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Artigo sobre o Capitulo 4. A medida das coisas do livro “Breve história de quase tudo”
Cláudio Jesus, Katia Cavaleiro, Carolina Cancelinha, Inês Teixeira, Maria Inês Ribeiro -12ºB
Imagem da capa de livro “Principia”
“Porque uma régua não chega para medir tudo…”
Se uma viagem aos séculos XVII e XVIII fosse possível, “Qual a medida das coisas?” seria de
certo uma das questões mais discutidas entre a comunidade científica.
São variadas as “coisas” que se procuraram medir, e mais diversos ainda aqueles que o
procuraram fazer.
A busca pela medida exata de um grau de meridiano começou, aproximadamente, em 1637
com Norwood a obter um valor de 110,72 km, passando ainda por Jean Picard que anunciou em
1669 o valor de 110,46 km. Apesar das tentativas, ambos falharam, por acreditar que a Terra era
uma esfera perfeita, algo que Newton negara. Assim, o valor exato acabou apenas por ser
descoberto depois de 1769 por Mason e Dixon, assumindo o valor definitivo de 39°43′19.92216″ N.
As pesquisas continuaram e, desta vez, o objetivo era determinar a distância da Terra ao Sol.
Mas como? O trânsito de Venus ajudou. Sabias que este é irregular, ocorrendo em pares de oito
anos de intervalo, sendo depois interrompido durante um século ou mais? Ora, foi graças a este e ao
método de triangulação, que Joseph Lalande determinou que distamos do Sol 150 milhões de
quilómetros.
A massa da Terra nunca deixou de ser uma preocupação. Para a determinar era necessário
conhecer a constante gravitacional, patente na fórmula 𝐹 = 𝐺
𝑚𝑚′
𝑟2 , ou seja, a busca de uma
implicaria a busca da outra. O primeiro método usado para a estipular tinha em conta o desvio
sofrido por um peso quando colocado nas proximidades de uma montanha de massa teoricamente
conhecida. O objetivo da experiência não foi alcançado pois não tiveram em conta a densidade dos
materiais que constituíam a montanha, no entanto, foi graças a este ensaio que, por acidente, o
matemático Hutton inventou as curvas de nível. Deste modo, foi apenas em 1797, que Cavendish,
com auxílio de uma máquina criada por Josh Michell, conseguiu determinar ambos os valores, os
quais são muito próximos daqueles que se admitem atualmente.
Na verdade, Newton foi fundamental para cada uma das
descobertas. Com base nas três leis que criara e na sua lei da
gravitação universal, 𝐹 = 𝐺
𝑚𝑚′
𝑟2 , provou que a órbita dos
planetas é elíptica, que a força centrífuga da Terra provoca um
achatamento nos polos e um alongamento no equador e
contribuiu ainda, com a sua fórmula, para a determinação da
massa da Terra, conclusões que vieram à luz na obra, que
constitui ainda hoje a base de toda a física clássica, intitulada
“Principia”. Publicada em 1687, esta guarda consigo um
passado fascinante e caricato. Newton tinha chegado a todas as
conclusões nela presentes muitos anos antes, mas (por vaidade
ou por medo) nunca os tinha revelado, chegando ao cúmulo de
os perder. Assim, devemos, atualmente, a publicação desta
imprescindível trilogia, que reúne uma interpretação
matemática de conclusões de físicos e filósofos como Galileu,
Kepler e Descartes, a Halley pela sua pressão para determinar
Artigo sobre o Capitulo 4. A medida das coisas do livro “Breve história de quase tudo”
Cláudio Jesus, Katia Cavaleiro, Carolina Cancelinha, Inês Teixeira, Maria Inês Ribeiro -12ºB
a órbita dos planetas.
Em suma, a obtenção da “medida das coisas” não foi fácil, sendo longa a lista de obstáculos
que estes e muitos outros cientistas enfrentaram durante esta “viagem”, dos quais se destacam por
exemplo: adversidades meteorológicas, doenças, os contextos culturais que atravessaram e a própria
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  • 2. Artigo sobre o Capitulo 4. A medida das coisas do livro “Breve história de quase tudo” Cláudio Jesus, Katia Cavaleiro, Carolina Cancelinha, Inês Teixeira, Maria Inês Ribeiro -12ºB a órbita dos planetas. Em suma, a obtenção da “medida das coisas” não foi fácil, sendo longa a lista de obstáculos que estes e muitos outros cientistas enfrentaram durante esta “viagem”, dos quais se destacam por exemplo: adversidades meteorológicas, doenças, os contextos culturais que atravessaram e a própria morfologia da Terra. Mas a verdade é que conseguimos!