O documento discute quatro tipos de variação linguística: histórica, geográfica, social e de situação. A variação histórica ocorre ao longo do tempo, a geográfica varia de lugar para lugar, a social de acordo com a classe social e a de situação muda de acordo com o contexto. O texto também discute a noção de norma versus variação na língua.
Esta apresentação levanta alguns pontos através dos quais se pode introduzir o conceito de intertextualidade, tendo em vista o aluno do Ensino Médio e do Pré-vestibular. Para tanto são apresentadas algumas formas e modelos diálogos intertextuais, a partir das concepções de Bakhtin, Afonso Romano de Sant'anna, Maruschi e outros.
Esta apresentação levanta alguns pontos através dos quais se pode introduzir o conceito de intertextualidade, tendo em vista o aluno do Ensino Médio e do Pré-vestibular. Para tanto são apresentadas algumas formas e modelos diálogos intertextuais, a partir das concepções de Bakhtin, Afonso Romano de Sant'anna, Maruschi e outros.
A apresentação tem como objetivo apresentar a língua numa perspectiva sócio-linguística, tendo como norte a concepção do professor Ataliba Castilho para quem a apropriação da gramática normativa é o fim e não o início do processo de aquisição de uma língua.
2. 1.Variação histórica: a língua se altera de época
para época, conforme as transformações
socioculturais
que marcam cada tempo.
2.Variação geográfica: de lugar para lugar
também
há diferenças significativas dentro de uma
língua. A fala da zona rural, por exemplo, é
muito
diferente da fala da zona urbana.
3. 3.Variação social: entre uma classe social e
outra
há diferentes modos de falar. Um magistrado,
por exemplo, não fala como um operário.
Entre as variantes sociais, costumam-se
distinguir
duas grandes divisões:
a) variedade culta (das pessoas com mais
prestígio
social);
b) variedade popular (dos segmentos sociais
com menos prestígio).
4. 4.Variação de situação: um mesmo indivíduo
varia o próprio modo de falar, de acordo com
as circunstâncias em que se situa o ato de
comunicação.
Entre as variações de situação (ou
variação de estilo), distinguem duas:
a) estilo informal (espontâneo,
descomprometido,
com baixo grau de preocupação com a
linguagem);
b) estilo formal (calculado, vigiado, com alto
grau de reflexão).
5. É importante ressaltar quatro considerações sobre
norma e variação, a fim de evitar mal-entendidos
por parte dos alunos:
I. a língua é, simultaneamente, um código – cujas
possibilidades estruturais são predeterminadas
– e um fato social sujeito às tensões que dão
dinamismo
à sociedade. São diversas as possibilidades
previstas pelo código linguístico; algumas
se realizam, outras não. Entre as variantes
documentadas, estabelece-se uma valoração
que é relativa, pois depende do prestígio social
dos usuários e da frequência estatística desse
emprego;
6. II. as regras expostas pelas gramáticas escolares
pretensamente refletem a variante mais
empregada pelos falantes de maior prestígio
social, entretanto não há comprovação
científica
disso. Muito ao contrário, os poucos e
recentes estudos de linguística descritiva do
português do Brasil têm revelado importantes
divergências em relação às prescrições
dessas gramáticas;
7. III. ao contrário do que o falante comum
crê, não
existe uma coincidência plena entre as
prescrições
contidas nas obras dos diversos
gramáticos,
revelando que os métodos e fundamentos
utilizados variam de autor para autor;
8. IV. as regras gramaticais não são eternas
nem
imutáveis. Os usos linguísticos se alteram
com
o tempo, o que faz com que as prescrições
pedagógicas
sejam renovadas.
9. Por isso, em termos de variação linguística, os
vestibulares
em geral e o Enem têm elaborado questões
visando às seguintes competências do candidato:
• identificar no texto e descrever marcas de uma
dada variação;
• identificar o segmento social com que certa variação
se relaciona;
• interpretar a funcionalidade do uso de certa variação
para a construção do texto;
10. • reescrever variações, traduzindo-as para a
língua
culta;
• avaliar se a escolha de determinada variação
está
adequada à circunstância de comunicação em
que foi empregada;
• sequestrar (arremedar) a variação de um
grupo
social para caricaturá-lo e satirizá-lo.