr.br
RESUMO
Questões éticas envolvidas no uso de animais para finalidade acadêmica têm sido debatidas ao
longo do desenvolvimento da humanidade. Posicionamentos favoráveis e contrários
marcaram debates e manifestações, as quais com o auxílio da Bioética conduziram à
elaboração de diretrizes, que culminaram em uma normatização legal baseada no princípio
dos três erres e nos paradigmas éticos do utilitarismo e sencioncentrismo. Desta forma, toda
atividade de pesquisa ou aula prática envolvendo animais estão condicionadas à Lei
11.794/08, cuja aplicação institucional é responsabilidade das comissões de ética. Embora, o
uso experimental dos animais seja dentre os papéis exercidos pelos animais nas sociedades
humanas, aquele que dispõe de maior rigor legal, resultado de um debate e reflexão
amadurecidos, todavia emergem temas tendem à fragilizar o sistema caso não sejam
mitigados, o que demanda novamente a intervenção da Bioética. Desta forma, o presente
trabalho teve como objetivo a contextualização teórica de três vertentes contemporâneas no
debate ético no uso de animais para finalidade científica: a integridade na pesquisa, o impacto
dos movimentos sociais e a inclusão dos invertebrados no rol dos animais sencientes e
merecedores de proteção legal.
Palavras-Chave: Bioética ambiental, integridade na pesquisa, invertebrados, movimentos
sociais.
INTRODUÇÃO
No início da sua jornada evolutiva o ser humano mantinha uma relação biológica com
a natureza, na qual se percebia inserido no contexto e nos ciclos naturais e vulnerável diante
da sua imprevisibilidade. Contudo, o surgimento da agricultura, há cerca de 12.000 anos, e o
desenvolvimento de tecnologias permitiram-no controlar a reprodução e sobrevivência de
animais e plantas levando-o ao distanciamento da natureza e rompendo com o contrato natural
existente entre as espécies de que todos deveriam ter chances igual de se reproduzir e
colonizar o planeta (MORIS, 1990). Logo após o surgimento das primeiras cidades, os
aglomerados humanos demandaram regras mais rígidas, planejamento e organização
conduzindo ao surgimento da filosofia clássica que desde então pensaram o papel do homem
dentro do contexto natural (FISCHER; OLIVEIRA, 2013). O desenvolvimento científico e a
percepção do animal como fonte de saber e promovedora do conhecimento humano foram
interrompidos pela era medieval que passou a atribuir à natureza um valor orgânico, mágico e
autônomo. Com o surgimento do iluminismo e da renascença retoma-se o estudo da
morfologia e fisiologia animal e a consolidação, por parte de pensadores mecanicistas como
Descartes, de que não era necessário ter piedade e compaixão dos animais submetidos à
2. 2
vivissecção, pois os mesmos não passavam de máquinas complexas, desprovidos de
sentimentos e consciência (FISCHER; OLIVEIRA, 2013). A ideia foi prontamente aceita pela
comunidade científica, que subsidiou-a ideia com resultados das pesquisas experimentais e o
repúdio ao antropomorfismo e a atribuição de características humanas a animais não
humanos.
Somente no final do século passado com o surgimento da Bioética (POTTER, 1970) e
o posicionamento de filósofos como Peter Singer (SINGER, 2004) e Tom Regan (REGAN,
1982), é que a relação do homem com os animais passou a ser mais enfaticamente discutida
levando às mudanças nas condutas da sociedade e motivando a elaboração de leis mais
rígidas. Há, porém diferentes segmentos sociais interessados nessa temática, muitas vezes
com pensamentos, linguagens e valores distintos levando ao surgimento de diferentes culturas
que não dialogam e contribuem cada vez mais para o retardo da solução desses dilemas. A
linha de pensamento deontológica é apoiada por ativistas em prol dos direitos animais e
defensores de que todos os animais têm direito a viverem a sua vida independente dos
interesses do ser humano. Este, conflita com o pensamento utilitarista que atribui diferentes
pesos aos animais dependendo da relação estabelecida e dos interesses envolvidos, contudo
considerando que o mesmo não deve sofrer e que devem ser direcionados esforços para
promover uma boa existência e uma morte humanizada (REGAM, 1982, SINGER, 2004).
As primeiras iniciativas de delegar em prol dos animais na Idade Moderna datam de
1822 (FISCHER; TAMIOSO, 2013). Contudo, passaram a ganhar força a parir da
mobilização da sociedade para normatização da pesquisa com seres humanos baseadas no
Código de Nuremberg, Declaração de Helsinque e Relatório Belmont, culminando no
nascimento da Bioética e na promoção do diálogo e intervenções para conter os conflitos de
interesses (KIPPER, 2010). Concomitantemente na metade do século XIX Russell e Burch
(1959) publicaram o princípio dos 3 R’s e Harisson (1964) denunciou as crueldades
direcionadas para animais de produção no pós-guerra, culminando na elaboração de diretrizes
para o confinamento de animais e subsidiando o surgimento de movimentos animalistas. No
final do século XIX, Singer (2004) balizou a teoria moral consequencialista, considerando a
capacidade de sofrer como o critério moral mais relevante, para tal, sendo necessária a
existência da senciência, faculdade mental que possibilita a consciência da dor física e mental
e geradora de interesses em não sofrer (SINGER, 2004). Contudo, a ética utilitarista admite
como moralmente aceitável o abate de alguns animais, desde que a conduta seja justificável e
realizada de forma rápida e indolor (MARQUES-SILVA, 2012). Os critérios de quem e como
3. 3
ser abatido tem gerado posicionamentos conflitantes entre diferentes atores da sociedade
(ABOGLIO, 2008).
A preocupação com não sofrimento desencadeou o surgimento da ética bem-estarista,
exercida por cientistas e agricultores que visa propiciar boas condições de vida para os
animais que todavia necessitam serem mantidos cativos sob a tutela do homem. Essa é uma
ética socialmente percebida como moderada, razoável, reducionista e interessada em trabalhar
dentro e com o sistema de forma racional e com bom senso, buscando na informação e na
ciência os elementos para embasar a sua avaliação moral de sofrimento. Com uma visão
antagônica inspirada em Kant, se consolidou a ética do direito animal ou abolicionista,
liderada por Regan (1982) e pregando que os animais possuem um único direito moral, o de
não ser prejudicado devido a necessidades utilitaristas do homem (FELIPE, 2006). Essa ética
é socialmente encarada como radical, extremista, abolicionista, violenta e libertária, atuando
emocionalmente, irracionalmente e desinformada dos dados científicos (MARQUES-SILVA,
2012).
Durante as últimas décadas houve incentivo aos estudos científicos que promovesse
uma avaliação mais precisa do sofrimento animal para apoiar a ética sensiocêntria, visando a
comprovação da consciência animal, destacando-se Antônio Damásio como importante
neurocientista categorizando diferentes níveis de consciências (DAMÁSIO, 2011). Segundo
Felipe (2003), a senciência pode ser definida como “capacidade de realizar uma perda”, sendo
que os animais apresentam sensibilidade para os eventos que os afetam, consciência do que se
passa consigo, memória, o que os torna capazes de registrar experiências passadas,
imaginação e recordação consciente das mesmas. Posteriormente, por meio da Revolução
Darwiniana foi provado que os seres humanos são resultado de milhões de anos de evolução e
compartilham de intuições e emoções com os animais, sendo alguns movimentos expressivos
humanos herdados de antepassados primitivos. Dentro de uma perspectiva biológica, devem
ser consideradas as semelhanças anatômicas e fisiológicas entre humanos e animais, além dos
mecanismos neurológicos de percepção, integração e respostas às dores (ROLIN, 1986).
A ética na pesquisa com animais se consolidou como uma importante linha de atuação
da bioética e balizou a legislação internacional e nacional através de estudos de diagnósticos
das condições físicas e de bem-estar animal e através da análise da percepção de diferentes
setores sociais a respeito do uso de animais para pesquisa e aulas práticas (FISCHER;
OLIVIERA, 2013, FISCHER; TAMIOSO, 2013). Não há dúvidas que muito se avançou
nessa área, que se destaca das demais utilizações dos animais justificadas pela sociedade tais
como para alimentação, vestimenta, serviços, entretenimento e companhia, as quais não
4. 4
possuem normatizações próprias mesmo diante dos evidentes maus-tratos cometidos
(FISCHER; TAMIOSO, 2013). Porém, mesmo diante de todo avanço logrado na
normatização da utilização de animais para finalidade acadêmica, todavia existem demandas
éticas, as quais devem ser fundamentadas com princípios norteadores das decisões de porquê
e como utilizar os animais. Dentre os princípios dos 3 erres (RUSSELL; BURCH, 1959)
destaca-se o refinamento, ou seja, um cuidado dispensando aos animais para que os resultados
das pesquisas sejam viáveis de publicação e de fato resultem em aplicações que justifiquem as
vidas que foram finalizadas. Assim, os cuidados dispensados aos animais visam, além do
bem-estar do indivíduo, promover dados confiáveis, que diminuam tanto o número de
animais, quanto de experimentos. Contudo, parece que essa não é uma realidade da maioria
dos pesquisadores, por isso questiona-se a responsabilidade do pesquisador no momento de
veicular um dado científico sem ter tomado os cuidados necessários. O posicionamento da
sociedade contra o uso de animais para finalidade acadêmica tem sido a base de muitos
movimentos sociais, culminando em atitudes radicais, aparentemente intenção mais política
do que com relação ao bem-estar animal (HERZOG; GOLDEN, 2009). Questiona-se os
motivos que levam a sociedade a se posicionar tão veementemente diante das pesquisas e se
calar diante das atrocidades que diariamente presenciam. Acredita-se que a falta de diálogo
entre o meio acadêmico e social pode gerar uma atmosfera de desconhecimento do que
realmente é feito no ambiente restrito da universidade. E, por fim, a legislação da maioria dos
países se apoia na comprovação científica da sensiência como critério de atribuição moral
incluindo, no rol dos animais merecedores de normatização e cuidados, apenas os vertebrados
(SINGER, 2004). No entanto, estudos recentes têm mostrado que invertebrados também
possuem nocioceptores além de poder experimentar processos mentais como sofrimento e
ansiedade. Contudo diante de aspectos culturais a maioria dos invertebrados é vista como
prejudicial e pouco desenvolvida não gerando empatia e preocupação com seu sofrimento.
Logo, questiona-se o posicionamento ético que deve ser direcionado a esse grupo que
representam 95% das espécies de animais.
MÉTODOLOGIA
O presente estudo se constitui de uma pesquisa exploratória do conhecimento atual
sobre as novas demandas éticas na área da ética em pesquisa com animais. Para tal, artigos
científicos que abordam cada um dos temas foram analisados e as questões levantadas e
fundamentadas com princípios éticos balizadores das tomadas de decisão. Para tal o presente
estudo foi divido em três partes, na primeira foi refletida sobre os aspectos relacionados com a
5. 5
integridade na pesquisa e proposto como trabalhar a questão; na segunda foi realizado um
levantamento dos movimentos sociais e dos princípios éticos defendidos pelos mesmos e
refletido sobre a percepção mútua existente entre academia e sociedade e, por fim, foi
realizada uma reflexão a respeito da consideração do status moral dos invertebrados.
RESULTADOS
Integridade na Pesquisa
As necessidades especiais dos animais evoluíram ao longo do tempo nas políticas para o
atendimento adequado e uso de todos os animais utilizados na pesquisa e educação.
Juntamente seguiu-se a necessidade de maior respeito frente aos animais e a aplicação de
procedimentos que estejam de acordo com o bem-estar dos mesmos, considerando as
condições ambientais adequadas, que levará o pesquisador a obter resultados confiáveis e
reproduzíveis (BRAGA, 2010). Segundo Broom e Molento (2004), os parâmetros fisiológicos
e comportamentais se alterados podem indicar um baixo grau de bem-estar, sendo que estudos
só têm valor se esses controles forem cuidadosamente mantidos. Além disso, um projeto
experimental que resulte em dor ou sofrimento, muitas vezes diminui, se não elimina, o valor
científico do experimento. Essas proteções são necessárias para garantir a integridade física
das dezenas de milhões de animais utilizados para experimentação, e para evitar a fraude
científica como resultado dos cuidados deficientes, negligência ou abuso dos animais
(HEYDE, 2002).
As discussões no campo da integridade na pesquisa nas áreas da pesquisa e da educação
vêm crescendo devido aos casos de má conduta descobertos nos últimos anos. Países como
EUA, Canadá, Alemanha, Reino unido tem se mostrado ativos na promoção das discussões no
campo da integridade. Nos EUA foi criado em 2004 o Office Research Integrity que faz parte
do Escritório de Ciência e Saúde Pública objetivando supervisionar as pesquisas, promover a
educação responsável nas pesquisas e, ainda, prevenir a má conduta em pesquisas. Durantea
Conferência Mundial sobre Integridade em Pesquisa em Cingapura em 2010, foi criada a
Declaração de Cingapura que definiu como princípios a honestidade em todos os aspectos da
pesquisa, a responsabilidade na condução da pesquisa, respeito e a imparcialidade profissional
no trabalho com os outros e a boa gestão da pesquisa em benefício de outros e define
integridade na pesquisa como: A confiabilidade da investigação por força da solidez de seus
métodos e da honestidade e precisão na sua apresentação. Falta integridade à pesquisa quando
seus métodos ou apresentação distorcem ou deturpam a verdade. Ainda que no Brasil as
discussões caminhem timidamente, e não haja um órgão regulador de condutas, em 2011 foi
6. 6
criado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) o Código De
Boas Práticas Científicas que estabelece diretrizes éticas para as atividades científicas dos
pesquisadores beneficiários de auxílios e bolsas. Nesta mesma linha, também em 2011 o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) estabeleceu, diante
do recebimento de denúncias de fraude em publicações científicas, suas diretrizes básicas para
a integridade nas atividades científicas. Em 2013, a Academia Brasileira de Ciências
publicou o Guia Rigor e Integridade nas Pesquisas, um guia de recomendações práticas
responsáveis, estabelecendo valores, princípios e orientações para a condução da pesquisa
científica e a comunicação de seus resultados.
São notáveis os esforços que vêm motivando os pesquisadores brasileiros a aderirem
às boas práticas nas pesquisas. Embora tais iniciativas sejam de suma importância, percebe-se
a preocupação atrelada, sobretudo às falsificações e fabricações de dados e ao plágio.
Contudo, pode-se verificar em alguns documentos internacionais, como o Responsible
Conduct in the Global Research Enterprise (InterAcademy Council, 2012), a preocupação
com a má conduta à animais não humanos, conforme verificado em alguns trechos nas
considerações: a) que os pesquisadores têm a responsabilidade de respeitar e cuidar dos
assuntos da sua pesquisa, seja humanos ou animais de laboratório; b) a pesquisa não pode ser
justificada se inflige danos inaceitáveis sobre o objeto de pesquisa, cuja aceitação deve ser um
julgamento social que pese potenciais ganhos contra possíveis danos; c) inclui como prática
de pesquisas irresponsáveis maus-tratos a animais não humanos. Pode-se verificar tal
preocupação também no E-book desenvolvido pela Teaching the Responsible Conduct of
Research in Human (RCRH, 2006) o qual cita a definição de integridade da National
Academy of Sciences (NAS) cujos indivíduos na integridade da investigação é um aspecto do
caráter moral e experiência. Trata-se, acima de tudo um compromisso com a honestidade
intelectual e a responsabilidade pessoal para ações de uns e de uma série de práticas que
caracterizam a conduta da investigação responsável. Essas práticas incluem o cuidado
humano com os animais na conduta das pesquisas. Os documentos brasileiros trazem de
forma sucinta a má conduta relacionada a animais referindo-se que todo trabalho de pesquisa
deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua execução, seja com animais ou com seres
humanos (Relatório CNPQ), sendo que o guia da Academia Brasileira de Ciências acrescenta
os termos respeito e cuidado.
Os pesquisadores podem assumir as suas responsabilidades por saber quais atividades
estão sujeitas aos regulamentos, compreender e seguir as regras para a aprovação do projeto,
obtenção de formação adequada, e aceitar a responsabilidade de continuar para o
7. 7
cumprimento por todas as fases de um projeto. Uma vez que, o não cumprimento do
protocolo aprovado durante a realização do estudo e a incapacidade de seguir as
recomendações institucionais ou nacionais para o cuidado ao uso de animais é um tipo grave
de má conduta (COUNCIL OF SCIENCE EDITORS, 2012). A integridade na pesquisa
precisa estar alicerçada nos 3 pilares: Ética, Integridade e Legislação referidos aqui. A
discussão do tema em questão precisa ser ampliada nas instituições de ensino para promoção
da integridade nas pesquisas acadêmicas, bem como a elaboração e implementação de linhas
de condutas.
Impacto dos Movimentos Sociais
A discussão sobre a relação entre animais humanos e não-humanos configura no meio
acadêmico desde Pitágoras, sendo a intenção de se adquirir conhecimento desde 500 a.C. com
estudiosos como Alcmaeon, Hipócrates e Aristóteles (BEADER, 2012). Em 1789, foi
publicado o livro “Introduction to the principles of morals and legislation” do filósofo inglês
Jeremy Benthan, cujo o autor considerou os animais passíveis de sofrer e mesmo sem a
capacidade de raciocinar ou falar (GOLDIM; RAYMUNDO,1997). Este pensamento embasa
na atualidade os movimentos anti-vivisseccionistas. Em 1860, Claude Bernard apresentou a
seus alunos uma aula onde usava técnicas de vivissecção no cachorro de sua filha, tal conduta
motivou sua esposa a criar a primeira Associação de proteção a animais de laboratório
(GOLDIM; RAYMUNDO,1997).
A utilização de animais no ensino e na pesquisa tem sido muito questionada, tendo
cada vez um número maior de estudantes de diferentes níveis de ensino que se posicionam
contra o uso de animais. Em 1987 foi julgado, na Califórnia, o primeiro caso de Objeção de
Consciência cuja aluna foi ameaçada pela escola por se negar a dissecar um animal em aula
(GREIF, 2003). Contudo, os primeiros movimentos que levaram à proteção dos animais
sugiram em 1822 na Inglaterra, com o “British Cruelty to Animal Act”, que estipulou as
primeiras normas contra atos cruéis envolvendo animais (RODRIGUES, 2003).
Movimentos sociais são definidos toda ação coletiva de cunho sócio-político e cultural
cujo objetivo é propor, exigir e expor suas necessidades e desejos, solicitar mudanças,
denunciar o que consideram errado ou desafiar os códigos políticos e culturais vigentes
(RODRIGUES, 2011; GOHN, 2011). Segundo Gohn (2011), os movimentos sociais fazem
um diagnóstico da realidade social, constroem propostas, sendo uma das premissas básicas as
fontes de inovação e matrizes geradoras de saber. Segundo o autor, a interação entre os
8. 8
movimentos, grupos sociais e as instituições educacionais causa alegria para alguns dos
envolvidos, pela troca de conhecimentos, aceitação e mudanças positivas, mas também causa
desconforto e estranhamento por parte dos membros mais conservadores, principalmente na
área científico-educacional.
No Brasil, os movimentos pró-animais começaram em 1924, o que acabou culminando
na criação do Decreto 16.590 em defesa dos animais e foi fortalecido pelo Decreto 24.645 de
1934, que definia algumas posturas consideradas maus-tratos aos animais. Mas o maior feito
pela causa ocorreu com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que inclui diversos
países como signatários, inclusive o Brasil (RODRIGUES, 2003). Dentre os movimentos
relacionados à causa animal destaca-se o Movimento Abolicionistas (GREIF, 2000), apoiados
na linha de antivivisseccionismo científico. Configuram também movimentos de profissionais
da Saúde contra a vivissecção, que se dividem entre opiniões abolicionistas, protecionistas e
reducionistas. Estes últimos são considerados perigosas conflitando os argumentos de
cientistas que sustentam a importância do uso de animais e os Movimentos de Defesa dos
Animais, que geralmente se baseiam apenas no dever ético da espécie humana, podendo
facilmente ser convertidos para o pensamento reducionista. Além destes, Greif (2003) cita os
movimentos estudantis por uma educação mais humana e para garantirem seu direito de
objetar em assistir aulas com uso de animais e os grupos de bem-estar animal, dos quais
muitos são subsidiados por governos e nem sempre são contrários à vivissecção, apesar de
pregarem o bem-estar dos animais envolvidos em pesquisa e aulas. Ressalta-se os
movimentos pacíficos e filosóficos que envolvem grupos de pessoas que escolheram
reivindicar mudanças na forma como se tratam os animais através de mudanças pessoais de
atitudes, pensamentos e hábitos, como é o caso do veganismo ou do vegetarianismo. Lira
(2013) caracteriza o vegetarianismo estrito ou veganismo como grupo de pessoas que optam
por ter um estilo de vida sem o consumo de produtos provenientes de origem animal e evitam
participar de atividades que explorem de alguma forma espécies não humanas. Segundo a
autora, para o vegetarianismo e veganismo, a alimentação se torna um mecanismo de
reivindicação com o intuito de diminuir a diferenciação que a sociedade faz entre a espécie
humana e as demais, assumindo uma expressão de moralidade antiespecista. Diferentemente
de outros grupos ativistas que lutam por direitos e proteção de algumas espécies que são mais
cativantes para o ser humano, como cães, gatos e coelhos, mas ignoram outras que
consideramos desprezíveis ou aversivas como ratos, camundongos, peixes e os invertebrados
como um todo. Para Amorim e Pelizzoli (2011), a ética ecofeminista defende a Ética do
9. 9
cuidado, expressando regras de conduta balizada em valores e atitudes marcadas por uma
ética de virtudes. Este movimento prega a emoção como a chave da relação entre humanos e
não-humanos, porém embasada pela razão, buscando construir uma ética que valorize e
respeite os animais não-humanos. Para os ecofeministas a contextualização e a relação entre
os seres é muito importante, nem sempre os direitos ou interesses dos animais não-humanos é
de fato considerado, dando brechas ao especismo dependendo do contexto onde inserimos a
prática do vegetarianismo adotado por elas.
Muitos ativistas dos movimentos em prol dos animais não acreditam que a pesquisa
com animais deva ser o foco principal dos movimentos pela causa e são contra as invasões a
laboratórios, além disso, possuem uma visão restrita a respeito dos pesquisadores, acreditando
que os mesmos veem os animais não-humanos como meros objetos que podem ser usados e
descartados (PLOUS, 1991). Plous (1991) também menciona que muitos membros da
comunidade científica e médica dos EUAs, na década de 1990, consideram aqueles que
apoiam os direitos dos animais “fanáticos, militantes e perigosos”, por valorizarem o bem-
estar dos animais mais do que o do ser humano ao lutarem pelo fim das pesquisas com
animais não-humanos. Mesmo diante do rigor legal que normatiza o uso de animais para
finalidade experimental, a sociedade se mobiliza notoriamente contra o uso acadêmico como
o presenciado no final de 2013 com a invasão do instituto Royal (GHIRALDELLI, 2013).
Esse comportamento social leva a crer que esteja havendo uma falha de comunicação entre a
academia e a sociedade gerando muitas fantasias do que ocorre no ambiente restrito dos
laboratórios e uma vulnerabilidade dos cientistas diante das atitudes radicais dos ativistas.
Assim, é urgente conhecer o que cada segmento social percebe do outro e promover um
debate intermediado pela intervenção da bioética.
O benefício da dúvida para os Invertebrados
Os invertebrados compõem aproximadamente 95% das espécies de animais (DUTRA;
OLIVEIRA, 2010), contudo a sociedade ocidental ainda os considera como incogniscientes,
inconscientes e insencientes (MAGALHÃES-SANT’ANA, 2009). Algumas legislações
estrangeiras incluem os invertebrados em suas avaliações éticas. A Suécia considera todos
invertebrados e o Reino Unido e o Canadá incluem os cefalópodes (polvos, lulas e sépias)
(REGIS; CORNELLI, 2012). Renomados cientistas atestaram no “Manifesto de Cambridge”
que invertebrados como os moluscos e insetos também possuem receptores sensoriais para
dor, logo questiona-se se os mesmos não seriam suficientes para inclusão desse grupo no
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statuts moral (LOW, 2012). No Brasil em 1998 foi promulgada a Lei 9.605 sobre crimes
ambientais, segundo a qual causar experiências dolorosas ou cruéis em animais vivos, quando
há métodos alternativos, é considerado crime, normatizando também a coleta e captura de
animais para finalidade científica. Já Lei 11.794 regulamenta os procedimentos para
experimentação animal e restringe o uso como metodologia didática somente no ensino
superior, contudo essa lei, em seu artigo 2º explicita que estes dispositivos de proteção se
aplicam somente aos animais vertebrados, apoiadas principalmente na senciência (REGIS;
CORNELLI, 2012).
O Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea) tem a função de monitorar
a inserção de técnicas alternativas para substituir o uso de animais e a submissão de projetos e
aulas práticas que preveem a utilização de animais às comissões de ética no uso de animais
(CEUA), sendo obrigatória a presença deste comitê nas instituições que realizam pesquisas
com animais. (REGIS; CORNELLI, 2012). Métodos alternativos são procedimentos adotados
que visam diminuir o número e sempre que possível substituir os animais e quando for
necessário a utilização destes refinar, ou seja, minimizar sua dor ou sofrimento. Em diversas
situações os animais invertebrados são utilizados como métodos alternativos em aulas práticas
de cursos como Biologia, Biotecnologia e Agronomia. Além disso, a busca de alternativas
substitutivas para experimentos com vertebrados, bem como de alternativas nutricionais para
humanos e animais, vem se voltando para realização dessas práticas em invertebrados, alguns
autores consideram os invertebrados como seres inferiores, e são utilizados como substituição
aos vertebrados, levando em consideração o princípio de mau-menor (MORALES, 2008).
A classificação dicotômica dos animais leva em consideração a presença ou ausência
da coluna vertebral contrariando a perspectiva evolutiva de Darwin que mostrou que todos os
organismos estão relacionados anatômica, fisiológica e também mentalmente. Atualmente há
pesquisadores que estão utilizando em favor dos invertebrados o princípio ético do “benefício
da dúvida”, uma vez que até o presente momento não há conhecimento científico suficiente
para comprovar sua senciência, estes pesquisadores afirmam que a dúvida deve garantir que
os invertebrados sejam tratados de maneira a favorecer seu bem-estar em criação e garantia de
utilização de analgesia e eutanásia (OLIVEIRA; GOLDIM, 2014). Dentre as novas correntes
éticas em que os questionamentos referentes aos invertebrados podem ser incluídos tem-se a
ética Biocêntrica, que leva em consideração o valor moral de cada animal, independente da
sua complexidade física, indo contra o especismo (FELIPE, 2009) e considerando o desejo de
viver inerente a cada ser vivo como suficiente para que possua plena significação moral,
portanto cada invertebrado que busca garantir sua sobrevivência deve ter seus interesses
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preservados (NACONECY, 2010). Desta forma, se faz necessário estudos de caracterização
da percepção ética de profissionais que trabalham com animais e da sociedade no geral a
respeito dos invertebrados, bem como um aprofundamento nas pesquisas atuais que endossam
a sensciencia dos invertebrados e ações educativas que visam a inserção dos mesmos no rol de
consideração moral.
Considerações finais
O presente estudo fundamenta a necessidade da interferência da bioética na
intermediação de conflitos éticos complexos, plurais e de interesse global promovendo a
ponte entre as ciências ambientais e humanas impulsionando o diálogo entre os atores
envolvidos nas questões sociais, legais e os representantes dos interesses dos animais. Desta
forma, se faz necessário o aprofundamento da fundamentação ética das questões envolvidas
na integridade do pesquisador diante de sua pesquisa, da comunicação efetiva e produtiva
entre a academia e a sociedade e do incentivo à reflexão da atribuição de status moral a todos
os animais. Essas vertentes contemporâneas emergem no momento relevante do
desenvolvimento científico, cujo acesso a informações é veloz e eficiente, porém diante de um
momento de vazio moral, decorrente do processo de globalização e incentivo à valoração
econômica e individualista das sociedades contemporâneas.
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